Análise: ‘Era Uma Vez Um Gênio’ explora com maestria a arte de contar uma história


Filme com Idris Elba e Tilda Swinton tem direção de George Miller

Por Luiz Carlos Merten

Três mil anos de anseio, de desejo? O novo longa de George Miller, Three Thousand Years of Longing, recebeu no Brasil o título de Era Uma Vez Um Gênio. O original é mais complexo, mas o brasileiro mata logo uma charada. Era uma vez... Assim começam as fábulas e o filme é sobre o improvável - impossível? - encontro da acadêmica Tilda Swinton, que estuda as narrativas mitológicas de diferentes culturas, com o gênio da garrafa. Idris Elba é quem faz o papel e nesta terça, 6, ele completou 50 anos. Como gênio, apresenta-se a Tilda - ela se chama Alithea - e lhe oferece os tradicionais três desejos. Ela hesita - o que se pode fazer com três desejos? Invertendo a fábula clássica - Xerazade, a contadora de histórias -, o gênio conta a Elithrea a história dos seus 3 mil anos de solidão.

De volta a Cannes. Em maio, de volta ao holofote do festival, George Miller viu sua obra aclamada. Foram longos minutos de standing ovation. Em 2015, ele já mostrara, também fora de concurso, Mad Max - Estrada da Fúria. No ano seguinte, voltou como presidente do júri que esnobou Kleber Mendonça Filho (Aquarius) e Paul Verhoeven (Elle) e outorgou a Palma de Ouro a Ken Loach, por Eu, Daniel Blake. Nada mais distante do universo de Miller do que o naturalismo do autor britânico. Ele avisara - na coletiva de seu júri, Miller anunciou que estava disposto a ver, e celebrar, a diversidade do cinema mundial. Vale uma recapitulada. Miller não inventou, mas certamente contribuiu para o cinema como território do futurismo distópico.

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Idris Elba e Tilda Swinton em cena do filme 'Era Uma Vez Um Gênio' (Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures) Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures

Mad Max, o primeiro, fez história. Projetou o jovem Mel Gibson. Seguiram-se o 2, A Caçada Continua, e o 3, Além da Cúpula do Trovão. Mad Max torna-se gladiador na cidade governada por Tina Turner. É abandonado para morrer no deserto e recolhido por crianças selvagens. Volta com elas para instaurar uma nova ordem. Um barroco delirante contamina o relato, destaca Jean Tulard no Dicionário de Cinema. Tina canta a antológica We Don’t Need Another Hero. Passaram-se 30 anos antes que Miller voltasse a Mad Max no operático Estrada da Fúria. Não mais Mel Gibson - Tom Hardy e Charlyze Theron, Furiosa.

Miller tem testado sua habilidade para contar histórias. Era Uma Vez Um Gênio é sobre isso. Idris conta histórias de amor e traição, de amor e guerra, de amor e violência. Sempre o amor. Alithea resiste - até quando? O espectador entrega-se logo à volúpia com que Miller adota diferentes estilos para contar as histórias. Como ele gosta de dizer: “No cinema, deveria-se colocar o cinto de segurança”. A trilha de Junkie XL é personagem. A melancólica música final introduz uma nota de estranhamento. O amor é mais intenso quando inatingível?

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Três mil anos de anseio, de desejo? O novo longa de George Miller, Three Thousand Years of Longing, recebeu no Brasil o título de Era Uma Vez Um Gênio. O original é mais complexo, mas o brasileiro mata logo uma charada. Era uma vez... Assim começam as fábulas e o filme é sobre o improvável - impossível? - encontro da acadêmica Tilda Swinton, que estuda as narrativas mitológicas de diferentes culturas, com o gênio da garrafa. Idris Elba é quem faz o papel e nesta terça, 6, ele completou 50 anos. Como gênio, apresenta-se a Tilda - ela se chama Alithea - e lhe oferece os tradicionais três desejos. Ela hesita - o que se pode fazer com três desejos? Invertendo a fábula clássica - Xerazade, a contadora de histórias -, o gênio conta a Elithrea a história dos seus 3 mil anos de solidão.

