Beatriz Segall volta às novelas com Bicho do Mato


Ao dizer não a Lula, em 2002, ela foi quase apedrejada pela classe artística. Hoje, a eterna vilã Odete Roitman retorna à TV impondo respeito

Por Agencia Estado

Jornal da Tarde - A senhora, que irá aparecer em breve na nova novela Bicho do Mato, da Record, havia decidido não fazer mais novela. Por quê? Beatriz Segall - Porque eu gosto mais de teatro e porque eu ah... não sei. Não apareceu muita coisa mesmo para eu fazer em novela nesses últimos seis anos. Suas personagens foram, na maioria das vezes, vilãs e mulheres chiques. Não ficou difícil sair desse estereótipo? Não, já até fiz uma personagem pobre. Fiz mas não foi bom, não gostei. Por quê? Porque a novela não era muito agradável de se fazer. Que novela foi essa? Ah, é melhor nem dizer o nome. A TV é diferente do teatro, onde tenho mais liberdade e faço até as personagens boazinhas. É mais difícil fazer boazinhas? Isso é importante. Dentro da estrutura da novela, os papéis de pessoas más são, em geral, os que detonam todos os acontecimentos. E é por isso que de uns anos para cá as pessoas pararam de rejeitar os papéis negativos. Antigamente os atores queriam ganhar mais para fazer papel de maus. Hoje em dia acho que até pagariam por eles. A senhora deu mesmo abrigo a José Serra nos anos 70, quando ele era perseguido político? Se fazia muito isso durante a ditadura. Tínhamos que fazer. Éramos contra, havia gente sofrendo perseguição e tínhamos gente em casa até correndo risco de morte. A ditadura foi o fim das leis, da ordem, da segurança. E é o maior risco que se pode correr. Como foi isso? O Serra chegou escondido à sua casa? Havia uma certa segurança pelo fato de ele estar em casa. Ninguém podia imaginar que aquela pessoa estivesse escondida lá. Não foi nenhum grande sacrifício de minha parte, é bom frisar. Eu detesto quando as pessoas se fazem de heroínas. Mas era algo do tipo receber um amigo em casa? Era como receber uma pessoa que nos foi recomendada e que sentíamos patrioticamente na obrigação de dar abrigo, como demos para outras pessoas. Recomendada? Sim, sempre surgem esses tipos de organização nesses períodos porque senão você não pode viver. Era uma rede subterrânea de meios para você proteger certas pessoas procuradas. A senhora foi muito criticada em 2002, quando Lula foi eleito presidente, por dizer que tinha medo do governo dele. Quem tinha medo, tinha razão? A resposta a essa pergunta está nos jornais todos os dias. O medo que tínhamos era de uma tomada de poder, de um certo obscurantismo e de coisas que pudessem tornar a vida das pessoas mais difícil. E nós tivemos todas essas coisas nesse governo. A começar pela corrupção, pelas mentiras, pelas falcatruas e pelas tentativas evidentes - entre parênteses pode colocar ministro Gushiken (ex-ministro Luiz Gushiken) - de se dominar a imprensa e os meios de comunicação. Não esquece de colocar Gushiken. Isso é terrível. Vivi em uma época de ditadura, de censura e fechamento dos meios de comunicação, que não quero nunca mais passar na minha vida. Não quero nem para mim, nem para o resto do Brasil. A senhora acha que o provável fracasso do governo do PT... (Beatriz interrompe) Por que tanto medo de