Em SP, Hugh Jackman lança 'Logan': 'Queria contar a história de um homem, não de um herói'


Ator de 48 anos enfrenta maratona de viagens de avião, entrevistas e sessões de fotos na nona e última vez em que interpreta o personagem Wolverine

Por Pedro Antunes

O pingado fez efeito. Hugh Jackman chegou a São Paulo na manhã deste domingo, 19, por volta das 6h - enquanto, muito provavelmente, alguns foliões ainda tentavam encontrar um lugar para encerrar a noite carnavalesca que tomou conta da cidade. O ator veio direto de Berlim, cujo festival de cinema apresentou o mais novo filme do australiano de (quem diria?!) 48 anos, Logan, a nona e última aparição de Jackman como Wolverine. 

O protagonista do longa, que estreia no Brasil em 2 de março, publicou um vídeo em suas redes sociais no qual avisava aos fãs que estava na cidade e experimentava um café. Pela expressão de vibração ao levar a xícara na boca, ele gostou bastante. Pelo pique exibido horas depois, a cafeína fez efeito. 

Hugh Jackman em coletiva de imprensa em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Jackman não está em São Paulo para tomar cafézinho - ou, pelo menos, não só para isso. Em uma rotina digna de uma estrela da música, na qual as horas de sono são gastas em aviões transatlânticos, o ator corre o mundo para divulgar seu personagem mais antigo pelo mundo. Poucas horas depois de aterrissar no País, ele já estava diante da imprensa de toda a América Latina, em um hotel na zona sul da cidade, para uma coletiva de imprensa. 

"Obrigado", dizia ele em português, a cada momento que lhe parecia oportuno. Também elogiava as questões que lhe eram feitas, fossem elas sobre os gêneros que inspiraram o filme (faroeste e road movies) até sobre o que sentia ao se despedir de um personagem que o acompanhou por tanto tempo. "Não estou me despedindo de Logan", diz Jackman. "Tenho a impressão de que ele sempre estará comigo."

Já sem o curativo que usava ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos - ele está tratando um câncer de pele benigno -, Jackman era só sorrisos. Afinal, desde 2000, quando foi chamado às pressas para ocupar a vaga então de Dougray Scott no filme X-Men, de Bryan Singer, ele é o rosto do Wolverine. A identificação desde então é tamanha que nem mais a altura do ator, 1,88 m, é um problema para um personagem que nas HQs, é famoso pela baixa estatura. Os urros selvagens na tela e a simpatia fora dela garantiram um longo casamento entre Jackman e Logan, o mais famoso mutante entre os X-Men (e, sinto muito, Ciclope). 

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Antes de falar com a imprensa, o ator chegou a postar um vídeo tomando um café em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

A união chega ao fim com Logan, um filme de John Mangold, o mesmo de Wolverine: Imortal, de 2013, a segunda aventura solo do personagem. É o fim de uma era. Quando Jackman assumiu o papel do mutante de garras afiadas, heróis estavam em baixa no cinema. Algo que mudou significativamente, basta perguntar olhar a conta bancária de Robert Downey Jr., o Homem de Ferro nos cinemas. "A Comic Con de San Diego, quando começamos, deveria reunir 15 mil pessoas. Agora, são 500 mil. Os heróis são uma parte muito importante da indústria do entretenimento. E tudo isso começou com X-Men." 

Jackman elogia o trabalho de Singer naquele filme que iniciou essa nova fase dos heróis nas telonas. E ele diz que o sucesso da franquia e de toda as outras que vieram depois foi pela humanização dos personagens, por mais fantasiosas que as histórias fossem. "Nos sets de X-Men, Bryan vetou todas as histórias em quadrinhos no set de filmagem. Ele dizia que estávamos fazendo um filme sobre pessoas, sobre discriminação. Tentamos fazer isso também em Logan."

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O novo filme do Wolverine se passa no futuro, em 2029 e os mutantes estão quase extintos. O personagem está naquilo que Jackman chama de "inverno de sua vida", com seus poderes de cura comprometidos, cabelos grisalhos e cicatrizes espalhadas pelo corpo. "Esse filme é sobre envelhecer, sobre a morte, sobre família, sobre riscos." 

Prestes a deixar a franquia dos X-Men de vez, Jackman chama Wolverine pelo nome civil, de Logan. E isso ajuda a entender o motivo pelo qual o filme segue um caminho de humanizar ao máximo um dos mais queridos personagens das HQs. "Gostaria de contar a história de um homem, não de um herói", ele diz. "Sei que não vou deixar a família dos X-Men, sempre estarei com ele. Ainda não me sinto triste com a despedida, mas, se em algum meses, não conseguir um emprego, talvez eu me entristeça um pouco (risos)." 

