Bárbara Paz faz filme de amor e despedida para Hector Babenco


'Alguém Tem de Ouvir o Coração e Dizer: Parou' registra o homem por trás de títulos como 'Pixote' e 'O Beijo da Mulher Aranha'

Por Mariane Morisawa
Atualização:

VENEZA – Os últimos dois dias foram de emoção à flor da pele para Bárbara Paz, que apresenta sua estreia na direção, o documentário Alguém Tem de Ouvir o Coração e Dizer: Parou, sobre seu marido, o cineasta Hector Babenco, morto em 2016, na seção Venice Classics do 76º Festival de Veneza. “Nossa última viagem foi para cá”, ela contou em entrevista ao Estado. “Hector olhou para este mar e disse: ‘Não é possível que eu nunca mais vou ver isso’. O filme estar em Veneza, ao lado de documentários sobre outros grandes cineastas, como Fellini e Tarkovski, parece algo comandado por ele. Parece Hector dizendo: ‘É aqui que eu quero ficar, é aqui que quero renascer’.”

Cena de 'Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou', de Bárbara Paz Foto: Arquivo pessoal

Desde que se apaixonou pelo diretor de alguns dos maiores filmes do cinema brasileiro, como Pixote – A Lei do Mais Fraco e Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia, além de produções internacionais como O Beijo da Mulher Aranha, pelo qual concorreu ao Oscar, a atriz queria fazer um documentário sobre ele. “Quis registrar o homem. O pensador – que era um cineasta, também. Todo o mundo queria falar da obra, e eu queria falar do homem”, contou.

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Ela nunca entendeu por que não havia filmes sobre o diretor, nascido em Mar del Plata, na Argentina, e naturalizado brasileiro em 1977. “Mas depois percebi que era porque ele mesmo queria falar dele, não permitia que os outros falassem.” Mesmo com ela, o princípio foi difícil. “Começamos a brincadeira. Ele dirigiu até sua doença dele como um filme. Fazia isso comigo e com todo o mundo que estava ao redor. Gostava de mandar”, disse a diretora, rindo.

As músicas, como Exit Music (For a Film), do Radiohead, foram selecionadas por Bárbara. Eram canções que ele amava. “É um filme sobre o amor, de relação, de amor pelo cinema. E uma despedida.”

Quando Babenco descobriu que seu câncer estava de volta, decidiu fazer seu derradeiro longa-metragem, Meu Amigo Hindu, muito inspirado em suas experiências e estrelado por Willem Dafoe. Poucos meses depois da estreia, ele morreu. Bárbara não teve tempo de filmar tudo o que tinham planejado, e foi só por isso que trechos de sua obra entraram no documentário.

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A atriz, escritora e diretora Bárbara Paz Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A edição começou logo depois da morte de Babenco. “Eu não queria perder tempo”, disse Bárbara Paz. Foram muitos anos de trabalho com vários montadores, até a edição final assinada por Cao Guimarães. O luto se misturou à finalização do filme. “Eu não me despedi dele. Ele estava o tempo todo na minha casa, porque a ilha de edição era em casa. Mas às vezes era muito difícil, teve muita dor, muito choro. Houve gente que achava que eu não terminava o filme porque não queria me despedir dele. Mas não era, o filme não estava pronto. Só larguei quando fomos selecionados para Veneza.”

O filme, que vem acompanhado do livro Mr. Babenco, é apenas o primeiro da carreira de Bárbara Paz. “A maior herança que ele me deixou foi o legado cinematográfico. E o filme tem essa passagem de bastão, do mestre dando o aval para a jovem cineasta seguir”, disse. “A gente sempre tratou o filme como um filho. Como ele não podia mais me dar um filho, o filme é nosso filho. E ele está nascendo aqui, neste lugar tão lindo.”

VENEZA – Os últimos dois dias foram de emoção à flor da pele para Bárbara Paz, que apresenta sua estreia na direção, o documentário Alguém Tem de Ouvir o Coração e Dizer: Parou, sobre seu marido, o cineasta Hector Babenco, morto em 2016, na seção Venice Classics do 76º Festival de Veneza. “Nossa última viagem foi para cá”, ela contou em entrevista ao Estado. “Hector olhou para este mar e disse: ‘Não é possível que eu nunca mais vou ver isso’. O filme estar em Veneza, ao lado de documentários sobre outros grandes cineastas, como Fellini e Tarkovski, parece algo comandado por ele. Parece Hector dizendo: ‘É aqui que eu quero ficar, é aqui que quero renascer’.”

