Amos Gitai revela todo o horror da guerra


Em O Dia do Perdão, que estréia hoje, o diretor de Kadosh, que tem mais de 30 filmes na bagagem, exorcisa sua experiência na guerra ocorrida há 27 anos, no Oriente Médio

Por Agencia Estado

Amos Gitai pensava em seguir a carreira do pai, um arquiteto que teve certa projeção no movimento da Bauhaus, com Walter Gropius. E então veio a Guerra do Kippur, em 1973. Forças egípcias e sírias desfecharam um ataque-relâmpago a Israel, em pleno Dia do Perdão. Os israelenses reagiram, os combates foram encarniçados. O jovem Gitai participou das operações, integrado ao Exército de Israel. A Guerra do Kippur é o tema de O Dia do Perdão, que estréia hoje. É um dos filmes de guerra mais extraordinários de todos os tempos. No ano 2000, quando Kipour (título original) integrou a seleção oficial do Festival de Cannes, concorrendo à Palma de Ouro - afinal, vencida por Dançando no Escuro, de Lars Von Trier -, Gitai já havia contado ao repórter da Agência Estado a importância de que esse filme se revestia para ele. Não era só um comentário sobre (e contra) a guerra. Era também uma forma de exorcizar sua experiência na guerra. O que Gitai viu, marcou-o para sempre e reforçou a vocação humanista que já estava na base da educação familiar que recebeu. Desde então, Gitai já veio ao Brasil - para ser homenageado pelo Festival do Cinema Judaico, que, a propósito, voltará de novo, em agosto - e nunca deixou de conceder entrevistas ao Estado. A mais recente foi em janeiro, em Paris, durante o encontro do cinema francês promovido pela Unifrance, a agência nacional de cinema da França. O tema do encontro com o diretor era justamente O Dia do Perdão, mas ele falou também sobre Kedma, que integrava o Festival de Cinema Judaico de Paris. Estava irado. Os organizadores o hostilizavam por causa de sua oposição à coalizão de direita que governa Israel. Em janeiro, o governo dos EUA já estava se encaminhando para a guerra no Iraque e Gitai estava preocupado com a situação. Não pela necessidade de defender um tirano como Saddam Hussein, mas pelo significado desse gesto belicista (e expansionista) do presidente George W. Bush. Gitai não se esquece de sua experiência na Guerra do Kippur. "Estava num helicóptero militar que caiu." A cena é recriada em O Dia do Perdão. "O piloto era muito bom e conseguiu pousar, mesmo com o helicóptero em chamas." Gitai emergiu das chamas como um novo homem. "Havia sobrevivido e queria saber por que, para quê?" Ele já vinha documentando a guerra com uma pequena câmera portátil. Decidiu que, em vez de ser arquiteto, como o pai, queria ser cineasta. Por quê? "Queria fazer algo mais urgente, mais engajado do que a arquitetura." Clique aqui para ler mais

