De John Barry a Billie Eilish, a trilha sonora de James Bond


Ouça a algumas das mais conhecidas músicas que fizeram parte dos 25 filmes da franquia 007

Por AFP

A trilha sonora dos filmes de James Bond (cujo novo filme, 007 - Sem Tempo para Morrer, estreia na quinta, 30) é um dos elementos-chave da saga, desde o tema de abertura composta por John Barry até as canções de Shirley Bassey ou Paul McCartney nos anos 70, e de Adele e Billie Eilish mais recentemente.

Anúncio do novo filme de James Bond 'Sem Tempo para Morrer', no Christiana Mall em Newark, Delaware, EUA. Foto: REUTERS/Mark Makela

Dr. No e o esquecido Monty Norman

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A marca Bond surge a partir do primeiro filme da saga, O Satânico Dr. No (1962), com um tema de abertura que oscila entre a calma e a adrenalina. Sem música, James Bond não teria atingido o nível de culto que já atingiu, explica Cyril Roux, editor da casa de vinil Diggers Factory.

A história lembra o nome do britânico John Barry, compositor vencedor de cinco Oscars por trilhas sonoras como Entre Dois Amores e Dança com Lobos.

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Mas o esboço original pertence a Monty Norman, um autor menos conhecido. Os produtores do filme pediram a Barry para retocar o trabalho de Norman.

No total, Barry assinou o tema de James Bond em doze filmes (entre 1962 e 1987). John Barry, que divide as iniciais com James Bond, "é a base musical da saga", resume Stéphane Lerouge, que trabalhou com o mestre britânico.

Três Vezes Shirley Bassey

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Um passo adiante e um golpe de misericórdia foi quando os produtores decidiram colocar a letra da música do filme. 007 Contra Goldfinger (1964) impulsionou a cantora Shirley Bassey ao topo da parada de vendas. A britânico é a única intérprete que já participou de três filmes de Bond: além de Goldfinger, 007 - Os Diamantes São Eternos (1971) e 007 Contra o Foguete da Morte (1979).

Para Barry, "Bassey se encaixa perfeitamente no estilo de música de Bond". Em Goldfinger, o maestro pediu para que ela mantivesse a nota final o mais alta possível: “Quando acabamos, pensei que ia morrer (risos)”, relembra Bassey, um esforço que lhe rendeu o primeiro sucesso.

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Em Foguete da Morte, Bassey não foi a primeira escolha, mas "fiz isso por John Barry", explicou ela. Os nomes dos outros candidatos nunca foram revelados.

Com Paul McCartney, novos ares

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Depois de um primeiro período sob a batuta de Barry, o destino da música de Bond estará ligado a outro "B", junto com as estrelas da galáxia dos Beatles.

George Martin, produtor histórico do quarteto de Liverpool, substituiu John Barry em Com 007, Viva e Deixe Morrer (1973) e Paul McCartney, com sua esposa e sua nova banda, Wings, assinam a canção-título, Live And Let Die, que viria a ser regravada pelo Guns N'Roses e se tornou um marco, nas palavras de Stéphane Lerouge, porque representa a separação entre o compositor do tema de abertura do filme e o da canção-título.

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Uma mudança que fechará para sempre a presença de Barry na saga (doze filmes depois). Ele havia previsto sua última participação em 007 - O Amanhã Nunca Morre (1997), mas deixou o trabalho antes "já que contratualmente não lhe garantiam fazer o tema principal", afirma Lerouge.

O revezamento: Adele e Billie Eilish

Já na entrada no século 21, a cantora britânica Adele causou sensação com sua marca comovente em Skyfall (2012), Oscar de melhor música original. “Foi um choque”, enfatiza Cyril Roux. "Sou fã de Daniel Craig, que tem aquele lado animal de Sean Connery, e essa música combina perfeitamente com ele."

"Barry forjou os cânones de Bond, seu espectro (trocadilho com o nome da organização inimiga de 007, Specter) paira por toda a música: a canção Skyfall é a última e maior homenagem, em estilo neobarriano", explica Stéphane Lerouge.

