Cannes: Kleber Mendonça volta a disputar a Palma de Ouro, com ‘Bacurau’


Cineasta volta três anos depois de 'Aquarius', quando deixou um protesto como marca daquele evento

Por Luiz Carlos Merten

Muita coisa já se sabia da 72.ª edição do Festival de Cannes, de 14 a 25 de maio. O cartaz, com uma cena de bastidores da rodagem de La Pointe Courte, homenageia a cineasta Agnès Varda, que morreu em março. O presidente do júri será o mexicano Alejandro González Inãrritu, o filme de abertura, The Dead Don’t Die, de Jim Jarmusch, e Alain Delon, ator de grandes filmes de Luchino Visconti, Jean-Pierre Melville, Joseph Losey e René Clément, receberá uma Palma de Ouro honorária, por sua extraordinária carreira. Tudo isso já era público, mas, na manhã desta quinta, 18, numa coletiva em Paris, o delegado-geral Thierry Frémaux e o presidente do evento, Pierre Lescure, anunciaram a cereja do bolo – a seleção oficial.

Kleber Mendonca Filho com elenco do filme'Aquarius', em 2016 Foto: REUTERS/Yves Herman

Os filmes que vão disputar a Palma de Ouro de 2019. O Brasil está de volta à competição. Três anos depois de Aquarius, Kleber Mendonça Filho e Sonia Braga vão de novo pisar no tapete vermelho do mais ‘midiatizado’ festival de cinema do mundo para mostrar Bacurau. O filme é uma aventura desenrolada no Brasil “daqui a alguns anos”. Kleber codirige com Juliano Dornelles. Com Aquarius, e o protesto que o diretor e sua equipe fizeram na escadaria do palais, em pleno impeachment da presidente Dilma Rousseff, a resposta, no Brasil, foi uma reação de amor e ódio. Na entrevista publicada nesta página, Kleber diz que não se arrepende. E, de qualquer maneira, o regresso a Cannes, e à competição, está garantido. Tudo promete que vai ser um bom ano para o Brasil em Cannes. Dois filmes na seleção oficial – um em concurso, Bacurau, e outro na Mostra Un Certain Regard A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, produzido por Rodrigo Teixeira.

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Para o produtor, estrear o filme de Karim em Cannes é uma alegria indescritível. “Um filme que fala sobre amor, sobre amizade e sobre questões tão importantes para o Brasil de agora, colocando no centro de tudo a condição da mulher através de duas protagonistas interpretadas por atrizes brilhantes, é sem dúvida uma grande realização.”

Port Authority, outra produção (internacional) da RT, também estará em Um Certo Olhar. Por falar em produção, não é só Rodrigo Teixeira que tem motivos para festejar. A Gullane Filmes, dos irmãos Caio e Fabiano, coproduz O Traidor, de Marco Bellocchio, sobre o mafioso Tommaso Buscetta, parcialmente filmado em São Paulo. Será uma boa propaganda para a Spcine e a São Paulo Film Commission, que tentam transformar a cidade num cenário atraente – e vantajoso – para investidores internacionais.

Todo ano, o anúncio da seleção oficial de Cannes provoca reações apaixonadas. Mais do mesmo!, gritam os desafetos do curador Frémaux. Sem dúvida que Pierre Lescure e ele possuem seus favoritos, mas é sempre a linha de defesa do delegado-geral. Ele diz que gosta de equilibrar tradição e modernidade, e de qualquer maneira, para satisfazer aos mais radicais, existe a mostra complementar da seleção oficial, Un Certain Regard. Nela, além de Karim Aïnouz, estará, por exemplo, o francês Bruno Dumont, que prossegue contando a saga de Joana D’Arc. Depois de Jeanette, Joana – as batalhas, e com a mesma atriz, a garota Lise Leplat Prudhomme.

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Na competição deste ano, encontram-se nomes de sempre. Pedro Almodóvar, com Dor e Glória; Xavier Dolan, Matthias & Maxime; os Irmãos Dardenne, O Jovem Ahmed; Ken Loach, Sorry We Missed You; Arnaud Desplechin, Roubaix Une Lumière. Quem também está de volta, além de Kleber Mendonça e do sul-coreano Bong Joon-ho, com Parasita, é o palestino Elia Suleiman, com It Must Be Heaven

Os novos são Diao Yinan, com Nan Fang Che Zhan De Ju Hui; Mati Diop, Atlânticos; Ladj Ly, Os Miseráveis; Jessica Hausner, Little Joe; e Justine Triet, Sibyl. Alguns autores já circularam por outras sessões – Ira Sachs, de Frankie; e Céline Sciamma, Portrait de la Jeune Fille en Feu. E ainda haverá o novo Terrence Malick. Um filme autobiográfico? Sua próxima participação em Cannes será com A Hidden Life, Uma Vida Escondida.

