'Infiltrado na Klan', 'Sequestro Relâmpago' e 'Slam' estão entre as estreias da semana


Chegam aos cinemas nesta quinta, 22, ainda, 'A Voz do Silêncio', 'Excelentíssimos' e 'O Colar de Coralina', entre outros filmes; veja trailers

Por Luiz Carlos Merten e Luiz Zanin Oricchio

Entre as estreia do cinema nesta semana, destaque para o novo filme de Spike Lee, Infiltrado na Klan, que mostra policial negro que se infiltrou na organização racista Ku Klux Klan e se comunicava com o grupo por telefonemas e cartas, o longa nacional de suspense estrelado por Marina Ruy Barbosa e o documentário Slam, que trata de batalhas de poesia. Veja, ainda, o trailer de filmes que estreiam nesta quinta, 22.

POLICIALInfiltrado na Klan   (EUA/2018, 128 min.)Dir. Spike Lee. Com John David Washington, Adam Driver, Laura Harrier, Topher Grace, Alec Baldwin  

Adam Driver e John DavidWashington vivem dois policiais Foto: Universal Pictures
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Spike Lee acerta contas com Hollywood

Numa longa entrevista à revista 'Film Comment', Spike Lee explicou que se devia, como cineasta e cidadão, o longa 'Infiltrado na Klan', que estreia nesta quinta, 22, depois de haver sido premiado em Cannes, em maio, e passar pela Mostra e pelo Festival do Rio. 'Infiltrado na Klan' pega carona na estética dos ‘blaxploitation movies’ dos anos 1970 para contar a história (real) de Ron Stallworth, jovem negro do Colorado cujo sonho era ser policial.

Interpretado por John David Washington, ele se habilita a uma vaga e enfrenta o racismo nada velado de muitos de seus companheiros brancos. Num gesto ousado, consegue se infiltrar na organização racista Ku Klux Klan, chamando, pelo telefone, a atenção do principal dirigente da organização. Só que, para aparecer, Ron precisa da cumplicidade de um colega branco que será seu alter ego. É o judeu Flip Zimmermann, interpretado por Adam Driver.

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Spike Lee tem sido guerreiro na discussão da representatividade negra na produção de Hollywood. O caso de 'Infiltrado na Klan' não deixa de ser especial, porque o filme foi produzido por Jordan Peele, o cineasta, também negro, ‘oscarizado’ de 'Corra!'. O filme atravessa a história norte-americana cheio de referências a Panteras Negras e aos filmes com elenco e diretores ‘black’ que marcaram os 1970 (e fizeram a cabeça de diretores brancos como Quentin Tarantino).

A frase que abre esse texto exige explicação. Spike Lee explica que Hollywood e seus mestres ‘brancos’ não apenas distorceram a história como fizeram com que negros, indígenas, etc, crescessem sentindo-se de segunda classe. “F... John Ford, f... John Wayne. Eles até tentaram se redimir fazendo filmes antirracistas como 'Rastros de Ódio', mas o mal estava feito. Infiltrado na Klan é sobre nossa luta (de negros) por igualdade e respeito. Ninguém dá isso a você. É preciso lutar. E, por isso, a luta continua.” / LUIZ CARLOS MERTEN

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DRAMA A Voz do Silêncio  (Brasil/2018, 75 min.) Dir. André Ristum. Com Marieta Severo, Ricardo Merkin, Arlindo LopesSolidão urbana num melodrama de histórias cruzadas

André Ristum passou seus verdes anos na Itália, admirando grandes diretores como Luchino Visconti e Bernardo Bertolucci (de quem foi assistente em 'Beleza Roubada', de 1995). Não admira que seja atraído pelo melodrama, mesmo que não seja o tradicional, do norte-americano Douglas Sirk.

O novo filme do diretor, que estreia nesta quinta, 22, é o mais belo que ele fez. É pouco elogio para as muitas virtudes de 'A Voz do Silêncio'. Em entrevista ao Estado, Ristum contou que o filme nasceu da observação de pessoas. Histórias reais – de vizinhos, pessoas que ele observava na rua, no restaurante, na espera do cinema.

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Destinos cruzados, a solidão na cidade grande. A mãe que rejeitou o filho gay, o filho que se isola no trabalho, a corretora de imóveis que não consegue vender nada, seu pai radialista que está morrendo, o sushiman que quer ser advogado, a aspirante a cantora obrigada a dançar num cabaré de segunda para sobreviver, etc. O nome de Marieta Severo puxa o elenco. Há um eclipse. O plano-sequência do desfecho, que junta todas as tramas, é brilhante. Estética e humanamente. / L.C.M.

DRAMA Sequestro Relâmpago (Brasil, 2017, 90 min.) Dir. Tata Amaral. Com Marina Ruy Barbosa, Daniel Rocha, Sidney Santiago

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Noite de pânico pelas quebradas paulistanas 

Em 'Sequestro Relâmpago', Tata Amaral monta seu cenário do caos urbano através de uma das modalidades mais frequentes e temidas do crime, aquela em que os bandidos sequestram a vítima e a obrigam a tirar dinheiro do caixa eletrônico. No caso, Isabel (Marina Ruy Barbosa) que, ao sair de um barzinho para pegar o carro, é abordada e levada por dois jovens, Matheus (Sidney Santiago) e Japonês (Daniel Rocha).

