MIS apresenta festival de filmes autorais e abusados em parceria com o streaming Mubi


Evento terá pré-estreia de 'Pleasure', de Ninja Thyberg e 'Titane', de Julia Ducournau e presença de Bárbara Paz

Por Luiz Carlos Merten

La Femme Cinéma. Foi assim que o caderno Madame, do jornal francês Le Figaro, definiu Julia Ducournau. No Festival de Cannes do ano passado, ela ganhou a Palma de Ouro por Titane, convertendo-se na segunda mulher, em toda a história de 75 anos do evento, a receber o prêmio. Antes dela, só Jane Campion, por O Piano.  Vestindo Prada, Julia tem glamour, é chique, mas que ninguém se iluda – seu discurso é radical. “Sempre fui atraída pelos autores que buscam a beleza em lugares onde ela não costuma ser encontrada e que fazem alguma coisa mais urgente e profunda do que simplesmente proporcionar prazer estético.” Seus mestres são Pier Paolo Pasolini, David Cronenberg, David Lynch, Andrei Tarkovski, Federico Fellini. Nos últimos tempos, tem mantido correspondência com Pedro Almodóvar.

Bárbara Paz leva o prêmio de Melhor Documentário no 76º Festival Internacional do Cinema de Veneza Foto: Joel C Ryan/Invision/AP

Nos dias 4 e 5, o serviço de streaming Mubi realiza um festival de cinema no Museu da Imagem e do Som (MIS). Não serão realizadas apenas projeções, mas também debates. No sábado, com mediação de Flávia Guerra, Titane será debatido por uma mulher-cinema à brasileira, a atriz e agora também diretora Bárbara Paz. No domingo, Duda Leite será o mediador e o objeto de discussão, com Loic Koutana, será Happy Together/Felizes Juntos, de Wong Kar-wai. A programação ainda contempla Shiva Baby, de Emma Seligman, Great Freedom, de Sebastian Meise, e Pleasure, de Ninja Thyberg, que fará sua pré-estreia antes de chegar à plataforma. Os ingressos e horários estão no site INTI://mis-sp-byinti.com/#/event/festival-mubi.  Produtora e distribuidora de filmes, a Mubi é um serviço de streaming global que se tem destacado pela curadoria rigorosa. Contempla a obra de artistas consagrados e a de emergentes. À maneira de Cronenberg, com seus personagens que operam transformações nos próprios corpos e elas fazem deles criaturas bizarras aos olhos de seus semelhantes, Julia Ducournau, em Titane, mostra essa mulher que sofreu um acidente quando criança e o implante em seu cérebro a levou à busca de estranhos prazeres, justamente um título clássico de Cronenberg. Sexo com carros, assassinatos. O sexo atravessa todos os filmes do festival. Happy Together fez história por sua abordagem da homossexualidade. Dois chineses na Argentina, Tony Leung e Leslie Cheung. Tango e Caetano na trilha. E uma cena ao mesmo tempo deslumbrante e terrível, a sangueira no matadouro. Pleasure é sobre garota que desembarca em Los Angeles disposta a fazer carreira no pornô. A própria diretora adverte – o filme tem cenas de violência sexual que poderão chocar, ou causar mal-estar. 

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A diretora francesaJulia Ducournau Foto: Valery Hache / AFP

Great Freedom mostra como homem é perseguido e encarcerado por sua homossexualidade na Alemanha do pós-guerra. A história tem algo de O Beijo da Mulher-Aranha, mas não propriamente pela fabulação. O protagonista estabelece uma ligação intensa com seu companheiro de cela. Shiva Baby conta a história de garota pressionada pelos pais a tomar rumo na vida. Ela mantém uma ligação tarifada com um homem casado. Ao participar de um funeral em família, aparece o amante com a mulher e o bebê. Nenhum desses filmes é o que se pode chamar de convencional. São abusados – e autorais.

La Femme Cinéma. Foi assim que o caderno Madame, do jornal francês Le Figaro, definiu Julia Ducournau. No Festival de Cannes do ano passado, ela ganhou a Palma de Ouro por Titane, convertendo-se na segunda mulher, em toda a história de 75 anos do evento, a receber o prêmio. Antes dela, só Jane Campion, por O Piano.  Vestindo Prada, Julia tem glamour, é chique, mas que ninguém se iluda – seu discurso é radical. “Sempre fui atraída pelos autores que buscam a beleza em lugares onde ela não costuma ser encontrada e que fazem alguma coisa mais urgente e profunda do que simplesmente proporcionar prazer estético.” Seus mestres são Pier Paolo Pasolini, David Cronenberg, David Lynch, Andrei Tarkovski, Federico Fellini. Nos últimos tempos, tem mantido correspondência com Pedro Almodóvar.