falar a palavra fracasso? Medo? Sim, você mesmo agora está falando assim cheio de dedos. Claro que podemos falar fracasso e devemos falar assim. Não com a grosseria que certas pessoas falam, mas falar claramente porque é só assim que podemos esclarecer as pessoas. Quero dizer que todas as coisas que a gente temia aconteceram, estão aí. Inclusive essa derrocada do Congresso Nacional que está mergulhado em uma total falta de ética. Mas o temor que a senhora sentia de ter a voz calada por autoritarismo do governo não se concretizou. Você não se lembra de quando o Gushiken quis fazer aquele projeto para fiscalizar os jornais? Fiscalizar a imprensa? Você acha que há coisa mais grave do que aquilo? Aquilo ali foi uma atitude ditatorial. E vem o presidente da República dizer que não sabia de nada. Se não sabia tem que sair lá de cima. Se não sabia é porque não estava governando. Nosso medo se justificou plenamente. E continuo com esse medo. Mas, dentro de tudo o que a senhora já disse, o que mais pode acontecer de ruim? Uma reeleição. A senhora sempre gritou contra a meia-entrada do teatro. Ela ainda é um problema? Sempre foi e sempre será. O governo é que tem de oferecer a meia-entrada. O próprio STF (Supremo Tribunal Federal) julgou constitucional essa meia-entrada. Como é constitucional se eu sou particular e a Constituição diz que essa obrigação é do governo? É que os juízes que fazem isso não vão ao teatro e não têm noção de como ele funciona. Sem meia-entrada não ficaria difícil para estudantes e aposentados terem acesso às peças? Não sou eu quem tem que resolver isso. É um problema social que tem de ser resolvido em outros termos. Se o governo quer taxar o teatro, porque a meia-entrada é uma taxa de 50%, ele tem que me dar a contrapartida. Não sou eu quem tem que dar isso. O governo tem que pagar para eu dar a meia-entrada. Nós do teatro não somos contra a meia-entrada. Só achamos que a obrigação não é nossa, é do Estado. É bem provável que se os produtores deixarem para o governo a obrigação da meia-entrada, ela será extinta. Se isso acontecer, o teatro não vai esvaziar? E não haveria ainda mais prejuízos para vocês? Não, o prejuízo é a meia-entrada. Isso está confirmado com os borderôs. Você está raciocinando exatamente como eles raciocinam! Deixa eu explicar. Essa idéia de que a meia-entrada traz público ao teatro é uma mentira. Um deputado disse que a meia-entrada iria formar novas platéias. Isso é uma mentira, uma bobagem e uma ignorância. Quem vai ao teatro de graça ou pela metade do preço não volta se não for assim. Já tivemos que tirar espetáculos de cartaz no Rio de Janeiro porque a quantidade era tão grande que não dava nem para pagar o teatro. No Rio de Janeiro isso é pior ainda. Aqui (a meia-entrada) é para os velhos e os moços. Lá é para os velhos, os moços e toda a rede municipal de ensino. E outra coisa: todo mundo tem carteirinha falsa. Todo mundo? A carteirinha falsa de estudante está generalizada. É uma denúncia bem grave. Claro que é uma denúncia. A senhora tem provas? Estamos vendo isso no teatro todos os dias. Odette Roitman, sua famosa personagem da novela Vale Tudo, ainda a persegue? Persegue tanto que você não agüentou e fez essa pergunta.