O pingado fez efeito. Hugh Jackman chegou a São Paulo na manhã deste domingo, 19, por volta das 6h - enquanto, muito provavelmente, alguns foliões ainda tentavam encontrar um lugar para encerrar a noite carnavalesca que tomou conta da cidade. O ator veio direto de Berlim, cujo festival de cinema apresentou o mais novo filme do australiano de (quem diria?!) 48 anos, Logan, a nona e última aparição de Jackman como Wolverine. 

O protagonista do longa, que estreia no Brasil em 2 de março, publicou um vídeo em suas redes sociais no qual avisava aos fãs que estava na cidade e experimentava um café. Pela expressão de vibração ao levar a xícara na boca, ele gostou bastante. Pelo pique exibido horas depois, a cafeína fez efeito. 

Hugh Jackman em coletiva de imprensa em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

Jackman não está em São Paulo para tomar cafézinho - ou, pelo menos, não só para isso. Em uma rotina digna de uma estrela da música, na qual as horas de sono são gastas em aviões transatlânticos, o ator corre o mundo para divulgar seu personagem mais antigo pelo mundo. Poucas horas depois de aterrissar no País, ele já estava diante da imprensa de toda a América Latina, em um hotel na zona sul da cidade, para uma coletiva de imprensa. 

"Obrigado", dizia ele em português, a cada momento que lhe parecia oportuno. Também elogiava as questões que lhe eram feitas, fossem elas sobre os gêneros que inspiraram o filme (faroeste e road movies) até sobre o que sentia ao se despedir de um personagem que o acompanhou por tanto tempo. "Não estou me despedindo de Logan", diz Jackman. "Tenho a impressão de que ele sempre estará comigo."

Já sem o curativo que usava ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos - ele está tratando um câncer de pele benigno -, Jackman era só sorrisos. Afinal, desde 2000, quando foi chamado às pressas para ocupar a vaga então de Dougray Scott no filme X-Men, de Bryan Singer, ele é o rosto do Wolverine. A identificação desde então é tamanha que nem mais a altura do ator, 1,88 m, é um problema para um personagem que nas HQs, é famoso pela baixa estatura. Os urros selvagens na tela e a simpatia fora dela garantiram um longo casamento entre Jackman e Logan, o mais famoso mutante entre os X-Men (e, sinto muito, Ciclope). 

Antes de falar com a imprensa, o ator chegou a postar um vídeo tomando um café em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

A união chega ao fim com Logan, um filme de John Mangold, o mesmo de Wolverine: Imortal, de 2013, a segunda aventura solo do personagem. É o fim de uma era. Quando Jackman assumiu o papel do mutante de garras afiadas, heróis estavam em baixa no cinema. Algo que mudou significativamente, basta perguntar olhar a conta bancária de Robert Downey Jr., o Homem de Ferro nos cinemas. "A Comic Con de San Diego, quando começamos, deveria reunir 15 mil pessoas. Agora, são 500 mil. Os heróis são uma parte muito importante da indústria do entretenimento. E tudo isso começou com X-Men." 

Jackman elogia o trabalho de Singer naquele filme que iniciou essa nova fase dos heróis nas telonas. E ele diz que o sucesso da franquia e de toda as outras que vieram depois foi pela humanização dos personagens, por mais fantasiosas que as histórias fossem. "Nos sets de X-Men, Bryan vetou todas as histórias em quadrinhos no set de filmagem. Ele dizia que estávamos fazendo um filme sobre pessoas, sobre discriminação. Tentamos fazer isso também em Logan."

O novo filme do Wolverine se passa no futuro, em 2029 e os mutantes estão quase extintos. O personagem está naquilo que Jackman chama de "inverno de sua vida", com seus poderes de cura comprometidos, cabelos grisalhos e cicatrizes espalhadas pelo corpo. "Esse filme é sobre envelhecer, sobre a morte, sobre família, sobre riscos." 

Prestes a deixar a franquia dos X-Men de vez, Jackman chama Wolverine pelo nome civil, de Logan. E isso ajuda a entender o motivo pelo qual o filme segue um caminho de humanizar ao máximo um dos mais queridos personagens das HQs. "Gostaria de contar a história de um homem, não de um herói", ele diz. "Sei que não vou deixar a família dos X-Men, sempre estarei com ele. Ainda não me sinto triste com a despedida, mas, se em algum meses, não conseguir um emprego, talvez eu me entristeça um pouco (risos)." 