Muita coisa já se sabia da 72.ª edição do Festival de Cannes, de 14 a 25 de maio. O cartaz, com uma cena de bastidores da rodagem de La Pointe Courte, homenageia a cineasta Agnès Varda, que morreu em março. O presidente do júri será o mexicano Alejandro González Inãrritu, o filme de abertura, The Dead Don’t Die, de Jim Jarmusch, e Alain Delon, ator de grandes filmes de Luchino Visconti, Jean-Pierre Melville, Joseph Losey e René Clément, receberá uma Palma de Ouro honorária, por sua extraordinária carreira. Tudo isso já era público, mas, na manhã desta quinta, 18, numa coletiva em Paris, o delegado-geral Thierry Frémaux e o presidente do evento, Pierre Lescure, anunciaram a cereja do bolo – a seleção oficial.

Kleber Mendonca Filho com elenco do filme'Aquarius', em 2016 Foto: REUTERS/Yves Herman

Os filmes que vão disputar a Palma de Ouro de 2019. O Brasil está de volta à competição. Três anos depois de Aquarius, Kleber Mendonça Filho e Sonia Braga vão de novo pisar no tapete vermelho do mais ‘midiatizado’ festival de cinema do mundo para mostrar Bacurau. O filme é uma aventura desenrolada no Brasil “daqui a alguns anos”. Kleber codirige com Juliano Dornelles. Com Aquarius, e o protesto que o diretor e sua equipe fizeram na escadaria do palais, em pleno impeachment da presidente Dilma Rousseff, a resposta, no Brasil, foi uma reação de amor e ódio. Na entrevista publicada nesta página, Kleber diz que não se arrepende. E, de qualquer maneira, o regresso a Cannes, e à competição, está garantido. Tudo promete que vai ser um bom ano para o Brasil em Cannes. Dois filmes na seleção oficial – um em concurso, Bacurau, e outro na Mostra Un Certain Regard A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, produzido por Rodrigo Teixeira.

Para o produtor, estrear o filme de Karim em Cannes é uma alegria indescritível. “Um filme que fala sobre amor, sobre amizade e sobre questões tão importantes para o Brasil de agora, colocando no centro de tudo a condição da mulher através de duas protagonistas interpretadas por atrizes brilhantes, é sem dúvida uma grande realização.”

Port Authority, outra produção (internacional) da RT, também estará em Um Certo Olhar. Por falar em produção, não é só Rodrigo Teixeira que tem motivos para festejar. A Gullane Filmes, dos irmãos Caio e Fabiano, coproduz O Traidor, de Marco Bellocchio, sobre o mafioso Tommaso Buscetta, parcialmente filmado em São Paulo. Será uma boa propaganda para a Spcine e a São Paulo Film Commission, que tentam transformar a cidade num cenário atraente – e vantajoso – para investidores internacionais.

Todo ano, o anúncio da seleção oficial de Cannes provoca reações apaixonadas. Mais do mesmo!, gritam os desafetos do curador Frémaux. Sem dúvida que Pierre Lescure e ele possuem seus favoritos, mas é sempre a linha de defesa do delegado-geral. Ele diz que gosta de equilibrar tradição e modernidade, e de qualquer maneira, para satisfazer aos mais radicais, existe a mostra complementar da seleção oficial, Un Certain Regard. Nela, além de Karim Aïnouz, estará, por exemplo, o francês Bruno Dumont, que prossegue contando a saga de Joana D’Arc. Depois de Jeanette, Joana – as batalhas, e com a mesma atriz, a garota Lise Leplat Prudhomme.

Na competição deste ano, encontram-se nomes de sempre. Pedro Almodóvar, com Dor e Glória; Xavier Dolan, Matthias & Maxime; os Irmãos Dardenne, O Jovem Ahmed; Ken Loach, Sorry We Missed You; Arnaud Desplechin, Roubaix Une Lumière. Quem também está de volta, além de Kleber Mendonça e do sul-coreano Bong Joon-ho, com Parasita, é o palestino Elia Suleiman, com It Must Be Heaven

Os novos são Diao Yinan, com Nan Fang Che Zhan De Ju Hui; Mati Diop, Atlânticos; Ladj Ly, Os Miseráveis; Jessica Hausner, Little Joe; e Justine Triet, Sibyl. Alguns autores já circularam por outras sessões – Ira Sachs, de Frankie; e Céline Sciamma, Portrait de la Jeune Fille en Feu. E ainda haverá o novo Terrence Malick. Um filme autobiográfico? Sua próxima participação em Cannes será com A Hidden Life, Uma Vida Escondida.

