‘Einstein e a Bomba’: Tudo o que você precisa saber sobre o novo filme da Netflix


Docudrama aborda os momentos cruciais na vida de Albert Einstein e sua indireta ligação com o Projeto Manhattan, retratado em ‘Oppenheimer’

Por Larissa Godoy
Atualização:

Nesta sexta-feira, 16, a Netflix lançou o docudrama Einstein e a Bomba, que narra um episódio menos conhecido da vida do físico Albert Einstein. Com roteiro elaborado por Philip Ralph, o filme se distingue por utilizar apenas as palavras de Einstein, retiradas de seus discursos, cartas e entrevistas, para criar os diálogos da obra.

Aidan McArdle como o físico Albert Einstein em 'Einstein e a Bomba' Foto: Divulgação/ Netflix

O lançamento ocorre em um contexto relevante, atuando como complemento ao Oppenheimer de Christopher Nolan, indicado ao Oscar em 13 categorias em 2024. Mas, enquanto Oppenheimer se concentra na figura central do Projeto Manhattan, Einstein e a Bomba examina a contribuição indireta de Einstein para o início do projeto, enfatizando as implicações morais e éticas do desenvolvimento de armas nucleares.

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Realizado em parceria com a BBC, Einstein e a Bomba mescla imagens de arquivo com recriações dramáticas para examinar aspectos decisivos na vida de Einstein, com foco especial no período em que ele se refugiou de ameaças nazistas em uma cabana isolada em Norfolk, na Inglaterra. Esse período não apenas representou uma mudança significativa na trajetória pessoal e profissional de Einstein, mas também influenciou no desenvolvimento científico global.

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O ponto de virada na vida de Einstein

No início da década de 1930, o mundo assistia ao crescimento de uma ameaça que mudaria o curso da história: o ascenso do regime nazista na Alemanha. Para Albert Einstein, esse período não representava apenas uma crise política global, mas uma ameaça direta à sua existência e aos valores que defendia. A ascensão do nazismo e a perseguição aos judeus, combinadas com a intensificação das hostilidades contra intelectuais e cientistas, colocaram Einstein em uma posição vulnerável, tanto pessoal quanto profissionalmente.

Forçado a fugir da Alemanha e, posteriormente, a buscar refúgio em uma cabana isolada em Norfolk, Inglaterra, Einstein enfrentou um momento de reclusão que se provaria transformador. Longe das certezas de seu laboratório e da comunidade científica com a qual tanto contribuiu, ele foi confrontado com a realidade brutal de um mundo à beira da guerra. A pressão desses eventos globais aliada à sua condição de refugiado impeliu Einstein a reavaliar suas convicções pacifistas.

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Até então conhecido por sua firme crença no pacifismo e na resolução de conflitos por meios não violentos, Einstein viu-se diante da necessidade imperativa de repensar sua posição. A escalada de ameaças e a possibilidade de que o regime nazista desenvolvesse armas de destruição em massa o levaram a uma conclusão inescapável: a ciência, e mais especificamente seu conhecimento, poderia ter um papel crucial na prevenção da dominação totalitária.

A carta a Roosevelt e o Projeto Manhattan

No contexto iminente da Segunda Guerra Mundial e com a descoberta da fissão nuclear em 1938, a comunidade científica começou a perceber o potencial devastador dessa nova tecnologia. Leo Szilard, um físico húngaro, junto com outros eminentes cientistas, convenceu Albert Einstein da necessidade urgente de alertar o governo dos Estados Unidos sobre os avanços alemães em pesquisa nuclear. Em 2 de agosto de 1939, uma carta redigida por Szilard e assinada por Einstein foi enviada ao Presidente Franklin D. Roosevelt, advertindo sobre a possibilidade de o regime nazista desenvolver bombas atômicas e sugerindo que os EUA acelerassem suas próprias pesquisas em energia atômica.

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A carta, entregue a Roosevelt por Alexander Sachs, um conselheiro próximo ao presidente, em outubro de 1939, serviu como um catalisador para a ação governamental. Embora a resposta inicial tenha sido cautelosa, o alerta de Einstein e Szilard eventualmente levou à criação do Comitê Consultivo para o Urânio, marcando o início do que viria a ser conhecido como Projeto Manhattan, tema central do filme de Christopher Nolan, Oppenheimer.