O pingado fez efeito. Hugh Jackman chegou a São Paulo na manhã deste domingo, 19, por volta das 6h - enquanto, muito provavelmente, alguns foliões ainda tentavam encontrar um lugar para encerrar a noite carnavalesca que tomou conta da cidade. O ator veio direto de Berlim, cujo festival de cinema apresentou o mais novo filme do australiano de (quem diria?!) 48 anos, Logan, a nona e última aparição de Jackman como Wolverine. 

O protagonista do longa, que estreia no Brasil em 2 de março, publicou um vídeo em suas redes sociais no qual avisava aos fãs que estava na cidade e experimentava um café. Pela expressão de vibração ao levar a xícara na boca, ele gostou bastante. Pelo pique exibido horas depois, a cafeína fez efeito. 

Hugh Jackman em coletiva de imprensa em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

Jackman não está em São Paulo para tomar cafézinho - ou, pelo menos, não só para isso. Em uma rotina digna de uma estrela da música, na qual as horas de sono são gastas em aviões transatlânticos, o ator corre o mundo para divulgar seu personagem mais antigo pelo mundo. Poucas horas depois de aterrissar no País, ele já estava diante da imprensa de toda a América Latina, em um hotel na zona sul da cidade, para uma coletiva de imprensa. 

"Obrigado", dizia ele em português, a cada momento que lhe parecia oportuno. Também elogiava as questões que lhe eram feitas, fossem elas sobre os gêneros que inspiraram o filme (faroeste e road movies) até sobre o que sentia ao se despedir de um personagem que o acompanhou por tanto tempo. "Não estou me despedindo de Logan", diz Jackman. "Tenho a impressão de que ele sempre estará comigo."

Já sem o curativo que usava ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos - ele está tratando um câncer de pele benigno -, Jackman era só sorrisos. Afinal, desde 2000, quando foi chamado às pressas para ocupar a vaga então de Dougray Scott no filme X-Men, de Bryan Singer, ele é o rosto do Wolverine. A identificação desde então é tamanha que nem mais a altura do ator, 1,88 m, é um problema para um personagem que nas HQs, é famoso pela baixa estatura. Os urros selvagens na tela e a simpatia fora dela garantiram um longo casamento entre Jackman e Logan, o mais famoso mutante entre os X-Men (e, sinto muito, Ciclope). 

Antes de falar com a imprensa, o ator chegou a postar um vídeo tomando um café em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

A união chega ao fim com Logan, um filme de John Mangold, o mesmo de Wolverine: Imortal, de 2013, a segunda aventura solo do personagem. É o fim de uma era. Quando Jackman assumiu o papel do mutante de garras afiadas, heróis estavam em baixa no cinema. Algo que mudou significativamente, basta perguntar olhar a conta bancária de Robert Downey Jr., o Homem de Ferro nos cinemas. "A Comic Con de San Diego, quando começamos, deveria reunir 15 mil pessoas. Agora, são 500 mil. Os heróis são uma parte muito importante da indústria do entretenimento. E tudo isso começou com X-Men." 

Jackman elogia o trabalho de Singer naquele filme que iniciou essa nova fase dos heróis nas telonas. E ele diz que o sucesso da franquia e de toda as outras que vieram depois foi pela humanização dos personagens, por mais fantasiosas que as histórias fossem. "Nos sets de X-Men, Bryan vetou todas as histórias em quadrinhos no set de filmagem. Ele dizia que estávamos fazendo um filme sobre pessoas, sobre discriminação. Tentamos fazer isso também em Logan."

O novo filme do Wolverine se passa no futuro, em 2029 e os mutantes estão quase extintos. O personagem está naquilo que Jackman chama de "inverno de sua vida", com seus poderes de cura comprometidos, cabelos grisalhos e cicatrizes espalhadas pelo corpo. "Esse filme é sobre envelhecer, sobre a morte, sobre família, sobre riscos." 

Prestes a deixar a franquia dos X-Men de vez, Jackman chama Wolverine pelo nome civil, de Logan. E isso ajuda a entender o motivo pelo qual o filme segue um caminho de humanizar ao máximo um dos mais queridos personagens das HQs. "Gostaria de contar a história de um homem, não de um herói", ele diz. "Sei que não vou deixar a família dos X-Men, sempre estarei com ele. Ainda não me sinto triste com a despedida, mas, se em algum meses, não conseguir um emprego, talvez eu me entristeça um pouco (risos)." 