A ideia não é tão nova. Trata-se de acompanhar a ação de bandidos amadores, que se atrapalham com o crime e põem tudo em risco – inclusive suas vidas e a da vítima. 

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Pinta também uma espécie de Síndrome de Estocolmo à brasileira, aquela em que a vítima acaba por simpatizar com os sequestradores. Cheia de peripécias, a trama encontra ponto forte na radiografia da noite paulistana, em suas quebradas periféricas. Muito bem filmado, 'Sequestro Relâmpago' ressente-se de uma pulsação cinematográfica mais marcante, uma urgência que seria de esperar nas situações que retrata. Mas é bom filme. / LUIZ ZANIN ORICCHIO

DOCUMENTÁRIO Slam – Voz de Levante  (Brasil, EUA/2017, 104 min.). Dir. Tatiana Lohmann. Com Roberta Estrela D’AlvaVoz marcante que vem das periferias do mundo 

Poetry Slam nasceu em Chicago nos anos 1980 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Chegou também aqui, e com muita força, como mostra este 'Slam – Voz de Levante', de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela d’Alva. Roberta, além de diretora, é também a mestra de cerimônias desse filme vigoroso e que apresenta essa modalidade de expressão das periferias do mundo. A poesia improvisada no ritmo do rap dá uma dinâmica muito interessante ao filme. 

Sua linha de ação cimenta-se nesse ponto, a integração dinâmica entre o que retrata e a própria linguagem do documentário. Desse modo, pode retraçar as origens e desenvolvimentos de uma modalidade artística que se desenvolve sem parar, filmá-la no Brasil, mas também na França e nos Estados Unidos, sem perder jamais o ritmo, o interesse e o balanço. Com essa pulsação, o filme pode interessar a um público além dos já convertidos. É bastante sedutor em sua apresentação de uma manifestação poética e musical fora dos padrões oficiais, e, por isso mesmo, veículo das carências e contestações de quem tem muito o que dizer e não tem papas na língua. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO Excelentíssimos  (Brasil/2018, 100 min.) Dir. Douglas Duarte ‘Excelentíssimos’, um drama nacional

'Excelentíssimos', documentário do diretor carioca Douglas Duarte, acompanha os bastidores do Congresso ao longo do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Filme revê uma das páginas mais polêmicas da política nacional e é, sem dúvida, necessário e didático. / L.Z.O.

DRAMA O Colar de Coralina  (Brasil/2018, 77 min.) Dir. Reginaldo Gontijo. Com Letícia Sabatella, Rebeca VasconcelosO mundo infantil de Cora Coralina 

O ar démodé dá certo encanto à fábula infantil baseada na vida da poeta goiana Cora Coralina. Na história, a menina sensível teme quebrar um prato de porcelana, herança da bisavó. Há um jogo de fantasia e recursos de animação interessantes num filme no entanto ingênuo demais. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO O Fantástico Patinho Feio  (Brasil/2017, 74 min.) Dir. Denilson Félix. Com Alex Dias Ribeiro, Emerson Fitip, Helládio ToledoO patinho feio do automobilismo 

Nos anos 1960 quatro rapazes construíram na garagem um carro de corridas e conseguiram chegar em segundo lugar nas 500 milhas de Brasília, derrotando várias equipes internacionais. A história é ótima. Com uma elaboração cinematográfica melhor o filme seria inesquecível. / L.Z.O. 

DRAMA Po / A Boy Called Po (EUA/2018, 95 min.) Dir. John Asher. Com Julian Feder, Christopher Gorham‘Po’, dilema entre a fantasia e a realidade

Um pouco menos de melodrama daria outra consistência a 'Po', filme de John Asher. Ele fala de um garotinho diagnosticado como autista, que sofre com a morte prematura da mãe. O pai não sabe como lidar com o menino e com as exigências profissionais. Drama familiar bem-intencionado. / L.Z.O. 

SUSPENSE Refém do Jogo / Final Score  (EUA/ 2018, 104 min.) Dir. Scott Mann. Com Dave Bautista, Pierce Brosnan, Julian Cheung‘Refém do jogo’ fala de sequestro coletivo

Durante um evento esportivo, um grupo de bandidos sequestra toda a plateia do estádio. Mas os malfeitores não imaginam que entre os espectadores há um tipo que recebeu instrução militar e não está a fim de deixar o caso barato. O filme é dirigido por Scott Mann e tem Pierce Brosnan no elenco. 

TERROR Parque do Inferno / Hell Fest  (EUA/2018, 89 min.) Dir. Gregory Plotkin. Com Amy Forsyth, Reign Edwards, Bex Taylor-Klaus

Parque do Inferno’ é bem sanguinolento

Como toda semana, esta também tem o seu terror, e ele é bem sanguinolento. 'Parque do Inferno' passa-se num parque temático de terror, durante o Halloween. Aparece um assassino mascarado que todo mundo pensa ser parte da diversão, mas é um psicopata que mata de verdade. Pânico, e salve-se quem puder. 

