‘Amsterdam’ traz Bale e Margot Robbie em trama de conspiração


Longa-metragem de David O. Russell apresenta grande elenco em história inspirada em fatos

Por Matheus Mans

Estreia nos cinemas desta quinta-feira, 6, Amsterdam não pode ser considerado apenas um filme de David O. Russell (O Lado Bom da Vida, Trapaça). O cineasta, que tem fama de reunir grandes elencos na mesma medida que é conhecido por não ser muito agradável nos bastidores, assina o roteiro e a direção do longa-metragem. No entanto, a ideia do filme foi pensada ao longo de improváveis seis anos com um nome forte da indústria: Christian Bale.

O astro, visto recentemente como o vilão de Thor: Amor e Trovão, se reuniu com o diretor norte-americano ao longo de seis anos em restaurantes, regados a cafés e ovos mexidos. Começaram com a ideia de falar sobre um médico e depois passaram a desenvolver a ideia das situações inacreditáveis que rondam esse personagem. Aos poucos, os atores e parceiros de cena Margot Robbie e John David Washington participaram das tais reuniões.

Hoje, o resultado que se vê na tela é essencialmente um filme de conspiração. Passado nos anos 1930, o longa-metragem fala sobre dois amigos (Bale e Washington) que presenciam o assassinato da filha de um amigo, também morto. A partir daí, mesmo sem querer, entram em uma espiral de acontecimentos - que vai desde a relação com dois estranhos policiais, o surgimento da amizade com Robbie, a história de um general conceituado e por aí vai.

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Cena do filme 'Amsterdam', de David O. Russell, com Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Rami Malek, Chris Rock e Robert De Niro. Foto: 20th Century Studios

“Queríamos ter três melhores amigos que pudessem lidar com qualquer situação, e que passassem por algo juntos que fosse épico, divertido de seguir, inspirador e também iluminasse alguma história que muitas pessoas não conhecem”, contextualiza o diretor David O. Russell em entrevista ao site americano Collider. “Após escrever sozinho por 30 anos, é bom poder conversar com um amigo, colega e colaborador para crescermos juntos”.

Além do trio Robbie, Washington e Bale, que já renderia um filme com atenção o suficiente, Amsterdam ainda traz outros grandes nomes da indústria: Robert de Niro, Rami Malek, Andrea Riseborough, Anya Taylor-Joy, Chris Rock, Matthias Schoenaerts, Michael Shannon, Mike Myers, Taylor Swift, Timothy Olyphant, Zoe Saldaña. Obviamente, vários desses atores acabam em um limbo de subproveitamento, mas ainda assim abrilhantam a produção.

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Tudo isso mesmo com Russell enfrentando a fama de ser duro demais no set de filmagens. Há um vídeo do diretor gritando com Lily Tomlin enquanto filmava Huckabees: A Vida é uma Comédia. Também há boatos de que ele teria trocado sopapos com George Clooney nas filmagens de Três Reis e, ainda, de que foi agressivo com Amy Adams em Trapaça. Bale, porém, reafirma que quer voltar a trabalhar com o diretor. “David é único. Ele é muito especial”, disse Bale, também com fama de poucos amigos, na entrevista para a Collider.

E a história real?

Interessante notar que, assim como Trapaça, Russell vagamente se inspirou em fatos para compor sua história. O personagem de Bale é baseado em um homem real chamado Dr. Shields, enquanto o general interpretado por Robert de Niro é a releitura de Russell para um militar americano que teria sido aliciado a tentar um golpe de estado. Com isso, Amsterdam disserta sobre liberdade, conchavos e como o poder anda, por vezes, nas sombras.

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Como dito por Russell, aliás, é uma história que quase ninguém conhece - Joy e Trapaça, aliás, seguem o mesmo caminho, de recuperar tramas curiosas esquecidas na memória coletiva. O próprio De Niro nunca tinha sequer ouvido falar no tal Smedley Butler. “”Eu nunca soube de Smedley até que David me contou sobre ele, mas ele foi importante para falar a verdade após a Primeira Guerra Mundial”, diz De Niro, ao Sidney Morning Herald.

No entanto, mais do que fatos, a alma de Amsterdam é os personagens, característica tão marcante no cinema de Russell - que, muitas vezes, peca em contar histórias realmente interessantes. Bale, ao jornal Sidney Morning Herald, explica que tudo foi escrito com afinco. “Anotando ideias em guardanapos, trabalhando e reescrevendo, quero dizer, David poderia escrever um romance de todos os diferentes personagens”, diz. “Tenho rascunhos de roteiro por toda a minha casa, você abre uma gaveta na cozinha e há outro roteiro.”