Muita coisa já se sabia da 72.ª edição do Festival de Cannes, de 14 a 25 de maio. O cartaz, com uma cena de bastidores da rodagem de La Pointe Courte, homenageia a cineasta Agnès Varda, que morreu em março. O presidente do júri será o mexicano Alejandro González Inãrritu, o filme de abertura, The Dead Don’t Die, de Jim Jarmusch, e Alain Delon, ator de grandes filmes de Luchino Visconti, Jean-Pierre Melville, Joseph Losey e René Clément, receberá uma Palma de Ouro honorária, por sua extraordinária carreira. Tudo isso já era público, mas, na manhã desta quinta, 18, numa coletiva em Paris, o delegado-geral Thierry Frémaux e o presidente do evento, Pierre Lescure, anunciaram a cereja do bolo – a seleção oficial.

Kleber Mendonca Filho com elenco do filme'Aquarius', em 2016 Foto: REUTERS/Yves Herman

Os filmes que vão disputar a Palma de Ouro de 2019. O Brasil está de volta à competição. Três anos depois de Aquarius, Kleber Mendonça Filho e Sonia Braga vão de novo pisar no tapete vermelho do mais ‘midiatizado’ festival de cinema do mundo para mostrar Bacurau. O filme é uma aventura desenrolada no Brasil “daqui a alguns anos”. Kleber codirige com Juliano Dornelles. Com Aquarius, e o protesto que o diretor e sua equipe fizeram na escadaria do palais, em pleno impeachment da presidente Dilma Rousseff, a resposta, no Brasil, foi uma reação de amor e ódio. Na entrevista publicada nesta página, Kleber diz que não se arrepende. E, de qualquer maneira, o regresso a Cannes, e à competição, está garantido. Tudo promete que vai ser um bom ano para o Brasil em Cannes. Dois filmes na seleção oficial – um em concurso, Bacurau, e outro na Mostra Un Certain Regard A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, produzido por Rodrigo Teixeira.

Para o produtor, estrear o filme de Karim em Cannes é uma alegria indescritível. “Um filme que fala sobre amor, sobre amizade e sobre questões tão importantes para o Brasil de agora, colocando no centro de tudo a condição da mulher através de duas protagonistas interpretadas por atrizes brilhantes, é sem dúvida uma grande realização.”

Port Authority, outra produção (internacional) da RT, também estará em Um Certo Olhar. Por falar em produção, não é só Rodrigo Teixeira que tem motivos para festejar. A Gullane Filmes, dos irmãos Caio e Fabiano, coproduz O Traidor, de Marco Bellocchio, sobre o mafioso Tommaso Buscetta, parcialmente filmado em São Paulo. Será uma boa propaganda para a Spcine e a São Paulo Film Commission, que tentam transformar a cidade num cenário atraente – e vantajoso – para investidores internacionais.

Todo ano, o anúncio da seleção oficial de Cannes provoca reações apaixonadas. Mais do mesmo!, gritam os desafetos do curador Frémaux. Sem dúvida que Pierre Lescure e ele possuem seus favoritos, mas é sempre a linha de defesa do delegado-geral. Ele diz que gosta de equilibrar tradição e modernidade, e de qualquer maneira, para satisfazer aos mais radicais, existe a mostra complementar da seleção oficial, Un Certain Regard. Nela, além de Karim Aïnouz, estará, por exemplo, o francês Bruno Dumont, que prossegue contando a saga de Joana D’Arc. Depois de Jeanette, Joana – as batalhas, e com a mesma atriz, a garota Lise Leplat Prudhomme.

Na competição deste ano, encontram-se nomes de sempre. Pedro Almodóvar, com Dor e Glória; Xavier Dolan, Matthias & Maxime; os Irmãos Dardenne, O Jovem Ahmed; Ken Loach, Sorry We Missed You; Arnaud Desplechin, Roubaix Une Lumière. Quem também está de volta, além de Kleber Mendonça e do sul-coreano Bong Joon-ho, com Parasita, é o palestino Elia Suleiman, com It Must Be Heaven

Os novos são Diao Yinan, com Nan Fang Che Zhan De Ju Hui; Mati Diop, Atlânticos; Ladj Ly, Os Miseráveis; Jessica Hausner, Little Joe; e Justine Triet, Sibyl. Alguns autores já circularam por outras sessões – Ira Sachs, de Frankie; e Céline Sciamma, Portrait de la Jeune Fille en Feu. E ainda haverá o novo Terrence Malick. Um filme autobiográfico? Sua próxima participação em Cannes será com A Hidden Life, Uma Vida Escondida.