Entre as estreia do cinema nesta semana, destaque para o novo filme de Spike Lee, Infiltrado na Klan, que mostra policial negro que se infiltrou na organização racista Ku Klux Klan e se comunicava com o grupo por telefonemas e cartas, o longa nacional de suspense estrelado por Marina Ruy Barbosa e o documentário Slam, que trata de batalhas de poesia. Veja, ainda, o trailer de filmes que estreiam nesta quinta, 22.

POLICIALInfiltrado na Klan   (EUA/2018, 128 min.)Dir. Spike Lee. Com John David Washington, Adam Driver, Laura Harrier, Topher Grace, Alec Baldwin  

Adam Driver e John DavidWashington vivem dois policiais Foto: Universal Pictures

Spike Lee acerta contas com Hollywood

Numa longa entrevista à revista 'Film Comment', Spike Lee explicou que se devia, como cineasta e cidadão, o longa 'Infiltrado na Klan', que estreia nesta quinta, 22, depois de haver sido premiado em Cannes, em maio, e passar pela Mostra e pelo Festival do Rio. 'Infiltrado na Klan' pega carona na estética dos ‘blaxploitation movies’ dos anos 1970 para contar a história (real) de Ron Stallworth, jovem negro do Colorado cujo sonho era ser policial.

Interpretado por John David Washington, ele se habilita a uma vaga e enfrenta o racismo nada velado de muitos de seus companheiros brancos. Num gesto ousado, consegue se infiltrar na organização racista Ku Klux Klan, chamando, pelo telefone, a atenção do principal dirigente da organização. Só que, para aparecer, Ron precisa da cumplicidade de um colega branco que será seu alter ego. É o judeu Flip Zimmermann, interpretado por Adam Driver.

Spike Lee tem sido guerreiro na discussão da representatividade negra na produção de Hollywood. O caso de 'Infiltrado na Klan' não deixa de ser especial, porque o filme foi produzido por Jordan Peele, o cineasta, também negro, ‘oscarizado’ de 'Corra!'. O filme atravessa a história norte-americana cheio de referências a Panteras Negras e aos filmes com elenco e diretores ‘black’ que marcaram os 1970 (e fizeram a cabeça de diretores brancos como Quentin Tarantino).

A frase que abre esse texto exige explicação. Spike Lee explica que Hollywood e seus mestres ‘brancos’ não apenas distorceram a história como fizeram com que negros, indígenas, etc, crescessem sentindo-se de segunda classe. “F... John Ford, f... John Wayne. Eles até tentaram se redimir fazendo filmes antirracistas como 'Rastros de Ódio', mas o mal estava feito. Infiltrado na Klan é sobre nossa luta (de negros) por igualdade e respeito. Ninguém dá isso a você. É preciso lutar. E, por isso, a luta continua.” / LUIZ CARLOS MERTEN

DRAMA A Voz do Silêncio  (Brasil/2018, 75 min.) Dir. André Ristum. Com Marieta Severo, Ricardo Merkin, Arlindo LopesSolidão urbana num melodrama de histórias cruzadas

André Ristum passou seus verdes anos na Itália, admirando grandes diretores como Luchino Visconti e Bernardo Bertolucci (de quem foi assistente em 'Beleza Roubada', de 1995). Não admira que seja atraído pelo melodrama, mesmo que não seja o tradicional, do norte-americano Douglas Sirk.

O novo filme do diretor, que estreia nesta quinta, 22, é o mais belo que ele fez. É pouco elogio para as muitas virtudes de 'A Voz do Silêncio'. Em entrevista ao Estado, Ristum contou que o filme nasceu da observação de pessoas. Histórias reais – de vizinhos, pessoas que ele observava na rua, no restaurante, na espera do cinema.

Destinos cruzados, a solidão na cidade grande. A mãe que rejeitou o filho gay, o filho que se isola no trabalho, a corretora de imóveis que não consegue vender nada, seu pai radialista que está morrendo, o sushiman que quer ser advogado, a aspirante a cantora obrigada a dançar num cabaré de segunda para sobreviver, etc. O nome de Marieta Severo puxa o elenco. Há um eclipse. O plano-sequência do desfecho, que junta todas as tramas, é brilhante. Estética e humanamente. / L.C.M.

DRAMA Sequestro Relâmpago (Brasil, 2017, 90 min.) Dir. Tata Amaral. Com Marina Ruy Barbosa, Daniel Rocha, Sidney Santiago

Noite de pânico pelas quebradas paulistanas 

Em 'Sequestro Relâmpago', Tata Amaral monta seu cenário do caos urbano através de uma das modalidades mais frequentes e temidas do crime, aquela em que os bandidos sequestram a vítima e a obrigam a tirar dinheiro do caixa eletrônico. No caso, Isabel (Marina Ruy Barbosa) que, ao sair de um barzinho para pegar o carro, é abordada e levada por dois jovens, Matheus (Sidney Santiago) e Japonês (Daniel Rocha).

