Análise: O excesso de possibilidades pode atrapalhar 'Malasartes'


Filme tem problemas de diálogos e de ritmo, o que se torna crucial para uma comédia

Por Luiz Zanin Oricchio

Pedro Malasartes é um personagem da narrativa popular ibérica e brasileira. Relaciona-se a “parentes” como Lazarillo de Tormes (anônimo), Macunaíma de Mário de Andrade, o João Grilo do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. São tipos que subvertem ordens e hierarquias e “transformam desvantagens em vantagens”, como definiu Roberto DaMatta, em seu livro Carnavais, Malandros e Heróis. Podemos defini-los como “espertalhões do bem”, pois torcemos por eles. É a luta do fraco contra o forte, sendo que o fraco só tem a astúcia a seu favor. Numa passagem de Auto da Compadecida, diz-se que “a esperteza é a coragem do fraco”. Lapidar. 

Pedro Malasartes, que já foi encarnado por Amacio Mazzaropi, é agora visto na pele de Jesuíta Barbosa, ator jovem e de recursos. Pedro namora uma moça brejeira, Aurea (Isis Valverde) e é perseguido pelo irmão da donzela, o brucutu Próspero (Milhem Cortaz). Engana um trouxa, Candido (Augusto Madeira), que passa a funcionar como seu escudeiro. E tem de se haver com a Morte (Júlio Andrade) e com as três Parcas (Vera Holtz, Luciana Paes, Julia Ianina). 

Amores caipiras. Jesuíta Barbosa e Isis Valverde Foto: Paris Filmes/Downtown Filmes/02 Play
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O filme tem sido apresentado como campeão nacional em efeitos especiais e, de fato, boa parte dele consiste em truques digitais e filmagens em chroma key, nas quais os atores interpretam contra uma parede verde sobre a qual serão colocados efeitos na pós-produção. Além do mais, o diretor Paulo Morelli tenta uma junção de dois universos em seu longa. Num, estamos no mundo caipira, singelo e simplório, ao qual Malasartes impõe sua astúcia. É o mundo natural. O outro, sobrenatural, é o reino da morte. E, neste, prevalecem a magia e os efeitos especiais. A Morte concede a Pedro a possibilidade de resgatar três almas do além-túmulo. Apresenta a Pedro seu reino, uma infinidade de velas acesas, cada uma delas representando uma vida humana. Chamas fortes ou bruxuleantes indicando a juventude ou a proximidade do fim. 

Esses dois mundos não casam muito bem. O caráter desse tipo de personagem, o exercício de sua esperteza diante dos poderosos, não é lá muito explorado. Os “causos” são poucos. E o embate contra a Morte, já presente no título, acaba por se impor como tema central, motivo constante e redundante. Algumas situações tornam-se repetitivas. O filme tem problemas de diálogos e de ritmo, o que se torna crucial para uma comédia. Com muitas possibilidades a favor - elenco, direção, texto, grana, etc. - Malasartes é um conjunto ao qual falta leveza. O excesso de possibilidades às vezes pode ser mais estorvo que vantagem. Faltou incorporar o espírito de Malasartes e transformar o pouco em muito.

Pedro Malasartes é um personagem da narrativa popular ibérica e brasileira. Relaciona-se a “parentes” como Lazarillo de Tormes (anônimo), Macunaíma de Mário de Andrade, o João Grilo do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. São tipos que subvertem ordens e hierarquias e “transformam desvantagens em vantagens”, como definiu Roberto DaMatta, em seu livro Carnavais, Malandros e Heróis. Podemos defini-los como “espertalhões do bem”, pois torcemos por eles. É a luta do fraco contra o forte, sendo que o fraco só tem a astúcia a seu favor. Numa passagem de Auto da Compadecida, diz-se que “a esperteza é a coragem do fraco”. Lapidar. 

Pedro Malasartes, que já foi encarnado por Amacio Mazzaropi, é agora visto na pele de Jesuíta Barbosa, ator jovem e de recursos. Pedro namora uma moça brejeira, Aurea (Isis Valverde) e é perseguido pelo irmão da donzela, o brucutu Próspero (Milhem Cortaz). Engana um trouxa, Candido (Augusto Madeira), que passa a funcionar como seu escudeiro. E tem de se haver com a Morte (Júlio Andrade) e com as três Parcas (Vera Holtz, Luciana Paes, Julia Ianina). 

Amores caipiras. Jesuíta Barbosa e Isis Valverde Foto: Paris Filmes/Downtown Filmes/02 Play

O filme tem sido apresentado como campeão nacional em efeitos especiais e, de fato, boa parte dele consiste em truques digitais e filmagens em chroma key, nas quais os atores interpretam contra uma parede verde sobre a qual serão colocados efeitos na pós-produção. Além do mais, o diretor Paulo Morelli tenta uma junção de dois universos em seu longa. Num, estamos no mundo caipira, singelo e simplório, ao qual Malasartes impõe sua astúcia. É o mundo natural. O outro, sobrenatural, é o reino da morte. E, neste, prevalecem a magia e os efeitos especiais. A Morte concede a Pedro a possibilidade de resgatar três almas do além-túmulo. Apresenta a Pedro seu reino, uma infinidade de velas acesas, cada uma delas representando uma vida humana. Chamas fortes ou bruxuleantes indicando a juventude ou a proximidade do fim. 

