Bolsonaro avalia Roberto Alvim para chefiar a Cultura no governo


Posto foi ocupado há menos de um mês pelo economista Ricardo Braga; diretor da Funarte tem relação conturbada com Osmar Terra

Por Mateus Vargas

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) avalia nomear ao cargo de secretário Especial da Cultura do Ministério da Cidadania o atual diretor do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte, Roberto Alvim. Atual titular do cargo, o economista Ricardo Braga, deve assumir função no Ministério da Educação (MEC).

Roberto Alvimtem uma relação conturbada com o ministro da Cidadania, Osmar Terra Foto: Nilton Fukuda/ Estadão

No final de setembro, Alvim atacou com ofensas a atriz Fernanda Montenegro. Em uma postagem no Facebook, chamou Montenegro de "intocável" e "mentirosa", o que provocou a reação da classe artística.

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Bolsonaro e Alvim tiveram reunião no Palácio do Planalto nesta sexta-feira, 1. O presidente ainda discute como acomodar o diretor da Funarte e o ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), sob o mesmo teto. A relação de ambos é vista como conturbada por pessoas do governo. A ideia de transferir a gestão da Cultura ao MEC já teria sido descartada. Procurado via assessoria, Osmar Terra não vai comentar.

Em outubro, o ministro da Cidadania exonerou e, dias depois, readmitiu 19 servidores subordinados a Alvim. O movimento foi lido como tentativa frustrada de Terra mostrar força sob o diretor da Funarte.  

“Ele não tinha a equipe montada, me pediu para voltar atrás, que depois ele vai me indicar, foi isso. Está na fase de montagem (da equipe), tinha se queixado que não tinha ninguém, ele mesmo pediu para voltar atrás até ter a equipe, ter os nomes, então voltamos atrás”, justificou o ministro no último dia 11.

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Desde o recuo sobre as exonerações, Alvim tem sido chamado sozinho ao Planalto para debates do governo sobre cultura, área abrigada pelo ministério de Terra. O diretor da Funarte é um nome de confiança de Bolsonaro, que seria o fiador de sua indicação à secretaria de Cultura. 

Mudança no MEC

Titular da cultura desde o começo de setembro, o economista Ricardo Braga é cotado para assumir a Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior (Seres), do MEC. A pasta é estratégica para o ministério, pois aprova o credenciamento de novas faculdades e a abertura de novos cursos na rede particular de ensino.

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O ministro Terra foi alijado da escolha de Braga para a cultura. O currículo do economista só foi conhecido pelo ministro dias após a nomeação.

Braga assumiu a cultura após saída turbulenta do cargo de Henrique Pires. O ex-secretário deixou o governo após suspensão do edital que selecionava obras com temática LGBT para serem exibidas em TVs públicas. 

Pires afirmou, em entrevistas, que a suspensão foi a "gota d'água" e que pediu exoneração, apesar do ministro Terra ter reivindicado a autoria do pedido de demissão. 

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) avalia nomear ao cargo de secretário Especial da Cultura do Ministério da Cidadania o atual diretor do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte, Roberto Alvim. Atual titular do cargo, o economista Ricardo Braga, deve assumir função no Ministério da Educação (MEC).

Roberto Alvimtem uma relação conturbada com o ministro da Cidadania, Osmar Terra Foto: Nilton Fukuda/ Estadão

No final de setembro, Alvim atacou com ofensas a atriz Fernanda Montenegro. Em uma postagem no Facebook, chamou Montenegro de "intocável" e "mentirosa", o que provocou a reação da classe artística.

Bolsonaro e Alvim tiveram reunião no Palácio do Planalto nesta sexta-feira, 1. O presidente ainda discute como acomodar o diretor da Funarte e o ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), sob o mesmo teto. A relação de ambos é vista como conturbada por pessoas do governo. A ideia de transferir a gestão da Cultura ao MEC já teria sido descartada. Procurado via assessoria, Osmar Terra não vai comentar.

Em outubro, o ministro da Cidadania exonerou e, dias depois, readmitiu 19 servidores subordinados a Alvim. O movimento foi lido como tentativa frustrada de Terra mostrar força sob o diretor da Funarte.  