A ideia não é tão nova. Trata-se de acompanhar a ação de bandidos amadores, que se atrapalham com o crime e põem tudo em risco – inclusive suas vidas e a da vítima. 

Pinta também uma espécie de Síndrome de Estocolmo à brasileira, aquela em que a vítima acaba por simpatizar com os sequestradores. Cheia de peripécias, a trama encontra ponto forte na radiografia da noite paulistana, em suas quebradas periféricas. Muito bem filmado, 'Sequestro Relâmpago' ressente-se de uma pulsação cinematográfica mais marcante, uma urgência que seria de esperar nas situações que retrata. Mas é bom filme. / LUIZ ZANIN ORICCHIO

DOCUMENTÁRIO Slam – Voz de Levante  (Brasil, EUA/2017, 104 min.). Dir. Tatiana Lohmann. Com Roberta Estrela D’AlvaVoz marcante que vem das periferias do mundo 

Poetry Slam nasceu em Chicago nos anos 1980 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Chegou também aqui, e com muita força, como mostra este 'Slam – Voz de Levante', de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela d’Alva. Roberta, além de diretora, é também a mestra de cerimônias desse filme vigoroso e que apresenta essa modalidade de expressão das periferias do mundo. A poesia improvisada no ritmo do rap dá uma dinâmica muito interessante ao filme. 

Sua linha de ação cimenta-se nesse ponto, a integração dinâmica entre o que retrata e a própria linguagem do documentário. Desse modo, pode retraçar as origens e desenvolvimentos de uma modalidade artística que se desenvolve sem parar, filmá-la no Brasil, mas também na França e nos Estados Unidos, sem perder jamais o ritmo, o interesse e o balanço. Com essa pulsação, o filme pode interessar a um público além dos já convertidos. É bastante sedutor em sua apresentação de uma manifestação poética e musical fora dos padrões oficiais, e, por isso mesmo, veículo das carências e contestações de quem tem muito o que dizer e não tem papas na língua. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO Excelentíssimos  (Brasil/2018, 100 min.) Dir. Douglas Duarte ‘Excelentíssimos’, um drama nacional

'Excelentíssimos', documentário do diretor carioca Douglas Duarte, acompanha os bastidores do Congresso ao longo do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Filme revê uma das páginas mais polêmicas da política nacional e é, sem dúvida, necessário e didático. / L.Z.O.

DRAMA O Colar de Coralina  (Brasil/2018, 77 min.) Dir. Reginaldo Gontijo. Com Letícia Sabatella, Rebeca VasconcelosO mundo infantil de Cora Coralina 

O ar démodé dá certo encanto à fábula infantil baseada na vida da poeta goiana Cora Coralina. Na história, a menina sensível teme quebrar um prato de porcelana, herança da bisavó. Há um jogo de fantasia e recursos de animação interessantes num filme no entanto ingênuo demais. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO O Fantástico Patinho Feio  (Brasil/2017, 74 min.) Dir. Denilson Félix. Com Alex Dias Ribeiro, Emerson Fitip, Helládio ToledoO patinho feio do automobilismo 

Nos anos 1960 quatro rapazes construíram na garagem um carro de corridas e conseguiram chegar em segundo lugar nas 500 milhas de Brasília, derrotando várias equipes internacionais. A história é ótima. Com uma elaboração cinematográfica melhor o filme seria inesquecível. / L.Z.O. 

DRAMA Po / A Boy Called Po (EUA/2018, 95 min.) Dir. John Asher. Com Julian Feder, Christopher Gorham‘Po’, dilema entre a fantasia e a realidade

Um pouco menos de melodrama daria outra consistência a 'Po', filme de John Asher. Ele fala de um garotinho diagnosticado como autista, que sofre com a morte prematura da mãe. O pai não sabe como lidar com o menino e com as exigências profissionais. Drama familiar bem-intencionado. / L.Z.O. 

SUSPENSE Refém do Jogo / Final Score  (EUA/ 2018, 104 min.) Dir. Scott Mann. Com Dave Bautista, Pierce Brosnan, Julian Cheung‘Refém do jogo’ fala de sequestro coletivo

Durante um evento esportivo, um grupo de bandidos sequestra toda a plateia do estádio. Mas os malfeitores não imaginam que entre os espectadores há um tipo que recebeu instrução militar e não está a fim de deixar o caso barato. O filme é dirigido por Scott Mann e tem Pierce Brosnan no elenco. 

TERROR Parque do Inferno / Hell Fest  (EUA/2018, 89 min.) Dir. Gregory Plotkin. Com Amy Forsyth, Reign Edwards, Bex Taylor-Klaus

Parque do Inferno’ é bem sanguinolento

Como toda semana, esta também tem o seu terror, e ele é bem sanguinolento. 'Parque do Inferno' passa-se num parque temático de terror, durante o Halloween. Aparece um assassino mascarado que todo mundo pensa ser parte da diversão, mas é um psicopata que mata de verdade. Pânico, e salve-se quem puder. 

