Mazzaropi, um campeão de bilheteria


Seis de seus filmes estão entre as 50 produções de maior público da história do cinema nacional. Seu segredo, para Paulo Emílio Sales Gomes, foi "tocar o fundo arcaico da sociedade brasileira e de cada um de nós"

Por Agencia Estado

Na lista que a Embrafilme fez das 25 maiores bilheterias de todos os tempos, Mazzaropi comparece com dois filmes - Jeca, o Macumbeiro e Jecão, um Fofoqueiro no Céu. Mas, como números nunca foram levados muito a sério por aqui, é provável que Amácio Mazzaropi tenha feito muito mais sucesso do que supõem as vãs estatísticas oficiais. A Revista de Cinema, em sua edição de abril, publicou um artigo revelador, "As 50 Maiores Bilheterias do Cinema Brasileiro", fruto do trabalho de pesquisa da crítica Maria do Rosário Caetano. A tabela que acompanha a reportagem amplia e complementa a da Embrafilme. Leva em conta dados estimados por produtores e realizadores e coloca dois filmes de Mazzaropi - Casinha Pequenina e Jeca Tatu -, ao lado do melodrama O Ébrio, de Gilda de Abreu, como os maiores recordistas de bilheteria de toda a história, com 8 milhões de ingressos cada, superados apenas pelo imbatível Dona Flor e seus Dois Maridos e seus 10.735.305 bilhetes vendidos. Ao todo, seis filmes de Mazzaropi figuram entre os 50 mais. Enfim, foi um fenômeno de comunicação com o público, quase tão grande quanto o dos Trapalhões, com a diferença que, em seu tempo, a televisão apenas engatinhava. Desse modo, o "caso" Mazzaropi deve ser analisado no âmbito quase exclusivo do cinema. Sua plataforma de lançamento era o Cine Art Palácio, onde a cada ano era exibida, religiosamente, uma nova produção. Dali, a "fita", como se dizia antigamente, começava a ser projetada em dezenas de cinemas da capital e do interior, ponto forte de penetração desses filmes. Naquele tempo, anos 50 a 70, o Brasil tinha quatro vezes mais salas do que hoje e os filmes faziam carreira o ano todo. As cópias entravam pelo interior e iam desbravando sertão até adentrar nos grotões mais recônditos, onde sempre havia um cinema na praça, por humilde que fosse a cidade. Mazzaropi foi grande num tempo em que o circo fazia sucesso, criança brincava na rua e o humor ingênuo ainda tinha vez. Seus filmes, e sua persona artística, o Jeca Tatu, são tão simplórios que parece até insulto analisá-los de outra forma que não pela repercussão popular. Qual seu mistério? Paulo Emílio Sales Gomes diz que o segredo da permanência de Mazzaropi é a sua antiguidade: "Ele atinge o fundo arcaico da sociedade brasileira e de cada um de nós." Essa foi a sua grande sacada. Além disso, tomou de Monteiro Lobato a figura triste do Jeca Tatu e deu-lhe outra feição. A de um caipira esperto, macunaímico, capaz, com sua falsa ingenuidade, de dar nó nos espertalhões da cidade. Esse tipo de sagacidade é a única com a qual o povo brasileiro realmente consegue se identificar, pois, como se diz no Auto da Compadecida, a esperteza é a coragem do pobre.

