Como é o filme de Sidney Magal, que faz as pessoas dançarem na sala de cinema? O cantor explica


Filme ‘O Meu Sangue Ferve por Você' movimenta mostras de cinema enquanto celebra artista em vida. ‘Uma homenagem é sempre gratificante, ainda mais quando é bem feita, como esse filme’, diz Magal ao ‘Estadão’

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Está no ar a temporada de Sidney Magal. Na última sexta, 6, o infatigável colocou o 25º Festival do Rio para dançar na abertura da Première Brasil de 2023. Havia gente dançando dentro do Odeon, no final da sessão de O Meu Sangue Ferve por Você. Na sequência, aí sim, no pocket show realizado no lendário Teatro Rival, encravado na Cinelândia carioca, o público soltou-se enquanto Magal cantava seus hits.

Bem-humorado, perguntou se a pista lotada estava preparada para aprender a letra de uma nova música. E atacou com ‘mil braços para abraçar-te. Mil bocas para beijar-te’. O gran finale foi com... Sandra Rosa Madalena!

Mas nem sua presença no belo filme Tire 5 Cartas, com Lília Cabral, ajudou a aplacar a sina que tem sido a dos lançamentos das produções brasileiras. Os elogios de críticos não encontram respaldo no coração do público. A acolhida às produções nacionais não se transforma em bilheterias.

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Na próxima quinta, 12, estreiam o filme da Xuxa, Uma Fada Veio de Visitar, e Meu Nome É Gal. Em novembro, será vez de Tia Virgínia e Mussum – O Filmis. E Magal?

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal em 'O Meu Sangue Ferve por Você' Foto: Manequim Filmes/Divulgação

O Meu Sangue Ferve por Você estreia só em março do ano que vem, mas, calma, antes disso o longa de Paulo Machline produzido por Joana Mariani terá sessão na Mostra, que começa no dia 19. No Domingo Musical do evento, dia 22, Magal fará o encerramento com um show na área externa na Cinemateca Brasileira.

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O Brasil – o cinema brasileiro - está reverenciando nossos artistas. Gal, Mussum, Magal, o diretor Nelson Pereira dos Santos. Os três primeiros em ficções, Nelson, num doc que estreou em Cannes, em maio.

No final da sessão de O Meu Sangue Ferve por Você, abraçado, tocado pelos admiradores que não desgrudavam dele – todo mundo queria uma selfie –, Magal soprou no ouvido do repórter: “Uma homenagem é sempre gratificante, ainda mais quando é bem feita, como esse filme”.

Pouco antes do início da sessão, antes de subir ao palco do Odeon – o Teatro Municipal dos cinemas de rua do Rio –, sentado numa extremidade de uma fila das poltronas de centro, o diretor Paulo Machline também falou ao Estadão.

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Machline é um veterano do Festival do Rio: “Todos os meus filmes passaram aqui”. Referia-se a Trinta, sobre Joãozinho Trinta, Natimorto, baseado no romance de Lourenço Mutarelli, O Filho Eterno, etc. Natimorto tinha aquele subtítulo “Um musical silencioso”. O que não falta em O Meu Sangue Ferve por Você são canções.

Depois de tantas galas no Rio, o coração do diretor ainda estava acelerado? “Parece que vai saltar do peito de tanta ansiedade. É muita coisa que passa pela cabeça. Estou aqui tentando processar”, revela. No final, Machline era só alegria com a reação dos espectadores.

Mas, claro, uma sessão em que o público mistura-se aos convidados, em presença de Magal, só poderia ser aplaudida em cena aberta, como se faz no teatro. A grande questão será o comportamento do público em março do ano que vem.

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Magal é interpretado por Filipe Bragança, que incorpora o personagem. Filipe até canta! Está no elenco da novela das 6 da Globo, Elas por Elas. Sua parceira de cena é a deslumbrante Giovana Cordeiro, que também está na Globo, na novela das 7, Fuzuê.

Joana Mariani, a feliz produtora de O Meu Sangue Ferve por Você, já havia dito ao repórter: “O filme não é bem uma biografia do Magal. Faz um recorte. Na verdade, é uma linda história de amor”.

