Lena Dunham volta com o longa ‘Sharp Stick’


O filme mostra uma personagem infantilizada que usa o sexo como arma para superar o trauma

Por Mariane Morisawa

Lena Dunham surgiu como um furacão, aos 25 anos, com sua própria série da HBO, produzida por Judd Apatow. Girls marcou época, tornou Adam Driver um sex symbol e colocou sua criadora e protagonista sob os holofotes, fazendo com que cada uma de suas palavras, atitudes e escolhas fosse destrinchada publicamente. 

Depois de um hiato em que foi submetida a uma histerectomia por causa da endometriose, rompeu com o namorado Jack Antonoff, passou por uma clínica de reabilitação para tratar do vício em benzodiazepinas e quebrou a sociedade e amizade com a co-showrunner de Girls, Jenni Konner, ela está de volta com seu segundo longa, Sharp Stick, que estreou no Sundance Festival

Cena do filme 'Sharp Stick', de Lena Dunham. Foto: FilmNation Entertainment
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O longa, escrito, produzido, estrelado e dirigido por ela, foi rodado durante a pandemia e tem como personagem principal Sarah Jo (Kristine Froseth), uma jovem de 26 anos inocente, que se veste com vestidos de vovó e está sempre sorrindo. Sua mãe, Marilyn (Jennifer Jason Leigh), já viveu dias de mais glamour em Hollywood, mas hoje apenas administra um prédio de apartamentos em Los Angeles. A irmã de Sarah Jo, Treina (Taylour Paige), quer ficar rica nas redes sociais, usando sua sexualidade. 

Sarah Jo é quase um extraterrestre e comporta-se como uma criança. Mas isso tem explicação: sua infantilização tem a ver com uma histerectomia por causa de uma endometriose que fez com que entrasse na menopausa ainda na adolescência e ganhasse uma cicatriz grande na barriga. Insegura sobre seu corpo e sobre sua feminilidade, ela decidiu permanecer criança. 

A moça gosta de ajudar as pessoas e arruma um emprego como babá de Zach (Liam Saux), um menino com síndrome de Down, filho de Josh (Jon Bernthal), um sujeito boa pinta e bacana, sem objetivos na vida, e Heather (a própria Dunham), que sustenta a casa e está gravidíssima de nove meses. 

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Do nada, Sarah Jo decide perder sua virgindade com Josh, que resiste por apenas cinco segundos. Ele é um crianção, mas é amoroso com o filho e parece bacana o suficiente para ter essa honra. Claro que é complicado ter um relacionamento com um homem casado. Mas nada vai impedi-la de seguir com sua exploração. Ela chega até a ter como guru o astro pornô Vance Leroy (Scott Speedman). 

Como dá para perceber, Lena Dunham continua sendo a Lena Dunham que não tem medo de falar de sexo e de mostrar o lado seu mais desajeitado. E isso é mais do que positivo em um mundo que ainda teme a sexualidade feminina. Mas, aqui, ela não está interessada em ser “a voz de sua geração”, como sua personagem declarava logo no primeiro episódio de Girls. A jornada sexual de Sarah Jo vem como processo da superação do trauma de ter seu corpo transformado em uma idade em que ela deveria ter iniciado suas experiências. Sharp Stick é irregular, mas não há dúvida de que Lena Dunham amadureceu. 

Lena Dunham surgiu como um furacão, aos 25 anos, com sua própria série da HBO, produzida por Judd Apatow. Girls marcou época, tornou Adam Driver um sex symbol e colocou sua criadora e protagonista sob os holofotes, fazendo com que cada uma de suas palavras, atitudes e escolhas fosse destrinchada publicamente. 

Depois de um hiato em que foi submetida a uma histerectomia por causa da endometriose, rompeu com o namorado Jack Antonoff, passou por uma clínica de reabilitação para tratar do vício em benzodiazepinas e quebrou a sociedade e amizade com a co-showrunner de Girls, Jenni Konner, ela está de volta com seu segundo longa, Sharp Stick, que estreou no Sundance Festival

Cena do filme 'Sharp Stick', de Lena Dunham. Foto: FilmNation Entertainment

O longa, escrito, produzido, estrelado e dirigido por ela, foi rodado durante a pandemia e tem como personagem principal Sarah Jo (Kristine Froseth), uma jovem de 26 anos inocente, que se veste com vestidos de vovó e está sempre sorrindo. Sua mãe, Marilyn (Jennifer Jason Leigh), já viveu dias de mais glamour em Hollywood, mas hoje apenas administra um prédio de apartamentos em Los Angeles. A irmã de Sarah Jo, Treina (Taylour Paige), quer ficar rica nas redes sociais, usando sua sexualidade. 