Esses dois mundos não casam muito bem. O caráter desse tipo de personagem, o exercício de sua esperteza diante dos poderosos, não é lá muito explorado. Os “causos” são poucos. E o embate contra a Morte, já presente no título, acaba por se impor como tema central, motivo constante e redundante. Algumas situações tornam-se repetitivas. O filme tem problemas de diálogos e de ritmo, o que se torna crucial para uma comédia. Com muitas possibilidades a favor - elenco, direção, texto, grana, etc. - Malasartes é um conjunto ao qual falta leveza. O excesso de possibilidades às vezes pode ser mais estorvo que vantagem. Faltou incorporar o espírito de Malasartes e transformar o pouco em muito.

Pedro Malasartes é um personagem da narrativa popular ibérica e brasileira. Relaciona-se a “parentes” como Lazarillo de Tormes (anônimo), Macunaíma de Mário de Andrade, o João Grilo do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. São tipos que subvertem ordens e hierarquias e “transformam desvantagens em vantagens”, como definiu Roberto DaMatta, em seu livro Carnavais, Malandros e Heróis. Podemos defini-los como “espertalhões do bem”, pois torcemos por eles. É a luta do fraco contra o forte, sendo que o fraco só tem a astúcia a seu favor. Numa passagem de Auto da Compadecida, diz-se que “a esperteza é a coragem do fraco”. Lapidar. 

Pedro Malasartes, que já foi encarnado por Amacio Mazzaropi, é agora visto na pele de Jesuíta Barbosa, ator jovem e de recursos. Pedro namora uma moça brejeira, Aurea (Isis Valverde) e é perseguido pelo irmão da donzela, o brucutu Próspero (Milhem Cortaz). Engana um trouxa, Candido (Augusto Madeira), que passa a funcionar como seu escudeiro. E tem de se haver com a Morte (Júlio Andrade) e com as três Parcas (Vera Holtz, Luciana Paes, Julia Ianina). 

Amores caipiras. Jesuíta Barbosa e Isis Valverde Foto: Paris Filmes/Downtown Filmes/02 Play

O filme tem sido apresentado como campeão nacional em efeitos especiais e, de fato, boa parte dele consiste em truques digitais e filmagens em chroma key, nas quais os atores interpretam contra uma parede verde sobre a qual serão colocados efeitos na pós-produção. Além do mais, o diretor Paulo Morelli tenta uma junção de dois universos em seu longa. Num, estamos no mundo caipira, singelo e simplório, ao qual Malasartes impõe sua astúcia. É o mundo natural. O outro, sobrenatural, é o reino da morte. E, neste, prevalecem a magia e os efeitos especiais. A Morte concede a Pedro a possibilidade de resgatar três almas do além-túmulo. Apresenta a Pedro seu reino, uma infinidade de velas acesas, cada uma delas representando uma vida humana. Chamas fortes ou bruxuleantes indicando a juventude ou a proximidade do fim. 

Esses dois mundos não casam muito bem. O caráter desse tipo de personagem, o exercício de sua esperteza diante dos poderosos, não é lá muito explorado. Os “causos” são poucos. E o embate contra a Morte, já presente no título, acaba por se impor como tema central, motivo constante e redundante. Algumas situações tornam-se repetitivas. O filme tem problemas de diálogos e de ritmo, o que se torna crucial para uma comédia. Com muitas possibilidades a favor - elenco, direção, texto, grana, etc. - Malasartes é um conjunto ao qual falta leveza. O excesso de possibilidades às vezes pode ser mais estorvo que vantagem. Faltou incorporar o espírito de Malasartes e transformar o pouco em muito.

Pedro Malasartes é um personagem da narrativa popular ibérica e brasileira. Relaciona-se a “parentes” como Lazarillo de Tormes (anônimo), Macunaíma de Mário de Andrade, o João Grilo do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. São tipos que subvertem ordens e hierarquias e “transformam desvantagens em vantagens”, como definiu Roberto DaMatta, em seu livro Carnavais, Malandros e Heróis. Podemos defini-los como “espertalhões do bem”, pois torcemos por eles. É a luta do fraco contra o forte, sendo que o fraco só tem a astúcia a seu favor. Numa passagem de Auto da Compadecida, diz-se que “a esperteza é a coragem do fraco”. Lapidar. 