Jornal da Tarde - A senhora, que irá aparecer em breve na nova novela Bicho do Mato, da Record, havia decidido não fazer mais novela. Por quê? Beatriz Segall - Porque eu gosto mais de teatro e porque eu ah... não sei. Não apareceu muita coisa mesmo para eu fazer em novela nesses últimos seis anos. Suas personagens foram, na maioria das vezes, vilãs e mulheres chiques. Não ficou difícil sair desse estereótipo? Não, já até fiz uma personagem pobre. Fiz mas não foi bom, não gostei. Por quê? Porque a novela não era muito agradável de se fazer. Que novela foi essa? Ah, é melhor nem dizer o nome. A TV é diferente do teatro, onde tenho mais liberdade e faço até as personagens boazinhas. É mais difícil fazer boazinhas? Isso é importante. Dentro da estrutura da novela, os papéis de pessoas más são, em geral, os que detonam todos os acontecimentos. E é por isso que de uns anos para cá as pessoas pararam de rejeitar os papéis negativos. Antigamente os atores queriam ganhar mais para fazer papel de maus. Hoje em dia acho que até pagariam por eles. A senhora deu mesmo abrigo a José Serra nos anos 70, quando ele era perseguido político? Se fazia muito isso durante a ditadura. Tínhamos que fazer. Éramos contra, havia gente sofrendo perseguição e tínhamos gente em casa até correndo risco de morte. A ditadura foi o fim das leis, da ordem, da segurança. E é o maior risco que se pode correr. Como foi isso? O Serra chegou escondido à sua casa? Havia uma certa segurança pelo fato de ele estar em casa. Ninguém podia imaginar que aquela pessoa estivesse escondida lá. Não foi nenhum grande sacrifício de minha parte, é bom frisar. Eu detesto quando as pessoas se fazem de heroínas. Mas era algo do tipo receber um amigo em casa? Era como receber uma pessoa que nos foi recomendada e que sentíamos patrioticamente na obrigação de dar abrigo, como demos para outras pessoas. Recomendada? Sim, sempre surgem esses tipos de organização nesses períodos porque senão você não pode viver. Era uma rede subterrânea de meios para você proteger certas pessoas procuradas. A senhora foi muito criticada em 2002, quando Lula foi eleito presidente, por dizer que tinha medo do governo dele. Quem tinha medo, tinha razão? A resposta a essa pergunta está nos jornais todos os dias. O medo que tínhamos era de uma tomada de poder, de um certo obscurantismo e de coisas que pudessem tornar a vida das pessoas mais difícil. E nós tivemos todas essas coisas nesse governo. A começar pela corrupção, pelas mentiras, pelas falcatruas e pelas tentativas evidentes - entre parênteses pode colocar ministro Gushiken (ex-ministro Luiz Gushiken) - de se dominar a imprensa e os meios de comunicação. Não esquece de colocar Gushiken. Isso é terrível. Vivi em uma época de ditadura, de censura e fechamento dos meios de comunicação, que não quero nunca mais passar na minha vida. Não quero nem para mim, nem para o resto do Brasil. A senhora acha que o provável fracasso do governo do PT... (Beatriz interrompe) Por que tanto medo de falar a palavra fracasso? Medo? Sim, você mesmo agora está falando assim cheio de dedos. Claro que podemos falar fracasso e devemos falar assim. Não com a grosseria que certas pessoas falam, mas falar claramente porque é só assim que podemos esclarecer as pessoas. Quero dizer que todas as coisas que a gente temia aconteceram, estão aí. Inclusive essa derrocada do Congresso Nacional que está mergulhado em uma total falta de ética. Mas o temor que a senhora sentia de ter a voz calada por autoritarismo do governo não se concretizou. Você não se lembra de quando o Gushiken quis fazer aquele projeto para fiscalizar os jornais? Fiscalizar a imprensa? Você acha que há coisa mais grave do que aquilo? Aquilo ali foi uma atitude ditatorial. E vem o presidente da República dizer que não sabia de nada. Se não sabia tem que sair lá de cima. Se não sabia é porque não estava governando. Nosso medo se justificou plenamente. E continuo com esse medo. Mas, dentro de tudo o que a senhora já disse, o que mais pode acontecer de ruim? Uma reeleição. A senhora sempre gritou contra a meia-entrada do teatro. Ela ainda é um problema? Sempre foi e sempre será. O governo