Na lista que a Embrafilme fez das 25 maiores bilheterias de todos os tempos, Mazzaropi comparece com dois filmes - Jeca, o Macumbeiro e Jecão, um Fofoqueiro no Céu. Mas, como números nunca foram levados muito a sério por aqui, é provável que Amácio Mazzaropi tenha feito muito mais sucesso do que supõem as vãs estatísticas oficiais. A Revista de Cinema, em sua edição de abril, publicou um artigo revelador, "As 50 Maiores Bilheterias do Cinema Brasileiro", fruto do trabalho de pesquisa da crítica Maria do Rosário Caetano. A tabela que acompanha a reportagem amplia e complementa a da Embrafilme. Leva em conta dados estimados por produtores e realizadores e coloca dois filmes de Mazzaropi - Casinha Pequenina e Jeca Tatu -, ao lado do melodrama O Ébrio, de Gilda de Abreu, como os maiores recordistas de bilheteria de toda a história, com 8 milhões de ingressos cada, superados apenas pelo imbatível Dona Flor e seus Dois Maridos e seus 10.735.305 bilhetes vendidos. Ao todo, seis filmes de Mazzaropi figuram entre os 50 mais. Enfim, foi um fenômeno de comunicação com o público, quase tão grande quanto o dos Trapalhões, com a diferença que, em seu tempo, a televisão apenas engatinhava. Desse modo, o "caso" Mazzaropi deve ser analisado no âmbito quase exclusivo do cinema. Sua plataforma de lançamento era o Cine Art Palácio, onde a cada ano era exibida, religiosamente, uma nova produção. Dali, a "fita", como se dizia antigamente, começava a ser projetada em dezenas de cinemas da capital e do interior, ponto forte de penetração desses filmes. Naquele tempo, anos 50 a 70, o Brasil tinha quatro vezes mais salas do que hoje e os filmes faziam carreira o ano todo. As cópias entravam pelo interior e iam desbravando sertão até adentrar nos grotões mais recônditos, onde sempre havia um cinema na praça, por humilde que fosse a cidade. Mazzaropi foi grande num tempo em que o circo fazia sucesso, criança brincava na rua e o humor ingênuo ainda tinha vez. Seus filmes, e sua persona artística, o Jeca Tatu, são tão simplórios que parece até insulto analisá-los de outra forma que não pela repercussão popular. Qual seu mistério? Paulo Emílio Sales Gomes diz que o segredo da permanência de Mazzaropi é a sua antiguidade: "Ele atinge o fundo arcaico da sociedade brasileira e de cada um de nós." Essa foi a sua grande sacada. Além disso, tomou de Monteiro Lobato a figura triste do Jeca Tatu e deu-lhe outra feição. A de um caipira esperto, macunaímico, capaz, com sua falsa ingenuidade, de dar nó nos espertalhões da cidade. Esse tipo de sagacidade é a única com a qual o povo brasileiro realmente consegue se identificar, pois, como se diz no Auto da Compadecida, a esperteza é a coragem do pobre.

Na lista que a Embrafilme fez das 25 maiores bilheterias de todos os tempos, Mazzaropi comparece com dois filmes - Jeca, o Macumbeiro e Jecão, um Fofoqueiro no Céu. Mas, como números nunca foram levados muito a sério por aqui, é provável que Amácio Mazzaropi tenha feito muito mais sucesso do que supõem as vãs estatísticas oficiais. A Revista de Cinema, em sua edição de abril, publicou um artigo revelador, "As 50 Maiores Bilheterias do Cinema Brasileiro", fruto do trabalho de pesquisa da crítica Maria do Rosário Caetano. A tabela que acompanha a reportagem amplia e complementa a da Embrafilme. Leva em conta dados estimados por produtores e realizadores e coloca dois filmes de Mazzaropi - Casinha Pequenina e Jeca Tatu -, ao lado do melodrama O Ébrio, de Gilda de Abreu, como os maiores recordistas de bilheteria de toda a história, com 8 milhões de ingressos cada, superados apenas pelo imbatível Dona Flor e seus Dois Maridos e seus 10.735.305 bilhetes vendidos. Ao todo, seis filmes de Mazzaropi figuram entre os 50 mais. Enfim, foi um fenômeno de comunicação com o público, quase tão grande quanto o dos Trapalhões, com a diferença que, em seu tempo, a televisão apenas engatinhava. Desse modo, o "caso" Mazzaropi deve ser analisado no âmbito quase exclusivo do cinema. Sua plataforma de lançamento era o Cine Art Palácio, onde a cada ano era exibida, religiosamente, uma nova produção. Dali, a "fita", como se dizia antigamente, começava a ser projetada em dezenas de cinemas da capital e do interior, ponto forte de penetração desses filmes. Naquele tempo, anos 50 a 70, o Brasil tinha quatro vezes mais salas do que hoje e os filmes faziam carreira o ano todo. As cópias entravam pelo interior e iam desbravando sertão até adentrar nos grotões mais recônditos, onde sempre havia um cinema na praça, por humilde que fosse a cidade. Mazzaropi foi grande num tempo em que o circo fazia sucesso, criança brincava na rua e o humor ingênuo ainda tinha vez. Seus filmes, e sua persona artística, o Jeca Tatu, são tão simplórios que parece até insulto analisá-los de outra forma que não pela repercussão popular. Qual seu mistério? Paulo Emílio Sales Gomes diz que o segredo da permanência de Mazzaropi é a sua antiguidade: "Ele atinge o fundo arcaico da sociedade brasileira e de cada um de nós." Essa foi a sua grande sacada. Além disso, tomou de Monteiro Lobato a figura triste do Jeca Tatu e deu-lhe outra feição. A de um caipira esperto, macunaímico, capaz, com sua falsa ingenuidade, de dar nó nos espertalhões da cidade. Esse tipo de sagacidade é a única com a qual o povo brasileiro realmente consegue se identificar, pois, como se diz no Auto da Compadecida, a esperteza é a coragem do pobre.

