O novo museu do cinema de Hollywood está pronto para um close-up


O local, que abre ao público no dia 30 de setembro, visa agradar cinéfilos de carteirinha, assim como fãs casuais, com uma coleção estelar de adereços e exposições celebrando a produção de filmes na capital do cinema

Por Christopher Palmeri
Vista do edifício esférico do Museu da Academia do Cinema, lar do David Geffen Theatre com 1.000 lugares e do Dolby Family Terrace, em Los Angeles, Califórnia. Foto: VALERIE MACON / AFP

Em uma das primeiras galerias do novo Academy Museum of Motion Pictures, Museu da Academia do Cinema, em Los Angeles, há uma grande tela mostrando cenas de Cidadão Kane.

Ande por trás dela e ali, quase brilhando sob um holofote, está um dos adereços mais famosos do filme, o trenó vermelho, chamado Rosebud, um dos três modelos de madeira balsa feitos para o filme. Os outros dois foram para a fornalha durante a gravação da crítica cena final do clássico de 1941, de Orson Welles.

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Hollywood sempre parece fazer um bom trabalho retratando-se, e o novo museu segue esse padrão de excelência. O local, que abre ao público no dia 30 de setembro, visa agradar cinéfilos de carteirinha, assim como fãs casuais, com uma coleção estelar de adereços e exposições celebrando a produção de filmes na capital do cinema.

Os sapatinhos de rubi da Dorothy de 'O Mágico de Oz' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Lá dentro você encontrará os sapatinhos de rubi de Dorothy, supostamente aqueles que ela usou quando bateu seus saltos em O Mágico de Oz, de 1939, e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga Guerra nas Estrelas. Também há o roupão usado por Jeff Bridges em O Grande Lebowski, em 1998, um dos seis que a figurinista Mary Zophres comprou na loja Marshalls.

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De fato, o museu faz um grande esforço iluminando o trabalho de muitas profissões que atuam nos bastidores e que continuam tão essenciais para o cinema. Você pode ver os chamados Foley artists recriando o som da corrida de Harrison Ford em Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida batendo com os pés no chão de um estúdio.

Um traje C-3PO e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga 'Guerra nas Estrelas' em exibição no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

A exposição sobre figurinos mostra as máscaras feitas para estrelas como Grace Kelly e Clark Gable, usadas para posicionar perucas e barba, assim como os dentes protéticos que Charlize Theron usou em Monster. Desejo Assassino, de 2003.

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E quem, além dos maiores fãs de cinema, saberia que Gale Sondergaard foi originalmente escalada para o papel da Bruxa Má em O Mágico de Oz, mas desistiu quando o papel mudou de uma bruxa glamorosa para uma bruxa feia. Nada bom para sua carreira, deve ter pensado.

“A esperança é que se oferecermos todas essas camadas, as pessoas podem mergulhar nelas o quanto quiserem”, disse Dara Jaffe, curadora-assistente, que trabalhou nessa galeria.

Visitante usa o celular ao lado de um capacete de 'Alien' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni
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O museu terá uma coleção rotativa de exposições. Uma delas, dedicada ao diretor Spike Lee, mostra suas diversas fontes de inspiração, da capa de um álbum de John Coltrane a uma das guitarras de Prince. Também há o smoking lilás e amarelo em homenagem a Kobe Bryant que ele vestiu no Oscar do ano passado.

O museu, instalado em uma loja de departamentos reformada da May Company, foi projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano, cujo trabalho inclui as alas Broad e Resnick do Los Angeles County Museum of Art, que fica bem ao lado. Sua localização, no coração da zona de museus da cidade, deve transformá-lo em uma parada popular para turistas e moradores. Entre suas características mais marcantes está uma esfera atrás do prédio original que funciona como um cinema de mil lugares.

Foi uma espera longa

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No Museu da Academia do Cinema, os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Foto: Bloomberg photo by Jill Connelly

O patrocinador do museu, a Academy of Motion Picture Arts and Sciences, sede do Oscar, está tentando criar um museu como esse quase desde sua fundação em 1927. O último resultado, como muitos blockbusters de Hollywood, atrasou e estourou o orçamento, com um custo final de 482 milhões de dólares. A Bloomberg Philanthropies providenciou o financiamento para o desenvolvimento de algumas experiências digitais do museu.

A entrada custa 25 dólares para adultos e crianças até 17 anos não pagam.

