Após polêmicas durante produção, ‘Não se Preocupe, Querida’ estreia no Festival de Veneza


Shia LaBeouf tinha sido escalado para o filme, mas foi demitido e substituído por Harry Styles; durante as filmagens, a diretora Olivia Wilde começou a namorar o cantor

Por Mariane Morisawa

Nunca é bom quando o drama por trás das câmeras é maior do que aquele na tela. E é o que está acontecendo com Não se Preocupe, Querida, o segundo longa-metragem como diretora da também atriz Olivia Wilde, que fez sua estreia mundial no 79º Festival de Veneza. O filme fala de Alice (Florence Pugh), que vive o casamento perfeito com Jack (Harry Styles), em uma comunidade aparentemente perfeita também.

Harry Styles e Florence Pugh em cena do filme 'Não Se Preocupe, Querida', que estreia no Brasil em 22 de setembro no Brasil. Foto: Warner Bros. Entertainment via AP

Primeiro Wilde disse que tinha demitido Shia LaBeouf do projeto para proteger a produção e o elenco, pois o processo do ator não se encaixava em seu método. Florence Pugh não se sentiria segura com ele. Na versão de LaBeouf, ele saiu pela falta de disponibilidade para ensaios. O ator vazou mensagens trocadas com Wilde, em que a diretora pedia que ele reconsiderasse sua saída. Depois, surgiram boatos de que havia um mal-estar entre Pugh e a diretora, que começou a namorar Styles durante a filmagem.

continua após a publicidade

Indagada sobre o assunto na coletiva de imprensa, à qual Florence Pugh não compareceu, Wilde não quis falar. “A Florence é uma força, e somos muito gratos que ela seja capaz de estar aqui na gala, estando em produção com Duna. Sei como diretora como é disruptivo não ter um ator mesmo que por um dia. Sou muito grata a ela e a Denis Villeneuve por nos ajudar e estou feliz de poder celebrar seu trabalho na noite de hoje. Não posso destacar o bastante quanto estou grata por ela ser nossa protagonista. Ela está incrível no filme”, disse Wilde na entrevista no início da tarde. “Em relação à fofoca de tabloide e ruído infinitos por aí, a internet se alimenta, não vejo necessidade de contribuir para isso. Acho que está suficientemente bem alimentado.” Pouco depois, a mediadora da coletiva cortou uma pergunta sobre a saída de LaBeouf do filme. Pugh caminhou no tapete vermelho do Palazzo del Festival à noite.

No tapete vermelho, Styles enfrentou uma multidão de fãs poucas vezes vista em Veneza. Ele disse que era novo no mundo do cinema, mas estava feliz com a recepção. Na coletiva, ele agradeceu aos fãs. “Eles sempre me deixaram ser eu mesmo, pudesse me expressar, fizesse a música que queria. Sei que isso se deve a seu apoio e o ambiente que criaram para mim. Gostaria de esperar poder dar a eles esse mesmo espaço.”


continua após a publicidade

Ao filme

Não se Preocupe, Querida é uma espécie de distopia ensolarada, em que a imagem de perfeição vem da estética dos anos 1950 e 1960. Alice e Jack são um jovem casal que vive em uma comunidade ideal, criada para funcionários do misterioso Projeto Victory. Qualquer semelhança com o Projeto Manhattan, de criação da bomba nuclear, não é mera coincidência. Logo percebemos algo estranho está acontecendo por ali. Por exemplo, todas as mulheres de envolvidos no projeto frequentam a mesma aula de balé. Mas ninguém parece notar, a não ser Alice. Wilde começou a trabalhar no projeto, junto com a roteirista Katie Silberman, durante o governo Trump, questionando o slogan do ex-presidente: Faça a América Grande Novamente (Make America Great Again). Esse “novamente” em geral se refere a esses Estados Unidos da década de 1950 e 1960, que muitos têm como o período ideal, mas era, talvez, só para algumas pessoas - em geral, homens brancos heterossexuais. Não se Preocupe, Querida, porém, é atual, falando de autonomia dos corpos e cumplicidade de algumas mulheres com as formas de opressão contra elas.

continua após a publicidade

O filme é bonito de ver, mas cai em alguns clichês, inclusive visuais. Não cansa, mas se apoia mesmo na atuação forte de Florence Pugh. Harry Styles não pode fazer muito frente a ela, o que não chega a atrapalhar por fazer algum sentido no filme.