O pingado fez efeito. Hugh Jackman chegou a São Paulo na manhã deste domingo, 19, por volta das 6h - enquanto, muito provavelmente, alguns foliões ainda tentavam encontrar um lugar para encerrar a noite carnavalesca que tomou conta da cidade. O ator veio direto de Berlim, cujo festival de cinema apresentou o mais novo filme do australiano de (quem diria?!) 48 anos, Logan, a nona e última aparição de Jackman como Wolverine. 

O protagonista do longa, que estreia no Brasil em 2 de março, publicou um vídeo em suas redes sociais no qual avisava aos fãs que estava na cidade e experimentava um café. Pela expressão de vibração ao levar a xícara na boca, ele gostou bastante. Pelo pique exibido horas depois, a cafeína fez efeito. 

Hugh Jackman em coletiva de imprensa em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

Jackman não está em São Paulo para tomar cafézinho - ou, pelo menos, não só para isso. Em uma rotina digna de uma estrela da música, na qual as horas de sono são gastas em aviões transatlânticos, o ator corre o mundo para divulgar seu personagem mais antigo pelo mundo. Poucas horas depois de aterrissar no País, ele já estava diante da imprensa de toda a América Latina, em um hotel na zona sul da cidade, para uma coletiva de imprensa. 

"Obrigado", dizia ele em português, a cada momento que lhe parecia oportuno. Também elogiava as questões que lhe eram feitas, fossem elas sobre os gêneros que inspiraram o filme (faroeste e road movies) até sobre o que sentia ao se despedir de um personagem que o acompanhou por tanto tempo. "Não estou me despedindo de Logan", diz Jackman. "Tenho a impressão de que ele sempre estará comigo."

Já sem o curativo que usava ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos - ele está tratando um câncer de pele benigno -, Jackman era só sorrisos. Afinal, desde 2000, quando foi chamado às pressas para ocupar a vaga então de Dougray Scott no filme X-Men, de Bryan Singer, ele é o rosto do Wolverine. A identificação desde então é tamanha que nem mais a altura do ator, 1,88 m, é um problema para um personagem que nas HQs, é famoso pela baixa estatura. Os urros selvagens na tela e a simpatia fora dela garantiram um longo casamento entre Jackman e Logan, o mais famoso mutante entre os X-Men (e, sinto muito, Ciclope). 

Antes de falar com a imprensa, o ator chegou a postar um vídeo tomando um café em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

A união chega ao fim com Logan, um filme de John Mangold, o mesmo de Wolverine: Imortal, de 2013, a segunda aventura solo do personagem. É o fim de uma era. Quando Jackman assumiu o papel do mutante de garras afiadas, heróis estavam em baixa no cinema. Algo que mudou significativamente, basta perguntar olhar a conta bancária de Robert Downey Jr., o Homem de Ferro nos cinemas. "A Comic Con de San Diego, quando começamos, deveria reunir 15 mil pessoas. Agora, são 500 mil. Os heróis são uma parte muito importante da indústria do entretenimento. E tudo isso começou com X-Men." 

Jackman elogia o trabalho de Singer naquele filme que iniciou essa nova fase dos heróis nas telonas. E ele diz que o sucesso da franquia e de toda as outras que vieram depois foi pela humanização dos personagens, por mais fantasiosas que as histórias fossem. "Nos sets de X-Men, Bryan vetou todas as histórias em quadrinhos no set de filmagem. Ele dizia que estávamos fazendo um filme sobre pessoas, sobre discriminação. Tentamos fazer isso também em Logan."

O novo filme do Wolverine se passa no futuro, em 2029 e os mutantes estão quase extintos. O personagem está naquilo que Jackman chama de "inverno de sua vida", com seus poderes de cura comprometidos, cabelos grisalhos e cicatrizes espalhadas pelo corpo. "Esse filme é sobre envelhecer, sobre a morte, sobre família, sobre riscos." 

Prestes a deixar a franquia dos X-Men de vez, Jackman chama Wolverine pelo nome civil, de Logan. E isso ajuda a entender o motivo pelo qual o filme segue um caminho de humanizar ao máximo um dos mais queridos personagens das HQs. "Gostaria de contar a história de um homem, não de um herói", ele diz. "Sei que não vou deixar a família dos X-Men, sempre estarei com ele. Ainda não me sinto triste com a despedida, mas, se em algum meses, não conseguir um emprego, talvez eu me entristeça um pouco (risos)." 

