Literatura e mercado editorial

Conheça os livros do vencedor do Nobel Jon Fosse publicados no Brasil e veja os lançamentos futuros


Escritor e dramaturgo norueguês ganhou o Prêmio Nobel de Literatura nesta quinta-feira, 5

Por Maria Fernanda Rodrigues
Atualização:

O dramaturgo e escritor norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023, é mais conhecido no Brasil por suas peças de teatro do que por seus livros. Isso pode começar a mudar - e não apenas por causa do prêmio concedido nesta quinta-feira, 5, pela Academia Sueca.

O escritor Jon Fosse, Prêmio Nobel de Literatura de 2023, obras previstas para serem publicadas no Brasil até 2025 Foto: Tom A. Kolstad

Por uma coincidência, a Companhia das Letras lançou há poucos dias, em 25 de setembro, o romance É a Ales, uma obra “hipnótica” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Leia a sinopse abaixo.

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A coincidência maior, no entanto, é o segundo “acerto” seguido da editora Fósforo. No ano passado, ela tinha acabado de começar a publicar toda a obra de Annie Ernaux, e já tinha negociado a vinda dela para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), quando a escritora francesa ganhou o Nobel. Com Fosse, aconteceu mais ou menos a mesma coisa (exceto pela participação na Flip).

Já estava no prelo da editora, para lançamento em 26 de outubro, o romance Brancura. Com o anúncio do Nobel, nesta quinta, a editora decidiu antecipar o e-book, que estará à venda a partir de sábado, 7. Segundo a editora, Fosse “tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada”.

Capa dos livros É a Ales e Brancura, de Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023 Foto: Montagem de capa/Estadão
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Mas não para por aí a publicação de Jon Fosse pela Fósforo. A editora criada em 2021 por Fernanda Diamant, Rita Mattar e Luis Francisco Carvalho Filho já tem outros títulos no prelo. Em 2024, ela lança uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês.

E, em 2025, manda para as livrarias a Septologia de Fosse, considerada sua maior obra - e não apenas pelas 1.250 páginas. Este romance é escrito no formato de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “O trabalho progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frase, mas é formalmente mantido unido por repetições, temas recorrentes e um intervalo de tempo fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e conclui com a mesma oração a Deus”, como destacou a Academia Sueca.

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A Companhia das Letras também tem mais um livro no prelo. No ano que vem, ela lança o premiado Trilogia, que traz três novelas sobre a história de amor e violência entre um jovem casal, com fortes referências bíblicas e ambientado na paisagem costeira árida onde quase toda a ficção de Fosse se passa. As novelas foram publicadas entre 2007 e 2014 e reunidas num volume em 2016.

Confira a sinopse dos lançamentos

É a Ales

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Signe está deitada em um banco de sua casa no fiorde e tem uma visão de si mesma há mais de vinte anos: parada na janela esperando por seu marido Asle, no fatídico dia de novembro quando ele saiu com seu barco e nunca mais voltou. Suas memórias se ampliam para incluir a vida do casal e mais: os laços de família e os dramas que remontam a cinco gerações, até Ales, a trisavó de Asle. Na prosa vívida e alucinante que fez de Jon Fosse um dos mais destacados autores contemporâneos, esses momentos — assim como os fantasmas do presente e do passado — coexistem no mesmo espaço.

  • Companhia das Letras; Trad.: Guilherme da Silva Braga; 112 págs.; R$ 64,90; R$ 34,90 o e-book

Brancura

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Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente. Como as vozes que o protagonista escuta em sua errância, tudo nesta breve narrativa é ao mesmo tempo estranho e excessivamente familiar. Num jogo de claro e escuro, concreto e sublime, Jon Fosse tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada, tragando o leitor e fazendo-o experimentar fisicamente a radicalidade de seu projeto literário.

  • Fósforo; Trad.: Leonardo Pinto Silva; 64 págs.; R$ 59,90; R$49,90 o e-book

O dramaturgo e escritor norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023, é mais conhecido no Brasil por suas peças de teatro do que por seus livros. Isso pode começar a mudar - e não apenas por causa do prêmio concedido nesta quinta-feira, 5, pela Academia Sueca.

O escritor Jon Fosse, Prêmio Nobel de Literatura de 2023, obras previstas para serem publicadas no Brasil até 2025 Foto: Tom A. Kolstad

Por uma coincidência, a Companhia das Letras lançou há poucos dias, em 25 de setembro, o romance É a Ales, uma obra “hipnótica” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Leia a sinopse abaixo.