Amos Gitai pensava em seguir a carreira do pai, um arquiteto que teve certa projeção no movimento da Bauhaus, com Walter Gropius. E então veio a Guerra do Kippur, em 1973. Forças egípcias e sírias desfecharam um ataque-relâmpago a Israel, em pleno Dia do Perdão. Os israelenses reagiram, os combates foram encarniçados. O jovem Gitai participou das operações, integrado ao Exército de Israel. A Guerra do Kippur é o tema de O Dia do Perdão, que estréia hoje. É um dos filmes de guerra mais extraordinários de todos os tempos. No ano 2000, quando Kipour (título original) integrou a seleção oficial do Festival de Cannes, concorrendo à Palma de Ouro - afinal, vencida por Dançando no Escuro, de Lars Von Trier -, Gitai já havia contado ao repórter da Agência Estado a importância de que esse filme se revestia para ele. Não era só um comentário sobre (e contra) a guerra. Era também uma forma de exorcizar sua experiência na guerra. O que Gitai viu, marcou-o para sempre e reforçou a vocação humanista que já estava na base da educação familiar que recebeu. Desde então, Gitai já veio ao Brasil - para ser homenageado pelo Festival do Cinema Judaico, que, a propósito, voltará de novo, em agosto - e nunca deixou de conceder entrevistas ao Estado. A mais recente foi em janeiro, em Paris, durante o encontro do cinema francês promovido pela Unifrance, a agência nacional de cinema da França. O tema do encontro com o diretor era justamente O Dia do Perdão, mas ele falou também sobre Kedma, que integrava o Festival de Cinema Judaico de Paris. Estava irado. Os organizadores o hostilizavam por causa de sua oposição à coalizão de direita que governa Israel. Em janeiro, o governo dos EUA já estava se encaminhando para a guerra no Iraque e Gitai estava preocupado com a situação. Não pela necessidade de defender um tirano como Saddam Hussein, mas pelo significado desse gesto belicista (e expansionista) do presidente George W. Bush. Gitai não se esquece de sua experiência na Guerra do Kippur. "Estava num helicóptero militar que caiu." A cena é recriada em O Dia do Perdão. "O piloto era muito bom e conseguiu pousar, mesmo com o helicóptero em chamas." Gitai emergiu das chamas como um novo homem. "Havia sobrevivido e queria saber por que, para quê?" Ele já vinha documentando a guerra com uma pequena câmera portátil. Decidiu que, em vez de ser arquiteto, como o pai, queria ser cineasta. Por quê? "Queria fazer algo mais urgente, mais engajado do que a arquitetura." Clique aqui para ler mais

Amos Gitai pensava em seguir a carreira do pai, um arquiteto que teve certa projeção no movimento da Bauhaus, com Walter Gropius. E então veio a Guerra do Kippur, em 1973. Forças egípcias e sírias desfecharam um ataque-relâmpago a Israel, em pleno Dia do Perdão. Os israelenses reagiram, os combates foram encarniçados. O jovem Gitai participou das operações, integrado ao Exército de Israel. A Guerra do Kippur é o tema de O Dia do Perdão, que estréia hoje. É um dos filmes de guerra mais extraordinários de todos os tempos. No ano 2000, quando Kipour (título original) integrou a seleção oficial do Festival de Cannes, concorrendo à Palma de Ouro - afinal, vencida por Dançando no Escuro, de Lars Von Trier -, Gitai já havia contado ao repórter da Agência Estado a importância de que esse filme se revestia para ele. Não era só um comentário sobre (e contra) a guerra. Era também uma forma de exorcizar sua experiência na guerra. O que Gitai viu, marcou-o para sempre e reforçou a vocação humanista que já estava na base da educação familiar que recebeu. Desde então, Gitai já veio ao Brasil - para ser homenageado pelo Festival do Cinema Judaico, que, a propósito, voltará de novo, em agosto - e nunca deixou de conceder entrevistas ao Estado. A mais recente foi em janeiro, em Paris, durante o encontro do cinema francês promovido pela Unifrance, a agência nacional de cinema da França. O tema do encontro com o diretor era justamente O Dia do Perdão, mas ele falou também sobre Kedma, que integrava o Festival de Cinema Judaico de Paris. Estava irado. Os organizadores o hostilizavam por causa de sua oposição à coalizão de direita que governa Israel. Em janeiro, o governo dos EUA já estava se encaminhando para a guerra no Iraque e Gitai estava preocupado com a situação. Não pela necessidade de defender um tirano como Saddam Hussein, mas pelo significado desse gesto belicista (e expansionista) do presidente George W. Bush. Gitai não se esquece de sua experiência na Guerra do Kippur. "Estava num helicóptero militar que caiu." A cena é recriada em O Dia do Perdão. "O piloto era muito bom e conseguiu pousar, mesmo com o helicóptero em chamas." Gitai emergiu das chamas como um novo homem. "Havia sobrevivido e queria saber por que, para quê?" Ele já vinha documentando a guerra com uma pequena câmera portátil. Decidiu que, em vez de ser arquiteto, como o pai, queria ser cineasta. Por quê? "Queria fazer algo mais urgente, mais engajado do que a arquitetura." Clique aqui para ler mais

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.