Cérebro de pianistas reage diferente dependendo do gênero musical


Jazzistas lidam melhor com irregularidades harmônicas e músicos clássicos se adaptam à posições incomuns de dedos

Por Redação

Não é preciso ser um gênio musical para perceber a diferença entre uma execução de Arthur Rubinstein e uma de Duke Ellington. Ambos foram pianistas famosos do século 20, mas em gêneros diferentes. Enquanto a levada descontraída de Ellington em It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got Thet Swing) é a síntese do jazz, as mundialmente famosas gravações de Rubinstein de quase todas as obras de Frédéric Chopin ocupam um lugar especial no mundo clássico. As diferenças entre os dois músicos, porém, parecem ir além do desempenho e envolvem seus cérebros.

O pianista de jazz Duke Ellington Foto: Alamy/The Economist

Um novo estudo do Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro em Leipzig, Alemanha, mostra que a atividade cerebral de músicos de jazz e músicos clássicos é diferente – mesmo quando executando a mesma peça. Num certo sentido, isso vem das diferentes prioridades do gênero original do músico. Enquanto o improviso do jazz requer do músico mais foco em harmonia e na adaptação mais ágil a mudanças musicais inesperadas, músicos clássicos aprendem a dar mais ênfase à técnica, visando a uma execução mais fiel à proposta do compositor. 

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A equipe de pesquisadores monitorou o cérebro de 15 pianistas de jaz e de 15 pianistas clássicos enquanto reproduziam uma sequência de acordes mostrada numa tela. Mas havia dois obstáculos propositais. Podiam surgir a qualquer momento harmonias inusuais na sequência de acordes e/ou exigências inesperadas quanto à posição dos dedos no teclado. “Nessas condições, pudemos comparar os sinais cerebrais evocados para fazer frente às harmonias irregulares e às mudanças imprevistas dos dedos ao sinal evocado para a execução correta dos acordes usada como linha básica”, diz Roberta Bianco, uma das autoras do estudo. 

Utilizando sensores de eletrencefalografia (EEG) para gravar a atividade elétrica do cérebro, os pesquisadores descobriram que os pianistas clássicos, diante de uma inesperada ordem de acordes, experimentavam um aumento de atividade das ondas cerebrais “theta” – uma onda elétrica cerebral que aparece tipicamente quando alguém se depara com algo conflitante. As reações ao conflito pareceram retardar mais a execução dos pianistas clássicos que a dos pianistas de jazz, cujos cérebros se reprogramaram rapidamente para tocar os acordes solicitados. Bianco disse que isso ocorreu porque os pianistas de jazz estão mais acostumados a surpresas harmônicas e se ajustam mais facilmente a tocar sem hesitações. “Eles estavam prontos para prosseguir imediatamente, enquanto os pianistas clássicos tendiam a esperar um acorde tônico no final da sequência”, disse ela. 

Por outro lado, os pianistas clássicos tiveram menos erros em comparação a seus pares do jazz frente aos acordes convencionais, provavelmente por focarem mais esse aspecto do desempenho. Os pesquisadores descobriram evidências neurais – indicadas pelo decréscimo nas oscilações beta, outro tipo de onda elétrica cerebral, que ocorre tipicamente quando o cérebro entende uma ação como errada – de que os pianistas clássicos prestavam mais atenção ao movimento de dedos, enquanto os de jazz preocupavam-se mais com as harmonias. Enquanto os pianistas de jazz hesitaram menos frente a irregularidades harmônicas, os clássicos hesitaram menos diante de variações no uso dos dedos, o que indica que cada grupo era mais sensível a um dos dois aspectos e se concentrou mais nele. 

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O estudo conclui: “Essas descobertas demonstram que exigências e ações específicas de cada tipo de treinamento levam a pesos diferentes no planejamento.” Isso sugere a existência de diferentes referenciais impressos nos cérebros de músicos que se dedicam a um ou outro estilo. De fato, depois de a experiência ter chegado ao fim, houve, segundo Bianco, diferenças também no modo como os músicos reagiram a ela. Enquanto pianistas de jazz faziam comentários mais descontraídos sobre as irregularidades na harmonia, os clássicos faziam observações mais sérias sobre variações no uso dos dedos. 

