Negros devem se destacar entre os indicados ao Oscar deste ano


Há chances concretas de ao menos 3 filmes serem candidatos à estatueta de melhor longa

Por Redação

Olhando do lado positivo, pelo menos Jenna Bush Hagger não disse “Cercas ocultas ao luar”, misturando os três filmes aclamados pela crítica sobre mulheres afro-americanas, que estão em exibição neste momento nos Estados Unidos.

Eu me refiro ao momento embaraçoso na entrega do Globo de Ouro quando Jenna, correspondente do programa Today da NBC, se referiu equivocadamente a Hidden Figures (Figuras Ocultas) - no Brasil Estrelas Além do Tempo - como Hidden Fences (Cercas Ocultas), como aconteceu com o ator Michael Keaton posteriormente, na mesma noite. Fences é uma película dirigida por Denzel Washington, e Hidden Figures e Moonlight (Moonlight - Sob a Luz do Luar) são outras candidatas à indicação para o Oscar, cujos vencedores serão anunciados na terça-feira, dia 24. São histórias sem nenhuma relação entre si em estilos igualmente sem qualquer relação. E não se trata de obras igualmente completas, pelo menos não na minha opinião. Moonlight é um filme ousado, um poema e de uma intimidade cheia de vibrações que contribuem para elevá-lo para muito acima dos outros dois.

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Mas, na realidade, eles estão ligados, porque juntos representam uma chance concreta, depois do estardalhaço a respeito de #OscarSoWhite, na tentativa de fazer uma correção com #OscarDoBlack, ou pelo menos uma obra do tipo #OscarMoreDiverse. O número de indicações que os três filmes poderão ou não receber terá de passar por um rigoroso exame, principalmente tendo em vista as atuais tensões em matéria de relações raciais.

O presidente eleito Donald Trump briga de uma maneira desnecessária e nada digna com um herói do movimento dos direitos civis. (O presidente eleito briga desse mesmo modo com um cast enorme.) Ele construiu uma base política em parte com mentiras, afirmando que o nosso primeiro presidente negro nasceu fora do país. Por causa disso e de muitas outras coisas, muitos membros negros do Congresso, entre outros democratas, não estarão presentes à sua posse.

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A raça já foi um assunto importante da premiação do Oscar, com disputas a respeito da razão pela qual Casey Affleck, o astro branco de Manchester à Beira-Mar, está sendo minuciosamente preparado para uma indicação para o prêmio de melhor ator (e, possivelmente, o vencedor), enquanto Nate Parker, astro e diretor de O Nascimento de Uma Nação quase certamente será derrotado. Há muito tempo, Parker vem sendo perseguido pela acusação de estupro; e nos últimos tempos, Affleck tem sido objeto de processos por assédio sexual. Será a diferença no teor das acusações, a qualidade dos seus filmes ou a cor da pele de ambos que explica seus destinos divergentes?

Como nos dois últimos anos não têm havido atores nem diretores negros indicados, a Academia instituiu medidas para diversificar seus integrantes. Independentemente de como se realizará o processo de votação deste ano, prevejo críticas: como a de que a tendência foi longe demais ou não o suficiente; ou que o mérito está sendo exagerado ou negado. Por isso, gostaria de refletir, antes de mais nada, no fato feliz, esperançoso, dos três filmes. Juntamente com outras análises referentes à raça nas telas, grandes ou pequenas, eles possuem uma graça e um alcance que estão em falta em grande parte ao debate na nossa sociedade. Melhor ainda, eles estão encontrando um público capaz de apreciá-los.

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Este foi um dos presentes dados pelo Globo de Ouro, no qual Moonlight - Sob a Luz do Luar e as comédias de TV Atlanta e Black-Ish foram as grandes vencedoras. Também é evidente no triunfo de Estrelas Além do Tempo, o filme de maior bilheteria nos EUA em cada um dos dois últimos finais de semana.

Estrelas conta a história baseada em fatos reais das três mulheres negras que foram as heroínas inesperadas da Nasa nos anos 1960. Esta é uma mensagem vital, apresentada com grande carinho: o preconceito não só estrangula os sonhos individuais como também sangra estupidamente uma sociedade dos talentos de que necessita para cumprir todo o seu pleno potencial. Fences, adaptado da peça de August Wilson, focaliza uma família negra nos anos 50, particularmente um homem negro, interpretado por Denzel Washington, que também dirige o filme. Ele mostra de que maneira insidiosa a consciência de limites injustamente impostos vai corroendo uma pessoa.