De volta a Cannes. Em maio, de volta ao holofote do festival, George Miller viu sua obra aclamada. Foram longos minutos de standing ovation. Em 2015, ele já mostrara, também fora de concurso, Mad Max - Estrada da Fúria. No ano seguinte, voltou como presidente do júri que esnobou Kleber Mendonça Filho (Aquarius) e Paul Verhoeven (Elle) e outorgou a Palma de Ouro a Ken Loach, por Eu, Daniel Blake. Nada mais distante do universo de Miller do que o naturalismo do autor britânico. Ele avisara - na coletiva de seu júri, Miller anunciou que estava disposto a ver, e celebrar, a diversidade do cinema mundial. Vale uma recapitulada. Miller não inventou, mas certamente contribuiu para o cinema como território do futurismo distópico.

Idris Elba e Tilda Swinton em cena do filme 'Era Uma Vez Um Gênio' (Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures) Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures

Mad Max, o primeiro, fez história. Projetou o jovem Mel Gibson. Seguiram-se o 2, A Caçada Continua, e o 3, Além da Cúpula do Trovão. Mad Max torna-se gladiador na cidade governada por Tina Turner. É abandonado para morrer no deserto e recolhido por crianças selvagens. Volta com elas para instaurar uma nova ordem. Um barroco delirante contamina o relato, destaca Jean Tulard no Dicionário de Cinema. Tina canta a antológica We Don’t Need Another Hero. Passaram-se 30 anos antes que Miller voltasse a Mad Max no operático Estrada da Fúria. Não mais Mel Gibson - Tom Hardy e Charlyze Theron, Furiosa.

Miller tem testado sua habilidade para contar histórias. Era Uma Vez Um Gênio é sobre isso. Idris conta histórias de amor e traição, de amor e guerra, de amor e violência. Sempre o amor. Alithea resiste - até quando? O espectador entrega-se logo à volúpia com que Miller adota diferentes estilos para contar as histórias. Como ele gosta de dizer: “No cinema, deveria-se colocar o cinto de segurança”. A trilha de Junkie XL é personagem. A melancólica música final introduz uma nota de estranhamento. O amor é mais intenso quando inatingível?

Três mil anos de anseio, de desejo? O novo longa de George Miller, Three Thousand Years of Longing, recebeu no Brasil o título de Era Uma Vez Um Gênio. O original é mais complexo, mas o brasileiro mata logo uma charada. Era uma vez... Assim começam as fábulas e o filme é sobre o improvável - impossível? - encontro da acadêmica Tilda Swinton, que estuda as narrativas mitológicas de diferentes culturas, com o gênio da garrafa. Idris Elba é quem faz o papel e nesta terça, 6, ele completou 50 anos. Como gênio, apresenta-se a Tilda - ela se chama Alithea - e lhe oferece os tradicionais três desejos. Ela hesita - o que se pode fazer com três desejos? Invertendo a fábula clássica - Xerazade, a contadora de histórias -, o gênio conta a Elithrea a história dos seus 3 mil anos de solidão.

De volta a Cannes. Em maio, de volta ao holofote do festival, George Miller viu sua obra aclamada. Foram longos minutos de standing ovation. Em 2015, ele já mostrara, também fora de concurso, Mad Max - Estrada da Fúria. No ano seguinte, voltou como presidente do júri que esnobou Kleber Mendonça Filho (Aquarius) e Paul Verhoeven (Elle) e outorgou a Palma de Ouro a Ken Loach, por Eu, Daniel Blake. Nada mais distante do universo de Miller do que o naturalismo do autor britânico. Ele avisara - na coletiva de seu júri, Miller anunciou que estava disposto a ver, e celebrar, a diversidade do cinema mundial. Vale uma recapitulada. Miller não inventou, mas certamente contribuiu para o cinema como território do futurismo distópico.

