Ingrid Guimarães diz que cinema nacional precisa competir com vídeos de humor do TikTok


Ao interpretar uma mulher simples do interior de Goiás no filme ‘Minha Irmã e Eu’, a atriz conversa com sua história e suas memórias, além de buscar novos caminhos para a crise de bilheteria do cinema brasileiro

Por Matheus Mans

Geralmente, quando falamos de personagens de Ingrid Guimarães, pensamos em mulheres à frente de seu tempo, donas de si e que fazem o que bem entendem. Uma personalidade criada e moldada principalmente por De Pernas pro Ar, sua franquia de maior sucesso. Por isso, é curioso quando a vemos com um papel totalmente diferente no novo Minha Irmã e Eu, que ela considera seu projeto mais pessoal.

“Sempre quis falar desse Brasil profundo, desse lugar de onde eu vim. Afinal, eu fiz muitos filmes modernos, como mulher moderna, e queria fazer essa mulher interiorana. Fui falando pra Tatá (Werneck) como era minha mãe e minha avó, que hoje tem 102 anos, e comecei a me inspirar nessas pessoas, nas pessoas que foram importantes para mim”, conta a atriz ao Estadão.

A trama, porém, não tem a ver com a vida de Ingrid: acompanha a saga dessas irmãs (ela e Tatá Werneck) em busca da mãe (Arlete Salles), que sumiu no mundo depois de presenciar as duas brigando para saber quem vai cuidar dela agora, na velhice. Mirian (Ingrid) quer paz após tanto tempo se dedicando à mãe, enquanto Mirelly (Tatá) diz que leva uma vida bem mais confortável do que acontece na realidade do Rio.

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Ingrid Guimarães e Tatá Werneck em 'Minha Irmã e Eu' Foto: Paris Filmes/ Divulgação

“Comecei a perceber que isso é muito comum na nossa geração: cuidar dos pais e sobrar para quem está mais disponível na época. Sou muito ligada a minhas irmãs, minha família. Isso tudo me inspirou”, explica Guimarães, questionada sobre a origem da ideia.

Ainda assim, Ingrid reconhece que é um papel bem diferente do que fez até então. “Esse é o projeto mais pessoal que já fiz e, ao mesmo tempo, construí um personagem muito diferente de mim. Faço mulheres muito empoderadas, mas consegui construir uma mulher que tem uma base interiorana, como foram minhas tias e pessoas próximas”, contextualiza ela, que também assina o roteiro.

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Uma comédia para uma nova geração

Ingrid é uma das atrizes de comédia mais populares de sua geração – é dona de bilheterias impressionantes em filmes como a já citada franquia De Pernas pro Ar, Fala Sério, Mãe e Loucas pra Casar. No entanto, ela reconhece que o mundo está diferente após a pandemia e que, até o atual momento, as comédias nacionais não se reencontram com seu público.

“Hoje, a gente está competindo com vídeos de comédia de 15 segundos que as pessoas fazem no TikTok. E são vídeos muito bons. Às vezes eu assisto e fico realmente surpresa. As pessoas são engraçadas mesmo em pouco tempo de tela”, afirma Ingrid à reportagem.

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A saída? Segundo ela, é fazer o que Minha Irmã e Eu faz tão bem: encontrar caminhos que vão além do riso. “Não dá mais para apenas pensarmos em fazer filmes, de 1h30 ou mais, para que as pessoas apenas deem risada”, diz. “Para que elas fiquem dentro da sala por esse tempo, precisamos provocar mais coisas. Emoção, choro, reflexão. Esse é o caminho”.

Geralmente, quando falamos de personagens de Ingrid Guimarães, pensamos em mulheres à frente de seu tempo, donas de si e que fazem o que bem entendem. Uma personalidade criada e moldada principalmente por De Pernas pro Ar, sua franquia de maior sucesso. Por isso, é curioso quando a vemos com um papel totalmente diferente no novo Minha Irmã e Eu, que ela considera seu projeto mais pessoal.

“Sempre quis falar desse Brasil profundo, desse lugar de onde eu vim. Afinal, eu fiz muitos filmes modernos, como mulher moderna, e queria fazer essa mulher interiorana. Fui falando pra Tatá (Werneck) como era minha mãe e minha avó, que hoje tem 102 anos, e comecei a me inspirar nessas pessoas, nas pessoas que foram importantes para mim”, conta a atriz ao Estadão.

A trama, porém, não tem a ver com a vida de Ingrid: acompanha a saga dessas irmãs (ela e Tatá Werneck) em busca da mãe (Arlete Salles), que sumiu no mundo depois de presenciar as duas brigando para saber quem vai cuidar dela agora, na velhice. Mirian (Ingrid) quer paz após tanto tempo se dedicando à mãe, enquanto Mirelly (Tatá) diz que leva uma vida bem mais confortável do que acontece na realidade do Rio.