é que tem de oferecer a meia-entrada. O próprio STF (Supremo Tribunal Federal) julgou constitucional essa meia-entrada. Como é constitucional se eu sou particular e a Constituição diz que essa obrigação é do governo? É que os juízes que fazem isso não vão ao teatro e não têm noção de como ele funciona. Sem meia-entrada não ficaria difícil para estudantes e aposentados terem acesso às peças? Não sou eu quem tem que resolver isso. É um problema social que tem de ser resolvido em outros termos. Se o governo quer taxar o teatro, porque a meia-entrada é uma taxa de 50%, ele tem que me dar a contrapartida. Não sou eu quem tem que dar isso. O governo tem que pagar para eu dar a meia-entrada. Nós do teatro não somos contra a meia-entrada. Só achamos que a obrigação não é nossa, é do Estado. É bem provável que se os produtores deixarem para o governo a obrigação da meia-entrada, ela será extinta. Se isso acontecer, o teatro não vai esvaziar? E não haveria ainda mais prejuízos para vocês? Não, o prejuízo é a meia-entrada. Isso está confirmado com os borderôs. Você está raciocinando exatamente como eles raciocinam! Deixa eu explicar. Essa idéia de que a meia-entrada traz público ao teatro é uma mentira. Um deputado disse que a meia-entrada iria formar novas platéias. Isso é uma mentira, uma bobagem e uma ignorância. Quem vai ao teatro de graça ou pela metade do preço não volta se não for assim. Já tivemos que tirar espetáculos de cartaz no Rio de Janeiro porque a quantidade era tão grande que não dava nem para pagar o teatro. No Rio de Janeiro isso é pior ainda. Aqui (a meia-entrada) é para os velhos e os moços. Lá é para os velhos, os moços e toda a rede municipal de ensino. E outra coisa: todo mundo tem carteirinha falsa. Todo mundo? A carteirinha falsa de estudante está generalizada. É uma denúncia bem grave. Claro que é uma denúncia. A senhora tem provas? Estamos vendo isso no teatro todos os dias. Odette Roitman, sua famosa personagem da novela Vale Tudo, ainda a persegue? Persegue tanto que você não agüentou e fez essa pergunta.

Jornal da Tarde - A senhora, que irá aparecer em breve na nova novela Bicho do Mato, da Record, havia decidido não fazer mais novela. Por quê? Beatriz Segall - Porque eu gosto mais de teatro e porque eu ah... não sei. Não apareceu muita coisa mesmo para eu fazer em novela nesses últimos seis anos. Suas personagens foram, na maioria das vezes, vilãs e mulheres chiques. Não ficou difícil sair desse estereótipo? Não, já até fiz uma personagem pobre. Fiz mas não foi bom, não gostei. Por quê? Porque a novela não era muito agradável de se fazer. Que novela foi essa? Ah, é melhor nem dizer o nome. A TV é diferente do teatro, onde tenho mais liberdade e faço até as personagens boazinhas. É mais difícil fazer boazinhas? Isso é importante. Dentro da estrutura da novela, os papéis de pessoas más são, em geral, os que detonam todos os acontecimentos. E é por isso que de uns anos para cá as pessoas pararam de rejeitar os papéis negativos. Antigamente os atores queriam ganhar mais para fazer papel de maus. Hoje em dia acho que até pagariam por eles. A senhora deu mesmo abrigo a José Serra nos anos 70, quando ele era perseguido político? Se fazia muito isso durante a ditadura. Tínhamos que fazer. Éramos contra, havia gente sofrendo perseguição e tínhamos gente em casa até correndo risco de morte. A ditadura foi o fim das leis, da ordem, da segurança. E é o maior risco que se pode correr. Como foi isso? O Serra chegou escondido à sua casa? Havia uma certa segurança pelo fato de ele estar em casa. Ninguém podia imaginar que aquela pessoa estivesse escondida lá. Não foi nenhum grande sacrifício de minha parte, é bom frisar. Eu detesto quando as pessoas se fazem de heroínas. Mas era algo do tipo receber um amigo em casa? Era como receber uma pessoa que nos foi recomendada e que sentíamos patrioticamente na obrigação de dar abrigo, como demos para outras pessoas. Recomendada? Sim, sempre surgem esses tipos de organização nesses períodos porque senão você não pode viver. Era uma rede subterrânea de meios para você proteger certas pessoas procuradas. A senhora foi muito criticada em 2002, quando