Embora Moonlight trate do racismo de maneira menos rude, seu retrato da jornada de um rapaz atormentado até a idade adulta coloca graves e inquietantes questões sobre a forças sociais e culturais que condenam um número exagerado de jovens afro-americanos desfavorecidos nos dias de hoje. O diretor, Barry Jenkins, se dá conta de uma ferida que não se pode menosprezar e uma esperança que ninguém pode ignorar nas quais tantos artigos na imprensa e políticos só percebem um dado estatístico. Talvez isso aconteça por eles serem negros. Ou talvez porque são brilhantes.

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Com isso, não quero dizer que esses filmes devam ser enaltecidos como o único precioso antídoto contra a feiura que nos cerca. A homenagem lisonjeira de Meryl Streep a Hollywood passou convenientemente por cima do hábito da indústria de acompanhar astros masculinos com estrelas femininas com a metade da sua idade, de criar obstáculos ao trabalho de mulheres diretoras, de mostrar as minorias de maneira estereotipada, glamourizar os libertinos e de colocar na maioria das vezes o dinheiro acima da moral.

Os filmes nos dão algumas das nossas piores ideias a respeito de nós mesmos. Mas, por outro lado, como a grande ficção, eles são nossas pontes para vidas mal compreendidas, nossas bússolas para verdades aprendidas de maneira inadequada. É o que ocorre com os três filmes que acabei de descrever.

Quem sabe cada um deles renda uma indicação para a melhor atriz coadjuvante e assim aconteça uma inovação em matéria de Oscar: três concorrentes negras em uma única categoria de ator. É claro que não seria suficiente para compensar os erros passados, mas, mesmo assim, seria motivo para comemorações. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

Olhando do lado positivo, pelo menos Jenna Bush Hagger não disse “Cercas ocultas ao luar”, misturando os três filmes aclamados pela crítica sobre mulheres afro-americanas, que estão em exibição neste momento nos Estados Unidos.

Eu me refiro ao momento embaraçoso na entrega do Globo de Ouro quando Jenna, correspondente do programa Today da NBC, se referiu equivocadamente a Hidden Figures (Figuras Ocultas) - no Brasil Estrelas Além do Tempo - como Hidden Fences (Cercas Ocultas), como aconteceu com o ator Michael Keaton posteriormente, na mesma noite. Fences é uma película dirigida por Denzel Washington, e Hidden Figures e Moonlight (Moonlight - Sob a Luz do Luar) são outras candidatas à indicação para o Oscar, cujos vencedores serão anunciados na terça-feira, dia 24. São histórias sem nenhuma relação entre si em estilos igualmente sem qualquer relação. E não se trata de obras igualmente completas, pelo menos não na minha opinião. Moonlight é um filme ousado, um poema e de uma intimidade cheia de vibrações que contribuem para elevá-lo para muito acima dos outros dois.

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Mas, na realidade, eles estão ligados, porque juntos representam uma chance concreta, depois do estardalhaço a respeito de #OscarSoWhite, na tentativa de fazer uma correção com #OscarDoBlack, ou pelo menos uma obra do tipo #OscarMoreDiverse. O número de indicações que os três filmes poderão ou não receber terá de passar por um rigoroso exame, principalmente tendo em vista as atuais tensões em matéria de relações raciais.

O presidente eleito Donald Trump briga de uma maneira desnecessária e nada digna com um herói do movimento dos direitos civis. (O presidente eleito briga desse mesmo modo com um cast enorme.) Ele construiu uma base política em parte com mentiras, afirmando que o nosso primeiro presidente negro nasceu fora do país. Por causa disso e de muitas outras coisas, muitos membros negros do Congresso, entre outros democratas, não estarão presentes à sua posse.

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A raça já foi um assunto importante da premiação do Oscar, com disputas a respeito da razão pela qual Casey Affleck, o astro branco de Manchester à Beira-Mar, está sendo minuciosamente preparado para uma indicação para o prêmio de melhor ator (e, possivelmente, o vencedor), enquanto Nate Parker, astro e diretor de O Nascimento de Uma Nação quase certamente será derrotado. Há muito tempo, Parker vem sendo perseguido pela acusação de estupro; e nos últimos tempos, Affleck tem sido objeto de processos por assédio sexual. Será a diferença no teor das acusações, a qualidade dos seus filmes ou a cor da pele de ambos que explica seus destinos divergentes?