Muita coisa já se sabia da 72.ª edição do Festival de Cannes, de 14 a 25 de maio. O cartaz, com uma cena de bastidores da rodagem de La Pointe Courte, homenageia a cineasta Agnès Varda, que morreu em março. O presidente do júri será o mexicano Alejandro González Inãrritu, o filme de abertura, The Dead Don’t Die, de Jim Jarmusch, e Alain Delon, ator de grandes filmes de Luchino Visconti, Jean-Pierre Melville, Joseph Losey e René Clément, receberá uma Palma de Ouro honorária, por sua extraordinária carreira. Tudo isso já era público, mas, na manhã desta quinta, 18, numa coletiva em Paris, o delegado-geral Thierry Frémaux e o presidente do evento, Pierre Lescure, anunciaram a cereja do bolo – a seleção oficial.

Kleber Mendonca Filho com elenco do filme'Aquarius', em 2016 Foto: REUTERS/Yves Herman

Os filmes que vão disputar a Palma de Ouro de 2019. O Brasil está de volta à competição. Três anos depois de Aquarius, Kleber Mendonça Filho e Sonia Braga vão de novo pisar no tapete vermelho do mais ‘midiatizado’ festival de cinema do mundo para mostrar Bacurau. O filme é uma aventura desenrolada no Brasil “daqui a alguns anos”. Kleber codirige com Juliano Dornelles. Com Aquarius, e o protesto que o diretor e sua equipe fizeram na escadaria do palais, em pleno impeachment da presidente Dilma Rousseff, a resposta, no Brasil, foi uma reação de amor e ódio. Na entrevista publicada nesta página, Kleber diz que não se arrepende. E, de qualquer maneira, o regresso a Cannes, e à competição, está garantido. Tudo promete que vai ser um bom ano para o Brasil em Cannes. Dois filmes na seleção oficial – um em concurso, Bacurau, e outro na Mostra Un Certain Regard A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, produzido por Rodrigo Teixeira.

Para o produtor, estrear o filme de Karim em Cannes é uma alegria indescritível. “Um filme que fala sobre amor, sobre amizade e sobre questões tão importantes para o Brasil de agora, colocando no centro de tudo a condição da mulher através de duas protagonistas interpretadas por atrizes brilhantes, é sem dúvida uma grande realização.”

Port Authority, outra produção (internacional) da RT, também estará em Um Certo Olhar. Por falar em produção, não é só Rodrigo Teixeira que tem motivos para festejar. A Gullane Filmes, dos irmãos Caio e Fabiano, coproduz O Traidor, de Marco Bellocchio, sobre o mafioso Tommaso Buscetta, parcialmente filmado em São Paulo. Será uma boa propaganda para a Spcine e a São Paulo Film Commission, que tentam transformar a cidade num cenário atraente – e vantajoso – para investidores internacionais.

Todo ano, o anúncio da seleção oficial de Cannes provoca reações apaixonadas. Mais do mesmo!, gritam os desafetos do curador Frémaux. Sem dúvida que Pierre Lescure e ele possuem seus favoritos, mas é sempre a linha de defesa do delegado-geral. Ele diz que gosta de equilibrar tradição e modernidade, e de qualquer maneira, para satisfazer aos mais radicais, existe a mostra complementar da seleção oficial, Un Certain Regard. Nela, além de Karim Aïnouz, estará, por exemplo, o francês Bruno Dumont, que prossegue contando a saga de Joana D’Arc. Depois de Jeanette, Joana – as batalhas, e com a mesma atriz, a garota Lise Leplat Prudhomme.

Na competição deste ano, encontram-se nomes de sempre. Pedro Almodóvar, com Dor e Glória; Xavier Dolan, Matthias & Maxime; os Irmãos Dardenne, O Jovem Ahmed; Ken Loach, Sorry We Missed You; Arnaud Desplechin, Roubaix Une Lumière. Quem também está de volta, além de Kleber Mendonça e do sul-coreano Bong Joon-ho, com Parasita, é o palestino Elia Suleiman, com It Must Be Heaven

Os novos são Diao Yinan, com Nan Fang Che Zhan De Ju Hui; Mati Diop, Atlânticos; Ladj Ly, Os Miseráveis; Jessica Hausner, Little Joe; e Justine Triet, Sibyl. Alguns autores já circularam por outras sessões – Ira Sachs, de Frankie; e Céline Sciamma, Portrait de la Jeune Fille en Feu. E ainda haverá o novo Terrence Malick. Um filme autobiográfico? Sua próxima participação em Cannes será com A Hidden Life, Uma Vida Escondida.

