Morre Jean-Marie Straub, gigante do cinema experimental, aos 89 anos


Diretor integrou grupo que deu origem ao Novo Cinema Alemão

Por Luiz Carlos Merten

Pouco mais de dois meses após a morte de Jean-Luc Godard – em 13 de setembro, na Suíça -, outro gigante do cinema autoral/experimental também se despede. Jean-Marie Straub morreu na noite de sábado, 19, em Rolle, comuna localizada às margens do Lago de Genebra. Tinha 89 anos.

Nascido na França, foi assistente de Jean Renoir, Robert Bresson e Jacques Rivette. Em 1958, convocado para o serviço militar durante a Guerra da Argélia, preferiu exilar-se na Alemanha. Virou um autor franco-alemão. Integrou a geração que deu origem ao chamado Novo Cinema Alemão. Werner Hezog, Rainer Werner Fassbinder tornaram-se mais conhecidos. Straub é reputado com Alexander Kluge, de Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos, como o mais exigente.

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O cineasta Jean-Marie Straub em exibição especial do filme 'Chronique d'Anna Magdalena Bach' na Cinemateca Suíça em 13 de maio de 2013. Foto: YouTube/@Cinémathèque suisse

Fez filmes como Os Não Reconciliados e A Crônica de Ana Magdalena Bach, investigando a linguagem do cinema como a obra do músico. Crônica é belíssimo. A fotografia em preto e branco, uma constante na maioria dos filmes de Straub, possui camadas. Ao mesmo tempo que estética, propõe contrastes psicológicos e sociais.

Em 1970, Straub foi filmar em Roma a sua adaptação da tragédia de Corneille, Othon. Apaixonado pela Itália, fixou residência no país com sua companheira, na arte e na vida. Danièle Huillet coassinava os filmes com ele. Danièle morreu em 2006. Straub viveu mais um tempo em Roma e se transferiu para Rolle.

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Em 1999. fez outro de seus grandes filmes. Sicília!, no original – Gente da Sicília, no Brasil – baseia-se no romance de Elio Vittorini, Conversazione in Sicilia. O próprio escritor volta à casa. Conversa com a mãe. Esse diálogo é o mais belo que existe. Discutem ancestralidade. Como quase toda obra de Straub, Gente da Sicília é rigoroso. Nada de movimentação da câmera, preto e branco, diálogos recitados em tom monocórdico. O resultado poderia ser muito chato, mas o mistério de Straub torna a obra uma joia.

Ele filmava figuras extraordinárias – Lição de História, sobre Júlio César; Othon; A Morte de Empédocle – como se fossem seres comuns. Buscava uma espécie de transcendência. Sua importância é inegável. Para conferir, A Crônica de Ana Magdalena Bach e Othon estão disponíveis na plataforma da MUBI.

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Pouco mais de dois meses após a morte de Jean-Luc Godard – em 13 de setembro, na Suíça -, outro gigante do cinema autoral/experimental também se despede. Jean-Marie Straub morreu na noite de sábado, 19, em Rolle, comuna localizada às margens do Lago de Genebra. Tinha 89 anos.

Nascido na França, foi assistente de Jean Renoir, Robert Bresson e Jacques Rivette. Em 1958, convocado para o serviço militar durante a Guerra da Argélia, preferiu exilar-se na Alemanha. Virou um autor franco-alemão. Integrou a geração que deu origem ao chamado Novo Cinema Alemão. Werner Hezog, Rainer Werner Fassbinder tornaram-se mais conhecidos. Straub é reputado com Alexander Kluge, de Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos, como o mais exigente.

O cineasta Jean-Marie Straub em exibição especial do filme 'Chronique d'Anna Magdalena Bach' na Cinemateca Suíça em 13 de maio de 2013. Foto: YouTube/@Cinémathèque suisse

Fez filmes como Os Não Reconciliados e A Crônica de Ana Magdalena Bach, investigando a linguagem do cinema como a obra do músico. Crônica é belíssimo. A fotografia em preto e branco, uma constante na maioria dos filmes de Straub, possui camadas. Ao mesmo tempo que estética, propõe contrastes psicológicos e sociais.

Em 1970, Straub foi filmar em Roma a sua adaptação da tragédia de Corneille, Othon. Apaixonado pela Itália, fixou residência no país com sua companheira, na arte e na vida. Danièle Huillet coassinava os filmes com ele. Danièle morreu em 2006. Straub viveu mais um tempo em Roma e se transferiu para Rolle.

Em 1999. fez outro de seus grandes filmes. Sicília!, no original – Gente da Sicília, no Brasil – baseia-se no romance de Elio Vittorini, Conversazione in Sicilia. O próprio escritor volta à casa. Conversa com a mãe. Esse diálogo é o mais belo que existe. Discutem ancestralidade. Como quase toda obra de Straub, Gente da Sicília é rigoroso. Nada de movimentação da câmera, preto e branco, diálogos recitados em tom monocórdico. O resultado poderia ser muito chato, mas o mistério de Straub torna a obra uma joia.

Ele filmava figuras extraordinárias – Lição de História, sobre Júlio César; Othon; A Morte de Empédocle – como se fossem seres comuns. Buscava uma espécie de transcendência. Sua importância é inegável. Para conferir, A Crônica de Ana Magdalena Bach e Othon estão disponíveis na plataforma da MUBI.