Ingrid Guimarães e Tatá Werneck em 'Minha Irmã e Eu' Foto: Paris Filmes/ Divulgação

“Comecei a perceber que isso é muito comum na nossa geração: cuidar dos pais e sobrar para quem está mais disponível na época. Sou muito ligada a minhas irmãs, minha família. Isso tudo me inspirou”, explica Guimarães, questionada sobre a origem da ideia.

Ainda assim, Ingrid reconhece que é um papel bem diferente do que fez até então. “Esse é o projeto mais pessoal que já fiz e, ao mesmo tempo, construí um personagem muito diferente de mim. Faço mulheres muito empoderadas, mas consegui construir uma mulher que tem uma base interiorana, como foram minhas tias e pessoas próximas”, contextualiza ela, que também assina o roteiro.

Uma comédia para uma nova geração

Ingrid é uma das atrizes de comédia mais populares de sua geração – é dona de bilheterias impressionantes em filmes como a já citada franquia De Pernas pro Ar, Fala Sério, Mãe e Loucas pra Casar. No entanto, ela reconhece que o mundo está diferente após a pandemia e que, até o atual momento, as comédias nacionais não se reencontram com seu público.

“Hoje, a gente está competindo com vídeos de comédia de 15 segundos que as pessoas fazem no TikTok. E são vídeos muito bons. Às vezes eu assisto e fico realmente surpresa. As pessoas são engraçadas mesmo em pouco tempo de tela”, afirma Ingrid à reportagem.

A saída? Segundo ela, é fazer o que Minha Irmã e Eu faz tão bem: encontrar caminhos que vão além do riso. “Não dá mais para apenas pensarmos em fazer filmes, de 1h30 ou mais, para que as pessoas apenas deem risada”, diz. “Para que elas fiquem dentro da sala por esse tempo, precisamos provocar mais coisas. Emoção, choro, reflexão. Esse é o caminho”.

Geralmente, quando falamos de personagens de Ingrid Guimarães, pensamos em mulheres à frente de seu tempo, donas de si e que fazem o que bem entendem. Uma personalidade criada e moldada principalmente por De Pernas pro Ar, sua franquia de maior sucesso. Por isso, é curioso quando a vemos com um papel totalmente diferente no novo Minha Irmã e Eu, que ela considera seu projeto mais pessoal.

“Sempre quis falar desse Brasil profundo, desse lugar de onde eu vim. Afinal, eu fiz muitos filmes modernos, como mulher moderna, e queria fazer essa mulher interiorana. Fui falando pra Tatá (Werneck) como era minha mãe e minha avó, que hoje tem 102 anos, e comecei a me inspirar nessas pessoas, nas pessoas que foram importantes para mim”, conta a atriz ao Estadão.

A trama, porém, não tem a ver com a vida de Ingrid: acompanha a saga dessas irmãs (ela e Tatá Werneck) em busca da mãe (Arlete Salles), que sumiu no mundo depois de presenciar as duas brigando para saber quem vai cuidar dela agora, na velhice. Mirian (Ingrid) quer paz após tanto tempo se dedicando à mãe, enquanto Mirelly (Tatá) diz que leva uma vida bem mais confortável do que acontece na realidade do Rio.

Ingrid Guimarães e Tatá Werneck em 'Minha Irmã e Eu' Foto: Paris Filmes/ Divulgação

“Comecei a perceber que isso é muito comum na nossa geração: cuidar dos pais e sobrar para quem está mais disponível na época. Sou muito ligada a minhas irmãs, minha família. Isso tudo me inspirou”, explica Guimarães, questionada sobre a origem da ideia.

Ainda assim, Ingrid reconhece que é um papel bem diferente do que fez até então. “Esse é o projeto mais pessoal que já fiz e, ao mesmo tempo, construí um personagem muito diferente de mim. Faço mulheres muito empoderadas, mas consegui construir uma mulher que tem uma base interiorana, como foram minhas tias e pessoas próximas”, contextualiza ela, que também assina o roteiro.

Uma comédia para uma nova geração

Ingrid é uma das atrizes de comédia mais populares de sua geração – é dona de bilheterias impressionantes em filmes como a já citada franquia De Pernas pro Ar, Fala Sério, Mãe e Loucas pra Casar. No entanto, ela reconhece que o mundo está diferente após a pandemia e que, até o atual momento, as comédias nacionais não se reencontram com seu público.

“Hoje, a gente está competindo com vídeos de comédia de 15 segundos que as pessoas fazem no TikTok. E são vídeos muito bons. Às vezes eu assisto e fico realmente surpresa. As pessoas são engraçadas mesmo em pouco tempo de tela”, afirma Ingrid à reportagem.

A saída? Segundo ela, é fazer o que Minha Irmã e Eu faz tão bem: encontrar caminhos que vão além do riso. “Não dá mais para apenas pensarmos em fazer filmes, de 1h30 ou mais, para que as pessoas apenas deem risada”, diz. “Para que elas fiquem dentro da sala por esse tempo, precisamos provocar mais coisas. Emoção, choro, reflexão. Esse é o caminho”.

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