Na lista que a Embrafilme fez das 25 maiores bilheterias de todos os tempos, Mazzaropi comparece com dois filmes - Jeca, o Macumbeiro e Jecão, um Fofoqueiro no Céu. Mas, como números nunca foram levados muito a sério por aqui, é provável que Amácio Mazzaropi tenha feito muito mais sucesso do que supõem as vãs estatísticas oficiais. A Revista de Cinema, em sua edição de abril, publicou um artigo revelador, "As 50 Maiores Bilheterias do Cinema Brasileiro", fruto do trabalho de pesquisa da crítica Maria do Rosário Caetano. A tabela que acompanha a reportagem amplia e complementa a da Embrafilme. Leva em conta dados estimados por produtores e realizadores e coloca dois filmes de Mazzaropi - Casinha Pequenina e Jeca Tatu -, ao lado do melodrama O Ébrio, de Gilda de Abreu, como os maiores recordistas de bilheteria de toda a história, com 8 milhões de ingressos cada, superados apenas pelo imbatível Dona Flor e seus Dois Maridos e seus 10.735.305 bilhetes vendidos. Ao todo, seis filmes de Mazzaropi figuram entre os 50 mais. Enfim, foi um fenômeno de comunicação com o público, quase tão grande quanto o dos Trapalhões, com a diferença que, em seu tempo, a televisão apenas engatinhava. Desse modo, o "caso" Mazzaropi deve ser analisado no âmbito quase exclusivo do cinema. Sua plataforma de lançamento era o Cine Art Palácio, onde a cada ano era exibida, religiosamente, uma nova produção. Dali, a "fita", como se dizia antigamente, começava a ser projetada em dezenas de cinemas da capital e do interior, ponto forte de penetração desses filmes. Naquele tempo, anos 50 a 70, o Brasil tinha quatro vezes mais salas do que hoje e os filmes faziam carreira o ano todo. As cópias entravam pelo interior e iam desbravando sertão até adentrar nos grotões mais recônditos, onde sempre havia um cinema na praça, por humilde que fosse a cidade. Mazzaropi foi grande num tempo em que o circo fazia sucesso, criança brincava na rua e o humor ingênuo ainda tinha vez. Seus filmes, e sua persona artística, o Jeca Tatu, são tão simplórios que parece até insulto analisá-los de outra forma que não pela repercussão popular. Qual seu mistério? Paulo Emílio Sales Gomes diz que o segredo da permanência de Mazzaropi é a sua antiguidade: "Ele atinge o fundo arcaico da sociedade brasileira e de cada um de nós." Essa foi a sua grande sacada. Além disso, tomou de Monteiro Lobato a figura triste do Jeca Tatu e deu-lhe outra feição. A de um caipira esperto, macunaímico, capaz, com sua falsa ingenuidade, de dar nó nos espertalhões da cidade. Esse tipo de sagacidade é a única com a qual o povo brasileiro realmente consegue se identificar, pois, como se diz no Auto da Compadecida, a esperteza é a coragem do pobre.

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