Em uma audiência nesta segunda-feira, 20, no Vaticano, o papa Francisco elogiou o trabalho dos artistas de cinema e destacou que o mundo precisa de obras que “suscitem espanto”.
O líder da Igreja Católica lembrou que o mundo está “atormentado” por guerras e muitos outros males, mas afirmou ser necessária a criação de produções “que deixem transparecer as maravilhas de Deus”.
“O mundo, atormentado pela guerra e por tantos males, precisa de sinais e de obras que suscitem espanto, que deixem transparecer a maravilha de Deus, aquela que não para de amar as suas criaturas e de se maravilhar com a sua beleza”, disse o Papa durante o encontro com os membros da Fondazione Ente dello Spettacolo.
O pontífice acrescentou que “não há fé sem espanto” e mencionou que o cinema realiza um papel “essencial para a evangelização”.
“Compartilho com vocês esta reflexão e confio a todos a tarefa de despertar o espanto. De um lado está a ação criativa, já do outro a contemplação e a avaliação. Parece que vocês podem se refletir neste maravilhoso afresco bíblico, que fascinou muitos artistas e nunca deixa de surpreender e estimular a imaginação e a reflexão”, analisou o religioso.
Por fim, o papa Francisco elogiou as obras de cinema e agradeceu aos artistas pelo trabalho prestado.
“Gosto da obra que vocês fazem, das obras de cinema, de arte e de beleza como grande expressão de Deus. Se quisermos qualificar as grandes obras do cinema, podemos dizer que uma boa razão são os atores, mas apenas as que souberam expressar harmonia, tanto na alegria como na dor. O cinema é poesia, pois dar a vida é poético”, concluiu.