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Há também uma experiência especial que vem com uma taxa extra de 15 dólares. Os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Cópias de vídeo ficam disponíveis depois como lembranças; apenas não demore muito.

O Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, terá uma coleção rotativa de exposições. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Exposições iniciais

  • Histórias do Cinema: Perspectivas comemorativas, críticas e pessoais sobre as disciplinas e o impacto da produção cinematográfica, no passado e no presente.
  • Hayao Miyazaki: A primeira retrospectiva de museu na América do Norte da obra do aclamado cineasta japonês de animação do Studio Ghibli.
  • O Caminho para o Cinema: Seleções dos mais importantes acervos mundiais de brinquedos e dispositivos ópticos pré-cinematográficos.
  • Cenário de Fundo - Uma Arte Invisível: Instalação de pé-direito duplo que apresenta a pintura do Monte Rushmore usada em Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock.
  • A Experiência do Oscar: Uma simulação imersiva que permite ao visitante imaginar-se subindo no palco do Dolby Theatre para receber um Oscar.

TRADUÇÃOLÍVIA BUELONI GONÇALVES

Vista do edifício esférico do Museu da Academia do Cinema, lar do David Geffen Theatre com 1.000 lugares e do Dolby Family Terrace, em Los Angeles, Califórnia. Foto: VALERIE MACON / AFP

Em uma das primeiras galerias do novo Academy Museum of Motion Pictures, Museu da Academia do Cinema, em Los Angeles, há uma grande tela mostrando cenas de Cidadão Kane.

Ande por trás dela e ali, quase brilhando sob um holofote, está um dos adereços mais famosos do filme, o trenó vermelho, chamado Rosebud, um dos três modelos de madeira balsa feitos para o filme. Os outros dois foram para a fornalha durante a gravação da crítica cena final do clássico de 1941, de Orson Welles.

Hollywood sempre parece fazer um bom trabalho retratando-se, e o novo museu segue esse padrão de excelência. O local, que abre ao público no dia 30 de setembro, visa agradar cinéfilos de carteirinha, assim como fãs casuais, com uma coleção estelar de adereços e exposições celebrando a produção de filmes na capital do cinema.

Os sapatinhos de rubi da Dorothy de 'O Mágico de Oz' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Lá dentro você encontrará os sapatinhos de rubi de Dorothy, supostamente aqueles que ela usou quando bateu seus saltos em O Mágico de Oz, de 1939, e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga Guerra nas Estrelas. Também há o roupão usado por Jeff Bridges em O Grande Lebowski, em 1998, um dos seis que a figurinista Mary Zophres comprou na loja Marshalls.

De fato, o museu faz um grande esforço iluminando o trabalho de muitas profissões que atuam nos bastidores e que continuam tão essenciais para o cinema. Você pode ver os chamados Foley artists recriando o som da corrida de Harrison Ford em Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida batendo com os pés no chão de um estúdio.

Um traje C-3PO e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga 'Guerra nas Estrelas' em exibição no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

A exposição sobre figurinos mostra as máscaras feitas para estrelas como Grace Kelly e Clark Gable, usadas para posicionar perucas e barba, assim como os dentes protéticos que Charlize Theron usou em Monster. Desejo Assassino, de 2003.

E quem, além dos maiores fãs de cinema, saberia que Gale Sondergaard foi originalmente escalada para o papel da Bruxa Má em O Mágico de Oz, mas desistiu quando o papel mudou de uma bruxa glamorosa para uma bruxa feia. Nada bom para sua carreira, deve ter pensado.

“A esperança é que se oferecermos todas essas camadas, as pessoas podem mergulhar nelas o quanto quiserem”, disse Dara Jaffe, curadora-assistente, que trabalhou nessa galeria.

Visitante usa o celular ao lado de um capacete de 'Alien' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

O museu terá uma coleção rotativa de exposições. Uma delas, dedicada ao diretor Spike Lee, mostra suas diversas fontes de inspiração, da capa de um álbum de John Coltrane a uma das guitarras de Prince. Também há o smoking lilás e amarelo em homenagem a Kobe Bryant que ele vestiu no Oscar do ano passado.

O museu, instalado em uma loja de departamentos reformada da May Company, foi projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano, cujo trabalho inclui as alas Broad e Resnick do Los Angeles County Museum of Art, que fica bem ao lado. Sua localização, no coração da zona de museus da cidade, deve transformá-lo em uma parada popular para turistas e moradores. Entre suas características mais marcantes está uma esfera atrás do prédio original que funciona como um cinema de mil lugares.