Como nos dois últimos anos não têm havido atores nem diretores negros indicados, a Academia instituiu medidas para diversificar seus integrantes. Independentemente de como se realizará o processo de votação deste ano, prevejo críticas: como a de que a tendência foi longe demais ou não o suficiente; ou que o mérito está sendo exagerado ou negado. Por isso, gostaria de refletir, antes de mais nada, no fato feliz, esperançoso, dos três filmes. Juntamente com outras análises referentes à raça nas telas, grandes ou pequenas, eles possuem uma graça e um alcance que estão em falta em grande parte ao debate na nossa sociedade. Melhor ainda, eles estão encontrando um público capaz de apreciá-los.

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Este foi um dos presentes dados pelo Globo de Ouro, no qual Moonlight - Sob a Luz do Luar e as comédias de TV Atlanta e Black-Ish foram as grandes vencedoras. Também é evidente no triunfo de Estrelas Além do Tempo, o filme de maior bilheteria nos EUA em cada um dos dois últimos finais de semana.

Estrelas conta a história baseada em fatos reais das três mulheres negras que foram as heroínas inesperadas da Nasa nos anos 1960. Esta é uma mensagem vital, apresentada com grande carinho: o preconceito não só estrangula os sonhos individuais como também sangra estupidamente uma sociedade dos talentos de que necessita para cumprir todo o seu pleno potencial. Fences, adaptado da peça de August Wilson, focaliza uma família negra nos anos 50, particularmente um homem negro, interpretado por Denzel Washington, que também dirige o filme. Ele mostra de que maneira insidiosa a consciência de limites injustamente impostos vai corroendo uma pessoa.

Embora Moonlight trate do racismo de maneira menos rude, seu retrato da jornada de um rapaz atormentado até a idade adulta coloca graves e inquietantes questões sobre a forças sociais e culturais que condenam um número exagerado de jovens afro-americanos desfavorecidos nos dias de hoje. O diretor, Barry Jenkins, se dá conta de uma ferida que não se pode menosprezar e uma esperança que ninguém pode ignorar nas quais tantos artigos na imprensa e políticos só percebem um dado estatístico. Talvez isso aconteça por eles serem negros. Ou talvez porque são brilhantes.

Com isso, não quero dizer que esses filmes devam ser enaltecidos como o único precioso antídoto contra a feiura que nos cerca. A homenagem lisonjeira de Meryl Streep a Hollywood passou convenientemente por cima do hábito da indústria de acompanhar astros masculinos com estrelas femininas com a metade da sua idade, de criar obstáculos ao trabalho de mulheres diretoras, de mostrar as minorias de maneira estereotipada, glamourizar os libertinos e de colocar na maioria das vezes o dinheiro acima da moral.

Os filmes nos dão algumas das nossas piores ideias a respeito de nós mesmos. Mas, por outro lado, como a grande ficção, eles são nossas pontes para vidas mal compreendidas, nossas bússolas para verdades aprendidas de maneira inadequada. É o que ocorre com os três filmes que acabei de descrever.

Quem sabe cada um deles renda uma indicação para a melhor atriz coadjuvante e assim aconteça uma inovação em matéria de Oscar: três concorrentes negras em uma única categoria de ator. É claro que não seria suficiente para compensar os erros passados, mas, mesmo assim, seria motivo para comemorações. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

Olhando do lado positivo, pelo menos Jenna Bush Hagger não disse “Cercas ocultas ao luar”, misturando os três filmes aclamados pela crítica sobre mulheres afro-americanas, que estão em exibição neste momento nos Estados Unidos.

Eu me refiro ao momento embaraçoso na entrega do Globo de Ouro quando Jenna, correspondente do programa Today da NBC, se referiu equivocadamente a Hidden Figures (Figuras Ocultas) - no Brasil Estrelas Além do Tempo - como Hidden Fences (Cercas Ocultas), como aconteceu com o ator Michael Keaton posteriormente, na mesma noite. Fences é uma película dirigida por Denzel Washington, e Hidden Figures e Moonlight (Moonlight - Sob a Luz do Luar) são outras candidatas à indicação para o Oscar, cujos vencedores serão anunciados na terça-feira, dia 24. São histórias sem nenhuma relação entre si em estilos igualmente sem qualquer relação. E não se trata de obras igualmente completas, pelo menos não na minha opinião. Moonlight é um filme ousado, um poema e de uma intimidade cheia de vibrações que contribuem para elevá-lo para muito acima dos outros dois.

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Mas, na realidade, eles estão ligados, porque juntos representam uma chance concreta, depois do estardalhaço a respeito de #OscarSoWhite, na tentativa de fazer uma correção com #OscarDoBlack, ou pelo menos uma obra do tipo #OscarMoreDiverse. O número de indicações que os três filmes poderão ou não receber terá de passar por um rigoroso exame, principalmente tendo em vista as atuais tensões em matéria de relações raciais.