Não se Preocupe, Querida tem estreia prevista para 22 de setembro no Brasil.

Nunca é bom quando o drama por trás das câmeras é maior do que aquele na tela. E é o que está acontecendo com Não se Preocupe, Querida, o segundo longa-metragem como diretora da também atriz Olivia Wilde, que fez sua estreia mundial no 79º Festival de Veneza. O filme fala de Alice (Florence Pugh), que vive o casamento perfeito com Jack (Harry Styles), em uma comunidade aparentemente perfeita também.

Harry Styles e Florence Pugh em cena do filme 'Não Se Preocupe, Querida', que estreia no Brasil em 22 de setembro no Brasil. Foto: Warner Bros. Entertainment via AP

Primeiro Wilde disse que tinha demitido Shia LaBeouf do projeto para proteger a produção e o elenco, pois o processo do ator não se encaixava em seu método. Florence Pugh não se sentiria segura com ele. Na versão de LaBeouf, ele saiu pela falta de disponibilidade para ensaios. O ator vazou mensagens trocadas com Wilde, em que a diretora pedia que ele reconsiderasse sua saída. Depois, surgiram boatos de que havia um mal-estar entre Pugh e a diretora, que começou a namorar Styles durante a filmagem.

Indagada sobre o assunto na coletiva de imprensa, à qual Florence Pugh não compareceu, Wilde não quis falar. “A Florence é uma força, e somos muito gratos que ela seja capaz de estar aqui na gala, estando em produção com Duna. Sei como diretora como é disruptivo não ter um ator mesmo que por um dia. Sou muito grata a ela e a Denis Villeneuve por nos ajudar e estou feliz de poder celebrar seu trabalho na noite de hoje. Não posso destacar o bastante quanto estou grata por ela ser nossa protagonista. Ela está incrível no filme”, disse Wilde na entrevista no início da tarde. “Em relação à fofoca de tabloide e ruído infinitos por aí, a internet se alimenta, não vejo necessidade de contribuir para isso. Acho que está suficientemente bem alimentado.” Pouco depois, a mediadora da coletiva cortou uma pergunta sobre a saída de LaBeouf do filme. Pugh caminhou no tapete vermelho do Palazzo del Festival à noite.

No tapete vermelho, Styles enfrentou uma multidão de fãs poucas vezes vista em Veneza. Ele disse que era novo no mundo do cinema, mas estava feliz com a recepção. Na coletiva, ele agradeceu aos fãs. “Eles sempre me deixaram ser eu mesmo, pudesse me expressar, fizesse a música que queria. Sei que isso se deve a seu apoio e o ambiente que criaram para mim. Gostaria de esperar poder dar a eles esse mesmo espaço.”


Ao filme

Não se Preocupe, Querida é uma espécie de distopia ensolarada, em que a imagem de perfeição vem da estética dos anos 1950 e 1960. Alice e Jack são um jovem casal que vive em uma comunidade ideal, criada para funcionários do misterioso Projeto Victory. Qualquer semelhança com o Projeto Manhattan, de criação da bomba nuclear, não é mera coincidência. Logo percebemos algo estranho está acontecendo por ali. Por exemplo, todas as mulheres de envolvidos no projeto frequentam a mesma aula de balé. Mas ninguém parece notar, a não ser Alice. Wilde começou a trabalhar no projeto, junto com a roteirista Katie Silberman, durante o governo Trump, questionando o slogan do ex-presidente: Faça a América Grande Novamente (Make America Great Again). Esse “novamente” em geral se refere a esses Estados Unidos da década de 1950 e 1960, que muitos têm como o período ideal, mas era, talvez, só para algumas pessoas - em geral, homens brancos heterossexuais. Não se Preocupe, Querida, porém, é atual, falando de autonomia dos corpos e cumplicidade de algumas mulheres com as formas de opressão contra elas.

O filme é bonito de ver, mas cai em alguns clichês, inclusive visuais. Não cansa, mas se apoia mesmo na atuação forte de Florence Pugh. Harry Styles não pode fazer muito frente a ela, o que não chega a atrapalhar por fazer algum sentido no filme.