Estreia nos cinemas desta quinta-feira, 6, Amsterdam não pode ser considerado apenas um filme de David O. Russell (O Lado Bom da Vida, Trapaça). O cineasta, que tem fama de reunir grandes elencos na mesma medida que é conhecido por não ser muito agradável nos bastidores, assina o roteiro e a direção do longa-metragem. No entanto, a ideia do filme foi pensada ao longo de improváveis seis anos com um nome forte da indústria: Christian Bale.

O astro, visto recentemente como o vilão de Thor: Amor e Trovão, se reuniu com o diretor norte-americano ao longo de seis anos em restaurantes, regados a cafés e ovos mexidos. Começaram com a ideia de falar sobre um médico e depois passaram a desenvolver a ideia das situações inacreditáveis que rondam esse personagem. Aos poucos, os atores e parceiros de cena Margot Robbie e John David Washington participaram das tais reuniões.

Hoje, o resultado que se vê na tela é essencialmente um filme de conspiração. Passado nos anos 1930, o longa-metragem fala sobre dois amigos (Bale e Washington) que presenciam o assassinato da filha de um amigo, também morto. A partir daí, mesmo sem querer, entram em uma espiral de acontecimentos - que vai desde a relação com dois estranhos policiais, o surgimento da amizade com Robbie, a história de um general conceituado e por aí vai.

Cena do filme 'Amsterdam', de David O. Russell, com Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Rami Malek, Chris Rock e Robert De Niro. Foto: 20th Century Studios

“Queríamos ter três melhores amigos que pudessem lidar com qualquer situação, e que passassem por algo juntos que fosse épico, divertido de seguir, inspirador e também iluminasse alguma história que muitas pessoas não conhecem”, contextualiza o diretor David O. Russell em entrevista ao site americano Collider. “Após escrever sozinho por 30 anos, é bom poder conversar com um amigo, colega e colaborador para crescermos juntos”.

Além do trio Robbie, Washington e Bale, que já renderia um filme com atenção o suficiente, Amsterdam ainda traz outros grandes nomes da indústria: Robert de Niro, Rami Malek, Andrea Riseborough, Anya Taylor-Joy, Chris Rock, Matthias Schoenaerts, Michael Shannon, Mike Myers, Taylor Swift, Timothy Olyphant, Zoe Saldaña. Obviamente, vários desses atores acabam em um limbo de subproveitamento, mas ainda assim abrilhantam a produção.

Tudo isso mesmo com Russell enfrentando a fama de ser duro demais no set de filmagens. Há um vídeo do diretor gritando com Lily Tomlin enquanto filmava Huckabees: A Vida é uma Comédia. Também há boatos de que ele teria trocado sopapos com George Clooney nas filmagens de Três Reis e, ainda, de que foi agressivo com Amy Adams em Trapaça. Bale, porém, reafirma que quer voltar a trabalhar com o diretor. “David é único. Ele é muito especial”, disse Bale, também com fama de poucos amigos, na entrevista para a Collider.

E a história real?

Interessante notar que, assim como Trapaça, Russell vagamente se inspirou em fatos para compor sua história. O personagem de Bale é baseado em um homem real chamado Dr. Shields, enquanto o general interpretado por Robert de Niro é a releitura de Russell para um militar americano que teria sido aliciado a tentar um golpe de estado. Com isso, Amsterdam disserta sobre liberdade, conchavos e como o poder anda, por vezes, nas sombras.

Como dito por Russell, aliás, é uma história que quase ninguém conhece - Joy e Trapaça, aliás, seguem o mesmo caminho, de recuperar tramas curiosas esquecidas na memória coletiva. O próprio De Niro nunca tinha sequer ouvido falar no tal Smedley Butler. “”Eu nunca soube de Smedley até que David me contou sobre ele, mas ele foi importante para falar a verdade após a Primeira Guerra Mundial”, diz De Niro, ao Sidney Morning Herald.

No entanto, mais do que fatos, a alma de Amsterdam é os personagens, característica tão marcante no cinema de Russell - que, muitas vezes, peca em contar histórias realmente interessantes. Bale, ao jornal Sidney Morning Herald, explica que tudo foi escrito com afinco. “Anotando ideias em guardanapos, trabalhando e reescrevendo, quero dizer, David poderia escrever um romance de todos os diferentes personagens”, diz. “Tenho rascunhos de roteiro por toda a minha casa, você abre uma gaveta na cozinha e há outro roteiro.”

