O astro do PSG, o argentino Lionel Messi, anunciou nesta segunda-feira, com um post em sua conta no Instagram, que vai trabalhar para que a produção argentina 1985 ganhe o Oscar de melhor filme internacional, na celebração do dia 12 de março. “Que grande filme 1985 com Ricardo Darín e indicado ao Oscar. Vamos para o terceiro”, escreveu Messi sobre a história do julgamento dos chefes militares da última ditadura argentina (1976- 1983) por crimes hediondos contra a humanidade.
O filme concorre com o alemão All Quiet Front, o polonês Eo, o belga Close e o irlandês The Quiet Girl. Se ganhar, 1985 se tornará o terceiro argentino a conquistar tal reconhecimento da maior instituição mundial do cinema, como escreveu Messi, depois dos premiados La Historia Oficial (1985) e El Secreto de Sus Ojos (de 2009). Curiosamente, a Argentina conquistou sua terceira Copa do Mundo no Qatar, em 2022.
Lionel Messi nasceu em 1987, dois anos depois do julgamento mostrado no filme, cuja passagem para o cinema mobilizou agora as novas gerações na revisão das atrocidades cometidas por aquela ditadura civil-militar e o valor histórico daquele julgamento, sob a presidência de Raúl Alfonsín (1983 - 1989). Este ano marca o 40º aniversário da recuperação da democracia argentina, ocorrida em 10 de dezembro de 1983, quando o radical (social-democrata) Alfonsín assumiu o cargo. O filme, do diretor Santiago Mitre, reflete o apelo do promotor Strassera (vivido por Darín) perante os magistrados civis: “Quero usar uma frase que não me pertence, porque já pertence a todo o povo argentino. Juízes, nunca mais.”