O presidente eleito Donald Trump briga de uma maneira desnecessária e nada digna com um herói do movimento dos direitos civis. (O presidente eleito briga desse mesmo modo com um cast enorme.) Ele construiu uma base política em parte com mentiras, afirmando que o nosso primeiro presidente negro nasceu fora do país. Por causa disso e de muitas outras coisas, muitos membros negros do Congresso, entre outros democratas, não estarão presentes à sua posse.

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A raça já foi um assunto importante da premiação do Oscar, com disputas a respeito da razão pela qual Casey Affleck, o astro branco de Manchester à Beira-Mar, está sendo minuciosamente preparado para uma indicação para o prêmio de melhor ator (e, possivelmente, o vencedor), enquanto Nate Parker, astro e diretor de O Nascimento de Uma Nação quase certamente será derrotado. Há muito tempo, Parker vem sendo perseguido pela acusação de estupro; e nos últimos tempos, Affleck tem sido objeto de processos por assédio sexual. Será a diferença no teor das acusações, a qualidade dos seus filmes ou a cor da pele de ambos que explica seus destinos divergentes?

Como nos dois últimos anos não têm havido atores nem diretores negros indicados, a Academia instituiu medidas para diversificar seus integrantes. Independentemente de como se realizará o processo de votação deste ano, prevejo críticas: como a de que a tendência foi longe demais ou não o suficiente; ou que o mérito está sendo exagerado ou negado. Por isso, gostaria de refletir, antes de mais nada, no fato feliz, esperançoso, dos três filmes. Juntamente com outras análises referentes à raça nas telas, grandes ou pequenas, eles possuem uma graça e um alcance que estão em falta em grande parte ao debate na nossa sociedade. Melhor ainda, eles estão encontrando um público capaz de apreciá-los.

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Este foi um dos presentes dados pelo Globo de Ouro, no qual Moonlight - Sob a Luz do Luar e as comédias de TV Atlanta e Black-Ish foram as grandes vencedoras. Também é evidente no triunfo de Estrelas Além do Tempo, o filme de maior bilheteria nos EUA em cada um dos dois últimos finais de semana.

Estrelas conta a história baseada em fatos reais das três mulheres negras que foram as heroínas inesperadas da Nasa nos anos 1960. Esta é uma mensagem vital, apresentada com grande carinho: o preconceito não só estrangula os sonhos individuais como também sangra estupidamente uma sociedade dos talentos de que necessita para cumprir todo o seu pleno potencial. Fences, adaptado da peça de August Wilson, focaliza uma família negra nos anos 50, particularmente um homem negro, interpretado por Denzel Washington, que também dirige o filme. Ele mostra de que maneira insidiosa a consciência de limites injustamente impostos vai corroendo uma pessoa.

Embora Moonlight trate do racismo de maneira menos rude, seu retrato da jornada de um rapaz atormentado até a idade adulta coloca graves e inquietantes questões sobre a forças sociais e culturais que condenam um número exagerado de jovens afro-americanos desfavorecidos nos dias de hoje. O diretor, Barry Jenkins, se dá conta de uma ferida que não se pode menosprezar e uma esperança que ninguém pode ignorar nas quais tantos artigos na imprensa e políticos só percebem um dado estatístico. Talvez isso aconteça por eles serem negros. Ou talvez porque são brilhantes.

Com isso, não quero dizer que esses filmes devam ser enaltecidos como o único precioso antídoto contra a feiura que nos cerca. A homenagem lisonjeira de Meryl Streep a Hollywood passou convenientemente por cima do hábito da indústria de acompanhar astros masculinos com estrelas femininas com a metade da sua idade, de criar obstáculos ao trabalho de mulheres diretoras, de mostrar as minorias de maneira estereotipada, glamourizar os libertinos e de colocar na maioria das vezes o dinheiro acima da moral.

Os filmes nos dão algumas das nossas piores ideias a respeito de nós mesmos. Mas, por outro lado, como a grande ficção, eles são nossas pontes para vidas mal compreendidas, nossas bússolas para verdades aprendidas de maneira inadequada. É o que ocorre com os três filmes que acabei de descrever.

Quem sabe cada um deles renda uma indicação para a melhor atriz coadjuvante e assim aconteça uma inovação em matéria de Oscar: três concorrentes negras em uma única categoria de ator. É claro que não seria suficiente para compensar os erros passados, mas, mesmo assim, seria motivo para comemorações. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

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