Estreia nos cinemas desta quinta-feira, 6, Amsterdam não pode ser considerado apenas um filme de David O. Russell (O Lado Bom da Vida, Trapaça). O cineasta, que tem fama de reunir grandes elencos na mesma medida que é conhecido por não ser muito agradável nos bastidores, assina o roteiro e a direção do longa-metragem. No entanto, a ideia do filme foi pensada ao longo de improváveis seis anos com um nome forte da indústria: Christian Bale.

O astro, visto recentemente como o vilão de Thor: Amor e Trovão, se reuniu com o diretor norte-americano ao longo de seis anos em restaurantes, regados a cafés e ovos mexidos. Começaram com a ideia de falar sobre um médico e depois passaram a desenvolver a ideia das situações inacreditáveis que rondam esse personagem. Aos poucos, os atores e parceiros de cena Margot Robbie e John David Washington participaram das tais reuniões.

Hoje, o resultado que se vê na tela é essencialmente um filme de conspiração. Passado nos anos 1930, o longa-metragem fala sobre dois amigos (Bale e Washington) que presenciam o assassinato da filha de um amigo, também morto. A partir daí, mesmo sem querer, entram em uma espiral de acontecimentos - que vai desde a relação com dois estranhos policiais, o surgimento da amizade com Robbie, a história de um general conceituado e por aí vai.

Cena do filme 'Amsterdam', de David O. Russell, com Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Rami Malek, Chris Rock e Robert De Niro. Foto: 20th Century Studios

“Queríamos ter três melhores amigos que pudessem lidar com qualquer situação, e que passassem por algo juntos que fosse épico, divertido de seguir, inspirador e também iluminasse alguma história que muitas pessoas não conhecem”, contextualiza o diretor David O. Russell em entrevista ao site americano Collider. “Após escrever sozinho por 30 anos, é bom poder conversar com um amigo, colega e colaborador para crescermos juntos”.

Além do trio Robbie, Washington e Bale, que já renderia um filme com atenção o suficiente, Amsterdam ainda traz outros grandes nomes da indústria: Robert de Niro, Rami Malek, Andrea Riseborough, Anya Taylor-Joy, Chris Rock, Matthias Schoenaerts, Michael Shannon, Mike Myers, Taylor Swift, Timothy Olyphant, Zoe Saldaña. Obviamente, vários desses atores acabam em um limbo de subproveitamento, mas ainda assim abrilhantam a produção.

Tudo isso mesmo com Russell enfrentando a fama de ser duro demais no set de filmagens. Há um vídeo do diretor gritando com Lily Tomlin enquanto filmava Huckabees: A Vida é uma Comédia. Também há boatos de que ele teria trocado sopapos com George Clooney nas filmagens de Três Reis e, ainda, de que foi agressivo com Amy Adams em Trapaça. Bale, porém, reafirma que quer voltar a trabalhar com o diretor. “David é único. Ele é muito especial”, disse Bale, também com fama de poucos amigos, na entrevista para a Collider.

E a história real?

Interessante notar que, assim como Trapaça, Russell vagamente se inspirou em fatos para compor sua história. O personagem de Bale é baseado em um homem real chamado Dr. Shields, enquanto o general interpretado por Robert de Niro é a releitura de Russell para um militar americano que teria sido aliciado a tentar um golpe de estado. Com isso, Amsterdam disserta sobre liberdade, conchavos e como o poder anda, por vezes, nas sombras.

Como dito por Russell, aliás, é uma história que quase ninguém conhece - Joy e Trapaça, aliás, seguem o mesmo caminho, de recuperar tramas curiosas esquecidas na memória coletiva. O próprio De Niro nunca tinha sequer ouvido falar no tal Smedley Butler. “”Eu nunca soube de Smedley até que David me contou sobre ele, mas ele foi importante para falar a verdade após a Primeira Guerra Mundial”, diz De Niro, ao Sidney Morning Herald.

No entanto, mais do que fatos, a alma de Amsterdam é os personagens, característica tão marcante no cinema de Russell - que, muitas vezes, peca em contar histórias realmente interessantes. Bale, ao jornal Sidney Morning Herald, explica que tudo foi escrito com afinco. “Anotando ideias em guardanapos, trabalhando e reescrevendo, quero dizer, David poderia escrever um romance de todos os diferentes personagens”, diz. “Tenho rascunhos de roteiro por toda a minha casa, você abre uma gaveta na cozinha e há outro roteiro.”