Sarah Jo é quase um extraterrestre e comporta-se como uma criança. Mas isso tem explicação: sua infantilização tem a ver com uma histerectomia por causa de uma endometriose que fez com que entrasse na menopausa ainda na adolescência e ganhasse uma cicatriz grande na barriga. Insegura sobre seu corpo e sobre sua feminilidade, ela decidiu permanecer criança. 

A moça gosta de ajudar as pessoas e arruma um emprego como babá de Zach (Liam Saux), um menino com síndrome de Down, filho de Josh (Jon Bernthal), um sujeito boa pinta e bacana, sem objetivos na vida, e Heather (a própria Dunham), que sustenta a casa e está gravidíssima de nove meses. 

Do nada, Sarah Jo decide perder sua virgindade com Josh, que resiste por apenas cinco segundos. Ele é um crianção, mas é amoroso com o filho e parece bacana o suficiente para ter essa honra. Claro que é complicado ter um relacionamento com um homem casado. Mas nada vai impedi-la de seguir com sua exploração. Ela chega até a ter como guru o astro pornô Vance Leroy (Scott Speedman). 

Como dá para perceber, Lena Dunham continua sendo a Lena Dunham que não tem medo de falar de sexo e de mostrar o lado seu mais desajeitado. E isso é mais do que positivo em um mundo que ainda teme a sexualidade feminina. Mas, aqui, ela não está interessada em ser “a voz de sua geração”, como sua personagem declarava logo no primeiro episódio de Girls. A jornada sexual de Sarah Jo vem como processo da superação do trauma de ter seu corpo transformado em uma idade em que ela deveria ter iniciado suas experiências. Sharp Stick é irregular, mas não há dúvida de que Lena Dunham amadureceu. 

Lena Dunham surgiu como um furacão, aos 25 anos, com sua própria série da HBO, produzida por Judd Apatow. Girls marcou época, tornou Adam Driver um sex symbol e colocou sua criadora e protagonista sob os holofotes, fazendo com que cada uma de suas palavras, atitudes e escolhas fosse destrinchada publicamente. 

Depois de um hiato em que foi submetida a uma histerectomia por causa da endometriose, rompeu com o namorado Jack Antonoff, passou por uma clínica de reabilitação para tratar do vício em benzodiazepinas e quebrou a sociedade e amizade com a co-showrunner de Girls, Jenni Konner, ela está de volta com seu segundo longa, Sharp Stick, que estreou no Sundance Festival

Cena do filme 'Sharp Stick', de Lena Dunham. Foto: FilmNation Entertainment

O longa, escrito, produzido, estrelado e dirigido por ela, foi rodado durante a pandemia e tem como personagem principal Sarah Jo (Kristine Froseth), uma jovem de 26 anos inocente, que se veste com vestidos de vovó e está sempre sorrindo. Sua mãe, Marilyn (Jennifer Jason Leigh), já viveu dias de mais glamour em Hollywood, mas hoje apenas administra um prédio de apartamentos em Los Angeles. A irmã de Sarah Jo, Treina (Taylour Paige), quer ficar rica nas redes sociais, usando sua sexualidade. 

Sarah Jo é quase um extraterrestre e comporta-se como uma criança. Mas isso tem explicação: sua infantilização tem a ver com uma histerectomia por causa de uma endometriose que fez com que entrasse na menopausa ainda na adolescência e ganhasse uma cicatriz grande na barriga. Insegura sobre seu corpo e sobre sua feminilidade, ela decidiu permanecer criança. 

A moça gosta de ajudar as pessoas e arruma um emprego como babá de Zach (Liam Saux), um menino com síndrome de Down, filho de Josh (Jon Bernthal), um sujeito boa pinta e bacana, sem objetivos na vida, e Heather (a própria Dunham), que sustenta a casa e está gravidíssima de nove meses. 

Do nada, Sarah Jo decide perder sua virgindade com Josh, que resiste por apenas cinco segundos. Ele é um crianção, mas é amoroso com o filho e parece bacana o suficiente para ter essa honra. Claro que é complicado ter um relacionamento com um homem casado. Mas nada vai impedi-la de seguir com sua exploração. Ela chega até a ter como guru o astro pornô Vance Leroy (Scott Speedman). 

Como dá para perceber, Lena Dunham continua sendo a Lena Dunham que não tem medo de falar de sexo e de mostrar o lado seu mais desajeitado. E isso é mais do que positivo em um mundo que ainda teme a sexualidade feminina. Mas, aqui, ela não está interessada em ser “a voz de sua geração”, como sua personagem declarava logo no primeiro episódio de Girls. A jornada sexual de Sarah Jo vem como processo da superação do trauma de ter seu corpo transformado em uma idade em que ela deveria ter iniciado suas experiências. Sharp Stick é irregular, mas não há dúvida de que Lena Dunham amadureceu. 

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