Cannes: ‘A Flor do Buriti’, sobre vida da tribo krahô no Tocantins, é ‘cinema político’, diz diretor


Filme do português João Salaviza e da brasileira Renée Nader Messora, que conta com a participação de Sônia Guajajara, foi apresentado na Mostra Um Certo Olhar

Por Pol Costa
Atualização:

AFP - O Festival de Cannes acolheu, nesta terça-feira, 23, a estreia de Crowrã/A Flor do Buriti, uma crônica filmada da vida dos indígenas krahô e uma reivindicação do papel dos povos nativos do Brasil

Os dois cineastas, o português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, documentam o passado, o presente e os desafios para o futuro deste povo indígena do Cerrado brasileiro. 

“O que buscamos é traduzir a sensibilidade, a poesia, a beleza dos krahô e colocá-la em imagens, em som, em edição” disse Salaviza em entrevista à AFP. 

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“Não é um cinema ativista, mas sim um cinema profundamente político”, garante o codiretor deste filme, que está no meio do caminho entre documentário e ficção e no qual os krahô recriam sua própria vida.  

Sua sobrevivência está em jogo no Cerrado, bioma de enorme biodiversidade pressionado pelo agronegócio e pelo governo hostil de Jair Bolsonaro, que estava no poder quando o filme foi gravado. 

Os cineastas Renée Nader Messora e João Salaviza apresentam em Cannes 'A Flor do Buriti' Foto: Gullaume Horcajuelo/EFE
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Crowrã, uma coprodução entre Brasil e Portugal, é o resultado de 15 meses de gravações e da vivência dos diretores em quatro aldeias diferentes desta terra indígena, uma região que ambos conhecem a fundo e onde vivem há anos.

História construída com os indígenas

“Sabíamos mais ou menos o que queríamos contar, mas não tínhamos ideia de como iríamos conseguir e isto foi sendo construído com eles, os indígenas”, aponta Nader Messora, que propõe um cinema “muito aberto” em colaboração com seus protagonistas.

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O filme, apresentado na mostra paralela Um Certo Olhar, traz também o distanciamento dos krahô de suas tradições, desde um pai que muda da caça para o supermercado até a renúncia dos homens a ficarem nus nas celebrações tradicionais.

“Não é que haja exatamente uma perda [cultural], eu acredito que há uma reconfiguração [...] Eles aproveitam o que lhes serve e descartam muito do que não lhes serve das novidades trazidas pelos não indígenas”, chamados ‘cûpe’ em sua língua, aponta Renée Nader Messora.

Francisco Hyjno Kraho, Luzia Cruwakwyj Kraho, Henrique Cruwakwyj Kraho e Debora Sodre, do elenco de 'A Flor do Buriti', em Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters
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Crowrã mostra também a tomada de consciência política dos krahô, quando alguns deles decidem viajar a Brasília para uma grande mobilização dos indígenas contra o governo Bolsonaro.

“Entenderam que há muitas frentes de batalha e uma delas é aprender a ocupar os espaços de poder”, afirma Salaviza, que descreve a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência este ano como “uma mudança de mundo”.

O longa acompanha vários personagens, como Jotàt, uma menina que incorpora os fantasmas de seus antepassados que a fazem lembrar de um massacre ocorrido nos anos 1940. 

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Enquanto isso, Hyjnõ, o guardião da aldeia, luta para evitar as incursões ilegais dos ‘cûpe’ que roubam araras em suas terras para depois vendê-las na cidade.

O filme também conta com a participação de Sônia Guajajara, ministra da nova pasta de Povos Indígenas, “um foco de esperança” segundo Salaviza, que não hesita em classificar de “regime” os anos da presidência de Bolsonaro.

Os dois diretores apresentaram, em 2018, também em Cannes, seu primeiro filme, Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos, que já tratava da comunidade krahô e levou o prêmio da mostra Um Certo Olhar.

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AFP - O Festival de Cannes acolheu, nesta terça-feira, 23, a estreia de Crowrã/A Flor do Buriti, uma crônica filmada da vida dos indígenas krahô e uma reivindicação do papel dos povos nativos do Brasil

Os dois cineastas, o português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, documentam o passado, o presente e os desafios para o futuro deste povo indígena do Cerrado brasileiro. 

“O que buscamos é traduzir a sensibilidade, a poesia, a beleza dos krahô e colocá-la em imagens, em som, em edição” disse Salaviza em entrevista à AFP. 