"Este foi o dia em que eu e a Magali nos conhecemos. Foi o dia também que eu resolvi que ela seria a mãe dos meus filhos e a mulher da minha vida", escreve Sidney Magal (ao fundo) em post no Instagram que mostra Magali, à esquerda, na frente Foto: Reprodução Instagram
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Quem segue Magal na vida, nas redes, talvez saiba. Nos anos 1970 ele estava no auge do sucesso. Foi a Salvador para um show e, na sequência, para entregar a faixa – a coroa? – à mais bela soteropolitana. Foi quando encontrou Magali. Filipe Bragança e Giovana Cordeiro têm química. Você sente a flechada de Cupido.

Mas a história de amor não rola facilmente. Tem o seu vilão, e é o empresário que acha que sabe o que é melhor para Magal, para sua carreira. Quem faz o papel é Caco Ciocler, que também está em outro filme na mostra competitiva da Première Brasil – As Polacas, de João Jardim, mas essa, como diria o grande Billy Wilder, é outra história. Caco, o empresário, terá de ser neutralizado.

Magal e Magali estão juntos desde 1979. Há 44 anos! Ele só fala dela como “o grande amor de minha vida”. No Rival, voltou ao tema do filme.

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“Só tenho de agradecer à equipe que fez o filme. Quem me conhece sabe que sou um cara movido a paixão, e eles entenderam isso. Não colocaram só o imenso talento. Colocaram também o coração naquilo que estavam fazendo.”

Sidney Magal

Magal fez questão de dizer que a apresentação no Teatro Rival não era um show. Também não era só uma canja. Acompanhado do genro tecladista, que, como brincou, “tem de andar na linha comigo e com minha filha”, e um casal de bailarinos, atacou de O Meu Sangue Ferve por Você, homenageou a Jovem Guarda – e o bailarino fez a coreografia de ‘Eu Sou Terrível’.

“Em toda a minha vida, amei só uma mulher, e ela tem três nomes”, declarou. Voltou à cena a bailarina, vestida de cigana, Sandra Rosa Madalena.

“Quero vê-la sorrir, quero vê-la cantar/Quero ver o seu corpo dançar sem parar”. O Magal autoirônico não se poupa. Diz que tem estado na mira da Lei Maria da Penha pela letra de uma música que nem cantava mais, mas que voltou numa novela e hoje são os fãs que pedem. Se Te Agarro com Outro Te Mato.

“Dizem que sou violento mas a rocha dura se destrói com o vento/Dizem que estou errado mas quem fala isso é quem nunca amou”. O público jovem do Rival, adepto dos relacionamentos fluidos – ninguém é de ninguém –, cantou e dançou a música sem ligar para a letra. Na maior euforia.

Na despedida, é a vez do repórter sussurrar no ouvido de Magal. Um palavrão. “Cara, tu é...”. A palavrinha que começa com F. Ele segue rindo, tocado, abraçado, adorado por seus fãs.

Está no ar a temporada de Sidney Magal. Na última sexta, 6, o infatigável colocou o 25º Festival do Rio para dançar na abertura da Première Brasil de 2023. Havia gente dançando dentro do Odeon, no final da sessão de O Meu Sangue Ferve por Você. Na sequência, aí sim, no pocket show realizado no lendário Teatro Rival, encravado na Cinelândia carioca, o público soltou-se enquanto Magal cantava seus hits.

Bem-humorado, perguntou se a pista lotada estava preparada para aprender a letra de uma nova música. E atacou com ‘mil braços para abraçar-te. Mil bocas para beijar-te’. O gran finale foi com... Sandra Rosa Madalena!

Mas nem sua presença no belo filme Tire 5 Cartas, com Lília Cabral, ajudou a aplacar a sina que tem sido a dos lançamentos das produções brasileiras. Os elogios de críticos não encontram respaldo no coração do público. A acolhida às produções nacionais não se transforma em bilheterias.

Na próxima quinta, 12, estreiam o filme da Xuxa, Uma Fada Veio de Visitar, e Meu Nome É Gal. Em novembro, será vez de Tia Virgínia e Mussum – O Filmis. E Magal?