Albert Einstein em Princeton, onde ele deu aulas entre 1933 e 1955, ano de sua morte Foto: Lotte Jacobi/American Museum of Natural History

O remorso de Einstein

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Após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, Albert Einstein ficou profundamente afetado pela devastação causada pelas armas nucleares. Confrontado com as consequências de sua ação, Einstein expressou publicamente seu pesar, refletindo sobre o papel que desempenhou no nascimento da era nuclear. “Se soubesse que os alemães não teriam sucesso no desenvolvimento da bomba atômica, eu nunca teria levantado a questão”.

Em correspondências privadas e declarações públicas, ele reiterou sua preocupação com o futuro da humanidade e o poder destrutivo da tecnologia nuclear. Em uma carta ao amigo e colega Linus Pauling, Einstein lamentou: “Fiz um grande erro em minha vida — quando assinei a carta para o Presidente Roosevelt recomendando que as bombas atômicas fossem feitas.”

O remorso de Einstein não foi apenas um momento de arrependimento pessoal, mas também um ponto de inflexão que definiu seu ativismo pelo resto de sua vida, transformando-o de um dos principais cientistas do mundo em um defensor incansável da paz e da responsabilidade ética na ciência.

Nesta sexta-feira, 16, a Netflix lançou o docudrama Einstein e a Bomba, que narra um episódio menos conhecido da vida do físico Albert Einstein. Com roteiro elaborado por Philip Ralph, o filme se distingue por utilizar apenas as palavras de Einstein, retiradas de seus discursos, cartas e entrevistas, para criar os diálogos da obra.

Aidan McArdle como o físico Albert Einstein em 'Einstein e a Bomba' Foto: Divulgação/ Netflix

O lançamento ocorre em um contexto relevante, atuando como complemento ao Oppenheimer de Christopher Nolan, indicado ao Oscar em 13 categorias em 2024. Mas, enquanto Oppenheimer se concentra na figura central do Projeto Manhattan, Einstein e a Bomba examina a contribuição indireta de Einstein para o início do projeto, enfatizando as implicações morais e éticas do desenvolvimento de armas nucleares.

Realizado em parceria com a BBC, Einstein e a Bomba mescla imagens de arquivo com recriações dramáticas para examinar aspectos decisivos na vida de Einstein, com foco especial no período em que ele se refugiou de ameaças nazistas em uma cabana isolada em Norfolk, na Inglaterra. Esse período não apenas representou uma mudança significativa na trajetória pessoal e profissional de Einstein, mas também influenciou no desenvolvimento científico global.

O ponto de virada na vida de Einstein

No início da década de 1930, o mundo assistia ao crescimento de uma ameaça que mudaria o curso da história: o ascenso do regime nazista na Alemanha. Para Albert Einstein, esse período não representava apenas uma crise política global, mas uma ameaça direta à sua existência e aos valores que defendia. A ascensão do nazismo e a perseguição aos judeus, combinadas com a intensificação das hostilidades contra intelectuais e cientistas, colocaram Einstein em uma posição vulnerável, tanto pessoal quanto profissionalmente.

Forçado a fugir da Alemanha e, posteriormente, a buscar refúgio em uma cabana isolada em Norfolk, Inglaterra, Einstein enfrentou um momento de reclusão que se provaria transformador. Longe das certezas de seu laboratório e da comunidade científica com a qual tanto contribuiu, ele foi confrontado com a realidade brutal de um mundo à beira da guerra. A pressão desses eventos globais aliada à sua condição de refugiado impeliu Einstein a reavaliar suas convicções pacifistas.

Até então conhecido por sua firme crença no pacifismo e na resolução de conflitos por meios não violentos, Einstein viu-se diante da necessidade imperativa de repensar sua posição. A escalada de ameaças e a possibilidade de que o regime nazista desenvolvesse armas de destruição em massa o levaram a uma conclusão inescapável: a ciência, e mais especificamente seu conhecimento, poderia ter um papel crucial na prevenção da dominação totalitária.

A carta a Roosevelt e o Projeto Manhattan

No contexto iminente da Segunda Guerra Mundial e com a descoberta da fissão nuclear em 1938, a comunidade científica começou a perceber o potencial devastador dessa nova tecnologia. Leo Szilard, um físico húngaro, junto com outros eminentes cientistas, convenceu Albert Einstein da necessidade urgente de alertar o governo dos Estados Unidos sobre os avanços alemães em pesquisa nuclear. Em 2 de agosto de 1939, uma carta redigida por Szilard e assinada por Einstein foi enviada ao Presidente Franklin D. Roosevelt, advertindo sobre a possibilidade de o regime nazista desenvolver bombas atômicas e sugerindo que os EUA acelerassem suas próprias pesquisas em energia atômica.