Bárbara Paz leva o prêmio de Melhor Documentário no 76º Festival Internacional do Cinema de Veneza Foto: Joel C Ryan/Invision/AP

Nos dias 4 e 5, o serviço de streaming Mubi realiza um festival de cinema no Museu da Imagem e do Som (MIS). Não serão realizadas apenas projeções, mas também debates. No sábado, com mediação de Flávia Guerra, Titane será debatido por uma mulher-cinema à brasileira, a atriz e agora também diretora Bárbara Paz. No domingo, Duda Leite será o mediador e o objeto de discussão, com Loic Koutana, será Happy Together/Felizes Juntos, de Wong Kar-wai. A programação ainda contempla Shiva Baby, de Emma Seligman, Great Freedom, de Sebastian Meise, e Pleasure, de Ninja Thyberg, que fará sua pré-estreia antes de chegar à plataforma. Os ingressos e horários estão no site INTI://mis-sp-byinti.com/#/event/festival-mubi.  Produtora e distribuidora de filmes, a Mubi é um serviço de streaming global que se tem destacado pela curadoria rigorosa. Contempla a obra de artistas consagrados e a de emergentes. À maneira de Cronenberg, com seus personagens que operam transformações nos próprios corpos e elas fazem deles criaturas bizarras aos olhos de seus semelhantes, Julia Ducournau, em Titane, mostra essa mulher que sofreu um acidente quando criança e o implante em seu cérebro a levou à busca de estranhos prazeres, justamente um título clássico de Cronenberg. Sexo com carros, assassinatos. O sexo atravessa todos os filmes do festival. Happy Together fez história por sua abordagem da homossexualidade. Dois chineses na Argentina, Tony Leung e Leslie Cheung. Tango e Caetano na trilha. E uma cena ao mesmo tempo deslumbrante e terrível, a sangueira no matadouro. Pleasure é sobre garota que desembarca em Los Angeles disposta a fazer carreira no pornô. A própria diretora adverte – o filme tem cenas de violência sexual que poderão chocar, ou causar mal-estar. 

A diretora francesaJulia Ducournau Foto: Valery Hache / AFP

Great Freedom mostra como homem é perseguido e encarcerado por sua homossexualidade na Alemanha do pós-guerra. A história tem algo de O Beijo da Mulher-Aranha, mas não propriamente pela fabulação. O protagonista estabelece uma ligação intensa com seu companheiro de cela. Shiva Baby conta a história de garota pressionada pelos pais a tomar rumo na vida. Ela mantém uma ligação tarifada com um homem casado. Ao participar de um funeral em família, aparece o amante com a mulher e o bebê. Nenhum desses filmes é o que se pode chamar de convencional. São abusados – e autorais.

La Femme Cinéma. Foi assim que o caderno Madame, do jornal francês Le Figaro, definiu Julia Ducournau. No Festival de Cannes do ano passado, ela ganhou a Palma de Ouro por Titane, convertendo-se na segunda mulher, em toda a história de 75 anos do evento, a receber o prêmio. Antes dela, só Jane Campion, por O Piano.  Vestindo Prada, Julia tem glamour, é chique, mas que ninguém se iluda – seu discurso é radical. “Sempre fui atraída pelos autores que buscam a beleza em lugares onde ela não costuma ser encontrada e que fazem alguma coisa mais urgente e profunda do que simplesmente proporcionar prazer estético.” Seus mestres são Pier Paolo Pasolini, David Cronenberg, David Lynch, Andrei Tarkovski, Federico Fellini. Nos últimos tempos, tem mantido correspondência com Pedro Almodóvar.

Bárbara Paz leva o prêmio de Melhor Documentário no 76º Festival Internacional do Cinema de Veneza Foto: Joel C Ryan/Invision/AP

Nos dias 4 e 5, o serviço de streaming Mubi realiza um festival de cinema no Museu da Imagem e do Som (MIS). Não serão realizadas apenas projeções, mas também debates. No sábado, com mediação de Flávia Guerra, Titane será debatido por uma mulher-cinema à brasileira, a atriz e agora também diretora Bárbara Paz. No domingo, Duda Leite será o mediador e o objeto de discussão, com Loic Koutana, será Happy Together/Felizes Juntos, de Wong Kar-wai. A programação ainda contempla Shiva Baby, de Emma Seligman, Great Freedom, de Sebastian Meise, e Pleasure, de Ninja Thyberg, que fará sua pré-estreia antes de chegar à plataforma. Os ingressos e horários estão no site INTI://mis-sp-byinti.com/#/event/festival-mubi.  Produtora e distribuidora de filmes, a Mubi é um serviço de streaming global que se tem destacado pela curadoria rigorosa. Contempla a obra de artistas consagrados e a de emergentes. À maneira de Cronenberg, com seus personagens que operam transformações nos próprios corpos e elas fazem deles criaturas bizarras aos olhos de seus semelhantes, Julia Ducournau, em Titane, mostra essa mulher que sofreu um acidente quando criança e o implante em seu cérebro a levou à busca de estranhos prazeres, justamente um título clássico de Cronenberg. Sexo com carros, assassinatos. O sexo atravessa todos os filmes do festival. Happy Together fez história por sua abordagem da homossexualidade. Dois chineses na Argentina, Tony Leung e Leslie Cheung. Tango e Caetano na trilha. E uma cena ao mesmo tempo deslumbrante e terrível, a sangueira no matadouro. Pleasure é sobre garota que desembarca em Los Angeles disposta a fazer carreira no pornô. A própria diretora adverte – o filme tem cenas de violência sexual que poderão chocar, ou causar mal-estar. 

