O que esperar de ‘Barbie’? Alto teor de deboche e boas atuações marcam trechos vistos pelo ‘Estadão’


Novo filme de Greta Gerwig, com Margot Robbie e Ryan Gosling nos papéis principais, chega aos cinemas do Brasil em 20 de julho. Veja algumas respostas que os trechos do filme apontam

Por Simião Castro
Atualização:

Greta Gerwig fez o que quis com Barbie. E deve entregar um dos melhores filmes da temporada no próximo 20 de julho. Ao menos é o que indicam os 26 minutos inéditos do longa que o Estadão assistiu a convite da Warner.

A exibição exclusiva para imprensa e influencers ocorreu na Cidade do México, no último 7 de julho. E evento semelhante só se repetiu em outras sete cidades pelo mundo: Los Angeles, Nova York, Londres, Berlim, Sydney, Toronto e Seul.

O estúdio também viabilizou entrevistas com a protagonista Margot Robbie, o ator Ryan Gosling e a atriz America Ferrera, que serão publicadas em breve. Assim como a crítica do filme completo, assim que disponível. Mas já é possível responder a algumas perguntas...

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  • Sobre o que é ‘Barbie’?
  • Como ele trata as questões femininas?
  • Como é a química entre os atores?
  • E a direção de arte, manda bem?

Veja as respostas no vídeo e texto abaixo:

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Sobre o que é Barbie?

Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Se a princípio era difícil entender o que afinal é o filme da Barbie - um live action? uma comédia escrachada? uma biografia da boneca ou da Mattel? -, o trecho exibido pela Warner sinaliza. Parece ser uma sátira à hegemonia masculina no mundo.

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A Barbie de Margot leva uma vida leve e, por que não, fútil. Até que um acontecimento do mundo real provoca uma ruptura na rotina perfeita da boneca. Ela então é forçada a deixar o conforto da Barbieland para tentar corrigir o problema no lado humano da história.

E embora o caráter cômico seja super competente, talvez seja só a superfície. Ao fim do segmento direto que mostra a primeira parte do filme, o estúdio juntou um compacto de cenas do restante da trama.

E dali brota uma carga dramática digna da diretora que carrega a produção. É fundamental lembrar que Greta Gerwig é a cineasta indicada ao Oscar por Adoráveis Mulheres e Lady Bird.

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Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Não soa como um panfleto feminista

Logo de cara o filme surpreende alfinetando que o mundo das bonecas é da mais pura fantasia. E que a igualdade de gênero, ou uma suposta primazia feminina, só existem na Barbieland.

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Isso explica por que Margot Robbie, que faz a personagem-título, pensou: “Pena que [este filme] nunca verá a luz do dia, porque nunca vão nos deixar fazer”. O roteiro cita nominalmente a - e tira sarro da - Mattel, criadora da boneca, tocando na ferida por mais de uma vez. Lembrando: isso só na primeira meia-hora de filme.

Mas não soa como um panfleto feminista. O longa exalta o poder das mulheres, sim, e não se limita a nenhuma discussão. Mas usa o deboche e o humor para atacar a temática, de forma esperta. Tudo contribui para o riso fácil.

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Elenco afinado

As atuações têm ótimos momentos. Especialmente da estrela Margot Robbie. Se ela não era a primeira opção - a própria Robbie como produtora do filme queria Gal Gadot (Mulher Maravilha) no papel -, a escolha não poderia ter sido melhor.

A atriz tem um alcance performático absurdo. Não por acaso, consegue dar vida a personagens como Arlequina (O Esquadrão Suicida) e Tonya Harding (Eu, Tonya). Como a Barbie Estereotípica, ela dosa muito corretamente o charme, a esquisitice, a extroversão e a alienação que só uma boneca de padrões irrealistas é capaz de ter.

E não está sozinha. O time de atrizes escalado para encarnar as diferentes facetas da boneca mostra resultados excelentes - ao menos no trecho assistido. Cada uma na própria característica, com uma diversidade pouco comum no cinema hollywoodiano.

