Análise: Sem Chadwick Boseman, novo Pantera Negra exibe protagonismo feminino


Sequência de filme da Marvel estreia nesta quinta, 10, nos cinemas; quem assumirá o manto do herói ainda é mistério

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Cinéfilos de carteirinha lembram-se da entrega do Oscar de 2018. Em cada entrada, o apresentador anunciava - “Pantera Negra acaba de fazer mais US$ 1 milhão na bilheteria.” Foi assim durante toda a cerimônia. O épico da Marvel virou o blockbuster do ano. Em 2019, Pantera Negra fez história concorrendo a sete Oscars e vencendo três. Em 2020, surgiu o #BlackLivesMatter. E morreu Chadwick Boseman, que se tornara inesquecível como T’Challa. Foi um choque - o fato de ele estar terminal, e de haver concluído o filme com grande sacrifício, provocou uma comoção mundial. E uma dúvida - qual seria o futuro de Black Panther no Marvel Universe?

Letitia Wright, que interpreta Shuri no novo 'Pantera Negra'. Foto: Marvel Studios

Nesta quinta, 10, e num grande circuito, Pantera Negra - Wakanda para Sempre tomará conta das telas. O público continua reticente nas salas, mas há a expectativa de um megassucesso. Diretor e corroteirista, Ryan Coogler abre seu filme com o funeral do rei T’Challa, com pompa e circunstância. Prossegue com acusações de roubo de vibranium. França e EUA acusam a rainha-mãe de manter secretas as reservas do precioso metal, enquanto na surdina organizam expedições militares para roubá-la. Surge, das profundezas do oceano, um inesperado aspirante, Namor.

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A grande novidade do filme é o protagonismo feminino, mas ele não se faz sem dificuldade. Shuri, a princesa que renega a ancestralidade em favor da ciência e da tecnologia, será a sucessora natural do irmão? A entrada em cena de Namor desequilibra o jogo. Introduz mais um elemento de contestação ao rolo - além dos pretos, os ameríndios. Para o seu povo submarino, Namor é a encarnação do Deus da Serpente Emplumada. Desde o começo, ele ameaça queimar os povos da superfície. Shuri vacila. Durante pelo menos ¾ do filme de 160 minutos ela é irritante na sua duplicidade. Shuri não tem a grandeza do irmão. É movida pelo ódio, pela vingança. Não pode dar certo.

Termina dando quando Shuri ouve a mãe, do além-túmulo. Seja quem você é. Há muito para se apreciar no filme, mas ele parece estar terminando muitas vezes - para recomeçar, com novas bases e personagens. A trama não tem só mulheres poderosas. Tem lésbicas, uma dupla ousadia no universo cinematográfico dos comics. Por mais que Pantera Negra fosse melhor, e mais impactante, Wakanda para Sempre não chega a decepcionar. As homenagens a Chadwick são comoventes. E, atenção, não perca a cena pós-créditos.

Cinéfilos de carteirinha lembram-se da entrega do Oscar de 2018. Em cada entrada, o apresentador anunciava - “Pantera Negra acaba de fazer mais US$ 1 milhão na bilheteria.” Foi assim durante toda a cerimônia. O épico da Marvel virou o blockbuster do ano. Em 2019, Pantera Negra fez história concorrendo a sete Oscars e vencendo três. Em 2020, surgiu o #BlackLivesMatter. E morreu Chadwick Boseman, que se tornara inesquecível como T’Challa. Foi um choque - o fato de ele estar terminal, e de haver concluído o filme com grande sacrifício, provocou uma comoção mundial. E uma dúvida - qual seria o futuro de Black Panther no Marvel Universe?

Letitia Wright, que interpreta Shuri no novo 'Pantera Negra'. Foto: Marvel Studios

Nesta quinta, 10, e num grande circuito, Pantera Negra - Wakanda para Sempre tomará conta das telas. O público continua reticente nas salas, mas há a expectativa de um megassucesso. Diretor e corroteirista, Ryan Coogler abre seu filme com o funeral do rei T’Challa, com pompa e circunstância. Prossegue com acusações de roubo de vibranium. França e EUA acusam a rainha-mãe de manter secretas as reservas do precioso metal, enquanto na surdina organizam expedições militares para roubá-la. Surge, das profundezas do oceano, um inesperado aspirante, Namor.