A diretora francesaJulia Ducournau Foto: Valery Hache / AFP

Great Freedom mostra como homem é perseguido e encarcerado por sua homossexualidade na Alemanha do pós-guerra. A história tem algo de O Beijo da Mulher-Aranha, mas não propriamente pela fabulação. O protagonista estabelece uma ligação intensa com seu companheiro de cela. Shiva Baby conta a história de garota pressionada pelos pais a tomar rumo na vida. Ela mantém uma ligação tarifada com um homem casado. Ao participar de um funeral em família, aparece o amante com a mulher e o bebê. Nenhum desses filmes é o que se pode chamar de convencional. São abusados – e autorais.

La Femme Cinéma. Foi assim que o caderno Madame, do jornal francês Le Figaro, definiu Julia Ducournau. No Festival de Cannes do ano passado, ela ganhou a Palma de Ouro por Titane, convertendo-se na segunda mulher, em toda a história de 75 anos do evento, a receber o prêmio. Antes dela, só Jane Campion, por O Piano.  Vestindo Prada, Julia tem glamour, é chique, mas que ninguém se iluda – seu discurso é radical. “Sempre fui atraída pelos autores que buscam a beleza em lugares onde ela não costuma ser encontrada e que fazem alguma coisa mais urgente e profunda do que simplesmente proporcionar prazer estético.” Seus mestres são Pier Paolo Pasolini, David Cronenberg, David Lynch, Andrei Tarkovski, Federico Fellini. Nos últimos tempos, tem mantido correspondência com Pedro Almodóvar.

Bárbara Paz leva o prêmio de Melhor Documentário no 76º Festival Internacional do Cinema de Veneza Foto: Joel C Ryan/Invision/AP

Nos dias 4 e 5, o serviço de streaming Mubi realiza um festival de cinema no Museu da Imagem e do Som (MIS). Não serão realizadas apenas projeções, mas também debates. No sábado, com mediação de Flávia Guerra, Titane será debatido por uma mulher-cinema à brasileira, a atriz e agora também diretora Bárbara Paz. No domingo, Duda Leite será o mediador e o objeto de discussão, com Loic Koutana, será Happy Together/Felizes Juntos, de Wong Kar-wai. A programação ainda contempla Shiva Baby, de Emma Seligman, Great Freedom, de Sebastian Meise, e Pleasure, de Ninja Thyberg, que fará sua pré-estreia antes de chegar à plataforma. Os ingressos e horários estão no site INTI://mis-sp-byinti.com/#/event/festival-mubi.  Produtora e distribuidora de filmes, a Mubi é um serviço de streaming global que se tem destacado pela curadoria rigorosa. Contempla a obra de artistas consagrados e a de emergentes. À maneira de Cronenberg, com seus personagens que operam transformações nos próprios corpos e elas fazem deles criaturas bizarras aos olhos de seus semelhantes, Julia Ducournau, em Titane, mostra essa mulher que sofreu um acidente quando criança e o implante em seu cérebro a levou à busca de estranhos prazeres, justamente um título clássico de Cronenberg. Sexo com carros, assassinatos. O sexo atravessa todos os filmes do festival. Happy Together fez história por sua abordagem da homossexualidade. Dois chineses na Argentina, Tony Leung e Leslie Cheung. Tango e Caetano na trilha. E uma cena ao mesmo tempo deslumbrante e terrível, a sangueira no matadouro. Pleasure é sobre garota que desembarca em Los Angeles disposta a fazer carreira no pornô. A própria diretora adverte – o filme tem cenas de violência sexual que poderão chocar, ou causar mal-estar. 

A diretora francesaJulia Ducournau Foto: Valery Hache / AFP

Great Freedom mostra como homem é perseguido e encarcerado por sua homossexualidade na Alemanha do pós-guerra. A história tem algo de O Beijo da Mulher-Aranha, mas não propriamente pela fabulação. O protagonista estabelece uma ligação intensa com seu companheiro de cela. Shiva Baby conta a história de garota pressionada pelos pais a tomar rumo na vida. Ela mantém uma ligação tarifada com um homem casado. Ao participar de um funeral em família, aparece o amante com a mulher e o bebê. Nenhum desses filmes é o que se pode chamar de convencional. São abusados – e autorais.

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