Documentário de Oliver Stone sobre Lula estreia em Cannes; veja como foi a recepção


O cineasta americano, que já retratou Fidel e Chávez, apresentou seu filme fora da competição no festival de cinema; ‘Lula’ aborda a infância e juventude do presidente, mas se aprofunda em sua trajetória sindical e política

Por Jordi Zamora

AFP - A estreia do documentário Lula, do cineasta americano Oliver Stone, no Festival de Cinema de Cannes, no domingo, 19, transformou-se em um ato de apoio ao presidente brasileiro, com aplausos e vivas no salão.

“Este filme é sobre uma pessoa muito especial”, disse Stone à sala antes do início do filme.

“Oliver Stone é alguém para quem filmar e colocar uma câmera são armas e uma forma de reescrever, de visitar a história contemporânea”, explicou Thierry Frémaux, delegado geral do Festival, que lembrou a atenção que o autor de Salvador: O Martírio de um Povo (1986) tem dado à América Latina há décadas.

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Apresentado fora da competição, Lula retrata rapidamente a infância e a juventude de Luiz Inácio Lula da Silva para se aprofundar em seu compromisso sindical e político.

O cineasta Oliver Stone, na estreia de 'Lula', no Festiva de Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters

Com uma música de suspense à medida que o documentário se aproxima das polêmicas eleições de 2022, Stone, 77 anos, não esconde sua predileção pelo presidente, que é apenas um ano mais velho que ele.

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No auditório, vaias e gritos podiam ser ouvidos a cada aparição do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022). O mesmo aconteceu com a figura do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, o responsável pela investigação que acabou levando Lula à prisão por 580 dias, entre abril de 2018 e novembro de 2019.

O caso Lava Jato

O documentário analisa o caso Lava Jato do ponto de vista dos advogados de Lula e do jornalista americano Glenn Greenwald, apoiador de Lula, que fornece o contexto histórico.

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Stone coassinou o documentário com seu colaborador Rob Wilson, com quem criou obras como JFK, sobre o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy.

O documentário apresenta as acusações de corrupção contra Lula como não comprovadas.

Stone, convidado regular do Festival de Cinema de Cannes, não realizou uma coletiva de imprensa para apresentar o documentário.

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Lula “foi preso por corrupção, que é como as coisas geralmente são feitas nesses países”, disse o diretor e roteirista à AFP em abril, em Paris, onde foi promover outro documentário.

Conhecedor da história recente da América Latina, embora de uma perspectiva de esquerda, Stone considera que Lula estava prestes a sofrer o mesmo destino de outros líderes da região que foram derrubados por golpes militares.

Paralelismo com Trump

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O cineasta também traçou um paralelo entre essas acusações legais, que ele descreveu como “lawfare” (uso indevido da lei para anular um rival político) e as que o ex-presidente Donald Trump está sofrendo atualmente nos Estados Unidos.

Trump, candidato republicano à presidência, foi indiciado por dezenas de acusações em nível estadual e federal.

O ex-presidente conservador é vítima de “lawfare”, como “Lula foi em sua época”, disse ele na entrevista.

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“Eles o estão usando contra ele, totalmente”, disse.

Ao mesmo tempo, Stone acredita que os EUA estão de olho no Brasil. “É um grande país e eles chegaram muito perto de controlá-lo” durante a crise que levou às eleições de 2022, disse ele.

Stone já filmou outros líderes latino-americanos, e entre seus documentários mais conhecidos estão Comandante, dedicado a Fidel Castro (2003) e Mi Amigo Hugo, dedicado a Hugo Chávez (2014).

AFP - A estreia do documentário Lula, do cineasta americano Oliver Stone, no Festival de Cinema de Cannes, no domingo, 19, transformou-se em um ato de apoio ao presidente brasileiro, com aplausos e vivas no salão.

“Este filme é sobre uma pessoa muito especial”, disse Stone à sala antes do início do filme.

“Oliver Stone é alguém para quem filmar e colocar uma câmera são armas e uma forma de reescrever, de visitar a história contemporânea”, explicou Thierry Frémaux, delegado geral do Festival, que lembrou a atenção que o autor de Salvador: O Martírio de um Povo (1986) tem dado à América Latina há décadas.

Apresentado fora da competição, Lula retrata rapidamente a infância e a juventude de Luiz Inácio Lula da Silva para se aprofundar em seu compromisso sindical e político.

O cineasta Oliver Stone, na estreia de 'Lula', no Festiva de Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters

Com uma música de suspense à medida que o documentário se aproxima das polêmicas eleições de 2022, Stone, 77 anos, não esconde sua predileção pelo presidente, que é apenas um ano mais velho que ele.

No auditório, vaias e gritos podiam ser ouvidos a cada aparição do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022). O mesmo aconteceu com a figura do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, o responsável pela investigação que acabou levando Lula à prisão por 580 dias, entre abril de 2018 e novembro de 2019.

O caso Lava Jato

O documentário analisa o caso Lava Jato do ponto de vista dos advogados de Lula e do jornalista americano Glenn Greenwald, apoiador de Lula, que fornece o contexto histórico.