Estreia nos cinemas desta quinta-feira, 6, Amsterdam não pode ser considerado apenas um filme de David O. Russell (O Lado Bom da Vida, Trapaça). O cineasta, que tem fama de reunir grandes elencos na mesma medida que é conhecido por não ser muito agradável nos bastidores, assina o roteiro e a direção do longa-metragem. No entanto, a ideia do filme foi pensada ao longo de improváveis seis anos com um nome forte da indústria: Christian Bale.

O astro, visto recentemente como o vilão de Thor: Amor e Trovão, se reuniu com o diretor norte-americano ao longo de seis anos em restaurantes, regados a cafés e ovos mexidos. Começaram com a ideia de falar sobre um médico e depois passaram a desenvolver a ideia das situações inacreditáveis que rondam esse personagem. Aos poucos, os atores e parceiros de cena Margot Robbie e John David Washington participaram das tais reuniões.

Hoje, o resultado que se vê na tela é essencialmente um filme de conspiração. Passado nos anos 1930, o longa-metragem fala sobre dois amigos (Bale e Washington) que presenciam o assassinato da filha de um amigo, também morto. A partir daí, mesmo sem querer, entram em uma espiral de acontecimentos - que vai desde a relação com dois estranhos policiais, o surgimento da amizade com Robbie, a história de um general conceituado e por aí vai.

Cena do filme 'Amsterdam', de David O. Russell, com Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Rami Malek, Chris Rock e Robert De Niro. Foto: 20th Century Studios

“Queríamos ter três melhores amigos que pudessem lidar com qualquer situação, e que passassem por algo juntos que fosse épico, divertido de seguir, inspirador e também iluminasse alguma história que muitas pessoas não conhecem”, contextualiza o diretor David O. Russell em entrevista ao site americano Collider. “Após escrever sozinho por 30 anos, é bom poder conversar com um amigo, colega e colaborador para crescermos juntos”.

Além do trio Robbie, Washington e Bale, que já renderia um filme com atenção o suficiente, Amsterdam ainda traz outros grandes nomes da indústria: Robert de Niro, Rami Malek, Andrea Riseborough, Anya Taylor-Joy, Chris Rock, Matthias Schoenaerts, Michael Shannon, Mike Myers, Taylor Swift, Timothy Olyphant, Zoe Saldaña. Obviamente, vários desses atores acabam em um limbo de subproveitamento, mas ainda assim abrilhantam a produção.

Tudo isso mesmo com Russell enfrentando a fama de ser duro demais no set de filmagens. Há um vídeo do diretor gritando com Lily Tomlin enquanto filmava Huckabees: A Vida é uma Comédia. Também há boatos de que ele teria trocado sopapos com George Clooney nas filmagens de Três Reis e, ainda, de que foi agressivo com Amy Adams em Trapaça. Bale, porém, reafirma que quer voltar a trabalhar com o diretor. “David é único. Ele é muito especial”, disse Bale, também com fama de poucos amigos, na entrevista para a Collider.

E a história real?

Interessante notar que, assim como Trapaça, Russell vagamente se inspirou em fatos para compor sua história. O personagem de Bale é baseado em um homem real chamado Dr. Shields, enquanto o general interpretado por Robert de Niro é a releitura de Russell para um militar americano que teria sido aliciado a tentar um golpe de estado. Com isso, Amsterdam disserta sobre liberdade, conchavos e como o poder anda, por vezes, nas sombras.

Como dito por Russell, aliás, é uma história que quase ninguém conhece - Joy e Trapaça, aliás, seguem o mesmo caminho, de recuperar tramas curiosas esquecidas na memória coletiva. O próprio De Niro nunca tinha sequer ouvido falar no tal Smedley Butler. “”Eu nunca soube de Smedley até que David me contou sobre ele, mas ele foi importante para falar a verdade após a Primeira Guerra Mundial”, diz De Niro, ao Sidney Morning Herald.

No entanto, mais do que fatos, a alma de Amsterdam é os personagens, característica tão marcante no cinema de Russell - que, muitas vezes, peca em contar histórias realmente interessantes. Bale, ao jornal Sidney Morning Herald, explica que tudo foi escrito com afinco. “Anotando ideias em guardanapos, trabalhando e reescrevendo, quero dizer, David poderia escrever um romance de todos os diferentes personagens”, diz. “Tenho rascunhos de roteiro por toda a minha casa, você abre uma gaveta na cozinha e há outro roteiro.”