Emma Mackey como Barbie, Ncuti Gatwa como Ken, Simu Liu como Ken, Margot Robbie como Barbie, Ryan Gosling como Ken e Kingsley Ben-Adir como Ken Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Os atores também estão fortes, com destaque para os Ken de Ryan Gosling e Simu Liu. Além do Alan, Michael Cera. Sinergia e entrosamento que transbordam da tela. Mas são o que foram feitos para ser: coadjuvantes.

Cada detalhe conta

O rigor na cenografia também colabora com a fantasia. Alimenta o exagero, quando necessário, e ajuda a provocar reflexão, quando vital. A estética é toda pensada na minúcio e no detalhe. Uma produção concebida em cada singularidade.

Ao que tudo indica, Barbie é um filme para todo mundo assistir rindo, enquanto pensa sobre como seria um mundo menos injusto. E chorar desejando que este mundo vire realidade.

Ao menos é o que o trecho assistido permite concluir. Resta ver se a impressão se sustenta na exibição do filme inteiro. Afinal, quem nunca viu um filme que começa bem e depois patina? A conferir...

*O jornalista viajou a convite da Warner

Greta Gerwig fez o que quis com Barbie. E deve entregar um dos melhores filmes da temporada no próximo 20 de julho. Ao menos é o que indicam os 26 minutos inéditos do longa que o Estadão assistiu a convite da Warner.

A exibição exclusiva para imprensa e influencers ocorreu na Cidade do México, no último 7 de julho. E evento semelhante só se repetiu em outras sete cidades pelo mundo: Los Angeles, Nova York, Londres, Berlim, Sydney, Toronto e Seul.

O estúdio também viabilizou entrevistas com a protagonista Margot Robbie, o ator Ryan Gosling e a atriz America Ferrera, que serão publicadas em breve. Assim como a crítica do filme completo, assim que disponível. Mas já é possível responder a algumas perguntas...

  • Sobre o que é ‘Barbie’?
  • Como ele trata as questões femininas?
  • Como é a química entre os atores?
  • E a direção de arte, manda bem?

Veja as respostas no vídeo e texto abaixo:

Sobre o que é Barbie?

Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Se a princípio era difícil entender o que afinal é o filme da Barbie - um live action? uma comédia escrachada? uma biografia da boneca ou da Mattel? -, o trecho exibido pela Warner sinaliza. Parece ser uma sátira à hegemonia masculina no mundo.

A Barbie de Margot leva uma vida leve e, por que não, fútil. Até que um acontecimento do mundo real provoca uma ruptura na rotina perfeita da boneca. Ela então é forçada a deixar o conforto da Barbieland para tentar corrigir o problema no lado humano da história.

E embora o caráter cômico seja super competente, talvez seja só a superfície. Ao fim do segmento direto que mostra a primeira parte do filme, o estúdio juntou um compacto de cenas do restante da trama.

E dali brota uma carga dramática digna da diretora que carrega a produção. É fundamental lembrar que Greta Gerwig é a cineasta indicada ao Oscar por Adoráveis Mulheres e Lady Bird.

Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Não soa como um panfleto feminista

Logo de cara o filme surpreende alfinetando que o mundo das bonecas é da mais pura fantasia. E que a igualdade de gênero, ou uma suposta primazia feminina, só existem na Barbieland.

Isso explica por que Margot Robbie, que faz a personagem-título, pensou: “Pena que [este filme] nunca verá a luz do dia, porque nunca vão nos deixar fazer”. O roteiro cita nominalmente a - e tira sarro da - Mattel, criadora da boneca, tocando na ferida por mais de uma vez. Lembrando: isso só na primeira meia-hora de filme.

Mas não soa como um panfleto feminista. O longa exalta o poder das mulheres, sim, e não se limita a nenhuma discussão. Mas usa o deboche e o humor para atacar a temática, de forma esperta. Tudo contribui para o riso fácil.