Existem muitos estudos documentando com a execução musical impacta no cérebro – da memória à capacidade de solucionar problemas e ao comportamento. Mas o fato de a dedicação a diferentes gêneros resultar em cérebros musicalmente diferentes esclarece quão distintos são esses estilos musicais, e por que são raros os músicos que tocam jazz e clássico na mesma programação. Em 1997, numa entrevista à revista Piano and Keyboard perguntou-se ao pianista de jazz Keith Jarrett se ele cogitaria realizar um concerto com programação mista clássica e de jazz. Sua resposta: “Isso é uma insanidade total.”/ Tradução de Roberto Muniz 

Não é preciso ser um gênio musical para perceber a diferença entre uma execução de Arthur Rubinstein e uma de Duke Ellington. Ambos foram pianistas famosos do século 20, mas em gêneros diferentes. Enquanto a levada descontraída de Ellington em It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got Thet Swing) é a síntese do jazz, as mundialmente famosas gravações de Rubinstein de quase todas as obras de Frédéric Chopin ocupam um lugar especial no mundo clássico. As diferenças entre os dois músicos, porém, parecem ir além do desempenho e envolvem seus cérebros.

O pianista de jazz Duke Ellington Foto: Alamy/The Economist

Um novo estudo do Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro em Leipzig, Alemanha, mostra que a atividade cerebral de músicos de jazz e músicos clássicos é diferente – mesmo quando executando a mesma peça. Num certo sentido, isso vem das diferentes prioridades do gênero original do músico. Enquanto o improviso do jazz requer do músico mais foco em harmonia e na adaptação mais ágil a mudanças musicais inesperadas, músicos clássicos aprendem a dar mais ênfase à técnica, visando a uma execução mais fiel à proposta do compositor. 

A equipe de pesquisadores monitorou o cérebro de 15 pianistas de jaz e de 15 pianistas clássicos enquanto reproduziam uma sequência de acordes mostrada numa tela. Mas havia dois obstáculos propositais. Podiam surgir a qualquer momento harmonias inusuais na sequência de acordes e/ou exigências inesperadas quanto à posição dos dedos no teclado. “Nessas condições, pudemos comparar os sinais cerebrais evocados para fazer frente às harmonias irregulares e às mudanças imprevistas dos dedos ao sinal evocado para a execução correta dos acordes usada como linha básica”, diz Roberta Bianco, uma das autoras do estudo. 

Utilizando sensores de eletrencefalografia (EEG) para gravar a atividade elétrica do cérebro, os pesquisadores descobriram que os pianistas clássicos, diante de uma inesperada ordem de acordes, experimentavam um aumento de atividade das ondas cerebrais “theta” – uma onda elétrica cerebral que aparece tipicamente quando alguém se depara com algo conflitante. As reações ao conflito pareceram retardar mais a execução dos pianistas clássicos que a dos pianistas de jazz, cujos cérebros se reprogramaram rapidamente para tocar os acordes solicitados. Bianco disse que isso ocorreu porque os pianistas de jazz estão mais acostumados a surpresas harmônicas e se ajustam mais facilmente a tocar sem hesitações. “Eles estavam prontos para prosseguir imediatamente, enquanto os pianistas clássicos tendiam a esperar um acorde tônico no final da sequência”, disse ela. 

Por outro lado, os pianistas clássicos tiveram menos erros em comparação a seus pares do jazz frente aos acordes convencionais, provavelmente por focarem mais esse aspecto do desempenho. Os pesquisadores descobriram evidências neurais – indicadas pelo decréscimo nas oscilações beta, outro tipo de onda elétrica cerebral, que ocorre tipicamente quando o cérebro entende uma ação como errada – de que os pianistas clássicos prestavam mais atenção ao movimento de dedos, enquanto os de jazz preocupavam-se mais com as harmonias. Enquanto os pianistas de jazz hesitaram menos frente a irregularidades harmônicas, os clássicos hesitaram menos diante de variações no uso dos dedos, o que indica que cada grupo era mais sensível a um dos dois aspectos e se concentrou mais nele. 

O estudo conclui: “Essas descobertas demonstram que exigências e ações específicas de cada tipo de treinamento levam a pesos diferentes no planejamento.” Isso sugere a existência de diferentes referenciais impressos nos cérebros de músicos que se dedicam a um ou outro estilo. De fato, depois de a experiência ter chegado ao fim, houve, segundo Bianco, diferenças também no modo como os músicos reagiram a ela. Enquanto pianistas de jazz faziam comentários mais descontraídos sobre as irregularidades na harmonia, os clássicos faziam observações mais sérias sobre variações no uso dos dedos. 

Existem muitos estudos documentando com a execução musical impacta no cérebro – da memória à capacidade de solucionar problemas e ao comportamento. Mas o fato de a dedicação a diferentes gêneros resultar em cérebros musicalmente diferentes esclarece quão distintos são esses estilos musicais, e por que são raros os músicos que tocam jazz e clássico na mesma programação. Em 1997, numa entrevista à revista Piano and Keyboard perguntou-se ao pianista de jazz Keith Jarrett se ele cogitaria realizar um concerto com programação mista clássica e de jazz. Sua resposta: “Isso é uma insanidade total.”/ Tradução de Roberto Muniz 

Não é preciso ser um gênio musical para perceber a diferença entre uma execução de Arthur Rubinstein e uma de Duke Ellington. Ambos foram pianistas famosos do século 20, mas em gêneros diferentes. Enquanto a levada descontraída de Ellington em It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got Thet Swing) é a síntese do jazz, as mundialmente famosas gravações de Rubinstein de quase todas as obras de Frédéric Chopin ocupam um lugar especial no mundo clássico. As diferenças entre os dois músicos, porém, parecem ir além do desempenho e envolvem seus cérebros.

O pianista de jazz Duke Ellington Foto: Alamy/The Economist

Um novo estudo do Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro em Leipzig, Alemanha, mostra que a atividade cerebral de músicos de jazz e músicos clássicos é diferente – mesmo quando executando a mesma peça. Num certo sentido, isso vem das diferentes prioridades do gênero original do músico. Enquanto o improviso do jazz requer do músico mais foco em harmonia e na adaptação mais ágil a mudanças musicais inesperadas, músicos clássicos aprendem a dar mais ênfase à técnica, visando a uma execução mais fiel à proposta do compositor. 

A equipe de pesquisadores monitorou o cérebro de 15 pianistas de jaz e de 15 pianistas clássicos enquanto reproduziam uma sequência de acordes mostrada numa tela. Mas havia dois obstáculos propositais. Podiam surgir a qualquer momento harmonias inusuais na sequência de acordes e/ou exigências inesperadas quanto à posição dos dedos no teclado. “Nessas condições, pudemos comparar os sinais cerebrais evocados para fazer frente às harmonias irregulares e às mudanças imprevistas dos dedos ao sinal evocado para a execução correta dos acordes usada como linha básica”, diz Roberta Bianco, uma das autoras do estudo. 

Utilizando sensores de eletrencefalografia (EEG) para gravar a atividade elétrica do cérebro, os pesquisadores descobriram que os pianistas clássicos, diante de uma inesperada ordem de acordes, experimentavam um aumento de atividade das ondas cerebrais “theta” – uma onda elétrica cerebral que aparece tipicamente quando alguém se depara com algo conflitante. As reações ao conflito pareceram retardar mais a execução dos pianistas clássicos que a dos pianistas de jazz, cujos cérebros se reprogramaram rapidamente para tocar os acordes solicitados. Bianco disse que isso ocorreu porque os pianistas de jazz estão mais acostumados a surpresas harmônicas e se ajustam mais facilmente a tocar sem hesitações. “Eles estavam prontos para prosseguir imediatamente, enquanto os pianistas clássicos tendiam a esperar um acorde tônico no final da sequência”, disse ela. 

Por outro lado, os pianistas clássicos tiveram menos erros em comparação a seus pares do jazz frente aos acordes convencionais, provavelmente por focarem mais esse aspecto do desempenho. Os pesquisadores descobriram evidências neurais – indicadas pelo decréscimo nas oscilações beta, outro tipo de onda elétrica cerebral, que ocorre tipicamente quando o cérebro entende uma ação como errada – de que os pianistas clássicos prestavam mais atenção ao movimento de dedos, enquanto os de jazz preocupavam-se mais com as harmonias. Enquanto os pianistas de jazz hesitaram menos frente a irregularidades harmônicas, os clássicos hesitaram menos diante de variações no uso dos dedos, o que indica que cada grupo era mais sensível a um dos dois aspectos e se concentrou mais nele. 

O estudo conclui: “Essas descobertas demonstram que exigências e ações específicas de cada tipo de treinamento levam a pesos diferentes no planejamento.” Isso sugere a existência de diferentes referenciais impressos nos cérebros de músicos que se dedicam a um ou outro estilo. De fato, depois de a experiência ter chegado ao fim, houve, segundo Bianco, diferenças também no modo como os músicos reagiram a ela. Enquanto pianistas de jazz faziam comentários mais descontraídos sobre as irregularidades na harmonia, os clássicos faziam observações mais sérias sobre variações no uso dos dedos. 

Existem muitos estudos documentando com a execução musical impacta no cérebro – da memória à capacidade de solucionar problemas e ao comportamento. Mas o fato de a dedicação a diferentes gêneros resultar em cérebros musicalmente diferentes esclarece quão distintos são esses estilos musicais, e por que são raros os músicos que tocam jazz e clássico na mesma programação. Em 1997, numa entrevista à revista Piano and Keyboard perguntou-se ao pianista de jazz Keith Jarrett se ele cogitaria realizar um concerto com programação mista clássica e de jazz. Sua resposta: “Isso é uma insanidade total.”/ Tradução de Roberto Muniz 

Não é preciso ser um gênio musical para perceber a diferença entre uma execução de Arthur Rubinstein e uma de Duke Ellington. Ambos foram pianistas famosos do século 20, mas em gêneros diferentes. Enquanto a levada descontraída de Ellington em It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got Thet Swing) é a síntese do jazz, as mundialmente famosas gravações de Rubinstein de quase todas as obras de Frédéric Chopin ocupam um lugar especial no mundo clássico. As diferenças entre os dois músicos, porém, parecem ir além do desempenho e envolvem seus cérebros.

