Animação ‘Arca de Noé’ é uma celebração à obra e anarquia de Vinicius de Moraes


O longa em 3D é inspirado em ‘A Arca de Noé’, livro do poeta que se transformou em discos de sucesso no início dos anos 1980. Nomes como Rodrigo Santoro, Marcelo Adnet, Lázaro Ramos e Alice Braga fazem as vozes dos animais em uma história que ressalta a parceria; veja entrevista de Santoro em vídeo

Por Danilo Casaletti
Atualização:

Em meados dos anos 1940, Vinicius de Moraes ouviu do garoto Pedro, um de seus cinco filhos, o único homem, uma pergunta sobre o que era ser poeta. Para tentar explicar ao menino a profissão que exercia, Vinicius começou a escrever poemas infantis. Os textos só chegaram ao público nos anos 1970, quando foram reunidos sob o título de A Arca de Noé. Dez anos depois, musicados em sua maioria por Toquinho, viraram canções que foram gravadas nos discos A Arca de Noé 1 e 2. Um sucesso na época, com participações de Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque, MPB4, Clara Nunes, entre outros.

A Arca de Noé, agora, inspira o longa de animação em 3D Arca de Noé, de Sérgio Machado e Alois Di Leo, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 7 de novembro. Mais uma vez, os poemas que falam sobre pato, leão, cachorrinha, corujinha, galinha d’angola e outros animais são um meio de aproximar as crianças de Vinicius de Moraes.

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O roteiro do longa segue a ideia de que um dilúvio vai atingir a Terra. Noé recebe a missão de construir um arca para salvar os animais da extinção. Não há qualquer conotação religiosa no filme.

O pulo do gato, mantendo-se no tema dos animais da Arca original, é a ideia de colocar dois simpáticos ratinhos como protagonistas - além de Machado, o roteiro foi escrito pelas atrizes Heloisa Périssé e Ingrid Guimarães. Eles são Tom e Vini, clara referência à dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Tom tem um grande topete, como o maestro, e é um tanto quanto metódico. Vini é mais baixo e mais gordinho. Gosta de usar o diminutivo e chama o parceiro de Tomzinho. O primeiro é dublado por Marcelo Adnet; o segundo, por Rodrigo Santoro.

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O drama fica por conta do dilema na hora de entrar na arca. Deus, voz de Seu Jorge, foi bem claro: só vai na embarcação um casal de cada espécie, formado obrigatoriamente por um macho e uma fêmea. Os parceiros, então, precisam se separar.

Os ratinhos Tom, Nina e Vini são os protagonistas de 'Arca de Noé' Foto: Gullane/ Divulgação

Arca de Noé, já apontada como a maior animação em 3D já produzida no Brasil - o filme foi realizado em parceria com os Estados Unidos e Índia- , tem como principal mensagem a amizade, algo que Vinicius celebrou a vida toda, primeiro com Tom e, depois, com Toquinho, injustamente não representado de alguma maneira no longa - poderá estar na sequência para os cinemas ou na série para o streaming, já anunciadas pelos produtores Caio e Fabio Gullane.

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Para muito além de uma fábula infantil e de uma animação primorosa, Arca de Noé tem texto e subtextos inteligentes capazes de prender a atenção também de adultos. Vini, em certo momento, é chamado por uma cucaracha de “boêmio e vagabundo”. Ora, e não foi esse o argumento usado pela ditadura militar brasileira para afastar Vinicius do Itamaraty? Além de deixá-lo livre para exercer sua profissão no palco, a atitude autoritária foi ressignificada no lindo Samba Para Vinicius, parceria de Chico Buarque e Toquinho.

O verborrágico leão Baruk, irresistivelmente dublado por Lázaro Ramos, usa e abusa de neologismos, tal qual Odorico Paraguçu, político criado pelo dramaturgo Dias Gomes. Uma inspiração? Sim, admite o diretor Sérgio Machado ao Estadão. “Queria que ele fosse um tirano. Poderia ser (Donald) Trump, por exemplo”, diz.

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O leão Baruk, com voz de Lázaro Ramos, é inspirado em tiranos Foto: Gullane

A referência não é à toa. É de Vinicius e Toquinho a trilha da novela O Bem-Amado, onde há o personagem Odorico Paraguaçu. Nela, Vinicius foi vítima de um déspota que censurou uma de suas canções só porque ele escreveu, em 1973: “estamos trancados no paiol de pólvora”.

“São camadas. A aventura, as cores, os bichos e algumas piadas são para o público infanto-juvenil. Mas existem muitas outas que as crianças não vão perceber, mas os pais vão. E nós pensamos nisso”, disse Santoro ao Estadão.