E, para a última aparição de Daniel Craig, em 007 - Sem Tempo Para Morrer (2021), os produtores escolheram Billie Eilish, apoiada por Shirley Bassey: "ela fez um bom trabalho".

A trilha sonora dos filmes de James Bond (cujo novo filme, 007 - Sem Tempo para Morrer, estreia na quinta, 30) é um dos elementos-chave da saga, desde o tema de abertura composta por John Barry até as canções de Shirley Bassey ou Paul McCartney nos anos 70, e de Adele e Billie Eilish mais recentemente.

Anúncio do novo filme de James Bond 'Sem Tempo para Morrer', no Christiana Mall em Newark, Delaware, EUA. Foto: REUTERS/Mark Makela

Dr. No e o esquecido Monty Norman

A marca Bond surge a partir do primeiro filme da saga, O Satânico Dr. No (1962), com um tema de abertura que oscila entre a calma e a adrenalina. Sem música, James Bond não teria atingido o nível de culto que já atingiu, explica Cyril Roux, editor da casa de vinil Diggers Factory.

A história lembra o nome do britânico John Barry, compositor vencedor de cinco Oscars por trilhas sonoras como Entre Dois Amores e Dança com Lobos.

Mas o esboço original pertence a Monty Norman, um autor menos conhecido. Os produtores do filme pediram a Barry para retocar o trabalho de Norman.

No total, Barry assinou o tema de James Bond em doze filmes (entre 1962 e 1987). John Barry, que divide as iniciais com James Bond, "é a base musical da saga", resume Stéphane Lerouge, que trabalhou com o mestre britânico.

Três Vezes Shirley Bassey

Um passo adiante e um golpe de misericórdia foi quando os produtores decidiram colocar a letra da música do filme. 007 Contra Goldfinger (1964) impulsionou a cantora Shirley Bassey ao topo da parada de vendas. A britânico é a única intérprete que já participou de três filmes de Bond: além de Goldfinger, 007 - Os Diamantes São Eternos (1971) e 007 Contra o Foguete da Morte (1979).

Para Barry, "Bassey se encaixa perfeitamente no estilo de música de Bond". Em Goldfinger, o maestro pediu para que ela mantivesse a nota final o mais alta possível: “Quando acabamos, pensei que ia morrer (risos)”, relembra Bassey, um esforço que lhe rendeu o primeiro sucesso.

Em Foguete da Morte, Bassey não foi a primeira escolha, mas "fiz isso por John Barry", explicou ela. Os nomes dos outros candidatos nunca foram revelados.

Com Paul McCartney, novos ares

Depois de um primeiro período sob a batuta de Barry, o destino da música de Bond estará ligado a outro "B", junto com as estrelas da galáxia dos Beatles.

George Martin, produtor histórico do quarteto de Liverpool, substituiu John Barry em Com 007, Viva e Deixe Morrer (1973) e Paul McCartney, com sua esposa e sua nova banda, Wings, assinam a canção-título, Live And Let Die, que viria a ser regravada pelo Guns N'Roses e se tornou um marco, nas palavras de Stéphane Lerouge, porque representa a separação entre o compositor do tema de abertura do filme e o da canção-título.

Uma mudança que fechará para sempre a presença de Barry na saga (doze filmes depois). Ele havia previsto sua última participação em 007 - O Amanhã Nunca Morre (1997), mas deixou o trabalho antes "já que contratualmente não lhe garantiam fazer o tema principal", afirma Lerouge.

O revezamento: Adele e Billie Eilish

Já na entrada no século 21, a cantora britânica Adele causou sensação com sua marca comovente em Skyfall (2012), Oscar de melhor música original. “Foi um choque”, enfatiza Cyril Roux. "Sou fã de Daniel Craig, que tem aquele lado animal de Sean Connery, e essa música combina perfeitamente com ele."

"Barry forjou os cânones de Bond, seu espectro (trocadilho com o nome da organização inimiga de 007, Specter) paira por toda a música: a canção Skyfall é a última e maior homenagem, em estilo neobarriano", explica Stéphane Lerouge.

E, para a última aparição de Daniel Craig, em 007 - Sem Tempo Para Morrer (2021), os produtores escolheram Billie Eilish, apoiada por Shirley Bassey: "ela fez um bom trabalho".