Muita coisa já se sabia da 72.ª edição do Festival de Cannes, de 14 a 25 de maio. O cartaz, com uma cena de bastidores da rodagem de La Pointe Courte, homenageia a cineasta Agnès Varda, que morreu em março. O presidente do júri será o mexicano Alejandro González Inãrritu, o filme de abertura, The Dead Don’t Die, de Jim Jarmusch, e Alain Delon, ator de grandes filmes de Luchino Visconti, Jean-Pierre Melville, Joseph Losey e René Clément, receberá uma Palma de Ouro honorária, por sua extraordinária carreira. Tudo isso já era público, mas, na manhã desta quinta, 18, numa coletiva em Paris, o delegado-geral Thierry Frémaux e o presidente do evento, Pierre Lescure, anunciaram a cereja do bolo – a seleção oficial.

Kleber Mendonca Filho com elenco do filme'Aquarius', em 2016 Foto: REUTERS/Yves Herman

Os filmes que vão disputar a Palma de Ouro de 2019. O Brasil está de volta à competição. Três anos depois de Aquarius, Kleber Mendonça Filho e Sonia Braga vão de novo pisar no tapete vermelho do mais ‘midiatizado’ festival de cinema do mundo para mostrar Bacurau. O filme é uma aventura desenrolada no Brasil “daqui a alguns anos”. Kleber codirige com Juliano Dornelles. Com Aquarius, e o protesto que o diretor e sua equipe fizeram na escadaria do palais, em pleno impeachment da presidente Dilma Rousseff, a resposta, no Brasil, foi uma reação de amor e ódio. Na entrevista publicada nesta página, Kleber diz que não se arrepende. E, de qualquer maneira, o regresso a Cannes, e à competição, está garantido. Tudo promete que vai ser um bom ano para o Brasil em Cannes. Dois filmes na seleção oficial – um em concurso, Bacurau, e outro na Mostra Un Certain Regard A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, produzido por Rodrigo Teixeira.

Para o produtor, estrear o filme de Karim em Cannes é uma alegria indescritível. “Um filme que fala sobre amor, sobre amizade e sobre questões tão importantes para o Brasil de agora, colocando no centro de tudo a condição da mulher através de duas protagonistas interpretadas por atrizes brilhantes, é sem dúvida uma grande realização.”

Port Authority, outra produção (internacional) da RT, também estará em Um Certo Olhar. Por falar em produção, não é só Rodrigo Teixeira que tem motivos para festejar. A Gullane Filmes, dos irmãos Caio e Fabiano, coproduz O Traidor, de Marco Bellocchio, sobre o mafioso Tommaso Buscetta, parcialmente filmado em São Paulo. Será uma boa propaganda para a Spcine e a São Paulo Film Commission, que tentam transformar a cidade num cenário atraente – e vantajoso – para investidores internacionais.

Todo ano, o anúncio da seleção oficial de Cannes provoca reações apaixonadas. Mais do mesmo!, gritam os desafetos do curador Frémaux. Sem dúvida que Pierre Lescure e ele possuem seus favoritos, mas é sempre a linha de defesa do delegado-geral. Ele diz que gosta de equilibrar tradição e modernidade, e de qualquer maneira, para satisfazer aos mais radicais, existe a mostra complementar da seleção oficial, Un Certain Regard. Nela, além de Karim Aïnouz, estará, por exemplo, o francês Bruno Dumont, que prossegue contando a saga de Joana D’Arc. Depois de Jeanette, Joana – as batalhas, e com a mesma atriz, a garota Lise Leplat Prudhomme.

Na competição deste ano, encontram-se nomes de sempre. Pedro Almodóvar, com Dor e Glória; Xavier Dolan, Matthias & Maxime; os Irmãos Dardenne, O Jovem Ahmed; Ken Loach, Sorry We Missed You; Arnaud Desplechin, Roubaix Une Lumière. Quem também está de volta, além de Kleber Mendonça e do sul-coreano Bong Joon-ho, com Parasita, é o palestino Elia Suleiman, com It Must Be Heaven

Os novos são Diao Yinan, com Nan Fang Che Zhan De Ju Hui; Mati Diop, Atlânticos; Ladj Ly, Os Miseráveis; Jessica Hausner, Little Joe; e Justine Triet, Sibyl. Alguns autores já circularam por outras sessões – Ira Sachs, de Frankie; e Céline Sciamma, Portrait de la Jeune Fille en Feu. E ainda haverá o novo Terrence Malick. Um filme autobiográfico? Sua próxima participação em Cannes será com A Hidden Life, Uma Vida Escondida.

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