Não se Preocupe, Querida tem estreia prevista para 22 de setembro no Brasil.

Nunca é bom quando o drama por trás das câmeras é maior do que aquele na tela. E é o que está acontecendo com Não se Preocupe, Querida, o segundo longa-metragem como diretora da também atriz Olivia Wilde, que fez sua estreia mundial no 79º Festival de Veneza. O filme fala de Alice (Florence Pugh), que vive o casamento perfeito com Jack (Harry Styles), em uma comunidade aparentemente perfeita também.

Harry Styles e Florence Pugh em cena do filme 'Não Se Preocupe, Querida', que estreia no Brasil em 22 de setembro no Brasil. Foto: Warner Bros. Entertainment via AP

Primeiro Wilde disse que tinha demitido Shia LaBeouf do projeto para proteger a produção e o elenco, pois o processo do ator não se encaixava em seu método. Florence Pugh não se sentiria segura com ele. Na versão de LaBeouf, ele saiu pela falta de disponibilidade para ensaios. O ator vazou mensagens trocadas com Wilde, em que a diretora pedia que ele reconsiderasse sua saída. Depois, surgiram boatos de que havia um mal-estar entre Pugh e a diretora, que começou a namorar Styles durante a filmagem.

Indagada sobre o assunto na coletiva de imprensa, à qual Florence Pugh não compareceu, Wilde não quis falar. “A Florence é uma força, e somos muito gratos que ela seja capaz de estar aqui na gala, estando em produção com Duna. Sei como diretora como é disruptivo não ter um ator mesmo que por um dia. Sou muito grata a ela e a Denis Villeneuve por nos ajudar e estou feliz de poder celebrar seu trabalho na noite de hoje. Não posso destacar o bastante quanto estou grata por ela ser nossa protagonista. Ela está incrível no filme”, disse Wilde na entrevista no início da tarde. “Em relação à fofoca de tabloide e ruído infinitos por aí, a internet se alimenta, não vejo necessidade de contribuir para isso. Acho que está suficientemente bem alimentado.” Pouco depois, a mediadora da coletiva cortou uma pergunta sobre a saída de LaBeouf do filme. Pugh caminhou no tapete vermelho do Palazzo del Festival à noite.

No tapete vermelho, Styles enfrentou uma multidão de fãs poucas vezes vista em Veneza. Ele disse que era novo no mundo do cinema, mas estava feliz com a recepção. Na coletiva, ele agradeceu aos fãs. “Eles sempre me deixaram ser eu mesmo, pudesse me expressar, fizesse a música que queria. Sei que isso se deve a seu apoio e o ambiente que criaram para mim. Gostaria de esperar poder dar a eles esse mesmo espaço.”


Ao filme

Não se Preocupe, Querida é uma espécie de distopia ensolarada, em que a imagem de perfeição vem da estética dos anos 1950 e 1960. Alice e Jack são um jovem casal que vive em uma comunidade ideal, criada para funcionários do misterioso Projeto Victory. Qualquer semelhança com o Projeto Manhattan, de criação da bomba nuclear, não é mera coincidência. Logo percebemos algo estranho está acontecendo por ali. Por exemplo, todas as mulheres de envolvidos no projeto frequentam a mesma aula de balé. Mas ninguém parece notar, a não ser Alice. Wilde começou a trabalhar no projeto, junto com a roteirista Katie Silberman, durante o governo Trump, questionando o slogan do ex-presidente: Faça a América Grande Novamente (Make America Great Again). Esse “novamente” em geral se refere a esses Estados Unidos da década de 1950 e 1960, que muitos têm como o período ideal, mas era, talvez, só para algumas pessoas - em geral, homens brancos heterossexuais. Não se Preocupe, Querida, porém, é atual, falando de autonomia dos corpos e cumplicidade de algumas mulheres com as formas de opressão contra elas.

O filme é bonito de ver, mas cai em alguns clichês, inclusive visuais. Não cansa, mas se apoia mesmo na atuação forte de Florence Pugh. Harry Styles não pode fazer muito frente a ela, o que não chega a atrapalhar por fazer algum sentido no filme.