A carta, entregue a Roosevelt por Alexander Sachs, um conselheiro próximo ao presidente, em outubro de 1939, serviu como um catalisador para a ação governamental. Embora a resposta inicial tenha sido cautelosa, o alerta de Einstein e Szilard eventualmente levou à criação do Comitê Consultivo para o Urânio, marcando o início do que viria a ser conhecido como Projeto Manhattan, tema central do filme de Christopher Nolan, Oppenheimer.

Albert Einstein em Princeton, onde ele deu aulas entre 1933 e 1955, ano de sua morte Foto: Lotte Jacobi/American Museum of Natural History

O remorso de Einstein

Após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, Albert Einstein ficou profundamente afetado pela devastação causada pelas armas nucleares. Confrontado com as consequências de sua ação, Einstein expressou publicamente seu pesar, refletindo sobre o papel que desempenhou no nascimento da era nuclear. “Se soubesse que os alemães não teriam sucesso no desenvolvimento da bomba atômica, eu nunca teria levantado a questão”.

Em correspondências privadas e declarações públicas, ele reiterou sua preocupação com o futuro da humanidade e o poder destrutivo da tecnologia nuclear. Em uma carta ao amigo e colega Linus Pauling, Einstein lamentou: “Fiz um grande erro em minha vida — quando assinei a carta para o Presidente Roosevelt recomendando que as bombas atômicas fossem feitas.”

O remorso de Einstein não foi apenas um momento de arrependimento pessoal, mas também um ponto de inflexão que definiu seu ativismo pelo resto de sua vida, transformando-o de um dos principais cientistas do mundo em um defensor incansável da paz e da responsabilidade ética na ciência.

Nesta sexta-feira, 16, a Netflix lançou o docudrama Einstein e a Bomba, que narra um episódio menos conhecido da vida do físico Albert Einstein. Com roteiro elaborado por Philip Ralph, o filme se distingue por utilizar apenas as palavras de Einstein, retiradas de seus discursos, cartas e entrevistas, para criar os diálogos da obra.

Aidan McArdle como o físico Albert Einstein em 'Einstein e a Bomba' Foto: Divulgação/ Netflix

O lançamento ocorre em um contexto relevante, atuando como complemento ao Oppenheimer de Christopher Nolan, indicado ao Oscar em 13 categorias em 2024. Mas, enquanto Oppenheimer se concentra na figura central do Projeto Manhattan, Einstein e a Bomba examina a contribuição indireta de Einstein para o início do projeto, enfatizando as implicações morais e éticas do desenvolvimento de armas nucleares.

Realizado em parceria com a BBC, Einstein e a Bomba mescla imagens de arquivo com recriações dramáticas para examinar aspectos decisivos na vida de Einstein, com foco especial no período em que ele se refugiou de ameaças nazistas em uma cabana isolada em Norfolk, na Inglaterra. Esse período não apenas representou uma mudança significativa na trajetória pessoal e profissional de Einstein, mas também influenciou no desenvolvimento científico global.

O ponto de virada na vida de Einstein

No início da década de 1930, o mundo assistia ao crescimento de uma ameaça que mudaria o curso da história: o ascenso do regime nazista na Alemanha. Para Albert Einstein, esse período não representava apenas uma crise política global, mas uma ameaça direta à sua existência e aos valores que defendia. A ascensão do nazismo e a perseguição aos judeus, combinadas com a intensificação das hostilidades contra intelectuais e cientistas, colocaram Einstein em uma posição vulnerável, tanto pessoal quanto profissionalmente.

Forçado a fugir da Alemanha e, posteriormente, a buscar refúgio em uma cabana isolada em Norfolk, Inglaterra, Einstein enfrentou um momento de reclusão que se provaria transformador. Longe das certezas de seu laboratório e da comunidade científica com a qual tanto contribuiu, ele foi confrontado com a realidade brutal de um mundo à beira da guerra. A pressão desses eventos globais aliada à sua condição de refugiado impeliu Einstein a reavaliar suas convicções pacifistas.