Entre as estreia do cinema nesta semana, destaque para o novo filme de Spike Lee, Infiltrado na Klan, que mostra policial negro que se infiltrou na organização racista Ku Klux Klan e se comunicava com o grupo por telefonemas e cartas, o longa nacional de suspense estrelado por Marina Ruy Barbosa e o documentário Slam, que trata de batalhas de poesia. Veja, ainda, o trailer de filmes que estreiam nesta quinta, 22.

POLICIALInfiltrado na Klan   (EUA/2018, 128 min.)Dir. Spike Lee. Com John David Washington, Adam Driver, Laura Harrier, Topher Grace, Alec Baldwin  

Adam Driver e John DavidWashington vivem dois policiais Foto: Universal Pictures

Spike Lee acerta contas com Hollywood

Numa longa entrevista à revista 'Film Comment', Spike Lee explicou que se devia, como cineasta e cidadão, o longa 'Infiltrado na Klan', que estreia nesta quinta, 22, depois de haver sido premiado em Cannes, em maio, e passar pela Mostra e pelo Festival do Rio. 'Infiltrado na Klan' pega carona na estética dos ‘blaxploitation movies’ dos anos 1970 para contar a história (real) de Ron Stallworth, jovem negro do Colorado cujo sonho era ser policial.

Interpretado por John David Washington, ele se habilita a uma vaga e enfrenta o racismo nada velado de muitos de seus companheiros brancos. Num gesto ousado, consegue se infiltrar na organização racista Ku Klux Klan, chamando, pelo telefone, a atenção do principal dirigente da organização. Só que, para aparecer, Ron precisa da cumplicidade de um colega branco que será seu alter ego. É o judeu Flip Zimmermann, interpretado por Adam Driver.

Spike Lee tem sido guerreiro na discussão da representatividade negra na produção de Hollywood. O caso de 'Infiltrado na Klan' não deixa de ser especial, porque o filme foi produzido por Jordan Peele, o cineasta, também negro, ‘oscarizado’ de 'Corra!'. O filme atravessa a história norte-americana cheio de referências a Panteras Negras e aos filmes com elenco e diretores ‘black’ que marcaram os 1970 (e fizeram a cabeça de diretores brancos como Quentin Tarantino).

A frase que abre esse texto exige explicação. Spike Lee explica que Hollywood e seus mestres ‘brancos’ não apenas distorceram a história como fizeram com que negros, indígenas, etc, crescessem sentindo-se de segunda classe. “F... John Ford, f... John Wayne. Eles até tentaram se redimir fazendo filmes antirracistas como 'Rastros de Ódio', mas o mal estava feito. Infiltrado na Klan é sobre nossa luta (de negros) por igualdade e respeito. Ninguém dá isso a você. É preciso lutar. E, por isso, a luta continua.” / LUIZ CARLOS MERTEN

DRAMA A Voz do Silêncio  (Brasil/2018, 75 min.) Dir. André Ristum. Com Marieta Severo, Ricardo Merkin, Arlindo LopesSolidão urbana num melodrama de histórias cruzadas

André Ristum passou seus verdes anos na Itália, admirando grandes diretores como Luchino Visconti e Bernardo Bertolucci (de quem foi assistente em 'Beleza Roubada', de 1995). Não admira que seja atraído pelo melodrama, mesmo que não seja o tradicional, do norte-americano Douglas Sirk.

O novo filme do diretor, que estreia nesta quinta, 22, é o mais belo que ele fez. É pouco elogio para as muitas virtudes de 'A Voz do Silêncio'. Em entrevista ao Estado, Ristum contou que o filme nasceu da observação de pessoas. Histórias reais – de vizinhos, pessoas que ele observava na rua, no restaurante, na espera do cinema.

Destinos cruzados, a solidão na cidade grande. A mãe que rejeitou o filho gay, o filho que se isola no trabalho, a corretora de imóveis que não consegue vender nada, seu pai radialista que está morrendo, o sushiman que quer ser advogado, a aspirante a cantora obrigada a dançar num cabaré de segunda para sobreviver, etc. O nome de Marieta Severo puxa o elenco. Há um eclipse. O plano-sequência do desfecho, que junta todas as tramas, é brilhante. Estética e humanamente. / L.C.M.

DRAMA Sequestro Relâmpago (Brasil, 2017, 90 min.) Dir. Tata Amaral. Com Marina Ruy Barbosa, Daniel Rocha, Sidney Santiago

Noite de pânico pelas quebradas paulistanas 

Em 'Sequestro Relâmpago', Tata Amaral monta seu cenário do caos urbano através de uma das modalidades mais frequentes e temidas do crime, aquela em que os bandidos sequestram a vítima e a obrigam a tirar dinheiro do caixa eletrônico. No caso, Isabel (Marina Ruy Barbosa) que, ao sair de um barzinho para pegar o carro, é abordada e levada por dois jovens, Matheus (Sidney Santiago) e Japonês (Daniel Rocha).