Não se Preocupe, Querida tem estreia prevista para 22 de setembro no Brasil.

Nunca é bom quando o drama por trás das câmeras é maior do que aquele na tela. E é o que está acontecendo com Não se Preocupe, Querida, o segundo longa-metragem como diretora da também atriz Olivia Wilde, que fez sua estreia mundial no 79º Festival de Veneza. O filme fala de Alice (Florence Pugh), que vive o casamento perfeito com Jack (Harry Styles), em uma comunidade aparentemente perfeita também.

Harry Styles e Florence Pugh em cena do filme 'Não Se Preocupe, Querida', que estreia no Brasil em 22 de setembro no Brasil. Foto: Warner Bros. Entertainment via AP

Primeiro Wilde disse que tinha demitido Shia LaBeouf do projeto para proteger a produção e o elenco, pois o processo do ator não se encaixava em seu método. Florence Pugh não se sentiria segura com ele. Na versão de LaBeouf, ele saiu pela falta de disponibilidade para ensaios. O ator vazou mensagens trocadas com Wilde, em que a diretora pedia que ele reconsiderasse sua saída. Depois, surgiram boatos de que havia um mal-estar entre Pugh e a diretora, que começou a namorar Styles durante a filmagem.

Indagada sobre o assunto na coletiva de imprensa, à qual Florence Pugh não compareceu, Wilde não quis falar. “A Florence é uma força, e somos muito gratos que ela seja capaz de estar aqui na gala, estando em produção com Duna. Sei como diretora como é disruptivo não ter um ator mesmo que por um dia. Sou muito grata a ela e a Denis Villeneuve por nos ajudar e estou feliz de poder celebrar seu trabalho na noite de hoje. Não posso destacar o bastante quanto estou grata por ela ser nossa protagonista. Ela está incrível no filme”, disse Wilde na entrevista no início da tarde. “Em relação à fofoca de tabloide e ruído infinitos por aí, a internet se alimenta, não vejo necessidade de contribuir para isso. Acho que está suficientemente bem alimentado.” Pouco depois, a mediadora da coletiva cortou uma pergunta sobre a saída de LaBeouf do filme. Pugh caminhou no tapete vermelho do Palazzo del Festival à noite.

No tapete vermelho, Styles enfrentou uma multidão de fãs poucas vezes vista em Veneza. Ele disse que era novo no mundo do cinema, mas estava feliz com a recepção. Na coletiva, ele agradeceu aos fãs. “Eles sempre me deixaram ser eu mesmo, pudesse me expressar, fizesse a música que queria. Sei que isso se deve a seu apoio e o ambiente que criaram para mim. Gostaria de esperar poder dar a eles esse mesmo espaço.”


Ao filme

Não se Preocupe, Querida é uma espécie de distopia ensolarada, em que a imagem de perfeição vem da estética dos anos 1950 e 1960. Alice e Jack são um jovem casal que vive em uma comunidade ideal, criada para funcionários do misterioso Projeto Victory. Qualquer semelhança com o Projeto Manhattan, de criação da bomba nuclear, não é mera coincidência. Logo percebemos algo estranho está acontecendo por ali. Por exemplo, todas as mulheres de envolvidos no projeto frequentam a mesma aula de balé. Mas ninguém parece notar, a não ser Alice. Wilde começou a trabalhar no projeto, junto com a roteirista Katie Silberman, durante o governo Trump, questionando o slogan do ex-presidente: Faça a América Grande Novamente (Make America Great Again). Esse “novamente” em geral se refere a esses Estados Unidos da década de 1950 e 1960, que muitos têm como o período ideal, mas era, talvez, só para algumas pessoas - em geral, homens brancos heterossexuais. Não se Preocupe, Querida, porém, é atual, falando de autonomia dos corpos e cumplicidade de algumas mulheres com as formas de opressão contra elas.

O filme é bonito de ver, mas cai em alguns clichês, inclusive visuais. Não cansa, mas se apoia mesmo na atuação forte de Florence Pugh. Harry Styles não pode fazer muito frente a ela, o que não chega a atrapalhar por fazer algum sentido no filme.

Não se Preocupe, Querida tem estreia prevista para 22 de setembro no Brasil.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.