“Ele não tinha a equipe montada, me pediu para voltar atrás, que depois ele vai me indicar, foi isso. Está na fase de montagem (da equipe), tinha se queixado que não tinha ninguém, ele mesmo pediu para voltar atrás até ter a equipe, ter os nomes, então voltamos atrás”, justificou o ministro no último dia 11.

Desde o recuo sobre as exonerações, Alvim tem sido chamado sozinho ao Planalto para debates do governo sobre cultura, área abrigada pelo ministério de Terra. O diretor da Funarte é um nome de confiança de Bolsonaro, que seria o fiador de sua indicação à secretaria de Cultura. 

Mudança no MEC

Titular da cultura desde o começo de setembro, o economista Ricardo Braga é cotado para assumir a Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior (Seres), do MEC. A pasta é estratégica para o ministério, pois aprova o credenciamento de novas faculdades e a abertura de novos cursos na rede particular de ensino.

O ministro Terra foi alijado da escolha de Braga para a cultura. O currículo do economista só foi conhecido pelo ministro dias após a nomeação.

Braga assumiu a cultura após saída turbulenta do cargo de Henrique Pires. O ex-secretário deixou o governo após suspensão do edital que selecionava obras com temática LGBT para serem exibidas em TVs públicas. 

Pires afirmou, em entrevistas, que a suspensão foi a "gota d'água" e que pediu exoneração, apesar do ministro Terra ter reivindicado a autoria do pedido de demissão. 

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) avalia nomear ao cargo de secretário Especial da Cultura do Ministério da Cidadania o atual diretor do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte, Roberto Alvim. Atual titular do cargo, o economista Ricardo Braga, deve assumir função no Ministério da Educação (MEC).

Roberto Alvimtem uma relação conturbada com o ministro da Cidadania, Osmar Terra Foto: Nilton Fukuda/ Estadão

No final de setembro, Alvim atacou com ofensas a atriz Fernanda Montenegro. Em uma postagem no Facebook, chamou Montenegro de "intocável" e "mentirosa", o que provocou a reação da classe artística.

Bolsonaro e Alvim tiveram reunião no Palácio do Planalto nesta sexta-feira, 1. O presidente ainda discute como acomodar o diretor da Funarte e o ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), sob o mesmo teto. A relação de ambos é vista como conturbada por pessoas do governo. A ideia de transferir a gestão da Cultura ao MEC já teria sido descartada. Procurado via assessoria, Osmar Terra não vai comentar.

Em outubro, o ministro da Cidadania exonerou e, dias depois, readmitiu 19 servidores subordinados a Alvim. O movimento foi lido como tentativa frustrada de Terra mostrar força sob o diretor da Funarte.  

“Ele não tinha a equipe montada, me pediu para voltar atrás, que depois ele vai me indicar, foi isso. Está na fase de montagem (da equipe), tinha se queixado que não tinha ninguém, ele mesmo pediu para voltar atrás até ter a equipe, ter os nomes, então voltamos atrás”, justificou o ministro no último dia 11.

Desde o recuo sobre as exonerações, Alvim tem sido chamado sozinho ao Planalto para debates do governo sobre cultura, área abrigada pelo ministério de Terra. O diretor da Funarte é um nome de confiança de Bolsonaro, que seria o fiador de sua indicação à secretaria de Cultura. 

Mudança no MEC

Titular da cultura desde o começo de setembro, o economista Ricardo Braga é cotado para assumir a Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior (Seres), do MEC. A pasta é estratégica para o ministério, pois aprova o credenciamento de novas faculdades e a abertura de novos cursos na rede particular de ensino.

O ministro Terra foi alijado da escolha de Braga para a cultura. O currículo do economista só foi conhecido pelo ministro dias após a nomeação.

Braga assumiu a cultura após saída turbulenta do cargo de Henrique Pires. O ex-secretário deixou o governo após suspensão do edital que selecionava obras com temática LGBT para serem exibidas em TVs públicas. 

Pires afirmou, em entrevistas, que a suspensão foi a "gota d'água" e que pediu exoneração, apesar do ministro Terra ter reivindicado a autoria do pedido de demissão. 

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