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal em 'O Meu Sangue Ferve por Você' Foto: Manequim Filmes/Divulgação

O Meu Sangue Ferve por Você estreia só em março do ano que vem, mas, calma, antes disso o longa de Paulo Machline produzido por Joana Mariani terá sessão na Mostra, que começa no dia 19. No Domingo Musical do evento, dia 22, Magal fará o encerramento com um show na área externa na Cinemateca Brasileira.

O Brasil – o cinema brasileiro - está reverenciando nossos artistas. Gal, Mussum, Magal, o diretor Nelson Pereira dos Santos. Os três primeiros em ficções, Nelson, num doc que estreou em Cannes, em maio.

No final da sessão de O Meu Sangue Ferve por Você, abraçado, tocado pelos admiradores que não desgrudavam dele – todo mundo queria uma selfie –, Magal soprou no ouvido do repórter: “Uma homenagem é sempre gratificante, ainda mais quando é bem feita, como esse filme”.

Pouco antes do início da sessão, antes de subir ao palco do Odeon – o Teatro Municipal dos cinemas de rua do Rio –, sentado numa extremidade de uma fila das poltronas de centro, o diretor Paulo Machline também falou ao Estadão.

Machline é um veterano do Festival do Rio: “Todos os meus filmes passaram aqui”. Referia-se a Trinta, sobre Joãozinho Trinta, Natimorto, baseado no romance de Lourenço Mutarelli, O Filho Eterno, etc. Natimorto tinha aquele subtítulo “Um musical silencioso”. O que não falta em O Meu Sangue Ferve por Você são canções.

Depois de tantas galas no Rio, o coração do diretor ainda estava acelerado? “Parece que vai saltar do peito de tanta ansiedade. É muita coisa que passa pela cabeça. Estou aqui tentando processar”, revela. No final, Machline era só alegria com a reação dos espectadores.

Mas, claro, uma sessão em que o público mistura-se aos convidados, em presença de Magal, só poderia ser aplaudida em cena aberta, como se faz no teatro. A grande questão será o comportamento do público em março do ano que vem.

Magal é interpretado por Filipe Bragança, que incorpora o personagem. Filipe até canta! Está no elenco da novela das 6 da Globo, Elas por Elas. Sua parceira de cena é a deslumbrante Giovana Cordeiro, que também está na Globo, na novela das 7, Fuzuê.

Joana Mariani, a feliz produtora de O Meu Sangue Ferve por Você, já havia dito ao repórter: “O filme não é bem uma biografia do Magal. Faz um recorte. Na verdade, é uma linda história de amor”.

"Este foi o dia em que eu e a Magali nos conhecemos. Foi o dia também que eu resolvi que ela seria a mãe dos meus filhos e a mulher da minha vida", escreve Sidney Magal (ao fundo) em post no Instagram que mostra Magali, à esquerda, na frente Foto: Reprodução Instagram

Quem segue Magal na vida, nas redes, talvez saiba. Nos anos 1970 ele estava no auge do sucesso. Foi a Salvador para um show e, na sequência, para entregar a faixa – a coroa? – à mais bela soteropolitana. Foi quando encontrou Magali. Filipe Bragança e Giovana Cordeiro têm química. Você sente a flechada de Cupido.

Mas a história de amor não rola facilmente. Tem o seu vilão, e é o empresário que acha que sabe o que é melhor para Magal, para sua carreira. Quem faz o papel é Caco Ciocler, que também está em outro filme na mostra competitiva da Première Brasil – As Polacas, de João Jardim, mas essa, como diria o grande Billy Wilder, é outra história. Caco, o empresário, terá de ser neutralizado.

Magal e Magali estão juntos desde 1979. Há 44 anos! Ele só fala dela como “o grande amor de minha vida”. No Rival, voltou ao tema do filme.

“Só tenho de agradecer à equipe que fez o filme. Quem me conhece sabe que sou um cara movido a paixão, e eles entenderam isso. Não colocaram só o imenso talento. Colocaram também o coração naquilo que estavam fazendo.”