A trilha sonora dos filmes de James Bond (cujo novo filme, 007 - Sem Tempo para Morrer, estreia na quinta, 30) é um dos elementos-chave da saga, desde o tema de abertura composta por John Barry até as canções de Shirley Bassey ou Paul McCartney nos anos 70, e de Adele e Billie Eilish mais recentemente.

Anúncio do novo filme de James Bond 'Sem Tempo para Morrer', no Christiana Mall em Newark, Delaware, EUA. Foto: REUTERS/Mark Makela

Dr. No e o esquecido Monty Norman

A marca Bond surge a partir do primeiro filme da saga, O Satânico Dr. No (1962), com um tema de abertura que oscila entre a calma e a adrenalina. Sem música, James Bond não teria atingido o nível de culto que já atingiu, explica Cyril Roux, editor da casa de vinil Diggers Factory.

A história lembra o nome do britânico John Barry, compositor vencedor de cinco Oscars por trilhas sonoras como Entre Dois Amores e Dança com Lobos.

Mas o esboço original pertence a Monty Norman, um autor menos conhecido. Os produtores do filme pediram a Barry para retocar o trabalho de Norman.

No total, Barry assinou o tema de James Bond em doze filmes (entre 1962 e 1987). John Barry, que divide as iniciais com James Bond, "é a base musical da saga", resume Stéphane Lerouge, que trabalhou com o mestre britânico.

Três Vezes Shirley Bassey

Um passo adiante e um golpe de misericórdia foi quando os produtores decidiram colocar a letra da música do filme. 007 Contra Goldfinger (1964) impulsionou a cantora Shirley Bassey ao topo da parada de vendas. A britânico é a única intérprete que já participou de três filmes de Bond: além de Goldfinger, 007 - Os Diamantes São Eternos (1971) e 007 Contra o Foguete da Morte (1979).

Para Barry, "Bassey se encaixa perfeitamente no estilo de música de Bond". Em Goldfinger, o maestro pediu para que ela mantivesse a nota final o mais alta possível: “Quando acabamos, pensei que ia morrer (risos)”, relembra Bassey, um esforço que lhe rendeu o primeiro sucesso.

Em Foguete da Morte, Bassey não foi a primeira escolha, mas "fiz isso por John Barry", explicou ela. Os nomes dos outros candidatos nunca foram revelados.

Com Paul McCartney, novos ares

Depois de um primeiro período sob a batuta de Barry, o destino da música de Bond estará ligado a outro "B", junto com as estrelas da galáxia dos Beatles.

George Martin, produtor histórico do quarteto de Liverpool, substituiu John Barry em Com 007, Viva e Deixe Morrer (1973) e Paul McCartney, com sua esposa e sua nova banda, Wings, assinam a canção-título, Live And Let Die, que viria a ser regravada pelo Guns N'Roses e se tornou um marco, nas palavras de Stéphane Lerouge, porque representa a separação entre o compositor do tema de abertura do filme e o da canção-título.

Uma mudança que fechará para sempre a presença de Barry na saga (doze filmes depois). Ele havia previsto sua última participação em 007 - O Amanhã Nunca Morre (1997), mas deixou o trabalho antes "já que contratualmente não lhe garantiam fazer o tema principal", afirma Lerouge.

O revezamento: Adele e Billie Eilish

Já na entrada no século 21, a cantora britânica Adele causou sensação com sua marca comovente em Skyfall (2012), Oscar de melhor música original. “Foi um choque”, enfatiza Cyril Roux. "Sou fã de Daniel Craig, que tem aquele lado animal de Sean Connery, e essa música combina perfeitamente com ele."

"Barry forjou os cânones de Bond, seu espectro (trocadilho com o nome da organização inimiga de 007, Specter) paira por toda a música: a canção Skyfall é a última e maior homenagem, em estilo neobarriano", explica Stéphane Lerouge.

E, para a última aparição de Daniel Craig, em 007 - Sem Tempo Para Morrer (2021), os produtores escolheram Billie Eilish, apoiada por Shirley Bassey: "ela fez um bom trabalho".

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