Grego Kynodontas leva prêmio 'Um Certo Olhar' em Cannes


Heitor Dhalia, que concorria na categoria com 'À Deriva', afirma ter saido muito satisfeito de sua estreia

Por Flavia Guerra e correspondente de O Estado de S. Paulo

O filme grego Kynodontas (Dogtooth, ou Dente Canino), de Yorgos Lanthimos, levou neste sábado, 23, o prêmio de Melhor Filme da mostra Um Certo Olhar, no 62º Festival de Cannes. Kynodontas é um 'drama familiar' capaz de causar estranhamento até nas mais cinéfilas das plateias.

Veja também:

continua após a publicidade

 

Resumidamente, o filme contra a história de uma família cujos pais criam seus três filhos isolados do mundo, em uma espécie de gaiola dourada, uma grande e confortável casa cercada por altos muros. A família segue várias regras, no mínimo, esdrúxulas, como a de que ninguém jamais pode sair da casa. E se o fizer, será somente quando o dente canino cair. Ou seja, nunca.Tudo vai bem até que um elemento estranho (uma garota) entra na casa, e na vida desta família. É então que o desequilíbrio se estabelece. E a garota mais velha decide que quer que o tal do dente caia a qualquer custo. Grosso modo, Dogtooth poderia ser comparado a uma mistura cinematográfica de Saló com Teorema, com toques de Michael Haneke. É a nítida a opção do júri, presidido pelo diretor italiano Paolo Sorrentino, de optar pela experimentação e a capacidade do cinema de provocar, e causar estranhamento, ainda que visual e sensorial, na plateia. Se esta foi a intenção, Sorrentino (diretor de Il Divo, que ganhou o Premio do Júri no ano passado), acertou em cheio. À DerivaEnquanto a plateia brasileira aguardava a premiação da 'Um Certo Olhar', já que 'À Deriva' era 'nosso' candidato, o diretor Heitor Dhalia não ficou preocupado com uma possível premiação. " Estas decisões de festival são sempre imprevisíveis e imponderáveis. Sei que o que digo 'e um grande clichê, mas só de estar aqui já foi incrível ", declarou Dhalia.Dhalia, que vendeu 'À Deriva' para mais de uma dezena de países, ainda comemorou o sucesso do filme. " Minha carreira internacional começou agora. E muito forte. O filme teve ótima recepção. Foi vendido para o mundo todo. Além disso, fechei vários projetos futuros. Meu próximo filme, Serra Pelada, será filmado no começo do próximo ano e será uma coprodução da Celluloid Dreams Brasil e Paris."Dhalia, que 'lançou' em Cannes a Celluloid Dreams Brasil, uma parceria entre a Celluloid Dreams Paris, ainda conta com o interesse de produtores americanos e ingleses para seu futuro projeto. " Realmente, agora posso dizer que existo no mercado internacional de fato. Nunca tive um filme visto no mundo todo. Isso é muita felicidade para um diretor", completou Dhalia, cujo' A Deriva' estreia no Brasil em de julho.Levaram ainda outros prêmios os filmes Politist, Adjectiv (Prêmio do Júri), do romeno Corneliu Porumboiu; e Father of my Children (Prêmio Especial), de Mia Hansen-Love, e 'No One Knows About Persian Cats', do iraniano Bahman Ghobadi.

O filme grego Kynodontas (Dogtooth, ou Dente Canino), de Yorgos Lanthimos, levou neste sábado, 23, o prêmio de Melhor Filme da mostra Um Certo Olhar, no 62º Festival de Cannes. Kynodontas é um 'drama familiar' capaz de causar estranhamento até nas mais cinéfilas das plateias.

Veja também:

 