Sidney Magal

Magal fez questão de dizer que a apresentação no Teatro Rival não era um show. Também não era só uma canja. Acompanhado do genro tecladista, que, como brincou, “tem de andar na linha comigo e com minha filha”, e um casal de bailarinos, atacou de O Meu Sangue Ferve por Você, homenageou a Jovem Guarda – e o bailarino fez a coreografia de ‘Eu Sou Terrível’.

“Em toda a minha vida, amei só uma mulher, e ela tem três nomes”, declarou. Voltou à cena a bailarina, vestida de cigana, Sandra Rosa Madalena.

“Quero vê-la sorrir, quero vê-la cantar/Quero ver o seu corpo dançar sem parar”. O Magal autoirônico não se poupa. Diz que tem estado na mira da Lei Maria da Penha pela letra de uma música que nem cantava mais, mas que voltou numa novela e hoje são os fãs que pedem. Se Te Agarro com Outro Te Mato.

“Dizem que sou violento mas a rocha dura se destrói com o vento/Dizem que estou errado mas quem fala isso é quem nunca amou”. O público jovem do Rival, adepto dos relacionamentos fluidos – ninguém é de ninguém –, cantou e dançou a música sem ligar para a letra. Na maior euforia.

Na despedida, é a vez do repórter sussurrar no ouvido de Magal. Um palavrão. “Cara, tu é...”. A palavrinha que começa com F. Ele segue rindo, tocado, abraçado, adorado por seus fãs.

Está no ar a temporada de Sidney Magal. Na última sexta, 6, o infatigável colocou o 25º Festival do Rio para dançar na abertura da Première Brasil de 2023. Havia gente dançando dentro do Odeon, no final da sessão de O Meu Sangue Ferve por Você. Na sequência, aí sim, no pocket show realizado no lendário Teatro Rival, encravado na Cinelândia carioca, o público soltou-se enquanto Magal cantava seus hits.

Bem-humorado, perguntou se a pista lotada estava preparada para aprender a letra de uma nova música. E atacou com ‘mil braços para abraçar-te. Mil bocas para beijar-te’. O gran finale foi com... Sandra Rosa Madalena!

Mas nem sua presença no belo filme Tire 5 Cartas, com Lília Cabral, ajudou a aplacar a sina que tem sido a dos lançamentos das produções brasileiras. Os elogios de críticos não encontram respaldo no coração do público. A acolhida às produções nacionais não se transforma em bilheterias.

Na próxima quinta, 12, estreiam o filme da Xuxa, Uma Fada Veio de Visitar, e Meu Nome É Gal. Em novembro, será vez de Tia Virgínia e Mussum – O Filmis. E Magal?

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal em 'O Meu Sangue Ferve por Você' Foto: Manequim Filmes/Divulgação

O Meu Sangue Ferve por Você estreia só em março do ano que vem, mas, calma, antes disso o longa de Paulo Machline produzido por Joana Mariani terá sessão na Mostra, que começa no dia 19. No Domingo Musical do evento, dia 22, Magal fará o encerramento com um show na área externa na Cinemateca Brasileira.

O Brasil – o cinema brasileiro - está reverenciando nossos artistas. Gal, Mussum, Magal, o diretor Nelson Pereira dos Santos. Os três primeiros em ficções, Nelson, num doc que estreou em Cannes, em maio.

No final da sessão de O Meu Sangue Ferve por Você, abraçado, tocado pelos admiradores que não desgrudavam dele – todo mundo queria uma selfie –, Magal soprou no ouvido do repórter: “Uma homenagem é sempre gratificante, ainda mais quando é bem feita, como esse filme”.

Pouco antes do início da sessão, antes de subir ao palco do Odeon – o Teatro Municipal dos cinemas de rua do Rio –, sentado numa extremidade de uma fila das poltronas de centro, o diretor Paulo Machline também falou ao Estadão.

Machline é um veterano do Festival do Rio: “Todos os meus filmes passaram aqui”. Referia-se a Trinta, sobre Joãozinho Trinta, Natimorto, baseado no romance de Lourenço Mutarelli, O Filho Eterno, etc. Natimorto tinha aquele subtítulo “Um musical silencioso”. O que não falta em O Meu Sangue Ferve por Você são canções.