Foi uma espera longa

No Museu da Academia do Cinema, os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Foto: Bloomberg photo by Jill Connelly

O patrocinador do museu, a Academy of Motion Picture Arts and Sciences, sede do Oscar, está tentando criar um museu como esse quase desde sua fundação em 1927. O último resultado, como muitos blockbusters de Hollywood, atrasou e estourou o orçamento, com um custo final de 482 milhões de dólares. A Bloomberg Philanthropies providenciou o financiamento para o desenvolvimento de algumas experiências digitais do museu.

A entrada custa 25 dólares para adultos e crianças até 17 anos não pagam.

Há também uma experiência especial que vem com uma taxa extra de 15 dólares. Os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Cópias de vídeo ficam disponíveis depois como lembranças; apenas não demore muito.

O Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, terá uma coleção rotativa de exposições. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Exposições iniciais

  • Histórias do Cinema: Perspectivas comemorativas, críticas e pessoais sobre as disciplinas e o impacto da produção cinematográfica, no passado e no presente.
  • Hayao Miyazaki: A primeira retrospectiva de museu na América do Norte da obra do aclamado cineasta japonês de animação do Studio Ghibli.
  • O Caminho para o Cinema: Seleções dos mais importantes acervos mundiais de brinquedos e dispositivos ópticos pré-cinematográficos.
  • Cenário de Fundo - Uma Arte Invisível: Instalação de pé-direito duplo que apresenta a pintura do Monte Rushmore usada em Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock.
  • A Experiência do Oscar: Uma simulação imersiva que permite ao visitante imaginar-se subindo no palco do Dolby Theatre para receber um Oscar.

TRADUÇÃOLÍVIA BUELONI GONÇALVES

Vista do edifício esférico do Museu da Academia do Cinema, lar do David Geffen Theatre com 1.000 lugares e do Dolby Family Terrace, em Los Angeles, Califórnia. Foto: VALERIE MACON / AFP

Em uma das primeiras galerias do novo Academy Museum of Motion Pictures, Museu da Academia do Cinema, em Los Angeles, há uma grande tela mostrando cenas de Cidadão Kane.

Ande por trás dela e ali, quase brilhando sob um holofote, está um dos adereços mais famosos do filme, o trenó vermelho, chamado Rosebud, um dos três modelos de madeira balsa feitos para o filme. Os outros dois foram para a fornalha durante a gravação da crítica cena final do clássico de 1941, de Orson Welles.

Hollywood sempre parece fazer um bom trabalho retratando-se, e o novo museu segue esse padrão de excelência. O local, que abre ao público no dia 30 de setembro, visa agradar cinéfilos de carteirinha, assim como fãs casuais, com uma coleção estelar de adereços e exposições celebrando a produção de filmes na capital do cinema.

Os sapatinhos de rubi da Dorothy de 'O Mágico de Oz' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Lá dentro você encontrará os sapatinhos de rubi de Dorothy, supostamente aqueles que ela usou quando bateu seus saltos em O Mágico de Oz, de 1939, e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga Guerra nas Estrelas. Também há o roupão usado por Jeff Bridges em O Grande Lebowski, em 1998, um dos seis que a figurinista Mary Zophres comprou na loja Marshalls.

De fato, o museu faz um grande esforço iluminando o trabalho de muitas profissões que atuam nos bastidores e que continuam tão essenciais para o cinema. Você pode ver os chamados Foley artists recriando o som da corrida de Harrison Ford em Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida batendo com os pés no chão de um estúdio.

Um traje C-3PO e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga 'Guerra nas Estrelas' em exibição no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

A exposição sobre figurinos mostra as máscaras feitas para estrelas como Grace Kelly e Clark Gable, usadas para posicionar perucas e barba, assim como os dentes protéticos que Charlize Theron usou em Monster. Desejo Assassino, de 2003.

E quem, além dos maiores fãs de cinema, saberia que Gale Sondergaard foi originalmente escalada para o papel da Bruxa Má em O Mágico de Oz, mas desistiu quando o papel mudou de uma bruxa glamorosa para uma bruxa feia. Nada bom para sua carreira, deve ter pensado.

“A esperança é que se oferecermos todas essas camadas, as pessoas podem mergulhar nelas o quanto quiserem”, disse Dara Jaffe, curadora-assistente, que trabalhou nessa galeria.