A coincidência maior, no entanto, é o segundo “acerto” seguido da editora Fósforo. No ano passado, ela tinha acabado de começar a publicar toda a obra de Annie Ernaux, e já tinha negociado a vinda dela para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), quando a escritora francesa ganhou o Nobel. Com Fosse, aconteceu mais ou menos a mesma coisa (exceto pela participação na Flip).

Já estava no prelo da editora, para lançamento em 26 de outubro, o romance Brancura. Com o anúncio do Nobel, nesta quinta, a editora decidiu antecipar o e-book, que estará à venda a partir de sábado, 7. Segundo a editora, Fosse “tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada”.

Capa dos livros É a Ales e Brancura, de Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023 Foto: Montagem de capa/Estadão

Mas não para por aí a publicação de Jon Fosse pela Fósforo. A editora criada em 2021 por Fernanda Diamant, Rita Mattar e Luis Francisco Carvalho Filho já tem outros títulos no prelo. Em 2024, ela lança uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês.

E, em 2025, manda para as livrarias a Septologia de Fosse, considerada sua maior obra - e não apenas pelas 1.250 páginas. Este romance é escrito no formato de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “O trabalho progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frase, mas é formalmente mantido unido por repetições, temas recorrentes e um intervalo de tempo fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e conclui com a mesma oração a Deus”, como destacou a Academia Sueca.

A Companhia das Letras também tem mais um livro no prelo. No ano que vem, ela lança o premiado Trilogia, que traz três novelas sobre a história de amor e violência entre um jovem casal, com fortes referências bíblicas e ambientado na paisagem costeira árida onde quase toda a ficção de Fosse se passa. As novelas foram publicadas entre 2007 e 2014 e reunidas num volume em 2016.

Confira a sinopse dos lançamentos

É a Ales

Signe está deitada em um banco de sua casa no fiorde e tem uma visão de si mesma há mais de vinte anos: parada na janela esperando por seu marido Asle, no fatídico dia de novembro quando ele saiu com seu barco e nunca mais voltou. Suas memórias se ampliam para incluir a vida do casal e mais: os laços de família e os dramas que remontam a cinco gerações, até Ales, a trisavó de Asle. Na prosa vívida e alucinante que fez de Jon Fosse um dos mais destacados autores contemporâneos, esses momentos — assim como os fantasmas do presente e do passado — coexistem no mesmo espaço.

  • Companhia das Letras; Trad.: Guilherme da Silva Braga; 112 págs.; R$ 64,90; R$ 34,90 o e-book

Brancura

Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente. Como as vozes que o protagonista escuta em sua errância, tudo nesta breve narrativa é ao mesmo tempo estranho e excessivamente familiar. Num jogo de claro e escuro, concreto e sublime, Jon Fosse tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada, tragando o leitor e fazendo-o experimentar fisicamente a radicalidade de seu projeto literário.

  • Fósforo; Trad.: Leonardo Pinto Silva; 64 págs.; R$ 59,90; R$49,90 o e-book

O dramaturgo e escritor norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023, é mais conhecido no Brasil por suas peças de teatro do que por seus livros. Isso pode começar a mudar - e não apenas por causa do prêmio concedido nesta quinta-feira, 5, pela Academia Sueca.

O escritor Jon Fosse, Prêmio Nobel de Literatura de 2023, obras previstas para serem publicadas no Brasil até 2025 Foto: Tom A. Kolstad

Por uma coincidência, a Companhia das Letras lançou há poucos dias, em 25 de setembro, o romance É a Ales, uma obra “hipnótica” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Leia a sinopse abaixo.

A coincidência maior, no entanto, é o segundo “acerto” seguido da editora Fósforo. No ano passado, ela tinha acabado de começar a publicar toda a obra de Annie Ernaux, e já tinha negociado a vinda dela para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), quando a escritora francesa ganhou o Nobel. Com Fosse, aconteceu mais ou menos a mesma coisa (exceto pela participação na Flip).

Já estava no prelo da editora, para lançamento em 26 de outubro, o romance Brancura. Com o anúncio do Nobel, nesta quinta, a editora decidiu antecipar o e-book, que estará à venda a partir de sábado, 7. Segundo a editora, Fosse “tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada”.

Capa dos livros É a Ales e Brancura, de Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023 Foto: Montagem de capa/Estadão

Mas não para por aí a publicação de Jon Fosse pela Fósforo. A editora criada em 2021 por Fernanda Diamant, Rita Mattar e Luis Francisco Carvalho Filho já tem outros títulos no prelo. Em 2024, ela lança uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês.

