O documentário musical Elis & Tom, Só Tinha de Ser Com Você, dirigido por Roberto de Oliveira, vai estrear nos cinemas de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 15 de setembro. A produção chegará ao Brasil dias depois, em 21 de setembro.
A estreia em Los Angeles, noticiada pela revista Variety, tem algo de especial: foi na cidade americana que o disco Elis & Tom foi gravado, em 1974. Oliveira, na época, empresário de Elis e diretor de programas especiais da TV Bandeirantes, registrou em vídeo o encontro entre a cantora Elis Regina e o músico e compositor Tom Jobim.
Na época, um especial com trechos das gravações e passeios dos artistas pela cidade foi exibido pela Bandeirantes. Agora, depois de quase 50 anos, Oliveira lança o filme que traz cenas de ficaram de fora do programa especial, além de um roteiro que conta com depoimentos de músicos e outros personagens que, de certa forma, estiveram envolvidos na gravação do álbum e na vida de Elis e Tom, entre eles, o compositor Roberto Menescal e o músicos americano Wayne Shorter.
Em entrevista à revista Variety, Oliveira falou sobre a importância da cantora e do compositor para a música brasileira e sobre como eles superaram diferenças pessoais quando foram gravar o disco - o documentário, que já foi exibido em festivais de cinema de São Paulo e Rio de Janeiro, narra como tudo ocorreu.
“[Foram] dois artistas incríveis que não se entendiam pessoalmente, mas a arte une talentos. Quando esses gênios finalmente se reconheceram, surgiu uma obra-prima. No final, ambos saíram disso maiores e aprenderam um com o outro”, disse Oliveira.
O disco Elis & Tom, disponível nas plataformas de streaming, traz músicas como Águas de Março, Pois é, Chovendo na Roseira, O que Tinha de Ser e Retrato em Branco e Preto - todas composições de Tom Jobim, solo ou com parceiros.
Além dos Estados Unidos, o documentário Elis & Tom, Só Tinha de Ser Com Você está sendo negociado com distribuidores do Japão e da Austrália.
“Elis Regina foi um sucesso regional, mas a temática do filme é universal, assim como a música. Essa história poderia ter acontecido em qualquer lugar do mundo”, disse Oliveira à Variety.