A ideia não é tão nova. Trata-se de acompanhar a ação de bandidos amadores, que se atrapalham com o crime e põem tudo em risco – inclusive suas vidas e a da vítima. 

Pinta também uma espécie de Síndrome de Estocolmo à brasileira, aquela em que a vítima acaba por simpatizar com os sequestradores. Cheia de peripécias, a trama encontra ponto forte na radiografia da noite paulistana, em suas quebradas periféricas. Muito bem filmado, 'Sequestro Relâmpago' ressente-se de uma pulsação cinematográfica mais marcante, uma urgência que seria de esperar nas situações que retrata. Mas é bom filme. / LUIZ ZANIN ORICCHIO

DOCUMENTÁRIO Slam – Voz de Levante  (Brasil, EUA/2017, 104 min.). Dir. Tatiana Lohmann. Com Roberta Estrela D’AlvaVoz marcante que vem das periferias do mundo 

Poetry Slam nasceu em Chicago nos anos 1980 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Chegou também aqui, e com muita força, como mostra este 'Slam – Voz de Levante', de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela d’Alva. Roberta, além de diretora, é também a mestra de cerimônias desse filme vigoroso e que apresenta essa modalidade de expressão das periferias do mundo. A poesia improvisada no ritmo do rap dá uma dinâmica muito interessante ao filme. 

Sua linha de ação cimenta-se nesse ponto, a integração dinâmica entre o que retrata e a própria linguagem do documentário. Desse modo, pode retraçar as origens e desenvolvimentos de uma modalidade artística que se desenvolve sem parar, filmá-la no Brasil, mas também na França e nos Estados Unidos, sem perder jamais o ritmo, o interesse e o balanço. Com essa pulsação, o filme pode interessar a um público além dos já convertidos. É bastante sedutor em sua apresentação de uma manifestação poética e musical fora dos padrões oficiais, e, por isso mesmo, veículo das carências e contestações de quem tem muito o que dizer e não tem papas na língua. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO Excelentíssimos  (Brasil/2018, 100 min.) Dir. Douglas Duarte ‘Excelentíssimos’, um drama nacional

'Excelentíssimos', documentário do diretor carioca Douglas Duarte, acompanha os bastidores do Congresso ao longo do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Filme revê uma das páginas mais polêmicas da política nacional e é, sem dúvida, necessário e didático. / L.Z.O.

DRAMA O Colar de Coralina  (Brasil/2018, 77 min.) Dir. Reginaldo Gontijo. Com Letícia Sabatella, Rebeca VasconcelosO mundo infantil de Cora Coralina 

O ar démodé dá certo encanto à fábula infantil baseada na vida da poeta goiana Cora Coralina. Na história, a menina sensível teme quebrar um prato de porcelana, herança da bisavó. Há um jogo de fantasia e recursos de animação interessantes num filme no entanto ingênuo demais. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO O Fantástico Patinho Feio  (Brasil/2017, 74 min.) Dir. Denilson Félix. Com Alex Dias Ribeiro, Emerson Fitip, Helládio ToledoO patinho feio do automobilismo 

Nos anos 1960 quatro rapazes construíram na garagem um carro de corridas e conseguiram chegar em segundo lugar nas 500 milhas de Brasília, derrotando várias equipes internacionais. A história é ótima. Com uma elaboração cinematográfica melhor o filme seria inesquecível. / L.Z.O. 

DRAMA Po / A Boy Called Po (EUA/2018, 95 min.) Dir. John Asher. Com Julian Feder, Christopher Gorham‘Po’, dilema entre a fantasia e a realidade

Um pouco menos de melodrama daria outra consistência a 'Po', filme de John Asher. Ele fala de um garotinho diagnosticado como autista, que sofre com a morte prematura da mãe. O pai não sabe como lidar com o menino e com as exigências profissionais. Drama familiar bem-intencionado. / L.Z.O. 

SUSPENSE Refém do Jogo / Final Score  (EUA/ 2018, 104 min.) Dir. Scott Mann. Com Dave Bautista, Pierce Brosnan, Julian Cheung‘Refém do jogo’ fala de sequestro coletivo

Durante um evento esportivo, um grupo de bandidos sequestra toda a plateia do estádio. Mas os malfeitores não imaginam que entre os espectadores há um tipo que recebeu instrução militar e não está a fim de deixar o caso barato. O filme é dirigido por Scott Mann e tem Pierce Brosnan no elenco. 

TERROR Parque do Inferno / Hell Fest  (EUA/2018, 89 min.) Dir. Gregory Plotkin. Com Amy Forsyth, Reign Edwards, Bex Taylor-Klaus

Parque do Inferno’ é bem sanguinolento

Como toda semana, esta também tem o seu terror, e ele é bem sanguinolento. 'Parque do Inferno' passa-se num parque temático de terror, durante o Halloween. Aparece um assassino mascarado que todo mundo pensa ser parte da diversão, mas é um psicopata que mata de verdade. Pânico, e salve-se quem puder. 