E, em 2025, manda para as livrarias a Septologia de Fosse, considerada sua maior obra - e não apenas pelas 1.250 páginas. Este romance é escrito no formato de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “O trabalho progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frase, mas é formalmente mantido unido por repetições, temas recorrentes e um intervalo de tempo fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e conclui com a mesma oração a Deus”, como destacou a Academia Sueca.

A Companhia das Letras também tem mais um livro no prelo. No ano que vem, ela lança o premiado Trilogia, que traz três novelas sobre a história de amor e violência entre um jovem casal, com fortes referências bíblicas e ambientado na paisagem costeira árida onde quase toda a ficção de Fosse se passa. As novelas foram publicadas entre 2007 e 2014 e reunidas num volume em 2016.

Confira a sinopse dos lançamentos

É a Ales

Signe está deitada em um banco de sua casa no fiorde e tem uma visão de si mesma há mais de vinte anos: parada na janela esperando por seu marido Asle, no fatídico dia de novembro quando ele saiu com seu barco e nunca mais voltou. Suas memórias se ampliam para incluir a vida do casal e mais: os laços de família e os dramas que remontam a cinco gerações, até Ales, a trisavó de Asle. Na prosa vívida e alucinante que fez de Jon Fosse um dos mais destacados autores contemporâneos, esses momentos — assim como os fantasmas do presente e do passado — coexistem no mesmo espaço.

  • Companhia das Letras; Trad.: Guilherme da Silva Braga; 112 págs.; R$ 64,90; R$ 34,90 o e-book

Brancura

Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente. Como as vozes que o protagonista escuta em sua errância, tudo nesta breve narrativa é ao mesmo tempo estranho e excessivamente familiar. Num jogo de claro e escuro, concreto e sublime, Jon Fosse tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada, tragando o leitor e fazendo-o experimentar fisicamente a radicalidade de seu projeto literário.

  • Fósforo; Trad.: Leonardo Pinto Silva; 64 págs.; R$ 59,90; R$49,90 o e-book

O dramaturgo e escritor norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023, é mais conhecido no Brasil por suas peças de teatro do que por seus livros. Isso pode começar a mudar - e não apenas por causa do prêmio concedido nesta quinta-feira, 5, pela Academia Sueca.

O escritor Jon Fosse, Prêmio Nobel de Literatura de 2023, obras previstas para serem publicadas no Brasil até 2025 Foto: Tom A. Kolstad

Por uma coincidência, a Companhia das Letras lançou há poucos dias, em 25 de setembro, o romance É a Ales, uma obra “hipnótica” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Leia a sinopse abaixo.

A coincidência maior, no entanto, é o segundo “acerto” seguido da editora Fósforo. No ano passado, ela tinha acabado de começar a publicar toda a obra de Annie Ernaux, e já tinha negociado a vinda dela para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), quando a escritora francesa ganhou o Nobel. Com Fosse, aconteceu mais ou menos a mesma coisa (exceto pela participação na Flip).

Já estava no prelo da editora, para lançamento em 26 de outubro, o romance Brancura. Com o anúncio do Nobel, nesta quinta, a editora decidiu antecipar o e-book, que estará à venda a partir de sábado, 7. Segundo a editora, Fosse “tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada”.

Capa dos livros É a Ales e Brancura, de Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023 Foto: Montagem de capa/Estadão

Mas não para por aí a publicação de Jon Fosse pela Fósforo. A editora criada em 2021 por Fernanda Diamant, Rita Mattar e Luis Francisco Carvalho Filho já tem outros títulos no prelo. Em 2024, ela lança uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês.

E, em 2025, manda para as livrarias a Septologia de Fosse, considerada sua maior obra - e não apenas pelas 1.250 páginas. Este romance é escrito no formato de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “O trabalho progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frase, mas é formalmente mantido unido por repetições, temas recorrentes e um intervalo de tempo fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e conclui com a mesma oração a Deus”, como destacou a Academia Sueca.

A Companhia das Letras também tem mais um livro no prelo. No ano que vem, ela lança o premiado Trilogia, que traz três novelas sobre a história de amor e violência entre um jovem casal, com fortes referências bíblicas e ambientado na paisagem costeira árida onde quase toda a ficção de Fosse se passa. As novelas foram publicadas entre 2007 e 2014 e reunidas num volume em 2016.

Confira a sinopse dos lançamentos

É a Ales

Signe está deitada em um banco de sua casa no fiorde e tem uma visão de si mesma há mais de vinte anos: parada na janela esperando por seu marido Asle, no fatídico dia de novembro quando ele saiu com seu barco e nunca mais voltou. Suas memórias se ampliam para incluir a vida do casal e mais: os laços de família e os dramas que remontam a cinco gerações, até Ales, a trisavó de Asle. Na prosa vívida e alucinante que fez de Jon Fosse um dos mais destacados autores contemporâneos, esses momentos — assim como os fantasmas do presente e do passado — coexistem no mesmo espaço.