“Não é um cinema ativista, mas sim um cinema profundamente político”, garante o codiretor deste filme, que está no meio do caminho entre documentário e ficção e no qual os krahô recriam sua própria vida.  

Sua sobrevivência está em jogo no Cerrado, bioma de enorme biodiversidade pressionado pelo agronegócio e pelo governo hostil de Jair Bolsonaro, que estava no poder quando o filme foi gravado. 

Os cineastas Renée Nader Messora e João Salaviza apresentam em Cannes 'A Flor do Buriti' Foto: Gullaume Horcajuelo/EFE

Crowrã, uma coprodução entre Brasil e Portugal, é o resultado de 15 meses de gravações e da vivência dos diretores em quatro aldeias diferentes desta terra indígena, uma região que ambos conhecem a fundo e onde vivem há anos.

História construída com os indígenas

“Sabíamos mais ou menos o que queríamos contar, mas não tínhamos ideia de como iríamos conseguir e isto foi sendo construído com eles, os indígenas”, aponta Nader Messora, que propõe um cinema “muito aberto” em colaboração com seus protagonistas.

O filme, apresentado na mostra paralela Um Certo Olhar, traz também o distanciamento dos krahô de suas tradições, desde um pai que muda da caça para o supermercado até a renúncia dos homens a ficarem nus nas celebrações tradicionais.

“Não é que haja exatamente uma perda [cultural], eu acredito que há uma reconfiguração [...] Eles aproveitam o que lhes serve e descartam muito do que não lhes serve das novidades trazidas pelos não indígenas”, chamados ‘cûpe’ em sua língua, aponta Renée Nader Messora.

Francisco Hyjno Kraho, Luzia Cruwakwyj Kraho, Henrique Cruwakwyj Kraho e Debora Sodre, do elenco de 'A Flor do Buriti', em Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters

Crowrã mostra também a tomada de consciência política dos krahô, quando alguns deles decidem viajar a Brasília para uma grande mobilização dos indígenas contra o governo Bolsonaro.

“Entenderam que há muitas frentes de batalha e uma delas é aprender a ocupar os espaços de poder”, afirma Salaviza, que descreve a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência este ano como “uma mudança de mundo”.

O longa acompanha vários personagens, como Jotàt, uma menina que incorpora os fantasmas de seus antepassados que a fazem lembrar de um massacre ocorrido nos anos 1940. 

Enquanto isso, Hyjnõ, o guardião da aldeia, luta para evitar as incursões ilegais dos ‘cûpe’ que roubam araras em suas terras para depois vendê-las na cidade.

O filme também conta com a participação de Sônia Guajajara, ministra da nova pasta de Povos Indígenas, “um foco de esperança” segundo Salaviza, que não hesita em classificar de “regime” os anos da presidência de Bolsonaro.

Os dois diretores apresentaram, em 2018, também em Cannes, seu primeiro filme, Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos, que já tratava da comunidade krahô e levou o prêmio da mostra Um Certo Olhar.

AFP - O Festival de Cannes acolheu, nesta terça-feira, 23, a estreia de Crowrã/A Flor do Buriti, uma crônica filmada da vida dos indígenas krahô e uma reivindicação do papel dos povos nativos do Brasil

Os dois cineastas, o português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, documentam o passado, o presente e os desafios para o futuro deste povo indígena do Cerrado brasileiro. 

“O que buscamos é traduzir a sensibilidade, a poesia, a beleza dos krahô e colocá-la em imagens, em som, em edição” disse Salaviza em entrevista à AFP. 

“Não é um cinema ativista, mas sim um cinema profundamente político”, garante o codiretor deste filme, que está no meio do caminho entre documentário e ficção e no qual os krahô recriam sua própria vida.  

Sua sobrevivência está em jogo no Cerrado, bioma de enorme biodiversidade pressionado pelo agronegócio e pelo governo hostil de Jair Bolsonaro, que estava no poder quando o filme foi gravado. 

Os cineastas Renée Nader Messora e João Salaviza apresentam em Cannes 'A Flor do Buriti' Foto: Gullaume Horcajuelo/EFE

Crowrã, uma coprodução entre Brasil e Portugal, é o resultado de 15 meses de gravações e da vivência dos diretores em quatro aldeias diferentes desta terra indígena, uma região que ambos conhecem a fundo e onde vivem há anos.

História construída com os indígenas

“Sabíamos mais ou menos o que queríamos contar, mas não tínhamos ideia de como iríamos conseguir e isto foi sendo construído com eles, os indígenas”, aponta Nader Messora, que propõe um cinema “muito aberto” em colaboração com seus protagonistas.