Entre as estreia do cinema nesta semana, destaque para o novo filme de Spike Lee, Infiltrado na Klan, que mostra policial negro que se infiltrou na organização racista Ku Klux Klan e se comunicava com o grupo por telefonemas e cartas, o longa nacional de suspense estrelado por Marina Ruy Barbosa e o documentário Slam, que trata de batalhas de poesia. Veja, ainda, o trailer de filmes que estreiam nesta quinta, 22.

POLICIALInfiltrado na Klan   (EUA/2018, 128 min.)Dir. Spike Lee. Com John David Washington, Adam Driver, Laura Harrier, Topher Grace, Alec Baldwin  

Adam Driver e John DavidWashington vivem dois policiais Foto: Universal Pictures

Spike Lee acerta contas com Hollywood

Numa longa entrevista à revista 'Film Comment', Spike Lee explicou que se devia, como cineasta e cidadão, o longa 'Infiltrado na Klan', que estreia nesta quinta, 22, depois de haver sido premiado em Cannes, em maio, e passar pela Mostra e pelo Festival do Rio. 'Infiltrado na Klan' pega carona na estética dos ‘blaxploitation movies’ dos anos 1970 para contar a história (real) de Ron Stallworth, jovem negro do Colorado cujo sonho era ser policial.

Interpretado por John David Washington, ele se habilita a uma vaga e enfrenta o racismo nada velado de muitos de seus companheiros brancos. Num gesto ousado, consegue se infiltrar na organização racista Ku Klux Klan, chamando, pelo telefone, a atenção do principal dirigente da organização. Só que, para aparecer, Ron precisa da cumplicidade de um colega branco que será seu alter ego. É o judeu Flip Zimmermann, interpretado por Adam Driver.

Spike Lee tem sido guerreiro na discussão da representatividade negra na produção de Hollywood. O caso de 'Infiltrado na Klan' não deixa de ser especial, porque o filme foi produzido por Jordan Peele, o cineasta, também negro, ‘oscarizado’ de 'Corra!'. O filme atravessa a história norte-americana cheio de referências a Panteras Negras e aos filmes com elenco e diretores ‘black’ que marcaram os 1970 (e fizeram a cabeça de diretores brancos como Quentin Tarantino).

A frase que abre esse texto exige explicação. Spike Lee explica que Hollywood e seus mestres ‘brancos’ não apenas distorceram a história como fizeram com que negros, indígenas, etc, crescessem sentindo-se de segunda classe. “F... John Ford, f... John Wayne. Eles até tentaram se redimir fazendo filmes antirracistas como 'Rastros de Ódio', mas o mal estava feito. Infiltrado na Klan é sobre nossa luta (de negros) por igualdade e respeito. Ninguém dá isso a você. É preciso lutar. E, por isso, a luta continua.” / LUIZ CARLOS MERTEN

DRAMA A Voz do Silêncio  (Brasil/2018, 75 min.) Dir. André Ristum. Com Marieta Severo, Ricardo Merkin, Arlindo LopesSolidão urbana num melodrama de histórias cruzadas

André Ristum passou seus verdes anos na Itália, admirando grandes diretores como Luchino Visconti e Bernardo Bertolucci (de quem foi assistente em 'Beleza Roubada', de 1995). Não admira que seja atraído pelo melodrama, mesmo que não seja o tradicional, do norte-americano Douglas Sirk.

O novo filme do diretor, que estreia nesta quinta, 22, é o mais belo que ele fez. É pouco elogio para as muitas virtudes de 'A Voz do Silêncio'. Em entrevista ao Estado, Ristum contou que o filme nasceu da observação de pessoas. Histórias reais – de vizinhos, pessoas que ele observava na rua, no restaurante, na espera do cinema.

Destinos cruzados, a solidão na cidade grande. A mãe que rejeitou o filho gay, o filho que se isola no trabalho, a corretora de imóveis que não consegue vender nada, seu pai radialista que está morrendo, o sushiman que quer ser advogado, a aspirante a cantora obrigada a dançar num cabaré de segunda para sobreviver, etc. O nome de Marieta Severo puxa o elenco. Há um eclipse. O plano-sequência do desfecho, que junta todas as tramas, é brilhante. Estética e humanamente. / L.C.M.

DRAMA Sequestro Relâmpago (Brasil, 2017, 90 min.) Dir. Tata Amaral. Com Marina Ruy Barbosa, Daniel Rocha, Sidney Santiago

Noite de pânico pelas quebradas paulistanas 

Em 'Sequestro Relâmpago', Tata Amaral monta seu cenário do caos urbano através de uma das modalidades mais frequentes e temidas do crime, aquela em que os bandidos sequestram a vítima e a obrigam a tirar dinheiro do caixa eletrônico. No caso, Isabel (Marina Ruy Barbosa) que, ao sair de um barzinho para pegar o carro, é abordada e levada por dois jovens, Matheus (Sidney Santiago) e Japonês (Daniel Rocha).