Resumidamente, o filme contra a história de uma família cujos pais criam seus três filhos isolados do mundo, em uma espécie de gaiola dourada, uma grande e confortável casa cercada por altos muros. A família segue várias regras, no mínimo, esdrúxulas, como a de que ninguém jamais pode sair da casa. E se o fizer, será somente quando o dente canino cair. Ou seja, nunca.Tudo vai bem até que um elemento estranho (uma garota) entra na casa, e na vida desta família. É então que o desequilíbrio se estabelece. E a garota mais velha decide que quer que o tal do dente caia a qualquer custo. Grosso modo, Dogtooth poderia ser comparado a uma mistura cinematográfica de Saló com Teorema, com toques de Michael Haneke. É a nítida a opção do júri, presidido pelo diretor italiano Paolo Sorrentino, de optar pela experimentação e a capacidade do cinema de provocar, e causar estranhamento, ainda que visual e sensorial, na plateia. Se esta foi a intenção, Sorrentino (diretor de Il Divo, que ganhou o Premio do Júri no ano passado), acertou em cheio. À DerivaEnquanto a plateia brasileira aguardava a premiação da 'Um Certo Olhar', já que 'À Deriva' era 'nosso' candidato, o diretor Heitor Dhalia não ficou preocupado com uma possível premiação. " Estas decisões de festival são sempre imprevisíveis e imponderáveis. Sei que o que digo 'e um grande clichê, mas só de estar aqui já foi incrível ", declarou Dhalia.Dhalia, que vendeu 'À Deriva' para mais de uma dezena de países, ainda comemorou o sucesso do filme. " Minha carreira internacional começou agora. E muito forte. O filme teve ótima recepção. Foi vendido para o mundo todo. Além disso, fechei vários projetos futuros. Meu próximo filme, Serra Pelada, será filmado no começo do próximo ano e será uma coprodução da Celluloid Dreams Brasil e Paris."Dhalia, que 'lançou' em Cannes a Celluloid Dreams Brasil, uma parceria entre a Celluloid Dreams Paris, ainda conta com o interesse de produtores americanos e ingleses para seu futuro projeto. " Realmente, agora posso dizer que existo no mercado internacional de fato. Nunca tive um filme visto no mundo todo. Isso é muita felicidade para um diretor", completou Dhalia, cujo' A Deriva' estreia no Brasil em de julho.Levaram ainda outros prêmios os filmes Politist, Adjectiv (Prêmio do Júri), do romeno Corneliu Porumboiu; e Father of my Children (Prêmio Especial), de Mia Hansen-Love, e 'No One Knows About Persian Cats', do iraniano Bahman Ghobadi.

O filme grego Kynodontas (Dogtooth, ou Dente Canino), de Yorgos Lanthimos, levou neste sábado, 23, o prêmio de Melhor Filme da mostra Um Certo Olhar, no 62º Festival de Cannes. Kynodontas é um 'drama familiar' capaz de causar estranhamento até nas mais cinéfilas das plateias.

Veja também:

 

Resumidamente, o filme contra a história de uma família cujos pais criam seus três filhos isolados do mundo, em uma espécie de gaiola dourada, uma grande e confortável casa cercada por altos muros. A família segue várias regras, no mínimo, esdrúxulas, como a de que ninguém jamais pode sair da casa. E se o fizer, será somente quando o dente canino cair. Ou seja, nunca.Tudo vai bem até que um elemento estranho (uma garota) entra na casa, e na vida desta família. É então que o desequilíbrio se estabelece. E a garota mais velha decide que quer que o tal do dente caia a qualquer custo. Grosso modo, Dogtooth poderia ser comparado a uma mistura cinematográfica de Saló com Teorema, com toques de Michael Haneke. É a nítida a opção do júri, presidido pelo diretor italiano Paolo Sorrentino, de optar pela experimentação e a capacidade do cinema de provocar, e causar estranhamento, ainda que visual e sensorial, na plateia. Se esta foi a intenção, Sorrentino (diretor de Il Divo, que ganhou o Premio do Júri no ano passado), acertou em cheio. À DerivaEnquanto a plateia brasileira aguardava a premiação da 'Um Certo Olhar', já que 'À Deriva' era 'nosso' candidato, o diretor Heitor Dhalia não ficou preocupado com uma possível premiação. " Estas decisões de festival são sempre imprevisíveis e imponderáveis. Sei que o que digo 'e um grande clichê, mas só de estar aqui já foi incrível ", declarou Dhalia.Dhalia, que vendeu 'À Deriva' para mais de uma dezena de países, ainda comemorou o sucesso do filme. " Minha carreira internacional começou agora. E muito forte. O filme teve ótima recepção. Foi vendido para o mundo todo. Além disso, fechei vários projetos futuros. Meu próximo filme, Serra Pelada, será filmado no começo do próximo ano e será uma coprodução da Celluloid Dreams Brasil e Paris."Dhalia, que 'lançou' em Cannes a Celluloid Dreams Brasil, uma parceria entre a Celluloid Dreams Paris, ainda conta com o interesse de produtores americanos e ingleses para seu futuro projeto. " Realmente, agora posso dizer que existo no mercado internacional de fato. Nunca tive um filme visto no mundo todo. Isso é muita felicidade para um diretor", completou Dhalia, cujo' A Deriva' estreia no Brasil em de julho.Levaram ainda outros prêmios os filmes Politist, Adjectiv (Prêmio do Júri), do romeno Corneliu Porumboiu; e Father of my Children (Prêmio Especial), de Mia Hansen-Love, e 'No One Knows About Persian Cats', do iraniano Bahman Ghobadi.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.