Filme ‘Outro País’, de Sérgio Tréfaut, revive na Cinemateca a democracia portuguesa


A exibição acontece nesta terça, às 20h, com entrada gratuita

Por Rodrigo Fonseca

Responsável por A Noiva, sensação do último Festival de Veneza, Sérgio Tréfaut revisita o tempo de liberdade vivido por Portugal no documentário Outro País (rodado em 1999), que será exibido nesta terça-feira, 25, às 20h, na Cinemateca Brasileira, com ingresso gratuito. Justo no aniversário de 49 anos da Revolução dos Cravos. Com esse movimento, Portugal dava um basta ao governo ditatorial instituído por António de Oliveira Salazar. Radicado entre o Rio e a Europa, Tréfaut transitava pelo jornalismo à época em que foi analisar arquivos do processo revolucionário lusitano da década de 1970.

Cena do filme 'Outro País', de Sérgio Tréfaut, que será exibido na Cinemateca Brasileira.  Foto: Faux

Outro País foi realizado no fim da década de 1990, quando o governo conservador português da época desprezava o período revolucionário, que durou de abril de 1974 a novembro de 1975, e queria resumir tudo a um golpe de Estado militar, excluindo a participação de toda a sociedade no que foi um verdadeiro terremoto nacional”, diz Tréfaut ao Estadão. “Meu filme foi feito para mostrar como, durante quase dois anos, o país tinha explodido em todos os sentidos. Era uma panela de pressão que não aguentava mais ser contida. A participação popular foi importante em todos os setores: ocupações de casas, de fábricas, de terras. Para além do enquadramento político, todos queriam ser livres e donos do seu destino.”

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Imagens

Na época, importantes fotógrafos e cineastas do mundo estiveram em Portugal para captar imagens do processo revolucionário: Sebastião Salgado, Glauber Rocha, Robert Kramer, Dominique Issermann, Santiago Álvarez, Pea Holmquist, Jean Gaumy.

“Eu me identificava muito com esses artistas, pois foi assim que descobri Portugal. Vivi em São Paulo até 1974 e meu pai, jornalista, foi de repente para Lisboa, viver a revolução”, diz Tréfaut, que hoje desenvolve uma série de projetos, entre eles Incêndio, sobre a destruição do Museu Nacional, em 2018. “Caloroso e melancólico, Outro País é a denúncia da indiferença institucional portuguesa da época pelos arquivos com as melhores imagens da história de Portugal. O filme foi feito há 25 anos e alguma coisa melhorou. Alguns dos filmes foram desde então depositados na Cinemateca Portuguesa. Com as fotografias, é menos efetivo”.

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Responsável por A Noiva, sensação do último Festival de Veneza, Sérgio Tréfaut revisita o tempo de liberdade vivido por Portugal no documentário Outro País (rodado em 1999), que será exibido nesta terça-feira, 25, às 20h, na Cinemateca Brasileira, com ingresso gratuito. Justo no aniversário de 49 anos da Revolução dos Cravos. Com esse movimento, Portugal dava um basta ao governo ditatorial instituído por António de Oliveira Salazar. Radicado entre o Rio e a Europa, Tréfaut transitava pelo jornalismo à época em que foi analisar arquivos do processo revolucionário lusitano da década de 1970.

Cena do filme 'Outro País', de Sérgio Tréfaut, que será exibido na Cinemateca Brasileira.  Foto: Faux

Outro País foi realizado no fim da década de 1990, quando o governo conservador português da época desprezava o período revolucionário, que durou de abril de 1974 a novembro de 1975, e queria resumir tudo a um golpe de Estado militar, excluindo a participação de toda a sociedade no que foi um verdadeiro terremoto nacional”, diz Tréfaut ao Estadão. “Meu filme foi feito para mostrar como, durante quase dois anos, o país tinha explodido em todos os sentidos. Era uma panela de pressão que não aguentava mais ser contida. A participação popular foi importante em todos os setores: ocupações de casas, de fábricas, de terras. Para além do enquadramento político, todos queriam ser livres e donos do seu destino.”

Imagens

Na época, importantes fotógrafos e cineastas do mundo estiveram em Portugal para captar imagens do processo revolucionário: Sebastião Salgado, Glauber Rocha, Robert Kramer, Dominique Issermann, Santiago Álvarez, Pea Holmquist, Jean Gaumy.

“Eu me identificava muito com esses artistas, pois foi assim que descobri Portugal. Vivi em São Paulo até 1974 e meu pai, jornalista, foi de repente para Lisboa, viver a revolução”, diz Tréfaut, que hoje desenvolve uma série de projetos, entre eles Incêndio, sobre a destruição do Museu Nacional, em 2018. “Caloroso e melancólico, Outro País é a denúncia da indiferença institucional portuguesa da época pelos arquivos com as melhores imagens da história de Portugal. O filme foi feito há 25 anos e alguma coisa melhorou. Alguns dos filmes foram desde então depositados na Cinemateca Portuguesa. Com as fotografias, é menos efetivo”.

Responsável por A Noiva, sensação do último Festival de Veneza, Sérgio Tréfaut revisita o tempo de liberdade vivido por Portugal no documentário Outro País (rodado em 1999), que será exibido nesta terça-feira, 25, às 20h, na Cinemateca Brasileira, com ingresso gratuito. Justo no aniversário de 49 anos da Revolução dos Cravos. Com esse movimento, Portugal dava um basta ao governo ditatorial instituído por António de Oliveira Salazar. Radicado entre o Rio e a Europa, Tréfaut transitava pelo jornalismo à época em que foi analisar arquivos do processo revolucionário lusitano da década de 1970.

Cena do filme 'Outro País', de Sérgio Tréfaut, que será exibido na Cinemateca Brasileira.  Foto: Faux

Outro País foi realizado no fim da década de 1990, quando o governo conservador português da época desprezava o período revolucionário, que durou de abril de 1974 a novembro de 1975, e queria resumir tudo a um golpe de Estado militar, excluindo a participação de toda a sociedade no que foi um verdadeiro terremoto nacional”, diz Tréfaut ao Estadão. “Meu filme foi feito para mostrar como, durante quase dois anos, o país tinha explodido em todos os sentidos. Era uma panela de pressão que não aguentava mais ser contida. A participação popular foi importante em todos os setores: ocupações de casas, de fábricas, de terras. Para além do enquadramento político, todos queriam ser livres e donos do seu destino.”

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Na época, importantes fotógrafos e cineastas do mundo estiveram em Portugal para captar imagens do processo revolucionário: Sebastião Salgado, Glauber Rocha, Robert Kramer, Dominique Issermann, Santiago Álvarez, Pea Holmquist, Jean Gaumy.

“Eu me identificava muito com esses artistas, pois foi assim que descobri Portugal. Vivi em São Paulo até 1974 e meu pai, jornalista, foi de repente para Lisboa, viver a revolução”, diz Tréfaut, que hoje desenvolve uma série de projetos, entre eles Incêndio, sobre a destruição do Museu Nacional, em 2018. “Caloroso e melancólico, Outro País é a denúncia da indiferença institucional portuguesa da época pelos arquivos com as melhores imagens da história de Portugal. O filme foi feito há 25 anos e alguma coisa melhorou. Alguns dos filmes foram desde então depositados na Cinemateca Portuguesa. Com as fotografias, é menos efetivo”.

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