Visitante usa o celular ao lado de um capacete de 'Alien' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

O museu terá uma coleção rotativa de exposições. Uma delas, dedicada ao diretor Spike Lee, mostra suas diversas fontes de inspiração, da capa de um álbum de John Coltrane a uma das guitarras de Prince. Também há o smoking lilás e amarelo em homenagem a Kobe Bryant que ele vestiu no Oscar do ano passado.

O museu, instalado em uma loja de departamentos reformada da May Company, foi projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano, cujo trabalho inclui as alas Broad e Resnick do Los Angeles County Museum of Art, que fica bem ao lado. Sua localização, no coração da zona de museus da cidade, deve transformá-lo em uma parada popular para turistas e moradores. Entre suas características mais marcantes está uma esfera atrás do prédio original que funciona como um cinema de mil lugares.

Foi uma espera longa

No Museu da Academia do Cinema, os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Foto: Bloomberg photo by Jill Connelly

O patrocinador do museu, a Academy of Motion Picture Arts and Sciences, sede do Oscar, está tentando criar um museu como esse quase desde sua fundação em 1927. O último resultado, como muitos blockbusters de Hollywood, atrasou e estourou o orçamento, com um custo final de 482 milhões de dólares. A Bloomberg Philanthropies providenciou o financiamento para o desenvolvimento de algumas experiências digitais do museu.

A entrada custa 25 dólares para adultos e crianças até 17 anos não pagam.

Há também uma experiência especial que vem com uma taxa extra de 15 dólares. Os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Cópias de vídeo ficam disponíveis depois como lembranças; apenas não demore muito.

O Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, terá uma coleção rotativa de exposições. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Exposições iniciais

  • Histórias do Cinema: Perspectivas comemorativas, críticas e pessoais sobre as disciplinas e o impacto da produção cinematográfica, no passado e no presente.
  • Hayao Miyazaki: A primeira retrospectiva de museu na América do Norte da obra do aclamado cineasta japonês de animação do Studio Ghibli.
  • O Caminho para o Cinema: Seleções dos mais importantes acervos mundiais de brinquedos e dispositivos ópticos pré-cinematográficos.
  • Cenário de Fundo - Uma Arte Invisível: Instalação de pé-direito duplo que apresenta a pintura do Monte Rushmore usada em Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock.
  • A Experiência do Oscar: Uma simulação imersiva que permite ao visitante imaginar-se subindo no palco do Dolby Theatre para receber um Oscar.

TRADUÇÃOLÍVIA BUELONI GONÇALVES

Vista do edifício esférico do Museu da Academia do Cinema, lar do David Geffen Theatre com 1.000 lugares e do Dolby Family Terrace, em Los Angeles, Califórnia. Foto: VALERIE MACON / AFP

Em uma das primeiras galerias do novo Academy Museum of Motion Pictures, Museu da Academia do Cinema, em Los Angeles, há uma grande tela mostrando cenas de Cidadão Kane.

Ande por trás dela e ali, quase brilhando sob um holofote, está um dos adereços mais famosos do filme, o trenó vermelho, chamado Rosebud, um dos três modelos de madeira balsa feitos para o filme. Os outros dois foram para a fornalha durante a gravação da crítica cena final do clássico de 1941, de Orson Welles.

Hollywood sempre parece fazer um bom trabalho retratando-se, e o novo museu segue esse padrão de excelência. O local, que abre ao público no dia 30 de setembro, visa agradar cinéfilos de carteirinha, assim como fãs casuais, com uma coleção estelar de adereços e exposições celebrando a produção de filmes na capital do cinema.

Os sapatinhos de rubi da Dorothy de 'O Mágico de Oz' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Lá dentro você encontrará os sapatinhos de rubi de Dorothy, supostamente aqueles que ela usou quando bateu seus saltos em O Mágico de Oz, de 1939, e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga Guerra nas Estrelas. Também há o roupão usado por Jeff Bridges em O Grande Lebowski, em 1998, um dos seis que a figurinista Mary Zophres comprou na loja Marshalls.

De fato, o museu faz um grande esforço iluminando o trabalho de muitas profissões que atuam nos bastidores e que continuam tão essenciais para o cinema. Você pode ver os chamados Foley artists recriando o som da corrida de Harrison Ford em Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida batendo com os pés no chão de um estúdio.