Pedro Malasartes, que já foi encarnado por Amacio Mazzaropi, é agora visto na pele de Jesuíta Barbosa, ator jovem e de recursos. Pedro namora uma moça brejeira, Aurea (Isis Valverde) e é perseguido pelo irmão da donzela, o brucutu Próspero (Milhem Cortaz). Engana um trouxa, Candido (Augusto Madeira), que passa a funcionar como seu escudeiro. E tem de se haver com a Morte (Júlio Andrade) e com as três Parcas (Vera Holtz, Luciana Paes, Julia Ianina). 

Amores caipiras. Jesuíta Barbosa e Isis Valverde Foto: Paris Filmes/Downtown Filmes/02 Play

O filme tem sido apresentado como campeão nacional em efeitos especiais e, de fato, boa parte dele consiste em truques digitais e filmagens em chroma key, nas quais os atores interpretam contra uma parede verde sobre a qual serão colocados efeitos na pós-produção. Além do mais, o diretor Paulo Morelli tenta uma junção de dois universos em seu longa. Num, estamos no mundo caipira, singelo e simplório, ao qual Malasartes impõe sua astúcia. É o mundo natural. O outro, sobrenatural, é o reino da morte. E, neste, prevalecem a magia e os efeitos especiais. A Morte concede a Pedro a possibilidade de resgatar três almas do além-túmulo. Apresenta a Pedro seu reino, uma infinidade de velas acesas, cada uma delas representando uma vida humana. Chamas fortes ou bruxuleantes indicando a juventude ou a proximidade do fim. 

Esses dois mundos não casam muito bem. O caráter desse tipo de personagem, o exercício de sua esperteza diante dos poderosos, não é lá muito explorado. Os “causos” são poucos. E o embate contra a Morte, já presente no título, acaba por se impor como tema central, motivo constante e redundante. Algumas situações tornam-se repetitivas. O filme tem problemas de diálogos e de ritmo, o que se torna crucial para uma comédia. Com muitas possibilidades a favor - elenco, direção, texto, grana, etc. - Malasartes é um conjunto ao qual falta leveza. O excesso de possibilidades às vezes pode ser mais estorvo que vantagem. Faltou incorporar o espírito de Malasartes e transformar o pouco em muito.

Pedro Malasartes é um personagem da narrativa popular ibérica e brasileira. Relaciona-se a “parentes” como Lazarillo de Tormes (anônimo), Macunaíma de Mário de Andrade, o João Grilo do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. São tipos que subvertem ordens e hierarquias e “transformam desvantagens em vantagens”, como definiu Roberto DaMatta, em seu livro Carnavais, Malandros e Heróis. Podemos defini-los como “espertalhões do bem”, pois torcemos por eles. É a luta do fraco contra o forte, sendo que o fraco só tem a astúcia a seu favor. Numa passagem de Auto da Compadecida, diz-se que “a esperteza é a coragem do fraco”. Lapidar. 

Pedro Malasartes, que já foi encarnado por Amacio Mazzaropi, é agora visto na pele de Jesuíta Barbosa, ator jovem e de recursos. Pedro namora uma moça brejeira, Aurea (Isis Valverde) e é perseguido pelo irmão da donzela, o brucutu Próspero (Milhem Cortaz). Engana um trouxa, Candido (Augusto Madeira), que passa a funcionar como seu escudeiro. E tem de se haver com a Morte (Júlio Andrade) e com as três Parcas (Vera Holtz, Luciana Paes, Julia Ianina). 

Amores caipiras. Jesuíta Barbosa e Isis Valverde Foto: Paris Filmes/Downtown Filmes/02 Play

O filme tem sido apresentado como campeão nacional em efeitos especiais e, de fato, boa parte dele consiste em truques digitais e filmagens em chroma key, nas quais os atores interpretam contra uma parede verde sobre a qual serão colocados efeitos na pós-produção. Além do mais, o diretor Paulo Morelli tenta uma junção de dois universos em seu longa. Num, estamos no mundo caipira, singelo e simplório, ao qual Malasartes impõe sua astúcia. É o mundo natural. O outro, sobrenatural, é o reino da morte. E, neste, prevalecem a magia e os efeitos especiais. A Morte concede a Pedro a possibilidade de resgatar três almas do além-túmulo. Apresenta a Pedro seu reino, uma infinidade de velas acesas, cada uma delas representando uma vida humana. Chamas fortes ou bruxuleantes indicando a juventude ou a proximidade do fim. 

Esses dois mundos não casam muito bem. O caráter desse tipo de personagem, o exercício de sua esperteza diante dos poderosos, não é lá muito explorado. Os “causos” são poucos. E o embate contra a Morte, já presente no título, acaba por se impor como tema central, motivo constante e redundante. Algumas situações tornam-se repetitivas. O filme tem problemas de diálogos e de ritmo, o que se torna crucial para uma comédia. Com muitas possibilidades a favor - elenco, direção, texto, grana, etc. - Malasartes é um conjunto ao qual falta leveza. O excesso de possibilidades às vezes pode ser mais estorvo que vantagem. Faltou incorporar o espírito de Malasartes e transformar o pouco em muito.

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