Cena de 'Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou', de Bárbara Paz Foto: Arquivo pessoal

Desde que se apaixonou pelo diretor de alguns dos maiores filmes do cinema brasileiro, como Pixote – A Lei do Mais Fraco e Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia, além de produções internacionais como O Beijo da Mulher Aranha, pelo qual concorreu ao Oscar, a atriz queria fazer um documentário sobre ele. “Quis registrar o homem. O pensador – que era um cineasta, também. Todo o mundo queria falar da obra, e eu queria falar do homem”, contou.

Ela nunca entendeu por que não havia filmes sobre o diretor, nascido em Mar del Plata, na Argentina, e naturalizado brasileiro em 1977. “Mas depois percebi que era porque ele mesmo queria falar dele, não permitia que os outros falassem.” Mesmo com ela, o princípio foi difícil. “Começamos a brincadeira. Ele dirigiu até sua doença dele como um filme. Fazia isso comigo e com todo o mundo que estava ao redor. Gostava de mandar”, disse a diretora, rindo.

As músicas, como Exit Music (For a Film), do Radiohead, foram selecionadas por Bárbara. Eram canções que ele amava. “É um filme sobre o amor, de relação, de amor pelo cinema. E uma despedida.”

Quando Babenco descobriu que seu câncer estava de volta, decidiu fazer seu derradeiro longa-metragem, Meu Amigo Hindu, muito inspirado em suas experiências e estrelado por Willem Dafoe. Poucos meses depois da estreia, ele morreu. Bárbara não teve tempo de filmar tudo o que tinham planejado, e foi só por isso que trechos de sua obra entraram no documentário.

A atriz, escritora e diretora Bárbara Paz Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A edição começou logo depois da morte de Babenco. “Eu não queria perder tempo”, disse Bárbara Paz. Foram muitos anos de trabalho com vários montadores, até a edição final assinada por Cao Guimarães. O luto se misturou à finalização do filme. “Eu não me despedi dele. Ele estava o tempo todo na minha casa, porque a ilha de edição era em casa. Mas às vezes era muito difícil, teve muita dor, muito choro. Houve gente que achava que eu não terminava o filme porque não queria me despedir dele. Mas não era, o filme não estava pronto. Só larguei quando fomos selecionados para Veneza.”

O filme, que vem acompanhado do livro Mr. Babenco, é apenas o primeiro da carreira de Bárbara Paz. “A maior herança que ele me deixou foi o legado cinematográfico. E o filme tem essa passagem de bastão, do mestre dando o aval para a jovem cineasta seguir”, disse. “A gente sempre tratou o filme como um filho. Como ele não podia mais me dar um filho, o filme é nosso filho. E ele está nascendo aqui, neste lugar tão lindo.”

VENEZA – Os últimos dois dias foram de emoção à flor da pele para Bárbara Paz, que apresenta sua estreia na direção, o documentário Alguém Tem de Ouvir o Coração e Dizer: Parou, sobre seu marido, o cineasta Hector Babenco, morto em 2016, na seção Venice Classics do 76º Festival de Veneza. “Nossa última viagem foi para cá”, ela contou em entrevista ao Estado. “Hector olhou para este mar e disse: ‘Não é possível que eu nunca mais vou ver isso’. O filme estar em Veneza, ao lado de documentários sobre outros grandes cineastas, como Fellini e Tarkovski, parece algo comandado por ele. Parece Hector dizendo: ‘É aqui que eu quero ficar, é aqui que quero renascer’.”

Cena de 'Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou', de Bárbara Paz Foto: Arquivo pessoal

Desde que se apaixonou pelo diretor de alguns dos maiores filmes do cinema brasileiro, como Pixote – A Lei do Mais Fraco e Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia, além de produções internacionais como O Beijo da Mulher Aranha, pelo qual concorreu ao Oscar, a atriz queria fazer um documentário sobre ele. “Quis registrar o homem. O pensador – que era um cineasta, também. Todo o mundo queria falar da obra, e eu queria falar do homem”, contou.

Ela nunca entendeu por que não havia filmes sobre o diretor, nascido em Mar del Plata, na Argentina, e naturalizado brasileiro em 1977. “Mas depois percebi que era porque ele mesmo queria falar dele, não permitia que os outros falassem.” Mesmo com ela, o princípio foi difícil. “Começamos a brincadeira. Ele dirigiu até sua doença dele como um filme. Fazia isso comigo e com todo o mundo que estava ao redor. Gostava de mandar”, disse a diretora, rindo.