O pingado fez efeito. Hugh Jackman chegou a São Paulo na manhã deste domingo, 19, por volta das 6h - enquanto, muito provavelmente, alguns foliões ainda tentavam encontrar um lugar para encerrar a noite carnavalesca que tomou conta da cidade. O ator veio direto de Berlim, cujo festival de cinema apresentou o mais novo filme do australiano de (quem diria?!) 48 anos, Logan, a nona e última aparição de Jackman como Wolverine. 

O protagonista do longa, que estreia no Brasil em 2 de março, publicou um vídeo em suas redes sociais no qual avisava aos fãs que estava na cidade e experimentava um café. Pela expressão de vibração ao levar a xícara na boca, ele gostou bastante. Pelo pique exibido horas depois, a cafeína fez efeito. 

Hugh Jackman em coletiva de imprensa em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

Jackman não está em São Paulo para tomar cafézinho - ou, pelo menos, não só para isso. Em uma rotina digna de uma estrela da música, na qual as horas de sono são gastas em aviões transatlânticos, o ator corre o mundo para divulgar seu personagem mais antigo pelo mundo. Poucas horas depois de aterrissar no País, ele já estava diante da imprensa de toda a América Latina, em um hotel na zona sul da cidade, para uma coletiva de imprensa. 

"Obrigado", dizia ele em português, a cada momento que lhe parecia oportuno. Também elogiava as questões que lhe eram feitas, fossem elas sobre os gêneros que inspiraram o filme (faroeste e road movies) até sobre o que sentia ao se despedir de um personagem que o acompanhou por tanto tempo. "Não estou me despedindo de Logan", diz Jackman. "Tenho a impressão de que ele sempre estará comigo."

Já sem o curativo que usava ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos - ele está tratando um câncer de pele benigno -, Jackman era só sorrisos. Afinal, desde 2000, quando foi chamado às pressas para ocupar a vaga então de Dougray Scott no filme X-Men, de Bryan Singer, ele é o rosto do Wolverine. A identificação desde então é tamanha que nem mais a altura do ator, 1,88 m, é um problema para um personagem que nas HQs, é famoso pela baixa estatura. Os urros selvagens na tela e a simpatia fora dela garantiram um longo casamento entre Jackman e Logan, o mais famoso mutante entre os X-Men (e, sinto muito, Ciclope). 

Antes de falar com a imprensa, o ator chegou a postar um vídeo tomando um café em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

A união chega ao fim com Logan, um filme de John Mangold, o mesmo de Wolverine: Imortal, de 2013, a segunda aventura solo do personagem. É o fim de uma era. Quando Jackman assumiu o papel do mutante de garras afiadas, heróis estavam em baixa no cinema. Algo que mudou significativamente, basta perguntar olhar a conta bancária de Robert Downey Jr., o Homem de Ferro nos cinemas. "A Comic Con de San Diego, quando começamos, deveria reunir 15 mil pessoas. Agora, são 500 mil. Os heróis são uma parte muito importante da indústria do entretenimento. E tudo isso começou com X-Men." 

Jackman elogia o trabalho de Singer naquele filme que iniciou essa nova fase dos heróis nas telonas. E ele diz que o sucesso da franquia e de toda as outras que vieram depois foi pela humanização dos personagens, por mais fantasiosas que as histórias fossem. "Nos sets de X-Men, Bryan vetou todas as histórias em quadrinhos no set de filmagem. Ele dizia que estávamos fazendo um filme sobre pessoas, sobre discriminação. Tentamos fazer isso também em Logan."

O novo filme do Wolverine se passa no futuro, em 2029 e os mutantes estão quase extintos. O personagem está naquilo que Jackman chama de "inverno de sua vida", com seus poderes de cura comprometidos, cabelos grisalhos e cicatrizes espalhadas pelo corpo. "Esse filme é sobre envelhecer, sobre a morte, sobre família, sobre riscos." 

Prestes a deixar a franquia dos X-Men de vez, Jackman chama Wolverine pelo nome civil, de Logan. E isso ajuda a entender o motivo pelo qual o filme segue um caminho de humanizar ao máximo um dos mais queridos personagens das HQs. "Gostaria de contar a história de um homem, não de um herói", ele diz. "Sei que não vou deixar a família dos X-Men, sempre estarei com ele. Ainda não me sinto triste com a despedida, mas, se em algum meses, não conseguir um emprego, talvez eu me entristeça um pouco (risos)." 

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