THE NEW YORK TIMES - Trina Robbins, que como artista, escritora e editora de quadrinhos foi uma mulher pioneira em um campo dominado pelos homens, e que como historiadora se especializou em livros sobre mulheres cartunistas, morreu na última quarta-feira, 9.
Ela tinha 84 anos. Sua morte, em um hospital de São Francisco, foi confirmada ao NYT por seu parceiro de longa data, o finalizador de quadrinhos de super-heróis Steve Leialoha, que disse que ela havia sofrido recentemente um derrame.
Em 1970, Robbins foi uma das criadoras de It Ain’t Me Babe Comix, a primeira história em quadrinhos feita exclusivamente por mulheres. Em 1985, ela foi a primeira mulher a desenhar uma história em quadrinhos da Mulher-Maravilha, após quatro décadas de hegemonia masculina. Em 1994, fundou o Friends of Lulu, um grupo de defesa de mulheres criadoras e leitoras de quadrinhos.
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Na década de 1960, antes de dedicar sua vida aos quadrinhos e às mulheres que os fazem, Robbins era uma estilista e costureira talentosa que vestia estrelas do rock como Donovan e David Crosby. Ela se tornou uma figura notável nas comunidades hippies da cidade de Nova York e São Francisco, e em Los Angeles chamou a atenção de Joni Mitchell. O primeiro verso da música Ladies of the Canyon, de Mitchell, incluída em seu álbum de mesmo nome de 1970, é um retrato de Robbins.
Trina Perlson nasceu em 17 de agosto de 1938, no Brooklyn, a mais nova de duas filhas de imigrantes judeus do que era, então, a Rússia, mas hoje é a Bielorrússia. Seu pai, Max Bear Perlson, trabalhou como alfaiate até que a doença de Parkinson o forçou a se aposentar; sua mãe, Elizabeth (Rosenman) Perlson, era professora da segunda série. Ainda jovem, ela ficou obcecada por histórias em quadrinhos, gravitando em torno de personagens femininas como Brenda Starr, Patsy Walker e Millie the Model.