O filme, apresentado na mostra paralela Um Certo Olhar, traz também o distanciamento dos krahô de suas tradições, desde um pai que muda da caça para o supermercado até a renúncia dos homens a ficarem nus nas celebrações tradicionais.

“Não é que haja exatamente uma perda [cultural], eu acredito que há uma reconfiguração [...] Eles aproveitam o que lhes serve e descartam muito do que não lhes serve das novidades trazidas pelos não indígenas”, chamados ‘cûpe’ em sua língua, aponta Renée Nader Messora.

Francisco Hyjno Kraho, Luzia Cruwakwyj Kraho, Henrique Cruwakwyj Kraho e Debora Sodre, do elenco de 'A Flor do Buriti', em Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters

Crowrã mostra também a tomada de consciência política dos krahô, quando alguns deles decidem viajar a Brasília para uma grande mobilização dos indígenas contra o governo Bolsonaro.

“Entenderam que há muitas frentes de batalha e uma delas é aprender a ocupar os espaços de poder”, afirma Salaviza, que descreve a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência este ano como “uma mudança de mundo”.

O longa acompanha vários personagens, como Jotàt, uma menina que incorpora os fantasmas de seus antepassados que a fazem lembrar de um massacre ocorrido nos anos 1940. 

Enquanto isso, Hyjnõ, o guardião da aldeia, luta para evitar as incursões ilegais dos ‘cûpe’ que roubam araras em suas terras para depois vendê-las na cidade.

O filme também conta com a participação de Sônia Guajajara, ministra da nova pasta de Povos Indígenas, “um foco de esperança” segundo Salaviza, que não hesita em classificar de “regime” os anos da presidência de Bolsonaro.

Os dois diretores apresentaram, em 2018, também em Cannes, seu primeiro filme, Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos, que já tratava da comunidade krahô e levou o prêmio da mostra Um Certo Olhar.

AFP - O Festival de Cannes acolheu, nesta terça-feira, 23, a estreia de Crowrã/A Flor do Buriti, uma crônica filmada da vida dos indígenas krahô e uma reivindicação do papel dos povos nativos do Brasil

Os dois cineastas, o português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, documentam o passado, o presente e os desafios para o futuro deste povo indígena do Cerrado brasileiro. 

“O que buscamos é traduzir a sensibilidade, a poesia, a beleza dos krahô e colocá-la em imagens, em som, em edição” disse Salaviza em entrevista à AFP. 

“Não é um cinema ativista, mas sim um cinema profundamente político”, garante o codiretor deste filme, que está no meio do caminho entre documentário e ficção e no qual os krahô recriam sua própria vida.  

Sua sobrevivência está em jogo no Cerrado, bioma de enorme biodiversidade pressionado pelo agronegócio e pelo governo hostil de Jair Bolsonaro, que estava no poder quando o filme foi gravado. 

Os cineastas Renée Nader Messora e João Salaviza apresentam em Cannes 'A Flor do Buriti' Foto: Gullaume Horcajuelo/EFE

Crowrã, uma coprodução entre Brasil e Portugal, é o resultado de 15 meses de gravações e da vivência dos diretores em quatro aldeias diferentes desta terra indígena, uma região que ambos conhecem a fundo e onde vivem há anos.

História construída com os indígenas

“Sabíamos mais ou menos o que queríamos contar, mas não tínhamos ideia de como iríamos conseguir e isto foi sendo construído com eles, os indígenas”, aponta Nader Messora, que propõe um cinema “muito aberto” em colaboração com seus protagonistas.

O filme, apresentado na mostra paralela Um Certo Olhar, traz também o distanciamento dos krahô de suas tradições, desde um pai que muda da caça para o supermercado até a renúncia dos homens a ficarem nus nas celebrações tradicionais.

“Não é que haja exatamente uma perda [cultural], eu acredito que há uma reconfiguração [...] Eles aproveitam o que lhes serve e descartam muito do que não lhes serve das novidades trazidas pelos não indígenas”, chamados ‘cûpe’ em sua língua, aponta Renée Nader Messora.

Francisco Hyjno Kraho, Luzia Cruwakwyj Kraho, Henrique Cruwakwyj Kraho e Debora Sodre, do elenco de 'A Flor do Buriti', em Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters

Crowrã mostra também a tomada de consciência política dos krahô, quando alguns deles decidem viajar a Brasília para uma grande mobilização dos indígenas contra o governo Bolsonaro.