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Vai ser pela criatividade e pela união que os ratinhos Tom, Vini e a corajosa ratinha Nina, voz de Alice Braga, irão superar os mandos e desmandos do leão Baruk. A música faz parte da estratégia. Eles deixam o “rei” nu. As mulheres, aliás, têm papel fundamental na trama. A carinhosa e destemida menina Susaninha, dublada pela atriz mirim Rihana, está para o bem, assim como Baleia, com voz de Débora Nascimento, e Pomba Sônia, feita por Ingrid Guimarães.

A menininha Susaninha é uma homenagem à filha mais velha de Vinicius Foto: Gullane

Machado chama atenção pela anarquia presente na obra infantil de Vinicius. “São poemas que, na verdade, não se comunicam (no livro e nos discos). São bichos não heróis. É o pato pateta que derruba a tigela. São atrapalhados e fuleiros. Essa brasilidade está no filme”, diz.

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Em tempo: Susaninha é uma homenagem à cineasta Susana de Moraes (1940-2015), filha mais velha de Vinicius e responsável por gerir a obra do poeta enquanto esteve viva. Foi dela a ideia de levar A Arca de Noé para as telas. Procurou primeiro o diretor Walter Salles, que confiou a tarefa ao diretor Sérgio Machado, de filmes como Cidade Baixa (2005) e A Luta do Século (2016). Salles ficou com o cargo de supervisor artístico.

Arca de Noé levou cerca de cinco anos para ficar pronto e tem uma versão em inglês - Marcelo Adnet e Rodrigo Santoro também fazem as vozes no idioma. Estreia no Brasil com mais de mil cópias e irá para 70 países, entre eles, Portugal, França, Espanha e Vietnã. A trilha sonora, que tem nomes como Adriana Calcanhotto, Céu, BaianaSystem, entre outros, será disponibilizada nas plataformas digitais.

Tudo grandioso. Assim como foi Vinicius de Moraes.

Em meados dos anos 1940, Vinicius de Moraes ouviu do garoto Pedro, um de seus cinco filhos, o único homem, uma pergunta sobre o que era ser poeta. Para tentar explicar ao menino a profissão que exercia, Vinicius começou a escrever poemas infantis. Os textos só chegaram ao público nos anos 1970, quando foram reunidos sob o título de A Arca de Noé. Dez anos depois, musicados em sua maioria por Toquinho, viraram canções que foram gravadas nos discos A Arca de Noé 1 e 2. Um sucesso na época, com participações de Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque, MPB4, Clara Nunes, entre outros.

A Arca de Noé, agora, inspira o longa de animação em 3D Arca de Noé, de Sérgio Machado e Alois Di Leo, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 7 de novembro. Mais uma vez, os poemas que falam sobre pato, leão, cachorrinha, corujinha, galinha d’angola e outros animais são um meio de aproximar as crianças de Vinicius de Moraes.

O roteiro do longa segue a ideia de que um dilúvio vai atingir a Terra. Noé recebe a missão de construir um arca para salvar os animais da extinção. Não há qualquer conotação religiosa no filme.

O pulo do gato, mantendo-se no tema dos animais da Arca original, é a ideia de colocar dois simpáticos ratinhos como protagonistas - além de Machado, o roteiro foi escrito pelas atrizes Heloisa Périssé e Ingrid Guimarães. Eles são Tom e Vini, clara referência à dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Tom tem um grande topete, como o maestro, e é um tanto quanto metódico. Vini é mais baixo e mais gordinho. Gosta de usar o diminutivo e chama o parceiro de Tomzinho. O primeiro é dublado por Marcelo Adnet; o segundo, por Rodrigo Santoro.

O drama fica por conta do dilema na hora de entrar na arca. Deus, voz de Seu Jorge, foi bem claro: só vai na embarcação um casal de cada espécie, formado obrigatoriamente por um macho e uma fêmea. Os parceiros, então, precisam se separar.

Os ratinhos Tom, Nina e Vini são os protagonistas de 'Arca de Noé' Foto: Gullane/ Divulgação

Arca de Noé, já apontada como a maior animação em 3D já produzida no Brasil - o filme foi realizado em parceria com os Estados Unidos e Índia- , tem como principal mensagem a amizade, algo que Vinicius celebrou a vida toda, primeiro com Tom e, depois, com Toquinho, injustamente não representado de alguma maneira no longa - poderá estar na sequência para os cinemas ou na série para o streaming, já anunciadas pelos produtores Caio e Fabio Gullane.

