'É Tudo Verdade' celebra o olhar documental de Mark Cousins


Ao abordar o cinema do nosso tempo, Cousins mistura gêneros e percorre da Ásia à América do Sul

Por Luiz Zanin Oricchio

Documentarista e historiador do cinema irlandês Mark Cousins abre o É Tudo Verdade 2022. Em dose dupla. Em São Paulo, passa A História do Olhar. No Rio, A História do Cinema: Uma Nova Geração.  São filmes de inspirações diversas. O primeiro, com o mesmo título do livro lançado por Cousins, é muito pessoal. Uma reflexão livre sobre o olhar, inspirada em cirurgia de catarata à qual Cousins se submeteu. 

O cineasta Mark Cousins investiga a história recente do cinema Foto: Chris Pizzello/AP

O que é o olhar? A pergunta, que já fez a cabeça de filósofos como Merleau-Ponty, recebe de Cousins uma compreensível resposta cinematográfica. Abraçamos o mundo com nosso olhar, construímos esse mundo e ele tem muito a ver com a memória. O tempo entra na composição do olhar e, a cada estágio de vida, corresponde um tipo de visão sobre o cinema, sobre os outros, sobre nós mesmos. Para melhor explorar essa ideia, Cousins não hesita em lançar mão da ficção, imaginando-se anos depois e, já velho, contemplando em retrospectiva esse nosso louco mundo da segunda década do século 21. O Brasil entra de forma indireta nessa história com o vanguardista Rien Que les Heures (1926), filmado por Alberto Cavalcanti na Europa.  Em A História do Cinema: Uma Nova Geração retorna o Cousins pesquisador, rigoroso e de larga amplitude, já conhecido por sua série televisiva A História do Cinema: Uma Odisseia e Women Make Film. Reencontramos aqui a figura desse pesquisador de língua inglesa, porém de modo algum autocentrado. Pelo contrário. Ao trazer à cena o cinema do nosso tempo, Cousins vai buscá-lo em diversas latitudes e longitudes. Mistura gêneros – dramas, comédias, musicais, filmes de ação e terror – e percorre Ásia, África, Oceania e América do Sul. O Brasil surge num raro enlace com o passado através de Limite, de Mário Peixoto.  As escolhas são pessoais? Sim, inevitavelmente. O cinema há muito já dobrou o século de existência e se reproduz de maneira exponencial. Abordar esse oceano significa escolher. Cousins tem suas opções. Cabe reconhecer que, nesse inevitável subjetivismo, procura ser o mais inclusivo possível. Para benefício do espectador. 

Documentarista e historiador do cinema irlandês Mark Cousins abre o É Tudo Verdade 2022. Em dose dupla. Em São Paulo, passa A História do Olhar. No Rio, A História do Cinema: Uma Nova Geração.  São filmes de inspirações diversas. O primeiro, com o mesmo título do livro lançado por Cousins, é muito pessoal. Uma reflexão livre sobre o olhar, inspirada em cirurgia de catarata à qual Cousins se submeteu. 

O cineasta Mark Cousins investiga a história recente do cinema Foto: Chris Pizzello/AP

O que é o olhar? A pergunta, que já fez a cabeça de filósofos como Merleau-Ponty, recebe de Cousins uma compreensível resposta cinematográfica. Abraçamos o mundo com nosso olhar, construímos esse mundo e ele tem muito a ver com a memória. O tempo entra na composição do olhar e, a cada estágio de vida, corresponde um tipo de visão sobre o cinema, sobre os outros, sobre nós mesmos. Para melhor explorar essa ideia, Cousins não hesita em lançar mão da ficção, imaginando-se anos depois e, já velho, contemplando em retrospectiva esse nosso louco mundo da segunda década do século 21. O Brasil entra de forma indireta nessa história com o vanguardista Rien Que les Heures (1926), filmado por Alberto Cavalcanti na Europa.  Em A História do Cinema: Uma Nova Geração retorna o Cousins pesquisador, rigoroso e de larga amplitude, já conhecido por sua série televisiva A História do Cinema: Uma Odisseia e Women Make Film. Reencontramos aqui a figura desse pesquisador de língua inglesa, porém de modo algum autocentrado. Pelo contrário. Ao trazer à cena o cinema do nosso tempo, Cousins vai buscá-lo em diversas latitudes e longitudes. Mistura gêneros – dramas, comédias, musicais, filmes de ação e terror – e percorre Ásia, África, Oceania e América do Sul. O Brasil surge num raro enlace com o passado através de Limite, de Mário Peixoto.  As escolhas são pessoais? Sim, inevitavelmente. O cinema há muito já dobrou o século de existência e se reproduz de maneira exponencial. Abordar esse oceano significa escolher. Cousins tem suas opções. Cabe reconhecer que, nesse inevitável subjetivismo, procura ser o mais inclusivo possível. Para benefício do espectador. 

Documentarista e historiador do cinema irlandês Mark Cousins abre o É Tudo Verdade 2022. Em dose dupla. Em São Paulo, passa A História do Olhar. No Rio, A História do Cinema: Uma Nova Geração.  São filmes de inspirações diversas. O primeiro, com o mesmo título do livro lançado por Cousins, é muito pessoal. Uma reflexão livre sobre o olhar, inspirada em cirurgia de catarata à qual Cousins se submeteu. 

O cineasta Mark Cousins investiga a história recente do cinema Foto: Chris Pizzello/AP

O que é o olhar? A pergunta, que já fez a cabeça de filósofos como Merleau-Ponty, recebe de Cousins uma compreensível resposta cinematográfica. Abraçamos o mundo com nosso olhar, construímos esse mundo e ele tem muito a ver com a memória. O tempo entra na composição do olhar e, a cada estágio de vida, corresponde um tipo de visão sobre o cinema, sobre os outros, sobre nós mesmos. Para melhor explorar essa ideia, Cousins não hesita em lançar mão da ficção, imaginando-se anos depois e, já velho, contemplando em retrospectiva esse nosso louco mundo da segunda década do século 21. O Brasil entra de forma indireta nessa história com o vanguardista Rien Que les Heures (1926), filmado por Alberto Cavalcanti na Europa.  Em A História do Cinema: Uma Nova Geração retorna o Cousins pesquisador, rigoroso e de larga amplitude, já conhecido por sua série televisiva A História do Cinema: Uma Odisseia e Women Make Film. Reencontramos aqui a figura desse pesquisador de língua inglesa, porém de modo algum autocentrado. Pelo contrário. Ao trazer à cena o cinema do nosso tempo, Cousins vai buscá-lo em diversas latitudes e longitudes. Mistura gêneros – dramas, comédias, musicais, filmes de ação e terror – e percorre Ásia, África, Oceania e América do Sul. O Brasil surge num raro enlace com o passado através de Limite, de Mário Peixoto.  As escolhas são pessoais? Sim, inevitavelmente. O cinema há muito já dobrou o século de existência e se reproduz de maneira exponencial. Abordar esse oceano significa escolher. Cousins tem suas opções. Cabe reconhecer que, nesse inevitável subjetivismo, procura ser o mais inclusivo possível. Para benefício do espectador. 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.