  • Companhia das Letras; Trad.: Guilherme da Silva Braga; 112 págs.; R$ 64,90; R$ 34,90 o e-book

Brancura

Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente. Como as vozes que o protagonista escuta em sua errância, tudo nesta breve narrativa é ao mesmo tempo estranho e excessivamente familiar. Num jogo de claro e escuro, concreto e sublime, Jon Fosse tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada, tragando o leitor e fazendo-o experimentar fisicamente a radicalidade de seu projeto literário.

  • Fósforo; Trad.: Leonardo Pinto Silva; 64 págs.; R$ 59,90; R$49,90 o e-book

O dramaturgo e escritor norueguês Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023, é mais conhecido no Brasil por suas peças de teatro do que por seus livros. Isso pode começar a mudar - e não apenas por causa do prêmio concedido nesta quinta-feira, 5, pela Academia Sueca.

O escritor Jon Fosse, Prêmio Nobel de Literatura de 2023, obras previstas para serem publicadas no Brasil até 2025 Foto: Tom A. Kolstad

Por uma coincidência, a Companhia das Letras lançou há poucos dias, em 25 de setembro, o romance É a Ales, uma obra “hipnótica” que oferece “uma reflexão assombrosa sobre o amor, a perda e o legado de nossos antepassados”. Leia a sinopse abaixo.

A coincidência maior, no entanto, é o segundo “acerto” seguido da editora Fósforo. No ano passado, ela tinha acabado de começar a publicar toda a obra de Annie Ernaux, e já tinha negociado a vinda dela para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), quando a escritora francesa ganhou o Nobel. Com Fosse, aconteceu mais ou menos a mesma coisa (exceto pela participação na Flip).

Já estava no prelo da editora, para lançamento em 26 de outubro, o romance Brancura. Com o anúncio do Nobel, nesta quinta, a editora decidiu antecipar o e-book, que estará à venda a partir de sábado, 7. Segundo a editora, Fosse “tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada”.

Capa dos livros É a Ales e Brancura, de Jon Fosse, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2023 Foto: Montagem de capa/Estadão

Mas não para por aí a publicação de Jon Fosse pela Fósforo. A editora criada em 2021 por Fernanda Diamant, Rita Mattar e Luis Francisco Carvalho Filho já tem outros títulos no prelo. Em 2024, ela lança uma antologia de poemas e outra de peças do escritor norueguês.

E, em 2025, manda para as livrarias a Septologia de Fosse, considerada sua maior obra - e não apenas pelas 1.250 páginas. Este romance é escrito no formato de um monólogo em que um artista idoso fala consigo mesmo como outra pessoa. “O trabalho progride aparentemente interminavelmente e sem quebras de frase, mas é formalmente mantido unido por repetições, temas recorrentes e um intervalo de tempo fixo de sete dias. Cada uma de suas partes abre com a mesma frase e conclui com a mesma oração a Deus”, como destacou a Academia Sueca.

A Companhia das Letras também tem mais um livro no prelo. No ano que vem, ela lança o premiado Trilogia, que traz três novelas sobre a história de amor e violência entre um jovem casal, com fortes referências bíblicas e ambientado na paisagem costeira árida onde quase toda a ficção de Fosse se passa. As novelas foram publicadas entre 2007 e 2014 e reunidas num volume em 2016.

Confira a sinopse dos lançamentos

É a Ales

Signe está deitada em um banco de sua casa no fiorde e tem uma visão de si mesma há mais de vinte anos: parada na janela esperando por seu marido Asle, no fatídico dia de novembro quando ele saiu com seu barco e nunca mais voltou. Suas memórias se ampliam para incluir a vida do casal e mais: os laços de família e os dramas que remontam a cinco gerações, até Ales, a trisavó de Asle. Na prosa vívida e alucinante que fez de Jon Fosse um dos mais destacados autores contemporâneos, esses momentos — assim como os fantasmas do presente e do passado — coexistem no mesmo espaço.

  • Companhia das Letras; Trad.: Guilherme da Silva Braga; 112 págs.; R$ 64,90; R$ 34,90 o e-book

Brancura

Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos — ou no encontro inescapável com o destino —, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente. Como as vozes que o protagonista escuta em sua errância, tudo nesta breve narrativa é ao mesmo tempo estranho e excessivamente familiar. Num jogo de claro e escuro, concreto e sublime, Jon Fosse tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada, tragando o leitor e fazendo-o experimentar fisicamente a radicalidade de seu projeto literário.

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