Até então conhecido por sua firme crença no pacifismo e na resolução de conflitos por meios não violentos, Einstein viu-se diante da necessidade imperativa de repensar sua posição. A escalada de ameaças e a possibilidade de que o regime nazista desenvolvesse armas de destruição em massa o levaram a uma conclusão inescapável: a ciência, e mais especificamente seu conhecimento, poderia ter um papel crucial na prevenção da dominação totalitária.

A carta a Roosevelt e o Projeto Manhattan

No contexto iminente da Segunda Guerra Mundial e com a descoberta da fissão nuclear em 1938, a comunidade científica começou a perceber o potencial devastador dessa nova tecnologia. Leo Szilard, um físico húngaro, junto com outros eminentes cientistas, convenceu Albert Einstein da necessidade urgente de alertar o governo dos Estados Unidos sobre os avanços alemães em pesquisa nuclear. Em 2 de agosto de 1939, uma carta redigida por Szilard e assinada por Einstein foi enviada ao Presidente Franklin D. Roosevelt, advertindo sobre a possibilidade de o regime nazista desenvolver bombas atômicas e sugerindo que os EUA acelerassem suas próprias pesquisas em energia atômica.

A carta, entregue a Roosevelt por Alexander Sachs, um conselheiro próximo ao presidente, em outubro de 1939, serviu como um catalisador para a ação governamental. Embora a resposta inicial tenha sido cautelosa, o alerta de Einstein e Szilard eventualmente levou à criação do Comitê Consultivo para o Urânio, marcando o início do que viria a ser conhecido como Projeto Manhattan, tema central do filme de Christopher Nolan, Oppenheimer.

Albert Einstein em Princeton, onde ele deu aulas entre 1933 e 1955, ano de sua morte Foto: Lotte Jacobi/American Museum of Natural History

O remorso de Einstein

Após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, Albert Einstein ficou profundamente afetado pela devastação causada pelas armas nucleares. Confrontado com as consequências de sua ação, Einstein expressou publicamente seu pesar, refletindo sobre o papel que desempenhou no nascimento da era nuclear. “Se soubesse que os alemães não teriam sucesso no desenvolvimento da bomba atômica, eu nunca teria levantado a questão”.

Em correspondências privadas e declarações públicas, ele reiterou sua preocupação com o futuro da humanidade e o poder destrutivo da tecnologia nuclear. Em uma carta ao amigo e colega Linus Pauling, Einstein lamentou: “Fiz um grande erro em minha vida — quando assinei a carta para o Presidente Roosevelt recomendando que as bombas atômicas fossem feitas.”

O remorso de Einstein não foi apenas um momento de arrependimento pessoal, mas também um ponto de inflexão que definiu seu ativismo pelo resto de sua vida, transformando-o de um dos principais cientistas do mundo em um defensor incansável da paz e da responsabilidade ética na ciência.

Nesta sexta-feira, 16, a Netflix lançou o docudrama Einstein e a Bomba, que narra um episódio menos conhecido da vida do físico Albert Einstein. Com roteiro elaborado por Philip Ralph, o filme se distingue por utilizar apenas as palavras de Einstein, retiradas de seus discursos, cartas e entrevistas, para criar os diálogos da obra.

Aidan McArdle como o físico Albert Einstein em 'Einstein e a Bomba' Foto: Divulgação/ Netflix

O lançamento ocorre em um contexto relevante, atuando como complemento ao Oppenheimer de Christopher Nolan, indicado ao Oscar em 13 categorias em 2024. Mas, enquanto Oppenheimer se concentra na figura central do Projeto Manhattan, Einstein e a Bomba examina a contribuição indireta de Einstein para o início do projeto, enfatizando as implicações morais e éticas do desenvolvimento de armas nucleares.

Realizado em parceria com a BBC, Einstein e a Bomba mescla imagens de arquivo com recriações dramáticas para examinar aspectos decisivos na vida de Einstein, com foco especial no período em que ele se refugiou de ameaças nazistas em uma cabana isolada em Norfolk, na Inglaterra. Esse período não apenas representou uma mudança significativa na trajetória pessoal e profissional de Einstein, mas também influenciou no desenvolvimento científico global.

O ponto de virada na vida de Einstein

No início da década de 1930, o mundo assistia ao crescimento de uma ameaça que mudaria o curso da história: o ascenso do regime nazista na Alemanha. Para Albert Einstein, esse período não representava apenas uma crise política global, mas uma ameaça direta à sua existência e aos valores que defendia. A ascensão do nazismo e a perseguição aos judeus, combinadas com a intensificação das hostilidades contra intelectuais e cientistas, colocaram Einstein em uma posição vulnerável, tanto pessoal quanto profissionalmente.