As músicas, como Exit Music (For a Film), do Radiohead, foram selecionadas por Bárbara. Eram canções que ele amava. “É um filme sobre o amor, de relação, de amor pelo cinema. E uma despedida.”

Quando Babenco descobriu que seu câncer estava de volta, decidiu fazer seu derradeiro longa-metragem, Meu Amigo Hindu, muito inspirado em suas experiências e estrelado por Willem Dafoe. Poucos meses depois da estreia, ele morreu. Bárbara não teve tempo de filmar tudo o que tinham planejado, e foi só por isso que trechos de sua obra entraram no documentário.

A atriz, escritora e diretora Bárbara Paz Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A edição começou logo depois da morte de Babenco. “Eu não queria perder tempo”, disse Bárbara Paz. Foram muitos anos de trabalho com vários montadores, até a edição final assinada por Cao Guimarães. O luto se misturou à finalização do filme. “Eu não me despedi dele. Ele estava o tempo todo na minha casa, porque a ilha de edição era em casa. Mas às vezes era muito difícil, teve muita dor, muito choro. Houve gente que achava que eu não terminava o filme porque não queria me despedir dele. Mas não era, o filme não estava pronto. Só larguei quando fomos selecionados para Veneza.”

O filme, que vem acompanhado do livro Mr. Babenco, é apenas o primeiro da carreira de Bárbara Paz. “A maior herança que ele me deixou foi o legado cinematográfico. E o filme tem essa passagem de bastão, do mestre dando o aval para a jovem cineasta seguir”, disse. “A gente sempre tratou o filme como um filho. Como ele não podia mais me dar um filho, o filme é nosso filho. E ele está nascendo aqui, neste lugar tão lindo.”

VENEZA – Os últimos dois dias foram de emoção à flor da pele para Bárbara Paz, que apresenta sua estreia na direção, o documentário Alguém Tem de Ouvir o Coração e Dizer: Parou, sobre seu marido, o cineasta Hector Babenco, morto em 2016, na seção Venice Classics do 76º Festival de Veneza. “Nossa última viagem foi para cá”, ela contou em entrevista ao Estado. “Hector olhou para este mar e disse: ‘Não é possível que eu nunca mais vou ver isso’. O filme estar em Veneza, ao lado de documentários sobre outros grandes cineastas, como Fellini e Tarkovski, parece algo comandado por ele. Parece Hector dizendo: ‘É aqui que eu quero ficar, é aqui que quero renascer’.”

Cena de 'Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou', de Bárbara Paz Foto: Arquivo pessoal

Desde que se apaixonou pelo diretor de alguns dos maiores filmes do cinema brasileiro, como Pixote – A Lei do Mais Fraco e Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia, além de produções internacionais como O Beijo da Mulher Aranha, pelo qual concorreu ao Oscar, a atriz queria fazer um documentário sobre ele. “Quis registrar o homem. O pensador – que era um cineasta, também. Todo o mundo queria falar da obra, e eu queria falar do homem”, contou.

Ela nunca entendeu por que não havia filmes sobre o diretor, nascido em Mar del Plata, na Argentina, e naturalizado brasileiro em 1977. “Mas depois percebi que era porque ele mesmo queria falar dele, não permitia que os outros falassem.” Mesmo com ela, o princípio foi difícil. “Começamos a brincadeira. Ele dirigiu até sua doença dele como um filme. Fazia isso comigo e com todo o mundo que estava ao redor. Gostava de mandar”, disse a diretora, rindo.

As músicas, como Exit Music (For a Film), do Radiohead, foram selecionadas por Bárbara. Eram canções que ele amava. “É um filme sobre o amor, de relação, de amor pelo cinema. E uma despedida.”

Quando Babenco descobriu que seu câncer estava de volta, decidiu fazer seu derradeiro longa-metragem, Meu Amigo Hindu, muito inspirado em suas experiências e estrelado por Willem Dafoe. Poucos meses depois da estreia, ele morreu. Bárbara não teve tempo de filmar tudo o que tinham planejado, e foi só por isso que trechos de sua obra entraram no documentário.