Um traje C-3PO e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga 'Guerra nas Estrelas' em exibição no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

A exposição sobre figurinos mostra as máscaras feitas para estrelas como Grace Kelly e Clark Gable, usadas para posicionar perucas e barba, assim como os dentes protéticos que Charlize Theron usou em Monster. Desejo Assassino, de 2003.

E quem, além dos maiores fãs de cinema, saberia que Gale Sondergaard foi originalmente escalada para o papel da Bruxa Má em O Mágico de Oz, mas desistiu quando o papel mudou de uma bruxa glamorosa para uma bruxa feia. Nada bom para sua carreira, deve ter pensado.

“A esperança é que se oferecermos todas essas camadas, as pessoas podem mergulhar nelas o quanto quiserem”, disse Dara Jaffe, curadora-assistente, que trabalhou nessa galeria.

Visitante usa o celular ao lado de um capacete de 'Alien' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

O museu terá uma coleção rotativa de exposições. Uma delas, dedicada ao diretor Spike Lee, mostra suas diversas fontes de inspiração, da capa de um álbum de John Coltrane a uma das guitarras de Prince. Também há o smoking lilás e amarelo em homenagem a Kobe Bryant que ele vestiu no Oscar do ano passado.

O museu, instalado em uma loja de departamentos reformada da May Company, foi projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano, cujo trabalho inclui as alas Broad e Resnick do Los Angeles County Museum of Art, que fica bem ao lado. Sua localização, no coração da zona de museus da cidade, deve transformá-lo em uma parada popular para turistas e moradores. Entre suas características mais marcantes está uma esfera atrás do prédio original que funciona como um cinema de mil lugares.

Foi uma espera longa

No Museu da Academia do Cinema, os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Foto: Bloomberg photo by Jill Connelly

O patrocinador do museu, a Academy of Motion Picture Arts and Sciences, sede do Oscar, está tentando criar um museu como esse quase desde sua fundação em 1927. O último resultado, como muitos blockbusters de Hollywood, atrasou e estourou o orçamento, com um custo final de 482 milhões de dólares. A Bloomberg Philanthropies providenciou o financiamento para o desenvolvimento de algumas experiências digitais do museu.

A entrada custa 25 dólares para adultos e crianças até 17 anos não pagam.

Há também uma experiência especial que vem com uma taxa extra de 15 dólares. Os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Cópias de vídeo ficam disponíveis depois como lembranças; apenas não demore muito.

O Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, terá uma coleção rotativa de exposições. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Exposições iniciais

  • Histórias do Cinema: Perspectivas comemorativas, críticas e pessoais sobre as disciplinas e o impacto da produção cinematográfica, no passado e no presente.
  • Hayao Miyazaki: A primeira retrospectiva de museu na América do Norte da obra do aclamado cineasta japonês de animação do Studio Ghibli.
  • O Caminho para o Cinema: Seleções dos mais importantes acervos mundiais de brinquedos e dispositivos ópticos pré-cinematográficos.
  • Cenário de Fundo - Uma Arte Invisível: Instalação de pé-direito duplo que apresenta a pintura do Monte Rushmore usada em Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock.
  • A Experiência do Oscar: Uma simulação imersiva que permite ao visitante imaginar-se subindo no palco do Dolby Theatre para receber um Oscar.

TRADUÇÃOLÍVIA BUELONI GONÇALVES

Vista do edifício esférico do Museu da Academia do Cinema, lar do David Geffen Theatre com 1.000 lugares e do Dolby Family Terrace, em Los Angeles, Califórnia. Foto: VALERIE MACON / AFP

Em uma das primeiras galerias do novo Academy Museum of Motion Pictures, Museu da Academia do Cinema, em Los Angeles, há uma grande tela mostrando cenas de Cidadão Kane.

Ande por trás dela e ali, quase brilhando sob um holofote, está um dos adereços mais famosos do filme, o trenó vermelho, chamado Rosebud, um dos três modelos de madeira balsa feitos para o filme. Os outros dois foram para a fornalha durante a gravação da crítica cena final do clássico de 1941, de Orson Welles.

Hollywood sempre parece fazer um bom trabalho retratando-se, e o novo museu segue esse padrão de excelência. O local, que abre ao público no dia 30 de setembro, visa agradar cinéfilos de carteirinha, assim como fãs casuais, com uma coleção estelar de adereços e exposições celebrando a produção de filmes na capital do cinema.

