Morreu nesta segunda-feira, 7, aos 87 anos, o diretor William Friedkin, que marcou o cenário do terror no cinema mundial e ficou conhecido pela direção de O Exorcista, de 1973. A morte foi confirmada à Variety por um amigo, Stephen Galloway, reitor da Chapman University. A causa não foi divulgada.
A carreira de Friedkin foi marcada por thrillers e suspenses, gêneros nos quais se especializou. Formado em jornalismo, o diretor também tinha uma ampla experiência com documentários.
Foi simulando o gênero que o cineasta recebeu seu primeiro grande reconhecimento internacional. Em 1971, ele esteve à frente de Operação França, um marco no thriller urbano. Ao todo, o longa levou cinco categorias no Oscar, incluindo a de Melhor Direção e de Melhor Filme.
Mais tarde, Friedkin veria sua carreira novamente tomando proporções avassaladoras com o lançamento de O Exorcista, que, segundo a Variety, arrecadou US$ 500 milhões – cerca de R$ 2,4 bilhões na cotação atual – no mundo todo. O filme rapidamente mudou a história do cinema de terror, se tornou um clássico do gênero e rendeu ao diretor a segunda indicação ao Oscar.
O cineasta também esteve à frente de produções como The People vs. Paul Crump, documentário de 1962 sobre um homem no corredor da morte, e do polêmico Parceiros da Noite, de 1980, em que Al Pacino viveu um policial que investiga uma série de assassinatos na comunidade LGBT+.
Friedkin deixa a mulher, a executiva e ex-atriz Sherry Lansing, e dois filhos.
*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais