O astro de Hollywood Ben Affleck nunca se sente como se estivesse envelhecendo. “Eu me olho no espelho e ainda acho que alguém na casa dos 30 anos estará lá”, contou ele à AFP.
"E você sabe o quê? Nunca está".
Mais de duas décadas se passaram desde que Affleck alcançou a fama com Gênio Indomável, no qual o veterano comediante Robin Williams interpretou o mentor do jovem prodígio interpretado por Matt Damon.
Além de protagonizar, Affleck escreveu o roteiro com Damon, seu amigo de infância, e a dupla ganhou um Oscar.
"Agora estou mais perto da idade ou até mais velho do que Robin quando interpretou esse papel, e é chocante", confessou Affleck, agora com 49 anos, à AFP.
No entanto, o ator reconhece que há benefícios quando se trata de interpretar personagens que "trilharam o caminho da vida", como o astuto tio que interpreta em The Tender Bar, em exibição nos cinemas dos Estados Unidos desde sexta-feira, 17.
“Não necessariamente tendem a ser os protagonistas, e isso muitas vezes também é uma coisa boa”, reconheceu Affleck.
Os heróis "basicamente têm que cultivar um certo conjunto de virtudes para que o público se identifique com eles, o que os simplifica de uma forma que torna um pouco mais difícil agir de forma realista", explicou.
"Acho as pessoas mais imperfeitas, de certa forma, mais interessantes".
Novos papéis
Em The Tender Bar o barman interpretado por Affleck intervém para ajudar a criar seu sobrinho incrivelmente inteligente depois que o menino é abandonado por seu pai, um famoso DJ de rádio.
O tio Charlie faz o possível para incutir no jovem "JR" os valores práticos da classe trabalhadora, promovendo o respeito pelas mulheres e alertando-o sobre os perigos do álcool.
Embora o filme tenha recebido críticas mistas, o desempenho de Affleck foi amplamente elogiado e lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro esta semana.
Mas essas coisas "não são mais importantes para mim do jeito que costumavam ser", disse Affleck, que ganhou seu segundo Oscar como produtor de Argo - vencedor de melhor filme -, que também dirigiu e estrelou.
Em Hollywood, há uma tendência de "perseguir compulsivamente o próximo emprego, sem se importar com mais nada".
Mas "o telefone pode parar de tocar" de repente, opinou.