Na manhã do dia 28 de julho de 1938, há 82 anos, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, acordou junto ao seu bando em um esconderijo na grota do Angico, em Sergipe. Como de praxe, todos rezaram, e sem que percebessem, foram surpreendidos em uma emboscada.
Depois de anos aterrorizando o interior nordestino e desafiando coronéis e o governo, o rei do cangaço era, enfim, vencido. Maria Bonita, que estava com ele, também foi atingida por tiros e ferida gravemente.
O ataque durou cerca de vinte minutos. Das 34 pessoas do bando, 11 morreram. As cabeças de todos foram decepadas e colocadas na escadaria da prefeitura de Piranhas. Os corpos foram jogados aos urubus.
Para provar a morte do rei do cangaço e inspirar medo em simpatizantes, os restos mortais foram exibidos em várias cidades do País. Lampião e Maria Bonita só foram enterrados em 1969, mais de 30 anos depois. Por três décadas, ficaram expostos em um museu de Salvador.
A história do cangaço e de seu rei, Lampião, apesar de violenta, sempre gerou curiosidade no imaginário popular. O cinema e a televisão buscam diversas formas de retratar esses personagens. Desde O Cangaceiro, filme dirigido por Lima Barreto, de 1953, até o mais recente, A Luneta do Tempo, dirigido e escrito por Alceu Valença, de 2016, veja como Lampião e o cangaço ganharam diferentes versões nas telas.