“Entenderam que há muitas frentes de batalha e uma delas é aprender a ocupar os espaços de poder”, afirma Salaviza, que descreve a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência este ano como “uma mudança de mundo”.

O longa acompanha vários personagens, como Jotàt, uma menina que incorpora os fantasmas de seus antepassados que a fazem lembrar de um massacre ocorrido nos anos 1940. 

Enquanto isso, Hyjnõ, o guardião da aldeia, luta para evitar as incursões ilegais dos ‘cûpe’ que roubam araras em suas terras para depois vendê-las na cidade.

O filme também conta com a participação de Sônia Guajajara, ministra da nova pasta de Povos Indígenas, “um foco de esperança” segundo Salaviza, que não hesita em classificar de “regime” os anos da presidência de Bolsonaro.

Os dois diretores apresentaram, em 2018, também em Cannes, seu primeiro filme, Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos, que já tratava da comunidade krahô e levou o prêmio da mostra Um Certo Olhar.

AFP - O Festival de Cannes acolheu, nesta terça-feira, 23, a estreia de Crowrã/A Flor do Buriti, uma crônica filmada da vida dos indígenas krahô e uma reivindicação do papel dos povos nativos do Brasil

Os dois cineastas, o português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, documentam o passado, o presente e os desafios para o futuro deste povo indígena do Cerrado brasileiro. 

“O que buscamos é traduzir a sensibilidade, a poesia, a beleza dos krahô e colocá-la em imagens, em som, em edição” disse Salaviza em entrevista à AFP. 

“Não é um cinema ativista, mas sim um cinema profundamente político”, garante o codiretor deste filme, que está no meio do caminho entre documentário e ficção e no qual os krahô recriam sua própria vida.  

Sua sobrevivência está em jogo no Cerrado, bioma de enorme biodiversidade pressionado pelo agronegócio e pelo governo hostil de Jair Bolsonaro, que estava no poder quando o filme foi gravado. 

Os cineastas Renée Nader Messora e João Salaviza apresentam em Cannes 'A Flor do Buriti' Foto: Gullaume Horcajuelo/EFE

Crowrã, uma coprodução entre Brasil e Portugal, é o resultado de 15 meses de gravações e da vivência dos diretores em quatro aldeias diferentes desta terra indígena, uma região que ambos conhecem a fundo e onde vivem há anos.

História construída com os indígenas

“Sabíamos mais ou menos o que queríamos contar, mas não tínhamos ideia de como iríamos conseguir e isto foi sendo construído com eles, os indígenas”, aponta Nader Messora, que propõe um cinema “muito aberto” em colaboração com seus protagonistas.

O filme, apresentado na mostra paralela Um Certo Olhar, traz também o distanciamento dos krahô de suas tradições, desde um pai que muda da caça para o supermercado até a renúncia dos homens a ficarem nus nas celebrações tradicionais.

“Não é que haja exatamente uma perda [cultural], eu acredito que há uma reconfiguração [...] Eles aproveitam o que lhes serve e descartam muito do que não lhes serve das novidades trazidas pelos não indígenas”, chamados ‘cûpe’ em sua língua, aponta Renée Nader Messora.

Francisco Hyjno Kraho, Luzia Cruwakwyj Kraho, Henrique Cruwakwyj Kraho e Debora Sodre, do elenco de 'A Flor do Buriti', em Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters

Crowrã mostra também a tomada de consciência política dos krahô, quando alguns deles decidem viajar a Brasília para uma grande mobilização dos indígenas contra o governo Bolsonaro.

“Entenderam que há muitas frentes de batalha e uma delas é aprender a ocupar os espaços de poder”, afirma Salaviza, que descreve a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência este ano como “uma mudança de mundo”.

O longa acompanha vários personagens, como Jotàt, uma menina que incorpora os fantasmas de seus antepassados que a fazem lembrar de um massacre ocorrido nos anos 1940. 

Enquanto isso, Hyjnõ, o guardião da aldeia, luta para evitar as incursões ilegais dos ‘cûpe’ que roubam araras em suas terras para depois vendê-las na cidade.

O filme também conta com a participação de Sônia Guajajara, ministra da nova pasta de Povos Indígenas, “um foco de esperança” segundo Salaviza, que não hesita em classificar de “regime” os anos da presidência de Bolsonaro.

Os dois diretores apresentaram, em 2018, também em Cannes, seu primeiro filme, Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos, que já tratava da comunidade krahô e levou o prêmio da mostra Um Certo Olhar.

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