A ideia não é tão nova. Trata-se de acompanhar a ação de bandidos amadores, que se atrapalham com o crime e põem tudo em risco – inclusive suas vidas e a da vítima. 

Pinta também uma espécie de Síndrome de Estocolmo à brasileira, aquela em que a vítima acaba por simpatizar com os sequestradores. Cheia de peripécias, a trama encontra ponto forte na radiografia da noite paulistana, em suas quebradas periféricas. Muito bem filmado, 'Sequestro Relâmpago' ressente-se de uma pulsação cinematográfica mais marcante, uma urgência que seria de esperar nas situações que retrata. Mas é bom filme. / LUIZ ZANIN ORICCHIO

DOCUMENTÁRIO Slam – Voz de Levante  (Brasil, EUA/2017, 104 min.). Dir. Tatiana Lohmann. Com Roberta Estrela D’AlvaVoz marcante que vem das periferias do mundo 

Poetry Slam nasceu em Chicago nos anos 1980 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Chegou também aqui, e com muita força, como mostra este 'Slam – Voz de Levante', de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela d’Alva. Roberta, além de diretora, é também a mestra de cerimônias desse filme vigoroso e que apresenta essa modalidade de expressão das periferias do mundo. A poesia improvisada no ritmo do rap dá uma dinâmica muito interessante ao filme. 

Sua linha de ação cimenta-se nesse ponto, a integração dinâmica entre o que retrata e a própria linguagem do documentário. Desse modo, pode retraçar as origens e desenvolvimentos de uma modalidade artística que se desenvolve sem parar, filmá-la no Brasil, mas também na França e nos Estados Unidos, sem perder jamais o ritmo, o interesse e o balanço. Com essa pulsação, o filme pode interessar a um público além dos já convertidos. É bastante sedutor em sua apresentação de uma manifestação poética e musical fora dos padrões oficiais, e, por isso mesmo, veículo das carências e contestações de quem tem muito o que dizer e não tem papas na língua. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO Excelentíssimos  (Brasil/2018, 100 min.) Dir. Douglas Duarte ‘Excelentíssimos’, um drama nacional

'Excelentíssimos', documentário do diretor carioca Douglas Duarte, acompanha os bastidores do Congresso ao longo do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Filme revê uma das páginas mais polêmicas da política nacional e é, sem dúvida, necessário e didático. / L.Z.O.

DRAMA O Colar de Coralina  (Brasil/2018, 77 min.) Dir. Reginaldo Gontijo. Com Letícia Sabatella, Rebeca VasconcelosO mundo infantil de Cora Coralina 

O ar démodé dá certo encanto à fábula infantil baseada na vida da poeta goiana Cora Coralina. Na história, a menina sensível teme quebrar um prato de porcelana, herança da bisavó. Há um jogo de fantasia e recursos de animação interessantes num filme no entanto ingênuo demais. / L.Z.O.

DOCUMENTÁRIO O Fantástico Patinho Feio  (Brasil/2017, 74 min.) Dir. Denilson Félix. Com Alex Dias Ribeiro, Emerson Fitip, Helládio ToledoO patinho feio do automobilismo 

Nos anos 1960 quatro rapazes construíram na garagem um carro de corridas e conseguiram chegar em segundo lugar nas 500 milhas de Brasília, derrotando várias equipes internacionais. A história é ótima. Com uma elaboração cinematográfica melhor o filme seria inesquecível. / L.Z.O. 

DRAMA Po / A Boy Called Po (EUA/2018, 95 min.) Dir. John Asher. Com Julian Feder, Christopher Gorham‘Po’, dilema entre a fantasia e a realidade

Um pouco menos de melodrama daria outra consistência a 'Po', filme de John Asher. Ele fala de um garotinho diagnosticado como autista, que sofre com a morte prematura da mãe. O pai não sabe como lidar com o menino e com as exigências profissionais. Drama familiar bem-intencionado. / L.Z.O. 

SUSPENSE Refém do Jogo / Final Score  (EUA/ 2018, 104 min.) Dir. Scott Mann. Com Dave Bautista, Pierce Brosnan, Julian Cheung‘Refém do jogo’ fala de sequestro coletivo

Durante um evento esportivo, um grupo de bandidos sequestra toda a plateia do estádio. Mas os malfeitores não imaginam que entre os espectadores há um tipo que recebeu instrução militar e não está a fim de deixar o caso barato. O filme é dirigido por Scott Mann e tem Pierce Brosnan no elenco. 

TERROR Parque do Inferno / Hell Fest  (EUA/2018, 89 min.) Dir. Gregory Plotkin. Com Amy Forsyth, Reign Edwards, Bex Taylor-Klaus

Parque do Inferno’ é bem sanguinolento

Como toda semana, esta também tem o seu terror, e ele é bem sanguinolento. 'Parque do Inferno' passa-se num parque temático de terror, durante o Halloween. Aparece um assassino mascarado que todo mundo pensa ser parte da diversão, mas é um psicopata que mata de verdade. Pânico, e salve-se quem puder. 

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