Idris Elba e Tilda Swinton em cena do filme 'Era Uma Vez Um Gênio' (Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures) Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures

Mad Max, o primeiro, fez história. Projetou o jovem Mel Gibson. Seguiram-se o 2, A Caçada Continua, e o 3, Além da Cúpula do Trovão. Mad Max torna-se gladiador na cidade governada por Tina Turner. É abandonado para morrer no deserto e recolhido por crianças selvagens. Volta com elas para instaurar uma nova ordem. Um barroco delirante contamina o relato, destaca Jean Tulard no Dicionário de Cinema. Tina canta a antológica We Don’t Need Another Hero. Passaram-se 30 anos antes que Miller voltasse a Mad Max no operático Estrada da Fúria. Não mais Mel Gibson - Tom Hardy e Charlyze Theron, Furiosa.

Miller tem testado sua habilidade para contar histórias. Era Uma Vez Um Gênio é sobre isso. Idris conta histórias de amor e traição, de amor e guerra, de amor e violência. Sempre o amor. Alithea resiste - até quando? O espectador entrega-se logo à volúpia com que Miller adota diferentes estilos para contar as histórias. Como ele gosta de dizer: “No cinema, deveria-se colocar o cinto de segurança”. A trilha de Junkie XL é personagem. A melancólica música final introduz uma nota de estranhamento. O amor é mais intenso quando inatingível?

Três mil anos de anseio, de desejo? O novo longa de George Miller, Three Thousand Years of Longing, recebeu no Brasil o título de Era Uma Vez Um Gênio. O original é mais complexo, mas o brasileiro mata logo uma charada. Era uma vez... Assim começam as fábulas e o filme é sobre o improvável - impossível? - encontro da acadêmica Tilda Swinton, que estuda as narrativas mitológicas de diferentes culturas, com o gênio da garrafa. Idris Elba é quem faz o papel e nesta terça, 6, ele completou 50 anos. Como gênio, apresenta-se a Tilda - ela se chama Alithea - e lhe oferece os tradicionais três desejos. Ela hesita - o que se pode fazer com três desejos? Invertendo a fábula clássica - Xerazade, a contadora de histórias -, o gênio conta a Elithrea a história dos seus 3 mil anos de solidão.

De volta a Cannes. Em maio, de volta ao holofote do festival, George Miller viu sua obra aclamada. Foram longos minutos de standing ovation. Em 2015, ele já mostrara, também fora de concurso, Mad Max - Estrada da Fúria. No ano seguinte, voltou como presidente do júri que esnobou Kleber Mendonça Filho (Aquarius) e Paul Verhoeven (Elle) e outorgou a Palma de Ouro a Ken Loach, por Eu, Daniel Blake. Nada mais distante do universo de Miller do que o naturalismo do autor britânico. Ele avisara - na coletiva de seu júri, Miller anunciou que estava disposto a ver, e celebrar, a diversidade do cinema mundial. Vale uma recapitulada. Miller não inventou, mas certamente contribuiu para o cinema como território do futurismo distópico.

Idris Elba e Tilda Swinton em cena do filme 'Era Uma Vez Um Gênio' (Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures) Foto: Metro Goldwyn Mayer Pictures

Mad Max, o primeiro, fez história. Projetou o jovem Mel Gibson. Seguiram-se o 2, A Caçada Continua, e o 3, Além da Cúpula do Trovão. Mad Max torna-se gladiador na cidade governada por Tina Turner. É abandonado para morrer no deserto e recolhido por crianças selvagens. Volta com elas para instaurar uma nova ordem. Um barroco delirante contamina o relato, destaca Jean Tulard no Dicionário de Cinema. Tina canta a antológica We Don’t Need Another Hero. Passaram-se 30 anos antes que Miller voltasse a Mad Max no operático Estrada da Fúria. Não mais Mel Gibson - Tom Hardy e Charlyze Theron, Furiosa.

Miller tem testado sua habilidade para contar histórias. Era Uma Vez Um Gênio é sobre isso. Idris conta histórias de amor e traição, de amor e guerra, de amor e violência. Sempre o amor. Alithea resiste - até quando? O espectador entrega-se logo à volúpia com que Miller adota diferentes estilos para contar as histórias. Como ele gosta de dizer: “No cinema, deveria-se colocar o cinto de segurança”. A trilha de Junkie XL é personagem. A melancólica música final introduz uma nota de estranhamento. O amor é mais intenso quando inatingível?

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