O controverso grupo por trás do Globo de Ouro aprovou uma oferta para colocar os renomados prêmios de cinema e televisão sob o controle de uma entidade com fins lucrativos controlada pelo bilionário norte-americano Todd Boehly, informou o grupo nesta quinta-feira, 28.
"Estamos dando este passo decisivo para transformar e nos adaptar ao ambiente econômico incrivelmente competitivo tanto para os prêmios quanto para o mercado de jornalismo", disse Helen Hoehne, presidente da Hollywood Foreign Press Association (HFPA), a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, que organiza o prêmio.
Composto por quase uma centena de jornalistas especializados que são vinculados a publicações no exterior, o HFPA tem sido atormentado por acusações de corrupção, racismo e conduta antiprofissional.
Isso levou os renomados prêmios a serem boicotados por Hollywood. Também a transmissão da premiação não foi levada ao ar pela NBC neste ano.
Boehly, que é dono de parte do time de beisebol Los Angeles Dodgers e do time de futebol inglês Chelsea, foi anteriormente diretor executivo responsável pelo grupo de imprensa e, nesta quinta-feira, seus membros votaram a proposta de um novo show a cargo de uma nova empresa privada e separados.
"Este é um momento histórico para o HFPA e para o Globo de Ouro", disse Hoehne.
O HFPA continuará como uma organização sem fins lucrativos, focada em esforços de caridade que foram amplamente financiados pelo Globo de Ouro.
Enquanto isso, a empresa de Boehly, chamada Eldridge Industries, criará uma empresa "autorizada a supervisionar a profissionalização e a modernização dos prêmios".
A votação de quinta-feira foi o ápice de meses de debate acalorado e revisão interna da oferta de Boehly e propostas alternativas.
Tradicionalmente, o Globo de Ouro só foi superado em publicidade e fama pelo Oscar da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.