Stone coassinou o documentário com seu colaborador Rob Wilson, com quem criou obras como JFK, sobre o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy.

O documentário apresenta as acusações de corrupção contra Lula como não comprovadas.

Stone, convidado regular do Festival de Cinema de Cannes, não realizou uma coletiva de imprensa para apresentar o documentário.

Lula “foi preso por corrupção, que é como as coisas geralmente são feitas nesses países”, disse o diretor e roteirista à AFP em abril, em Paris, onde foi promover outro documentário.

Conhecedor da história recente da América Latina, embora de uma perspectiva de esquerda, Stone considera que Lula estava prestes a sofrer o mesmo destino de outros líderes da região que foram derrubados por golpes militares.

Paralelismo com Trump

O cineasta também traçou um paralelo entre essas acusações legais, que ele descreveu como “lawfare” (uso indevido da lei para anular um rival político) e as que o ex-presidente Donald Trump está sofrendo atualmente nos Estados Unidos.

Trump, candidato republicano à presidência, foi indiciado por dezenas de acusações em nível estadual e federal.

O ex-presidente conservador é vítima de “lawfare”, como “Lula foi em sua época”, disse ele na entrevista.

“Eles o estão usando contra ele, totalmente”, disse.

Ao mesmo tempo, Stone acredita que os EUA estão de olho no Brasil. “É um grande país e eles chegaram muito perto de controlá-lo” durante a crise que levou às eleições de 2022, disse ele.

Stone já filmou outros líderes latino-americanos, e entre seus documentários mais conhecidos estão Comandante, dedicado a Fidel Castro (2003) e Mi Amigo Hugo, dedicado a Hugo Chávez (2014).

AFP - A estreia do documentário Lula, do cineasta americano Oliver Stone, no Festival de Cinema de Cannes, no domingo, 19, transformou-se em um ato de apoio ao presidente brasileiro, com aplausos e vivas no salão.

“Este filme é sobre uma pessoa muito especial”, disse Stone à sala antes do início do filme.

“Oliver Stone é alguém para quem filmar e colocar uma câmera são armas e uma forma de reescrever, de visitar a história contemporânea”, explicou Thierry Frémaux, delegado geral do Festival, que lembrou a atenção que o autor de Salvador: O Martírio de um Povo (1986) tem dado à América Latina há décadas.

Apresentado fora da competição, Lula retrata rapidamente a infância e a juventude de Luiz Inácio Lula da Silva para se aprofundar em seu compromisso sindical e político.

O cineasta Oliver Stone, na estreia de 'Lula', no Festiva de Cannes Foto: Yara Nardi/Reuters

Com uma música de suspense à medida que o documentário se aproxima das polêmicas eleições de 2022, Stone, 77 anos, não esconde sua predileção pelo presidente, que é apenas um ano mais velho que ele.

No auditório, vaias e gritos podiam ser ouvidos a cada aparição do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022). O mesmo aconteceu com a figura do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, o responsável pela investigação que acabou levando Lula à prisão por 580 dias, entre abril de 2018 e novembro de 2019.

O caso Lava Jato

O documentário analisa o caso Lava Jato do ponto de vista dos advogados de Lula e do jornalista americano Glenn Greenwald, apoiador de Lula, que fornece o contexto histórico.

Stone coassinou o documentário com seu colaborador Rob Wilson, com quem criou obras como JFK, sobre o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy.

O documentário apresenta as acusações de corrupção contra Lula como não comprovadas.

Stone, convidado regular do Festival de Cinema de Cannes, não realizou uma coletiva de imprensa para apresentar o documentário.

Lula “foi preso por corrupção, que é como as coisas geralmente são feitas nesses países”, disse o diretor e roteirista à AFP em abril, em Paris, onde foi promover outro documentário.

Conhecedor da história recente da América Latina, embora de uma perspectiva de esquerda, Stone considera que Lula estava prestes a sofrer o mesmo destino de outros líderes da região que foram derrubados por golpes militares.

Paralelismo com Trump

O cineasta também traçou um paralelo entre essas acusações legais, que ele descreveu como “lawfare” (uso indevido da lei para anular um rival político) e as que o ex-presidente Donald Trump está sofrendo atualmente nos Estados Unidos.

Trump, candidato republicano à presidência, foi indiciado por dezenas de acusações em nível estadual e federal.

O ex-presidente conservador é vítima de “lawfare”, como “Lula foi em sua época”, disse ele na entrevista.

“Eles o estão usando contra ele, totalmente”, disse.

Ao mesmo tempo, Stone acredita que os EUA estão de olho no Brasil. “É um grande país e eles chegaram muito perto de controlá-lo” durante a crise que levou às eleições de 2022, disse ele.

Stone já filmou outros líderes latino-americanos, e entre seus documentários mais conhecidos estão Comandante, dedicado a Fidel Castro (2003) e Mi Amigo Hugo, dedicado a Hugo Chávez (2014).

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