Lula foi eleito presidente, por dizer que tinha medo do governo dele. Quem tinha medo, tinha razão? A resposta a essa pergunta está nos jornais todos os dias. O medo que tínhamos era de uma tomada de poder, de um certo obscurantismo e de coisas que pudessem tornar a vida das pessoas mais difícil. E nós tivemos todas essas coisas nesse governo. A começar pela corrupção, pelas mentiras, pelas falcatruas e pelas tentativas evidentes - entre parênteses pode colocar ministro Gushiken (ex-ministro Luiz Gushiken) - de se dominar a imprensa e os meios de comunicação. Não esquece de colocar Gushiken. Isso é terrível. Vivi em uma época de ditadura, de censura e fechamento dos meios de comunicação, que não quero nunca mais passar na minha vida. Não quero nem para mim, nem para o resto do Brasil. A senhora acha que o provável fracasso do governo do PT... (Beatriz interrompe) Por que tanto medo de falar a palavra fracasso? Medo? Sim, você mesmo agora está falando assim cheio de dedos. Claro que podemos falar fracasso e devemos falar assim. Não com a grosseria que certas pessoas falam, mas falar claramente porque é só assim que podemos esclarecer as pessoas. Quero dizer que todas as coisas que a gente temia aconteceram, estão aí. Inclusive essa derrocada do Congresso Nacional que está mergulhado em uma total falta de ética. Mas o temor que a senhora sentia de ter a voz calada por autoritarismo do governo não se concretizou. Você não se lembra de quando o Gushiken quis fazer aquele projeto para fiscalizar os jornais? Fiscalizar a imprensa? Você acha que há coisa mais grave do que aquilo? Aquilo ali foi uma atitude ditatorial. E vem o presidente da República dizer que não sabia de nada. Se não sabia tem que sair lá de cima. Se não sabia é porque não estava governando. Nosso medo se justificou plenamente. E continuo com esse medo. Mas, dentro de tudo o que a senhora já disse, o que mais pode acontecer de ruim? Uma reeleição. A senhora sempre gritou contra a meia-entrada do teatro. Ela ainda é um problema? Sempre foi e sempre será. O governo é que tem de oferecer a meia-entrada. O próprio STF (Supremo Tribunal Federal) julgou constitucional essa meia-entrada. Como é constitucional se eu sou particular e a Constituição diz que essa obrigação é do governo? É que os juízes que fazem isso não vão ao teatro e não têm noção de como ele funciona. Sem meia-entrada não ficaria difícil para estudantes e aposentados terem acesso às peças? Não sou eu quem tem que resolver isso. É um problema social que tem de ser resolvido em outros termos. Se o governo quer taxar o teatro, porque a meia-entrada é uma taxa de 50%, ele tem que me dar a contrapartida. Não sou eu quem tem que dar isso. O governo tem que pagar para eu dar a meia-entrada. Nós do teatro não somos contra a meia-entrada. Só achamos que a obrigação não é nossa, é do Estado. É bem provável que se os produtores deixarem para o governo a obrigação da meia-entrada, ela será extinta. Se isso acontecer, o teatro não vai esvaziar? E não haveria ainda mais prejuízos para vocês? Não, o prejuízo é a meia-entrada. Isso está confirmado com os borderôs. Você está raciocinando exatamente como eles raciocinam! Deixa eu explicar. Essa idéia de que a meia-entrada traz público ao teatro é uma mentira. Um deputado disse que a meia-entrada iria formar novas platéias. Isso é uma mentira, uma bobagem e uma ignorância. Quem vai ao teatro de graça ou pela metade do preço não volta se não for assim. Já tivemos que tirar espetáculos de cartaz no Rio de Janeiro porque a quantidade era tão grande que não dava nem para pagar o teatro. No Rio de Janeiro isso é pior ainda. Aqui (a meia-entrada) é para os velhos e os moços. Lá é para os velhos, os moços e toda a rede municipal de ensino. E outra coisa: todo mundo tem carteirinha falsa. Todo mundo? A carteirinha falsa de estudante está generalizada. É uma denúncia bem grave. Claro que é uma denúncia. A senhora tem provas? Estamos vendo isso no teatro todos os dias. Odette Roitman, sua famosa personagem da novela Vale Tudo, ainda a persegue? Persegue tanto que você não agüentou e fez essa pergunta.

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