O diretor Bruno Barreto foi chamado para fazer parte da comissão do Oscar em substituição ao diretor Guilherme Fiuza Zenha, que alegou à Secretaria do Audiovisual (SAv) problemas particulares. “Não pensei duas vezes, aceitei o convite do secretário Alfredo Bertini, por acreditar que posso contribuir com meus colegas da comissão”, disse, em entrevista exclusiva para o Estado.
Experiência é algo que o diretor de filmes como Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976, e Flores Raras, de 2013, tem de sobra. Ele já foi indicado três vezes para representar o País numa das vagas ao Oscar, em 1988, com o filme Romance de Empregada, que não ficou entre os cinco finalistas, em 1988, com O Que é Isso, Companheiro?, que ficou entre os indicados, mas perdeu o Oscar de filme estrangeiro para Caráter, de Mike van Diem, e em 2009, para Última Parada 174, que nem entrou dentre os pré-selecionados.
Além disso, ele já fez parte da comissão quando o filme O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias foi pré-selecionado em 2008. “Temos que escolher um filme que não necessariamente seja o melhor, mas que tenha o perfil dos votantes da Academia de Hollywood, que é formada por pessoas mais velhas”, explicou ele.
Sobre os diretores Anna Muylaert, Aly Muritiba e Gabriel Mascaro, que não quiseram inscrever seus filmes em solidariedade ao filme Aquarius, Barreto ironiza: “Quem sabe não usaram isso como desculpas com medo de perderem para Aquarius”.