Estreia nos cinemas desta quinta-feira, 6, Amsterdam não pode ser considerado apenas um filme de David O. Russell (O Lado Bom da Vida, Trapaça). O cineasta, que tem fama de reunir grandes elencos na mesma medida que é conhecido por não ser muito agradável nos bastidores, assina o roteiro e a direção do longa-metragem. No entanto, a ideia do filme foi pensada ao longo de improváveis seis anos com um nome forte da indústria: Christian Bale.

O astro, visto recentemente como o vilão de Thor: Amor e Trovão, se reuniu com o diretor norte-americano ao longo de seis anos em restaurantes, regados a cafés e ovos mexidos. Começaram com a ideia de falar sobre um médico e depois passaram a desenvolver a ideia das situações inacreditáveis que rondam esse personagem. Aos poucos, os atores e parceiros de cena Margot Robbie e John David Washington participaram das tais reuniões.

Hoje, o resultado que se vê na tela é essencialmente um filme de conspiração. Passado nos anos 1930, o longa-metragem fala sobre dois amigos (Bale e Washington) que presenciam o assassinato da filha de um amigo, também morto. A partir daí, mesmo sem querer, entram em uma espiral de acontecimentos - que vai desde a relação com dois estranhos policiais, o surgimento da amizade com Robbie, a história de um general conceituado e por aí vai.

Cena do filme 'Amsterdam', de David O. Russell, com Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Rami Malek, Chris Rock e Robert De Niro. Foto: 20th Century Studios

“Queríamos ter três melhores amigos que pudessem lidar com qualquer situação, e que passassem por algo juntos que fosse épico, divertido de seguir, inspirador e também iluminasse alguma história que muitas pessoas não conhecem”, contextualiza o diretor David O. Russell em entrevista ao site americano Collider. “Após escrever sozinho por 30 anos, é bom poder conversar com um amigo, colega e colaborador para crescermos juntos”.

Além do trio Robbie, Washington e Bale, que já renderia um filme com atenção o suficiente, Amsterdam ainda traz outros grandes nomes da indústria: Robert de Niro, Rami Malek, Andrea Riseborough, Anya Taylor-Joy, Chris Rock, Matthias Schoenaerts, Michael Shannon, Mike Myers, Taylor Swift, Timothy Olyphant, Zoe Saldaña. Obviamente, vários desses atores acabam em um limbo de subproveitamento, mas ainda assim abrilhantam a produção.

Tudo isso mesmo com Russell enfrentando a fama de ser duro demais no set de filmagens. Há um vídeo do diretor gritando com Lily Tomlin enquanto filmava Huckabees: A Vida é uma Comédia. Também há boatos de que ele teria trocado sopapos com George Clooney nas filmagens de Três Reis e, ainda, de que foi agressivo com Amy Adams em Trapaça. Bale, porém, reafirma que quer voltar a trabalhar com o diretor. “David é único. Ele é muito especial”, disse Bale, também com fama de poucos amigos, na entrevista para a Collider.

E a história real?

Interessante notar que, assim como Trapaça, Russell vagamente se inspirou em fatos para compor sua história. O personagem de Bale é baseado em um homem real chamado Dr. Shields, enquanto o general interpretado por Robert de Niro é a releitura de Russell para um militar americano que teria sido aliciado a tentar um golpe de estado. Com isso, Amsterdam disserta sobre liberdade, conchavos e como o poder anda, por vezes, nas sombras.

Como dito por Russell, aliás, é uma história que quase ninguém conhece - Joy e Trapaça, aliás, seguem o mesmo caminho, de recuperar tramas curiosas esquecidas na memória coletiva. O próprio De Niro nunca tinha sequer ouvido falar no tal Smedley Butler. “”Eu nunca soube de Smedley até que David me contou sobre ele, mas ele foi importante para falar a verdade após a Primeira Guerra Mundial”, diz De Niro, ao Sidney Morning Herald.

No entanto, mais do que fatos, a alma de Amsterdam é os personagens, característica tão marcante no cinema de Russell - que, muitas vezes, peca em contar histórias realmente interessantes. Bale, ao jornal Sidney Morning Herald, explica que tudo foi escrito com afinco. “Anotando ideias em guardanapos, trabalhando e reescrevendo, quero dizer, David poderia escrever um romance de todos os diferentes personagens”, diz. “Tenho rascunhos de roteiro por toda a minha casa, você abre uma gaveta na cozinha e há outro roteiro.”

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