Festival de Cannes exibe documentário de diretor morto na Ucrânia durante filmagens


Mariupolis 2, do lituano Mantas Kvedaravicius, mostra imagens da vida diária sob bombas e tiros no país invadido pela Rússia

Por Redação

O Festival de Cannes assistiu nesta quinta-feira, 19, imagens da vida diária sob as bombas e os tiros na Ucrânia, com o documentário Mariupolis 2, do diretor lituano Mantas Kvedaravicius, que morreu durante as filmagens.

Com quase duas horas de duração, o documentário foi montado de forma simples por sua equipe, após a morte de Kvedaravicius em 30 de março, durante uma operação das tropas russas, informa um comunicado da produtora The Match Factory.

Cena de 'Mariupolis 2', exibido nesta quinta-feira, 19, em Cannes. Foto: Festival de Cannes
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Kvedaravicius estava em Mariupol, uma cidade portuária no Mar de Azov, em 2015, quando aconteceu o levante da minoria de língua russa na região do Donbass. O cineasta retornou em fevereiro de 2022 "para reunir-se com as pessoas havia conhecido e filmado entre 2014 e 2015", explica o comunicado.

Sem narração e trilha sonora, o documentário oferece um olhar seco, com longos planos filmados principalmente dentro e fora de uma igreja da cidade, com um grupo de refugiados, habitantes de Mariupol que resistem a abandonar a cidade.

Sob grande risco, os homens e mulheres da igreja saem para buscar alimentos e roupas, sob o barulho incessante das bombas, dos tiros, às vezes distantes e em alguns momentos muito perto.

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Dois refugiados encontram um gerador de de energia elétrica em uma casa. Dois corpos são observados na porta de um prédio, mas não há tempo para enterrar as vítimas, afirma um morador. Os refugiados fazem uma rápida oração para agradecer a Deus por terem sobrevivido por mais um dia.

O diretor lituano Mantas Kvedaravicius foi morto na guerra da Ucrânia. Foto: V. Skaraitis

Um homem fala: "Se alguém duvida do Senhor, da sua bênção, vá ao teatro e dê uma olhada na vala comum, ou visite a fábrica".

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Denúncias de várias organizações não governamentais afirmam que centenas de pessoas que estavam refugiadas em um teatro de Mariupol morreram em um ataque das tropas russas em março.

Os refugiados na igreja acreditam que a proteção divina salvará o grupo das bombas. Em um momento do documentário, uma autoridade pede que deixem o local para fechar o templo. Os que estão dentro se recusam e ao espectador resta apenas tentar imaginar o que acontecerá com estas pessoas.

Cannes começou esta semana com um vídeo gravado do presidente ucraniano, o ex-ator Volodmir Zelenski, que pediu ao mundo da cultura que se envolva na denúncia da invasão russa.

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Assista ao trailer do primeiro filme de Mantas Kvedaravicius na cidade de Mariupol:

O Festival de Cannes assistiu nesta quinta-feira, 19, imagens da vida diária sob as bombas e os tiros na Ucrânia, com o documentário Mariupolis 2, do diretor lituano Mantas Kvedaravicius, que morreu durante as filmagens.

Com quase duas horas de duração, o documentário foi montado de forma simples por sua equipe, após a morte de Kvedaravicius em 30 de março, durante uma operação das tropas russas, informa um comunicado da produtora The Match Factory.

Cena de 'Mariupolis 2', exibido nesta quinta-feira, 19, em Cannes. Foto: Festival de Cannes

Kvedaravicius estava em Mariupol, uma cidade portuária no Mar de Azov, em 2015, quando aconteceu o levante da minoria de língua russa na região do Donbass. O cineasta retornou em fevereiro de 2022 "para reunir-se com as pessoas havia conhecido e filmado entre 2014 e 2015", explica o comunicado.

Sem narração e trilha sonora, o documentário oferece um olhar seco, com longos planos filmados principalmente dentro e fora de uma igreja da cidade, com um grupo de refugiados, habitantes de Mariupol que resistem a abandonar a cidade.