O pianista de jazz Duke Ellington Foto: Alamy/The Economist

Um novo estudo do Instituto Max Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro em Leipzig, Alemanha, mostra que a atividade cerebral de músicos de jazz e músicos clássicos é diferente – mesmo quando executando a mesma peça. Num certo sentido, isso vem das diferentes prioridades do gênero original do músico. Enquanto o improviso do jazz requer do músico mais foco em harmonia e na adaptação mais ágil a mudanças musicais inesperadas, músicos clássicos aprendem a dar mais ênfase à técnica, visando a uma execução mais fiel à proposta do compositor. 

A equipe de pesquisadores monitorou o cérebro de 15 pianistas de jaz e de 15 pianistas clássicos enquanto reproduziam uma sequência de acordes mostrada numa tela. Mas havia dois obstáculos propositais. Podiam surgir a qualquer momento harmonias inusuais na sequência de acordes e/ou exigências inesperadas quanto à posição dos dedos no teclado. “Nessas condições, pudemos comparar os sinais cerebrais evocados para fazer frente às harmonias irregulares e às mudanças imprevistas dos dedos ao sinal evocado para a execução correta dos acordes usada como linha básica”, diz Roberta Bianco, uma das autoras do estudo. 

Utilizando sensores de eletrencefalografia (EEG) para gravar a atividade elétrica do cérebro, os pesquisadores descobriram que os pianistas clássicos, diante de uma inesperada ordem de acordes, experimentavam um aumento de atividade das ondas cerebrais “theta” – uma onda elétrica cerebral que aparece tipicamente quando alguém se depara com algo conflitante. As reações ao conflito pareceram retardar mais a execução dos pianistas clássicos que a dos pianistas de jazz, cujos cérebros se reprogramaram rapidamente para tocar os acordes solicitados. Bianco disse que isso ocorreu porque os pianistas de jazz estão mais acostumados a surpresas harmônicas e se ajustam mais facilmente a tocar sem hesitações. “Eles estavam prontos para prosseguir imediatamente, enquanto os pianistas clássicos tendiam a esperar um acorde tônico no final da sequência”, disse ela. 

Por outro lado, os pianistas clássicos tiveram menos erros em comparação a seus pares do jazz frente aos acordes convencionais, provavelmente por focarem mais esse aspecto do desempenho. Os pesquisadores descobriram evidências neurais – indicadas pelo decréscimo nas oscilações beta, outro tipo de onda elétrica cerebral, que ocorre tipicamente quando o cérebro entende uma ação como errada – de que os pianistas clássicos prestavam mais atenção ao movimento de dedos, enquanto os de jazz preocupavam-se mais com as harmonias. Enquanto os pianistas de jazz hesitaram menos frente a irregularidades harmônicas, os clássicos hesitaram menos diante de variações no uso dos dedos, o que indica que cada grupo era mais sensível a um dos dois aspectos e se concentrou mais nele. 

O estudo conclui: “Essas descobertas demonstram que exigências e ações específicas de cada tipo de treinamento levam a pesos diferentes no planejamento.” Isso sugere a existência de diferentes referenciais impressos nos cérebros de músicos que se dedicam a um ou outro estilo. De fato, depois de a experiência ter chegado ao fim, houve, segundo Bianco, diferenças também no modo como os músicos reagiram a ela. Enquanto pianistas de jazz faziam comentários mais descontraídos sobre as irregularidades na harmonia, os clássicos faziam observações mais sérias sobre variações no uso dos dedos. 

Existem muitos estudos documentando com a execução musical impacta no cérebro – da memória à capacidade de solucionar problemas e ao comportamento. Mas o fato de a dedicação a diferentes gêneros resultar em cérebros musicalmente diferentes esclarece quão distintos são esses estilos musicais, e por que são raros os músicos que tocam jazz e clássico na mesma programação. Em 1997, numa entrevista à revista Piano and Keyboard perguntou-se ao pianista de jazz Keith Jarrett se ele cogitaria realizar um concerto com programação mista clássica e de jazz. Sua resposta: “Isso é uma insanidade total.”/ Tradução de Roberto Muniz 

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