Depois de tantas galas no Rio, o coração do diretor ainda estava acelerado? “Parece que vai saltar do peito de tanta ansiedade. É muita coisa que passa pela cabeça. Estou aqui tentando processar”, revela. No final, Machline era só alegria com a reação dos espectadores.

Mas, claro, uma sessão em que o público mistura-se aos convidados, em presença de Magal, só poderia ser aplaudida em cena aberta, como se faz no teatro. A grande questão será o comportamento do público em março do ano que vem.

Magal é interpretado por Filipe Bragança, que incorpora o personagem. Filipe até canta! Está no elenco da novela das 6 da Globo, Elas por Elas. Sua parceira de cena é a deslumbrante Giovana Cordeiro, que também está na Globo, na novela das 7, Fuzuê.

Joana Mariani, a feliz produtora de O Meu Sangue Ferve por Você, já havia dito ao repórter: “O filme não é bem uma biografia do Magal. Faz um recorte. Na verdade, é uma linda história de amor”.

"Este foi o dia em que eu e a Magali nos conhecemos. Foi o dia também que eu resolvi que ela seria a mãe dos meus filhos e a mulher da minha vida", escreve Sidney Magal (ao fundo) em post no Instagram que mostra Magali, à esquerda, na frente Foto: Reprodução Instagram

Quem segue Magal na vida, nas redes, talvez saiba. Nos anos 1970 ele estava no auge do sucesso. Foi a Salvador para um show e, na sequência, para entregar a faixa – a coroa? – à mais bela soteropolitana. Foi quando encontrou Magali. Filipe Bragança e Giovana Cordeiro têm química. Você sente a flechada de Cupido.

Mas a história de amor não rola facilmente. Tem o seu vilão, e é o empresário que acha que sabe o que é melhor para Magal, para sua carreira. Quem faz o papel é Caco Ciocler, que também está em outro filme na mostra competitiva da Première Brasil – As Polacas, de João Jardim, mas essa, como diria o grande Billy Wilder, é outra história. Caco, o empresário, terá de ser neutralizado.

Magal e Magali estão juntos desde 1979. Há 44 anos! Ele só fala dela como “o grande amor de minha vida”. No Rival, voltou ao tema do filme.

“Só tenho de agradecer à equipe que fez o filme. Quem me conhece sabe que sou um cara movido a paixão, e eles entenderam isso. Não colocaram só o imenso talento. Colocaram também o coração naquilo que estavam fazendo.”

Sidney Magal

Magal fez questão de dizer que a apresentação no Teatro Rival não era um show. Também não era só uma canja. Acompanhado do genro tecladista, que, como brincou, “tem de andar na linha comigo e com minha filha”, e um casal de bailarinos, atacou de O Meu Sangue Ferve por Você, homenageou a Jovem Guarda – e o bailarino fez a coreografia de ‘Eu Sou Terrível’.

“Em toda a minha vida, amei só uma mulher, e ela tem três nomes”, declarou. Voltou à cena a bailarina, vestida de cigana, Sandra Rosa Madalena.

“Quero vê-la sorrir, quero vê-la cantar/Quero ver o seu corpo dançar sem parar”. O Magal autoirônico não se poupa. Diz que tem estado na mira da Lei Maria da Penha pela letra de uma música que nem cantava mais, mas que voltou numa novela e hoje são os fãs que pedem. Se Te Agarro com Outro Te Mato.

“Dizem que sou violento mas a rocha dura se destrói com o vento/Dizem que estou errado mas quem fala isso é quem nunca amou”. O público jovem do Rival, adepto dos relacionamentos fluidos – ninguém é de ninguém –, cantou e dançou a música sem ligar para a letra. Na maior euforia.

Na despedida, é a vez do repórter sussurrar no ouvido de Magal. Um palavrão. “Cara, tu é...”. A palavrinha que começa com F. Ele segue rindo, tocado, abraçado, adorado por seus fãs.

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