A atriz, escritora e diretora Bárbara Paz Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A edição começou logo depois da morte de Babenco. “Eu não queria perder tempo”, disse Bárbara Paz. Foram muitos anos de trabalho com vários montadores, até a edição final assinada por Cao Guimarães. O luto se misturou à finalização do filme. “Eu não me despedi dele. Ele estava o tempo todo na minha casa, porque a ilha de edição era em casa. Mas às vezes era muito difícil, teve muita dor, muito choro. Houve gente que achava que eu não terminava o filme porque não queria me despedir dele. Mas não era, o filme não estava pronto. Só larguei quando fomos selecionados para Veneza.”

O filme, que vem acompanhado do livro Mr. Babenco, é apenas o primeiro da carreira de Bárbara Paz. “A maior herança que ele me deixou foi o legado cinematográfico. E o filme tem essa passagem de bastão, do mestre dando o aval para a jovem cineasta seguir”, disse. “A gente sempre tratou o filme como um filho. Como ele não podia mais me dar um filho, o filme é nosso filho. E ele está nascendo aqui, neste lugar tão lindo.”

VENEZA – Os últimos dois dias foram de emoção à flor da pele para Bárbara Paz, que apresenta sua estreia na direção, o documentário Alguém Tem de Ouvir o Coração e Dizer: Parou, sobre seu marido, o cineasta Hector Babenco, morto em 2016, na seção Venice Classics do 76º Festival de Veneza. “Nossa última viagem foi para cá”, ela contou em entrevista ao Estado. “Hector olhou para este mar e disse: ‘Não é possível que eu nunca mais vou ver isso’. O filme estar em Veneza, ao lado de documentários sobre outros grandes cineastas, como Fellini e Tarkovski, parece algo comandado por ele. Parece Hector dizendo: ‘É aqui que eu quero ficar, é aqui que quero renascer’.”

Cena de 'Babenco: Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou', de Bárbara Paz Foto: Arquivo pessoal

Desde que se apaixonou pelo diretor de alguns dos maiores filmes do cinema brasileiro, como Pixote – A Lei do Mais Fraco e Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia, além de produções internacionais como O Beijo da Mulher Aranha, pelo qual concorreu ao Oscar, a atriz queria fazer um documentário sobre ele. “Quis registrar o homem. O pensador – que era um cineasta, também. Todo o mundo queria falar da obra, e eu queria falar do homem”, contou.

Ela nunca entendeu por que não havia filmes sobre o diretor, nascido em Mar del Plata, na Argentina, e naturalizado brasileiro em 1977. “Mas depois percebi que era porque ele mesmo queria falar dele, não permitia que os outros falassem.” Mesmo com ela, o princípio foi difícil. “Começamos a brincadeira. Ele dirigiu até sua doença dele como um filme. Fazia isso comigo e com todo o mundo que estava ao redor. Gostava de mandar”, disse a diretora, rindo.

As músicas, como Exit Music (For a Film), do Radiohead, foram selecionadas por Bárbara. Eram canções que ele amava. “É um filme sobre o amor, de relação, de amor pelo cinema. E uma despedida.”

Quando Babenco descobriu que seu câncer estava de volta, decidiu fazer seu derradeiro longa-metragem, Meu Amigo Hindu, muito inspirado em suas experiências e estrelado por Willem Dafoe. Poucos meses depois da estreia, ele morreu. Bárbara não teve tempo de filmar tudo o que tinham planejado, e foi só por isso que trechos de sua obra entraram no documentário.

A atriz, escritora e diretora Bárbara Paz Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A edição começou logo depois da morte de Babenco. “Eu não queria perder tempo”, disse Bárbara Paz. Foram muitos anos de trabalho com vários montadores, até a edição final assinada por Cao Guimarães. O luto se misturou à finalização do filme. “Eu não me despedi dele. Ele estava o tempo todo na minha casa, porque a ilha de edição era em casa. Mas às vezes era muito difícil, teve muita dor, muito choro. Houve gente que achava que eu não terminava o filme porque não queria me despedir dele. Mas não era, o filme não estava pronto. Só larguei quando fomos selecionados para Veneza.”

O filme, que vem acompanhado do livro Mr. Babenco, é apenas o primeiro da carreira de Bárbara Paz. “A maior herança que ele me deixou foi o legado cinematográfico. E o filme tem essa passagem de bastão, do mestre dando o aval para a jovem cineasta seguir”, disse. “A gente sempre tratou o filme como um filho. Como ele não podia mais me dar um filho, o filme é nosso filho. E ele está nascendo aqui, neste lugar tão lindo.”

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