Sob grande risco, os homens e mulheres da igreja saem para buscar alimentos e roupas, sob o barulho incessante das bombas, dos tiros, às vezes distantes e em alguns momentos muito perto.

Dois refugiados encontram um gerador de de energia elétrica em uma casa. Dois corpos são observados na porta de um prédio, mas não há tempo para enterrar as vítimas, afirma um morador. Os refugiados fazem uma rápida oração para agradecer a Deus por terem sobrevivido por mais um dia.

O diretor lituano Mantas Kvedaravicius foi morto na guerra da Ucrânia. Foto: V. Skaraitis

Um homem fala: "Se alguém duvida do Senhor, da sua bênção, vá ao teatro e dê uma olhada na vala comum, ou visite a fábrica".

Denúncias de várias organizações não governamentais afirmam que centenas de pessoas que estavam refugiadas em um teatro de Mariupol morreram em um ataque das tropas russas em março.

Os refugiados na igreja acreditam que a proteção divina salvará o grupo das bombas. Em um momento do documentário, uma autoridade pede que deixem o local para fechar o templo. Os que estão dentro se recusam e ao espectador resta apenas tentar imaginar o que acontecerá com estas pessoas.

Cannes começou esta semana com um vídeo gravado do presidente ucraniano, o ex-ator Volodmir Zelenski, que pediu ao mundo da cultura que se envolva na denúncia da invasão russa.

Assista ao trailer do primeiro filme de Mantas Kvedaravicius na cidade de Mariupol:

O Festival de Cannes assistiu nesta quinta-feira, 19, imagens da vida diária sob as bombas e os tiros na Ucrânia, com o documentário Mariupolis 2, do diretor lituano Mantas Kvedaravicius, que morreu durante as filmagens.

Com quase duas horas de duração, o documentário foi montado de forma simples por sua equipe, após a morte de Kvedaravicius em 30 de março, durante uma operação das tropas russas, informa um comunicado da produtora The Match Factory.

Cena de 'Mariupolis 2', exibido nesta quinta-feira, 19, em Cannes. Foto: Festival de Cannes

Kvedaravicius estava em Mariupol, uma cidade portuária no Mar de Azov, em 2015, quando aconteceu o levante da minoria de língua russa na região do Donbass. O cineasta retornou em fevereiro de 2022 "para reunir-se com as pessoas havia conhecido e filmado entre 2014 e 2015", explica o comunicado.

Sem narração e trilha sonora, o documentário oferece um olhar seco, com longos planos filmados principalmente dentro e fora de uma igreja da cidade, com um grupo de refugiados, habitantes de Mariupol que resistem a abandonar a cidade.

Sob grande risco, os homens e mulheres da igreja saem para buscar alimentos e roupas, sob o barulho incessante das bombas, dos tiros, às vezes distantes e em alguns momentos muito perto.

Dois refugiados encontram um gerador de de energia elétrica em uma casa. Dois corpos são observados na porta de um prédio, mas não há tempo para enterrar as vítimas, afirma um morador. Os refugiados fazem uma rápida oração para agradecer a Deus por terem sobrevivido por mais um dia.

O diretor lituano Mantas Kvedaravicius foi morto na guerra da Ucrânia. Foto: V. Skaraitis

Um homem fala: "Se alguém duvida do Senhor, da sua bênção, vá ao teatro e dê uma olhada na vala comum, ou visite a fábrica".

Denúncias de várias organizações não governamentais afirmam que centenas de pessoas que estavam refugiadas em um teatro de Mariupol morreram em um ataque das tropas russas em março.

Os refugiados na igreja acreditam que a proteção divina salvará o grupo das bombas. Em um momento do documentário, uma autoridade pede que deixem o local para fechar o templo. Os que estão dentro se recusam e ao espectador resta apenas tentar imaginar o que acontecerá com estas pessoas.

Cannes começou esta semana com um vídeo gravado do presidente ucraniano, o ex-ator Volodmir Zelenski, que pediu ao mundo da cultura que se envolva na denúncia da invasão russa.

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