‘Mussum ainda está vivo’, diz Ailton Graça sobre filme que resgata o legado do músico e ‘trapalhão’


Longa-metragem que estreia nesta quinta-feira dá conta de toda a história do sambista e comediante que fez sucesso nos ‘Trapalhões’ e nos ‘Originais do Samba’; saiba o que esperar

Por Matheus Mans
Atualização:

Mussum ainda está vivo!”, exclama Ailton Graça, protagonista do novo Mussum: O Filmis, cinebiografia do músico e comediante que chega aos cinemas na quinta-feira, 2 de novembro.

Um desavisado pode achar que o ator está falando até de si próprio – afinal, Ailton está a cara do comediante, ainda mais com as roupas que estava usando no dia da entrevista ao Estadão. Mas não. O paulistano está falando da principal mensagem sobre o longa-metragem: que o legado de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, sobrevive.

“Eu faço parte do movimento negro desde o início e a gente sempre falava ‘Zumbi não morreu’. Agora eu gosto de falar ‘Mussum não morreu!’”, exclama Ailton. “Tem muito jovem que não conheceu ele, mas usa a figura dele pra fazer algum comentário nas redes sociais. Esse jovem, que está usando esse meme, vai ter a oportunidade de conhecer quem foi Antônio Carlos, que criou esse personagem”.

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Público vai se identificar com Mussum

Mussum: O Filmis, afinal, é uma cinebiografia que não tem medo de ser exatamente o que é. Ao contrário de Meu Nome é Gal, por exemplo, que faz um pequeno recorte de tempo na vida de Gal Costa, o novo longa-metragem corre para dar conta de uma boa parte da vida de Mussum em duas horas.

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Fala da infância, da juventude e da vida adulta – sempre ao lado da mãe, vivida por Cacau Protásio e, depois, Neusa Borges. A ideia é ir além da lenda. “Todo mundo conhece o Mussum, não o Antônio Carlos”, diz Ailton.

Yuri Marçal, que vive o comediante quando jovem, acredita que Mussum deve se conectar facilmente com o público. “Ele é uma figura muito brasileira”, diz. “[O filme] humaniza o Mussum. Era apaixonado por música, apaixonado por futebol e por humor. Tinha a coisa da família periférica que se reúne aos domingos pra brincar, pra fofocar. As pessoas vão se identificar”.

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Ailton Graça no papel principal do filme 'Mussum, O Filmis', dirigido por Silvio Guindane. Foto: Desiree do Valle/ Divulgação

Conexão espiritual

Durante a entrevista ao Estadão com Neusa Borges e a atriz Cinara Leal, que interpreta a última esposa de Mussum, lágrimas rolaram. Tudo começou com uma pergunta simples, sobre como as duas entraram em contato com as personagens, que não são famosas, mas que foram tão importantes na vida do comediante.

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Neusa, então, faz uma revelação: pela primeira vez em sua carreira de mais de 50 anos ela não quer que as filhas a vejam em cena. O motivo? Ela se parece demais com a própria mãe e tem medo que as filhas fiquem muito emocionadas.

“A criação que a Malvina deu para ele foi a mesma que eu tive, que eu ganhei da minha mãe”, diz ela, citando a mãe de Mussum.

“Eu olhava pro filme e não me via. Era minha mãe que estava ali. Foi um choque. O tempo todo, em todas as cenas. Eu via minha mãe. Não sei se era espiritual, se era de outro mundo. Mas não tem nada da Neusa Borges ali. Só da minha mãe.”

Neusa Borges

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Com a sala tomada de emoção, Cinara também conta que teve uma experiência diferente no set. “Foi maluco demais. Eu não lembro de quase nada para esse papel. Nem dos ensaios, nada. Lembro de uma cena, que acabou nem entrando na versão final do filme”, diz. “É algo muito diferente de tudo que fiz na minha vida”.

Mussum ainda está vivo!”, exclama Ailton Graça, protagonista do novo Mussum: O Filmis, cinebiografia do músico e comediante que chega aos cinemas na quinta-feira, 2 de novembro.

Um desavisado pode achar que o ator está falando até de si próprio – afinal, Ailton está a cara do comediante, ainda mais com as roupas que estava usando no dia da entrevista ao Estadão. Mas não. O paulistano está falando da principal mensagem sobre o longa-metragem: que o legado de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, sobrevive.

“Eu faço parte do movimento negro desde o início e a gente sempre falava ‘Zumbi não morreu’. Agora eu gosto de falar ‘Mussum não morreu!’”, exclama Ailton. “Tem muito jovem que não conheceu ele, mas usa a figura dele pra fazer algum comentário nas redes sociais. Esse jovem, que está usando esse meme, vai ter a oportunidade de conhecer quem foi Antônio Carlos, que criou esse personagem”.

Público vai se identificar com Mussum

Mussum: O Filmis, afinal, é uma cinebiografia que não tem medo de ser exatamente o que é. Ao contrário de Meu Nome é Gal, por exemplo, que faz um pequeno recorte de tempo na vida de Gal Costa, o novo longa-metragem corre para dar conta de uma boa parte da vida de Mussum em duas horas.

Fala da infância, da juventude e da vida adulta – sempre ao lado da mãe, vivida por Cacau Protásio e, depois, Neusa Borges. A ideia é ir além da lenda. “Todo mundo conhece o Mussum, não o Antônio Carlos”, diz Ailton.