Para muito além de uma fábula infantil e de uma animação primorosa, Arca de Noé tem texto e subtextos inteligentes capazes de prender a atenção também de adultos. Vini, em certo momento, é chamado por uma cucaracha de “boêmio e vagabundo”. Ora, e não foi esse o argumento usado pela ditadura militar brasileira para afastar Vinicius do Itamaraty? Além de deixá-lo livre para exercer sua profissão no palco, a atitude autoritária foi ressignificada no lindo Samba Para Vinicius, parceria de Chico Buarque e Toquinho.

O verborrágico leão Baruk, irresistivelmente dublado por Lázaro Ramos, usa e abusa de neologismos, tal qual Odorico Paraguçu, político criado pelo dramaturgo Dias Gomes. Uma inspiração? Sim, admite o diretor Sérgio Machado ao Estadão. “Queria que ele fosse um tirano. Poderia ser (Donald) Trump, por exemplo”, diz.

O leão Baruk, com voz de Lázaro Ramos, é inspirado em tiranos Foto: Gullane

A referência não é à toa. É de Vinicius e Toquinho a trilha da novela O Bem-Amado, onde há o personagem Odorico Paraguaçu. Nela, Vinicius foi vítima de um déspota que censurou uma de suas canções só porque ele escreveu, em 1973: “estamos trancados no paiol de pólvora”.

“São camadas. A aventura, as cores, os bichos e algumas piadas são para o público infanto-juvenil. Mas existem muitas outas que as crianças não vão perceber, mas os pais vão. E nós pensamos nisso”, disse Santoro ao Estadão.

Vai ser pela criatividade e pela união que os ratinhos Tom, Vini e a corajosa ratinha Nina, voz de Alice Braga, irão superar os mandos e desmandos do leão Baruk. A música faz parte da estratégia. Eles deixam o “rei” nu. As mulheres, aliás, têm papel fundamental na trama. A carinhosa e destemida menina Susaninha, dublada pela atriz mirim Rihana, está para o bem, assim como Baleia, com voz de Débora Nascimento, e Pomba Sônia, feita por Ingrid Guimarães.

A menininha Susaninha é uma homenagem à filha mais velha de Vinicius Foto: Gullane

Machado chama atenção pela anarquia presente na obra infantil de Vinicius. “São poemas que, na verdade, não se comunicam (no livro e nos discos). São bichos não heróis. É o pato pateta que derruba a tigela. São atrapalhados e fuleiros. Essa brasilidade está no filme”, diz.

Em tempo: Susaninha é uma homenagem à cineasta Susana de Moraes (1940-2015), filha mais velha de Vinicius e responsável por gerir a obra do poeta enquanto esteve viva. Foi dela a ideia de levar A Arca de Noé para as telas. Procurou primeiro o diretor Walter Salles, que confiou a tarefa ao diretor Sérgio Machado, de filmes como Cidade Baixa (2005) e A Luta do Século (2016). Salles ficou com o cargo de supervisor artístico.

Arca de Noé levou cerca de cinco anos para ficar pronto e tem uma versão em inglês - Marcelo Adnet e Rodrigo Santoro também fazem as vozes no idioma. Estreia no Brasil com mais de mil cópias e irá para 70 países, entre eles, Portugal, França, Espanha e Vietnã. A trilha sonora, que tem nomes como Adriana Calcanhotto, Céu, BaianaSystem, entre outros, será disponibilizada nas plataformas digitais.

Tudo grandioso. Assim como foi Vinicius de Moraes.

Em meados dos anos 1940, Vinicius de Moraes ouviu do garoto Pedro, um de seus cinco filhos, o único homem, uma pergunta sobre o que era ser poeta. Para tentar explicar ao menino a profissão que exercia, Vinicius começou a escrever poemas infantis. Os textos só chegaram ao público nos anos 1970, quando foram reunidos sob o título de A Arca de Noé. Dez anos depois, musicados em sua maioria por Toquinho, viraram canções que foram gravadas nos discos A Arca de Noé 1 e 2. Um sucesso na época, com participações de Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque, MPB4, Clara Nunes, entre outros.

A Arca de Noé, agora, inspira o longa de animação em 3D Arca de Noé, de Sérgio Machado e Alois Di Leo, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 7 de novembro. Mais uma vez, os poemas que falam sobre pato, leão, cachorrinha, corujinha, galinha d’angola e outros animais são um meio de aproximar as crianças de Vinicius de Moraes.

O roteiro do longa segue a ideia de que um dilúvio vai atingir a Terra. Noé recebe a missão de construir um arca para salvar os animais da extinção. Não há qualquer conotação religiosa no filme.

O pulo do gato, mantendo-se no tema dos animais da Arca original, é a ideia de colocar dois simpáticos ratinhos como protagonistas - além de Machado, o roteiro foi escrito pelas atrizes Heloisa Périssé e Ingrid Guimarães. Eles são Tom e Vini, clara referência à dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Tom tem um grande topete, como o maestro, e é um tanto quanto metódico. Vini é mais baixo e mais gordinho. Gosta de usar o diminutivo e chama o parceiro de Tomzinho. O primeiro é dublado por Marcelo Adnet; o segundo, por Rodrigo Santoro.

O drama fica por conta do dilema na hora de entrar na arca. Deus, voz de Seu Jorge, foi bem claro: só vai na embarcação um casal de cada espécie, formado obrigatoriamente por um macho e uma fêmea. Os parceiros, então, precisam se separar.

Os ratinhos Tom, Nina e Vini são os protagonistas de 'Arca de Noé' Foto: Gullane/ Divulgação

Arca de Noé, já apontada como a maior animação em 3D já produzida no Brasil - o filme foi realizado em parceria com os Estados Unidos e Índia- , tem como principal mensagem a amizade, algo que Vinicius celebrou a vida toda, primeiro com Tom e, depois, com Toquinho, injustamente não representado de alguma maneira no longa - poderá estar na sequência para os cinemas ou na série para o streaming, já anunciadas pelos produtores Caio e Fabio Gullane.

Para muito além de uma fábula infantil e de uma animação primorosa, Arca de Noé tem texto e subtextos inteligentes capazes de prender a atenção também de adultos. Vini, em certo momento, é chamado por uma cucaracha de “boêmio e vagabundo”. Ora, e não foi esse o argumento usado pela ditadura militar brasileira para afastar Vinicius do Itamaraty? Além de deixá-lo livre para exercer sua profissão no palco, a atitude autoritária foi ressignificada no lindo Samba Para Vinicius, parceria de Chico Buarque e Toquinho.

O verborrágico leão Baruk, irresistivelmente dublado por Lázaro Ramos, usa e abusa de neologismos, tal qual Odorico Paraguçu, político criado pelo dramaturgo Dias Gomes. Uma inspiração? Sim, admite o diretor Sérgio Machado ao Estadão. “Queria que ele fosse um tirano. Poderia ser (Donald) Trump, por exemplo”, diz.

O leão Baruk, com voz de Lázaro Ramos, é inspirado em tiranos Foto: Gullane

A referência não é à toa. É de Vinicius e Toquinho a trilha da novela O Bem-Amado, onde há o personagem Odorico Paraguaçu. Nela, Vinicius foi vítima de um déspota que censurou uma de suas canções só porque ele escreveu, em 1973: “estamos trancados no paiol de pólvora”.

“São camadas. A aventura, as cores, os bichos e algumas piadas são para o público infanto-juvenil. Mas existem muitas outas que as crianças não vão perceber, mas os pais vão. E nós pensamos nisso”, disse Santoro ao Estadão.

Vai ser pela criatividade e pela união que os ratinhos Tom, Vini e a corajosa ratinha Nina, voz de Alice Braga, irão superar os mandos e desmandos do leão Baruk. A música faz parte da estratégia. Eles deixam o “rei” nu. As mulheres, aliás, têm papel fundamental na trama. A carinhosa e destemida menina Susaninha, dublada pela atriz mirim Rihana, está para o bem, assim como Baleia, com voz de Débora Nascimento, e Pomba Sônia, feita por Ingrid Guimarães.

A menininha Susaninha é uma homenagem à filha mais velha de Vinicius Foto: Gullane

Machado chama atenção pela anarquia presente na obra infantil de Vinicius. “São poemas que, na verdade, não se comunicam (no livro e nos discos). São bichos não heróis. É o pato pateta que derruba a tigela. São atrapalhados e fuleiros. Essa brasilidade está no filme”, diz.

Em tempo: Susaninha é uma homenagem à cineasta Susana de Moraes (1940-2015), filha mais velha de Vinicius e responsável por gerir a obra do poeta enquanto esteve viva. Foi dela a ideia de levar A Arca de Noé para as telas. Procurou primeiro o diretor Walter Salles, que confiou a tarefa ao diretor Sérgio Machado, de filmes como Cidade Baixa (2005) e A Luta do Século (2016). Salles ficou com o cargo de supervisor artístico.

Arca de Noé levou cerca de cinco anos para ficar pronto e tem uma versão em inglês - Marcelo Adnet e Rodrigo Santoro também fazem as vozes no idioma. Estreia no Brasil com mais de mil cópias e irá para 70 países, entre eles, Portugal, França, Espanha e Vietnã. A trilha sonora, que tem nomes como Adriana Calcanhotto, Céu, BaianaSystem, entre outros, será disponibilizada nas plataformas digitais.

Tudo grandioso. Assim como foi Vinicius de Moraes.

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