Forçado a fugir da Alemanha e, posteriormente, a buscar refúgio em uma cabana isolada em Norfolk, Inglaterra, Einstein enfrentou um momento de reclusão que se provaria transformador. Longe das certezas de seu laboratório e da comunidade científica com a qual tanto contribuiu, ele foi confrontado com a realidade brutal de um mundo à beira da guerra. A pressão desses eventos globais aliada à sua condição de refugiado impeliu Einstein a reavaliar suas convicções pacifistas.

Até então conhecido por sua firme crença no pacifismo e na resolução de conflitos por meios não violentos, Einstein viu-se diante da necessidade imperativa de repensar sua posição. A escalada de ameaças e a possibilidade de que o regime nazista desenvolvesse armas de destruição em massa o levaram a uma conclusão inescapável: a ciência, e mais especificamente seu conhecimento, poderia ter um papel crucial na prevenção da dominação totalitária.

A carta a Roosevelt e o Projeto Manhattan

No contexto iminente da Segunda Guerra Mundial e com a descoberta da fissão nuclear em 1938, a comunidade científica começou a perceber o potencial devastador dessa nova tecnologia. Leo Szilard, um físico húngaro, junto com outros eminentes cientistas, convenceu Albert Einstein da necessidade urgente de alertar o governo dos Estados Unidos sobre os avanços alemães em pesquisa nuclear. Em 2 de agosto de 1939, uma carta redigida por Szilard e assinada por Einstein foi enviada ao Presidente Franklin D. Roosevelt, advertindo sobre a possibilidade de o regime nazista desenvolver bombas atômicas e sugerindo que os EUA acelerassem suas próprias pesquisas em energia atômica.

A carta, entregue a Roosevelt por Alexander Sachs, um conselheiro próximo ao presidente, em outubro de 1939, serviu como um catalisador para a ação governamental. Embora a resposta inicial tenha sido cautelosa, o alerta de Einstein e Szilard eventualmente levou à criação do Comitê Consultivo para o Urânio, marcando o início do que viria a ser conhecido como Projeto Manhattan, tema central do filme de Christopher Nolan, Oppenheimer.

Albert Einstein em Princeton, onde ele deu aulas entre 1933 e 1955, ano de sua morte Foto: Lotte Jacobi/American Museum of Natural History

O remorso de Einstein

Após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, Albert Einstein ficou profundamente afetado pela devastação causada pelas armas nucleares. Confrontado com as consequências de sua ação, Einstein expressou publicamente seu pesar, refletindo sobre o papel que desempenhou no nascimento da era nuclear. “Se soubesse que os alemães não teriam sucesso no desenvolvimento da bomba atômica, eu nunca teria levantado a questão”.

Em correspondências privadas e declarações públicas, ele reiterou sua preocupação com o futuro da humanidade e o poder destrutivo da tecnologia nuclear. Em uma carta ao amigo e colega Linus Pauling, Einstein lamentou: “Fiz um grande erro em minha vida — quando assinei a carta para o Presidente Roosevelt recomendando que as bombas atômicas fossem feitas.”

O remorso de Einstein não foi apenas um momento de arrependimento pessoal, mas também um ponto de inflexão que definiu seu ativismo pelo resto de sua vida, transformando-o de um dos principais cientistas do mundo em um defensor incansável da paz e da responsabilidade ética na ciência.

Nesta sexta-feira, 16, a Netflix lançou o docudrama Einstein e a Bomba, que narra um episódio menos conhecido da vida do físico Albert Einstein. Com roteiro elaborado por Philip Ralph, o filme se distingue por utilizar apenas as palavras de Einstein, retiradas de seus discursos, cartas e entrevistas, para criar os diálogos da obra.

Aidan McArdle como o físico Albert Einstein em 'Einstein e a Bomba' Foto: Divulgação/ Netflix

O lançamento ocorre em um contexto relevante, atuando como complemento ao Oppenheimer de Christopher Nolan, indicado ao Oscar em 13 categorias em 2024. Mas, enquanto Oppenheimer se concentra na figura central do Projeto Manhattan, Einstein e a Bomba examina a contribuição indireta de Einstein para o início do projeto, enfatizando as implicações morais e éticas do desenvolvimento de armas nucleares.

Realizado em parceria com a BBC, Einstein e a Bomba mescla imagens de arquivo com recriações dramáticas para examinar aspectos decisivos na vida de Einstein, com foco especial no período em que ele se refugiou de ameaças nazistas em uma cabana isolada em Norfolk, na Inglaterra. Esse período não apenas representou uma mudança significativa na trajetória pessoal e profissional de Einstein, mas também influenciou no desenvolvimento científico global.

O ponto de virada na vida de Einstein

No início da década de 1930, o mundo assistia ao crescimento de uma ameaça que mudaria o curso da história: o ascenso do regime nazista na Alemanha. Para Albert Einstein, esse período não representava apenas uma crise política global, mas uma ameaça direta à sua existência e aos valores que defendia. A ascensão do nazismo e a perseguição aos judeus, combinadas com a intensificação das hostilidades contra intelectuais e cientistas, colocaram Einstein em uma posição vulnerável, tanto pessoal quanto profissionalmente.

Forçado a fugir da Alemanha e, posteriormente, a buscar refúgio em uma cabana isolada em Norfolk, Inglaterra, Einstein enfrentou um momento de reclusão que se provaria transformador. Longe das certezas de seu laboratório e da comunidade científica com a qual tanto contribuiu, ele foi confrontado com a realidade brutal de um mundo à beira da guerra. A pressão desses eventos globais aliada à sua condição de refugiado impeliu Einstein a reavaliar suas convicções pacifistas.

Até então conhecido por sua firme crença no pacifismo e na resolução de conflitos por meios não violentos, Einstein viu-se diante da necessidade imperativa de repensar sua posição. A escalada de ameaças e a possibilidade de que o regime nazista desenvolvesse armas de destruição em massa o levaram a uma conclusão inescapável: a ciência, e mais especificamente seu conhecimento, poderia ter um papel crucial na prevenção da dominação totalitária.

A carta a Roosevelt e o Projeto Manhattan

No contexto iminente da Segunda Guerra Mundial e com a descoberta da fissão nuclear em 1938, a comunidade científica começou a perceber o potencial devastador dessa nova tecnologia. Leo Szilard, um físico húngaro, junto com outros eminentes cientistas, convenceu Albert Einstein da necessidade urgente de alertar o governo dos Estados Unidos sobre os avanços alemães em pesquisa nuclear. Em 2 de agosto de 1939, uma carta redigida por Szilard e assinada por Einstein foi enviada ao Presidente Franklin D. Roosevelt, advertindo sobre a possibilidade de o regime nazista desenvolver bombas atômicas e sugerindo que os EUA acelerassem suas próprias pesquisas em energia atômica.

A carta, entregue a Roosevelt por Alexander Sachs, um conselheiro próximo ao presidente, em outubro de 1939, serviu como um catalisador para a ação governamental. Embora a resposta inicial tenha sido cautelosa, o alerta de Einstein e Szilard eventualmente levou à criação do Comitê Consultivo para o Urânio, marcando o início do que viria a ser conhecido como Projeto Manhattan, tema central do filme de Christopher Nolan, Oppenheimer.

Albert Einstein em Princeton, onde ele deu aulas entre 1933 e 1955, ano de sua morte Foto: Lotte Jacobi/American Museum of Natural History

O remorso de Einstein

Após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945, Albert Einstein ficou profundamente afetado pela devastação causada pelas armas nucleares. Confrontado com as consequências de sua ação, Einstein expressou publicamente seu pesar, refletindo sobre o papel que desempenhou no nascimento da era nuclear. “Se soubesse que os alemães não teriam sucesso no desenvolvimento da bomba atômica, eu nunca teria levantado a questão”.

Em correspondências privadas e declarações públicas, ele reiterou sua preocupação com o futuro da humanidade e o poder destrutivo da tecnologia nuclear. Em uma carta ao amigo e colega Linus Pauling, Einstein lamentou: “Fiz um grande erro em minha vida — quando assinei a carta para o Presidente Roosevelt recomendando que as bombas atômicas fossem feitas.”

O remorso de Einstein não foi apenas um momento de arrependimento pessoal, mas também um ponto de inflexão que definiu seu ativismo pelo resto de sua vida, transformando-o de um dos principais cientistas do mundo em um defensor incansável da paz e da responsabilidade ética na ciência.

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