Yuri Marçal, que vive o comediante quando jovem, acredita que Mussum deve se conectar facilmente com o público. “Ele é uma figura muito brasileira”, diz. “[O filme] humaniza o Mussum. Era apaixonado por música, apaixonado por futebol e por humor. Tinha a coisa da família periférica que se reúne aos domingos pra brincar, pra fofocar. As pessoas vão se identificar”.

Ailton Graça no papel principal do filme 'Mussum, O Filmis', dirigido por Silvio Guindane. Foto: Desiree do Valle/ Divulgação

Conexão espiritual

Durante a entrevista ao Estadão com Neusa Borges e a atriz Cinara Leal, que interpreta a última esposa de Mussum, lágrimas rolaram. Tudo começou com uma pergunta simples, sobre como as duas entraram em contato com as personagens, que não são famosas, mas que foram tão importantes na vida do comediante.

Neusa, então, faz uma revelação: pela primeira vez em sua carreira de mais de 50 anos ela não quer que as filhas a vejam em cena. O motivo? Ela se parece demais com a própria mãe e tem medo que as filhas fiquem muito emocionadas.

“A criação que a Malvina deu para ele foi a mesma que eu tive, que eu ganhei da minha mãe”, diz ela, citando a mãe de Mussum.

“Eu olhava pro filme e não me via. Era minha mãe que estava ali. Foi um choque. O tempo todo, em todas as cenas. Eu via minha mãe. Não sei se era espiritual, se era de outro mundo. Mas não tem nada da Neusa Borges ali. Só da minha mãe.”

Neusa Borges

Com a sala tomada de emoção, Cinara também conta que teve uma experiência diferente no set. “Foi maluco demais. Eu não lembro de quase nada para esse papel. Nem dos ensaios, nada. Lembro de uma cena, que acabou nem entrando na versão final do filme”, diz. “É algo muito diferente de tudo que fiz na minha vida”.

Mussum ainda está vivo!”, exclama Ailton Graça, protagonista do novo Mussum: O Filmis, cinebiografia do músico e comediante que chega aos cinemas na quinta-feira, 2 de novembro.

Um desavisado pode achar que o ator está falando até de si próprio – afinal, Ailton está a cara do comediante, ainda mais com as roupas que estava usando no dia da entrevista ao Estadão. Mas não. O paulistano está falando da principal mensagem sobre o longa-metragem: que o legado de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, sobrevive.

“Eu faço parte do movimento negro desde o início e a gente sempre falava ‘Zumbi não morreu’. Agora eu gosto de falar ‘Mussum não morreu!’”, exclama Ailton. “Tem muito jovem que não conheceu ele, mas usa a figura dele pra fazer algum comentário nas redes sociais. Esse jovem, que está usando esse meme, vai ter a oportunidade de conhecer quem foi Antônio Carlos, que criou esse personagem”.

Público vai se identificar com Mussum

Mussum: O Filmis, afinal, é uma cinebiografia que não tem medo de ser exatamente o que é. Ao contrário de Meu Nome é Gal, por exemplo, que faz um pequeno recorte de tempo na vida de Gal Costa, o novo longa-metragem corre para dar conta de uma boa parte da vida de Mussum em duas horas.

Fala da infância, da juventude e da vida adulta – sempre ao lado da mãe, vivida por Cacau Protásio e, depois, Neusa Borges. A ideia é ir além da lenda. “Todo mundo conhece o Mussum, não o Antônio Carlos”, diz Ailton.

Yuri Marçal, que vive o comediante quando jovem, acredita que Mussum deve se conectar facilmente com o público. “Ele é uma figura muito brasileira”, diz. “[O filme] humaniza o Mussum. Era apaixonado por música, apaixonado por futebol e por humor. Tinha a coisa da família periférica que se reúne aos domingos pra brincar, pra fofocar. As pessoas vão se identificar”.

Ailton Graça no papel principal do filme 'Mussum, O Filmis', dirigido por Silvio Guindane. Foto: Desiree do Valle/ Divulgação

Conexão espiritual

Durante a entrevista ao Estadão com Neusa Borges e a atriz Cinara Leal, que interpreta a última esposa de Mussum, lágrimas rolaram. Tudo começou com uma pergunta simples, sobre como as duas entraram em contato com as personagens, que não são famosas, mas que foram tão importantes na vida do comediante.

Neusa, então, faz uma revelação: pela primeira vez em sua carreira de mais de 50 anos ela não quer que as filhas a vejam em cena. O motivo? Ela se parece demais com a própria mãe e tem medo que as filhas fiquem muito emocionadas.

“A criação que a Malvina deu para ele foi a mesma que eu tive, que eu ganhei da minha mãe”, diz ela, citando a mãe de Mussum.

“Eu olhava pro filme e não me via. Era minha mãe que estava ali. Foi um choque. O tempo todo, em todas as cenas. Eu via minha mãe. Não sei se era espiritual, se era de outro mundo. Mas não tem nada da Neusa Borges ali. Só da minha mãe.”

Neusa Borges

Com a sala tomada de emoção, Cinara também conta que teve uma experiência diferente no set. “Foi maluco demais. Eu não lembro de quase nada para esse papel. Nem dos ensaios, nada. Lembro de uma cena, que acabou nem entrando na versão final do filme”, diz. “É algo muito diferente de tudo que fiz na minha vida”.

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