A grande novidade do filme é o protagonismo feminino, mas ele não se faz sem dificuldade. Shuri, a princesa que renega a ancestralidade em favor da ciência e da tecnologia, será a sucessora natural do irmão? A entrada em cena de Namor desequilibra o jogo. Introduz mais um elemento de contestação ao rolo - além dos pretos, os ameríndios. Para o seu povo submarino, Namor é a encarnação do Deus da Serpente Emplumada. Desde o começo, ele ameaça queimar os povos da superfície. Shuri vacila. Durante pelo menos ¾ do filme de 160 minutos ela é irritante na sua duplicidade. Shuri não tem a grandeza do irmão. É movida pelo ódio, pela vingança. Não pode dar certo.

Termina dando quando Shuri ouve a mãe, do além-túmulo. Seja quem você é. Há muito para se apreciar no filme, mas ele parece estar terminando muitas vezes - para recomeçar, com novas bases e personagens. A trama não tem só mulheres poderosas. Tem lésbicas, uma dupla ousadia no universo cinematográfico dos comics. Por mais que Pantera Negra fosse melhor, e mais impactante, Wakanda para Sempre não chega a decepcionar. As homenagens a Chadwick são comoventes. E, atenção, não perca a cena pós-créditos.

Cinéfilos de carteirinha lembram-se da entrega do Oscar de 2018. Em cada entrada, o apresentador anunciava - “Pantera Negra acaba de fazer mais US$ 1 milhão na bilheteria.” Foi assim durante toda a cerimônia. O épico da Marvel virou o blockbuster do ano. Em 2019, Pantera Negra fez história concorrendo a sete Oscars e vencendo três. Em 2020, surgiu o #BlackLivesMatter. E morreu Chadwick Boseman, que se tornara inesquecível como T’Challa. Foi um choque - o fato de ele estar terminal, e de haver concluído o filme com grande sacrifício, provocou uma comoção mundial. E uma dúvida - qual seria o futuro de Black Panther no Marvel Universe?

Letitia Wright, que interpreta Shuri no novo 'Pantera Negra'. Foto: Marvel Studios

Nesta quinta, 10, e num grande circuito, Pantera Negra - Wakanda para Sempre tomará conta das telas. O público continua reticente nas salas, mas há a expectativa de um megassucesso. Diretor e corroteirista, Ryan Coogler abre seu filme com o funeral do rei T’Challa, com pompa e circunstância. Prossegue com acusações de roubo de vibranium. França e EUA acusam a rainha-mãe de manter secretas as reservas do precioso metal, enquanto na surdina organizam expedições militares para roubá-la. Surge, das profundezas do oceano, um inesperado aspirante, Namor.

A grande novidade do filme é o protagonismo feminino, mas ele não se faz sem dificuldade. Shuri, a princesa que renega a ancestralidade em favor da ciência e da tecnologia, será a sucessora natural do irmão? A entrada em cena de Namor desequilibra o jogo. Introduz mais um elemento de contestação ao rolo - além dos pretos, os ameríndios. Para o seu povo submarino, Namor é a encarnação do Deus da Serpente Emplumada. Desde o começo, ele ameaça queimar os povos da superfície. Shuri vacila. Durante pelo menos ¾ do filme de 160 minutos ela é irritante na sua duplicidade. Shuri não tem a grandeza do irmão. É movida pelo ódio, pela vingança. Não pode dar certo.

Termina dando quando Shuri ouve a mãe, do além-túmulo. Seja quem você é. Há muito para se apreciar no filme, mas ele parece estar terminando muitas vezes - para recomeçar, com novas bases e personagens. A trama não tem só mulheres poderosas. Tem lésbicas, uma dupla ousadia no universo cinematográfico dos comics. Por mais que Pantera Negra fosse melhor, e mais impactante, Wakanda para Sempre não chega a decepcionar. As homenagens a Chadwick são comoventes. E, atenção, não perca a cena pós-créditos.

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