O escritor e produtor cultural Jorge Ialanji Filholini e o livreiro Roberto S. Socorro se uniram na criação de um novo festival literário em São Paulo. A primeira edição do Barafunda Cultural está prevista para acontecer na segunda quinzena de maio de 2024.
A dupla ainda está definindo os lugares onde os encontros vão ser realizados, mas a ideia é ocupar diversos espaços da Barra Funda, Campos Elíseos e redondezas - esticando até a Ria Livraria, no bairro de Sumarezinho, que já confirmou presença. Outra livraria que será palco do evento é a Na Nuvem, de Roberto - ela fica na Alameda Eduardo Prado, 493B.
Além de mesas de conversa, a Barafunda Cultural terá shows, feira de livro, peças teatrais, slam, cursos, clube de leitura, exposições e até gravação ao vivo de podcast.
A programação será pensada por um conselho curador, com a participação de Diógenes Moura, escritor e curador de fotografia que mora na região há 34 anos; Marcos Benuthe, produtor cultural e proprietário da Ria Livraria (e ex-Mercearia São Pedro); Carine Souza, produtora cultural e mediadora de leitura; Carolina Grohmann, jornalista, escritora e contadora de histórias; e André Augustus Diaz, gestor de projetos culturais e escritor.
Os organizadores justificam a escolha do nome dizendo que a palavra Barafunda, além de lembrar o nome do bairro, tem vários significados, como uma situação em que não há controle ou ordem na qual um grupo de pessoas produz balbúrdia e bagunça. Também é o nome de um bordado de origem africana de renda sobre tecido desfiado.
“Queremos fazer barulho, aquele barulho de chamar a atenção das pessoas para a literatura, fotografia, artes plásticas, teatro e outros segmentos culturais em efervescência”, explicou Filholini. Para Socorro, este é o “início do resgate da região dos Campos Elísios e Barra Funda como polo cultural; um movimento de dentro para fora, a partir de seu público local, e convidando a comunidade paulistana”.