Um dos principais atores brasileiros, Paulo José, que morreu na quarta, 11, aos 84 anos, foi protagonista de filmes que se tornaram clássicos na cinematografia brasileira.
Veja uma lista de filmes de Paulo José preparada pelo próprio ator:
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O Padre e a Moça (1966)
Foi a estreia do diretor Joaquim Pedro de Andrade em longas e também o primeiro filme de Paulo José, que interpreta um padre que chega a uma cidade do interior mineiro. Lá, ele vai substituir o antecessor, que morreu, mas entra em crise ao se apaixonar por uma moça (Helena Ignez) prometida em casamento. Adaptação livre do poema de Carlos Drummond de Andrade, O Padre e a Moça é um dos mais belos filmes produzidos na época do Cinema Novo. Feito com poucos recursos, o longa ganha em invenção o que perde em produção, reduzida a filmagens em locações (São Gonçalo do Rio das Pedras).
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Todas as Mulheres do Mundo (1967)
O melhor filme estrelado por Leila Diniz mostra as aventuras de um rapaz chamado Paulo (Paulo José), que paquera as belas mulheres das praias cariocas.Seu clima solar foi muito criticado por diretores do Cinema Novo, acusando-o de ser um filme escapista. Baseado no relacionamento do diretor Domingos Oliveira com Leila, Todas as Mulheres do Mundo, portanto, é uma espécie de exorcismo do cineasta, que inventava o final feliz que a vida real não permitira.
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Macunaíma (1969)
Inspirado no livro de Mário de Andrade e dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, é um dos principais filmes da história do cinema brasileiro. Macunaíma é o herói preguiçoso, mulherengo, cheio de astúcia mas frágil - um profeta do jeitinho brasileiro, essa característica da qual tanto nos orgulhamos, e que tanto nos envergonha. Para José, era um filme com várias camadas de compreensão. "Pode ser visto como reflexão profunda sobre o Brasil, e assistido como comédia popular num cinema do centro da cidade - quando estes ainda existiam", dizia.
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O Rei da Noite (1975)
Primeiro longa de ficção do cineasta Hector Babenco, Paulo José interpreta Tertuliano, que namora três irmãs, se casa com a terceira e termina vendendo bilhetes de loteria depois de se perder na noite, em farras. Para o diretor, O Rei da Noite trazia a crônica de uma decadência. "Descobri que a cultura do tango era muito forte nos ambientes marginais brasileiros, nas primeiras décadas do século passado", dizia Babenco.
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O Palhaço (2011)
Paulo José e Selton Mello (também diretor do filme) interpretam pai e filho, palhaços de um circo mambembe: Puro Sangue e Pangaré. O segundo duvida da sua vocação, pois não sabe mais se é engraçado. Ele também vive a dúvida: eu faço as pessoas rirem, mas quem é que vai me fazer rir? O Palhaço aborda outro dilema comum aos artistas mambembes, que é a carência de um endereço fixo. Por fim, tornou-se um grande tributo a Paulo José, cujas cenas são as mais emocionantes do longa.