Os sapatinhos de rubi da Dorothy de 'O Mágico de Oz' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Lá dentro você encontrará os sapatinhos de rubi de Dorothy, supostamente aqueles que ela usou quando bateu seus saltos em O Mágico de Oz, de 1939, e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga Guerra nas Estrelas. Também há o roupão usado por Jeff Bridges em O Grande Lebowski, em 1998, um dos seis que a figurinista Mary Zophres comprou na loja Marshalls.

De fato, o museu faz um grande esforço iluminando o trabalho de muitas profissões que atuam nos bastidores e que continuam tão essenciais para o cinema. Você pode ver os chamados Foley artists recriando o som da corrida de Harrison Ford em Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida batendo com os pés no chão de um estúdio.

Um traje C-3PO e um R2-D2 com controle remoto utilizado na saga 'Guerra nas Estrelas' em exibição no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

A exposição sobre figurinos mostra as máscaras feitas para estrelas como Grace Kelly e Clark Gable, usadas para posicionar perucas e barba, assim como os dentes protéticos que Charlize Theron usou em Monster. Desejo Assassino, de 2003.

E quem, além dos maiores fãs de cinema, saberia que Gale Sondergaard foi originalmente escalada para o papel da Bruxa Má em O Mágico de Oz, mas desistiu quando o papel mudou de uma bruxa glamorosa para uma bruxa feia. Nada bom para sua carreira, deve ter pensado.

“A esperança é que se oferecermos todas essas camadas, as pessoas podem mergulhar nelas o quanto quiserem”, disse Dara Jaffe, curadora-assistente, que trabalhou nessa galeria.

Visitante usa o celular ao lado de um capacete de 'Alien' no Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

O museu terá uma coleção rotativa de exposições. Uma delas, dedicada ao diretor Spike Lee, mostra suas diversas fontes de inspiração, da capa de um álbum de John Coltrane a uma das guitarras de Prince. Também há o smoking lilás e amarelo em homenagem a Kobe Bryant que ele vestiu no Oscar do ano passado.

O museu, instalado em uma loja de departamentos reformada da May Company, foi projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano, cujo trabalho inclui as alas Broad e Resnick do Los Angeles County Museum of Art, que fica bem ao lado. Sua localização, no coração da zona de museus da cidade, deve transformá-lo em uma parada popular para turistas e moradores. Entre suas características mais marcantes está uma esfera atrás do prédio original que funciona como um cinema de mil lugares.

Foi uma espera longa

No Museu da Academia do Cinema, os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Foto: Bloomberg photo by Jill Connelly

O patrocinador do museu, a Academy of Motion Picture Arts and Sciences, sede do Oscar, está tentando criar um museu como esse quase desde sua fundação em 1927. O último resultado, como muitos blockbusters de Hollywood, atrasou e estourou o orçamento, com um custo final de 482 milhões de dólares. A Bloomberg Philanthropies providenciou o financiamento para o desenvolvimento de algumas experiências digitais do museu.

A entrada custa 25 dólares para adultos e crianças até 17 anos não pagam.

Há também uma experiência especial que vem com uma taxa extra de 15 dólares. Os visitantes podem atravessar cortinas vermelhas ondulantes e chegarem a um palco falso, com luzes em seus olhos e a projeção de um público aplaudindo enquanto fazem seus próprios discursos de agradecimento pelo Oscar. Cópias de vídeo ficam disponíveis depois como lembranças; apenas não demore muito.

O Museu da Academia do Cinema em Los Angeles, Califórnia, terá uma coleção rotativa de exposições. Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Exposições iniciais

  • Histórias do Cinema: Perspectivas comemorativas, críticas e pessoais sobre as disciplinas e o impacto da produção cinematográfica, no passado e no presente.
  • Hayao Miyazaki: A primeira retrospectiva de museu na América do Norte da obra do aclamado cineasta japonês de animação do Studio Ghibli.
  • O Caminho para o Cinema: Seleções dos mais importantes acervos mundiais de brinquedos e dispositivos ópticos pré-cinematográficos.
  • Cenário de Fundo - Uma Arte Invisível: Instalação de pé-direito duplo que apresenta a pintura do Monte Rushmore usada em Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock.
  • A Experiência do Oscar: Uma simulação imersiva que permite ao visitante imaginar-se subindo no palco do Dolby Theatre para receber um Oscar.

TRADUÇÃOLÍVIA BUELONI GONÇALVES

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