Pouco mais de dois meses após a morte de Jean-Luc Godard – em 13 de setembro, na Suíça -, outro gigante do cinema autoral/experimental também se despede. Jean-Marie Straub morreu na noite de sábado, 19, em Rolle, comuna localizada às margens do Lago de Genebra. Tinha 89 anos.

Nascido na França, foi assistente de Jean Renoir, Robert Bresson e Jacques Rivette. Em 1958, convocado para o serviço militar durante a Guerra da Argélia, preferiu exilar-se na Alemanha. Virou um autor franco-alemão. Integrou a geração que deu origem ao chamado Novo Cinema Alemão. Werner Hezog, Rainer Werner Fassbinder tornaram-se mais conhecidos. Straub é reputado com Alexander Kluge, de Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos, como o mais exigente.

O cineasta Jean-Marie Straub em exibição especial do filme 'Chronique d'Anna Magdalena Bach' na Cinemateca Suíça em 13 de maio de 2013. Foto: YouTube/@Cinémathèque suisse

Fez filmes como Os Não Reconciliados e A Crônica de Ana Magdalena Bach, investigando a linguagem do cinema como a obra do músico. Crônica é belíssimo. A fotografia em preto e branco, uma constante na maioria dos filmes de Straub, possui camadas. Ao mesmo tempo que estética, propõe contrastes psicológicos e sociais.

Em 1970, Straub foi filmar em Roma a sua adaptação da tragédia de Corneille, Othon. Apaixonado pela Itália, fixou residência no país com sua companheira, na arte e na vida. Danièle Huillet coassinava os filmes com ele. Danièle morreu em 2006. Straub viveu mais um tempo em Roma e se transferiu para Rolle.

Em 1999. fez outro de seus grandes filmes. Sicília!, no original – Gente da Sicília, no Brasil – baseia-se no romance de Elio Vittorini, Conversazione in Sicilia. O próprio escritor volta à casa. Conversa com a mãe. Esse diálogo é o mais belo que existe. Discutem ancestralidade. Como quase toda obra de Straub, Gente da Sicília é rigoroso. Nada de movimentação da câmera, preto e branco, diálogos recitados em tom monocórdico. O resultado poderia ser muito chato, mas o mistério de Straub torna a obra uma joia.

Ele filmava figuras extraordinárias – Lição de História, sobre Júlio César; Othon; A Morte de Empédocle – como se fossem seres comuns. Buscava uma espécie de transcendência. Sua importância é inegável. Para conferir, A Crônica de Ana Magdalena Bach e Othon estão disponíveis na plataforma da MUBI.

Pouco mais de dois meses após a morte de Jean-Luc Godard – em 13 de setembro, na Suíça -, outro gigante do cinema autoral/experimental também se despede. Jean-Marie Straub morreu na noite de sábado, 19, em Rolle, comuna localizada às margens do Lago de Genebra. Tinha 89 anos.

Nascido na França, foi assistente de Jean Renoir, Robert Bresson e Jacques Rivette. Em 1958, convocado para o serviço militar durante a Guerra da Argélia, preferiu exilar-se na Alemanha. Virou um autor franco-alemão. Integrou a geração que deu origem ao chamado Novo Cinema Alemão. Werner Hezog, Rainer Werner Fassbinder tornaram-se mais conhecidos. Straub é reputado com Alexander Kluge, de Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos, como o mais exigente.

O cineasta Jean-Marie Straub em exibição especial do filme 'Chronique d'Anna Magdalena Bach' na Cinemateca Suíça em 13 de maio de 2013. Foto: YouTube/@Cinémathèque suisse

Fez filmes como Os Não Reconciliados e A Crônica de Ana Magdalena Bach, investigando a linguagem do cinema como a obra do músico. Crônica é belíssimo. A fotografia em preto e branco, uma constante na maioria dos filmes de Straub, possui camadas. Ao mesmo tempo que estética, propõe contrastes psicológicos e sociais.

Em 1970, Straub foi filmar em Roma a sua adaptação da tragédia de Corneille, Othon. Apaixonado pela Itália, fixou residência no país com sua companheira, na arte e na vida. Danièle Huillet coassinava os filmes com ele. Danièle morreu em 2006. Straub viveu mais um tempo em Roma e se transferiu para Rolle.

Em 1999. fez outro de seus grandes filmes. Sicília!, no original – Gente da Sicília, no Brasil – baseia-se no romance de Elio Vittorini, Conversazione in Sicilia. O próprio escritor volta à casa. Conversa com a mãe. Esse diálogo é o mais belo que existe. Discutem ancestralidade. Como quase toda obra de Straub, Gente da Sicília é rigoroso. Nada de movimentação da câmera, preto e branco, diálogos recitados em tom monocórdico. O resultado poderia ser muito chato, mas o mistério de Straub torna a obra uma joia.

Ele filmava figuras extraordinárias – Lição de História, sobre Júlio César; Othon; A Morte de Empédocle – como se fossem seres comuns. Buscava uma espécie de transcendência. Sua importância é inegável. Para conferir, A Crônica de Ana Magdalena Bach e Othon estão disponíveis na plataforma da MUBI.

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