Elenco afinado

As atuações têm ótimos momentos. Especialmente da estrela Margot Robbie. Se ela não era a primeira opção - a própria Robbie como produtora do filme queria Gal Gadot (Mulher Maravilha) no papel -, a escolha não poderia ter sido melhor.

A atriz tem um alcance performático absurdo. Não por acaso, consegue dar vida a personagens como Arlequina (O Esquadrão Suicida) e Tonya Harding (Eu, Tonya). Como a Barbie Estereotípica, ela dosa muito corretamente o charme, a esquisitice, a extroversão e a alienação que só uma boneca de padrões irrealistas é capaz de ter.

E não está sozinha. O time de atrizes escalado para encarnar as diferentes facetas da boneca mostra resultados excelentes - ao menos no trecho assistido. Cada uma na própria característica, com uma diversidade pouco comum no cinema hollywoodiano.

Emma Mackey como Barbie, Ncuti Gatwa como Ken, Simu Liu como Ken, Margot Robbie como Barbie, Ryan Gosling como Ken e Kingsley Ben-Adir como Ken Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Os atores também estão fortes, com destaque para os Ken de Ryan Gosling e Simu Liu. Além do Alan, Michael Cera. Sinergia e entrosamento que transbordam da tela. Mas são o que foram feitos para ser: coadjuvantes.

Cada detalhe conta

O rigor na cenografia também colabora com a fantasia. Alimenta o exagero, quando necessário, e ajuda a provocar reflexão, quando vital. A estética é toda pensada na minúcio e no detalhe. Uma produção concebida em cada singularidade.

Ao que tudo indica, Barbie é um filme para todo mundo assistir rindo, enquanto pensa sobre como seria um mundo menos injusto. E chorar desejando que este mundo vire realidade.

Ao menos é o que o trecho assistido permite concluir. Resta ver se a impressão se sustenta na exibição do filme inteiro. Afinal, quem nunca viu um filme que começa bem e depois patina? A conferir...

*O jornalista viajou a convite da Warner

Greta Gerwig fez o que quis com Barbie. E deve entregar um dos melhores filmes da temporada no próximo 20 de julho. Ao menos é o que indicam os 26 minutos inéditos do longa que o Estadão assistiu a convite da Warner.

A exibição exclusiva para imprensa e influencers ocorreu na Cidade do México, no último 7 de julho. E evento semelhante só se repetiu em outras sete cidades pelo mundo: Los Angeles, Nova York, Londres, Berlim, Sydney, Toronto e Seul.

O estúdio também viabilizou entrevistas com a protagonista Margot Robbie, o ator Ryan Gosling e a atriz America Ferrera, que serão publicadas em breve. Assim como a crítica do filme completo, assim que disponível. Mas já é possível responder a algumas perguntas...

  • Sobre o que é ‘Barbie’?
  • Como ele trata as questões femininas?
  • Como é a química entre os atores?
  • E a direção de arte, manda bem?

Veja as respostas no vídeo e texto abaixo:

Sobre o que é Barbie?

Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Se a princípio era difícil entender o que afinal é o filme da Barbie - um live action? uma comédia escrachada? uma biografia da boneca ou da Mattel? -, o trecho exibido pela Warner sinaliza. Parece ser uma sátira à hegemonia masculina no mundo.

A Barbie de Margot leva uma vida leve e, por que não, fútil. Até que um acontecimento do mundo real provoca uma ruptura na rotina perfeita da boneca. Ela então é forçada a deixar o conforto da Barbieland para tentar corrigir o problema no lado humano da história.

E embora o caráter cômico seja super competente, talvez seja só a superfície. Ao fim do segmento direto que mostra a primeira parte do filme, o estúdio juntou um compacto de cenas do restante da trama.

E dali brota uma carga dramática digna da diretora que carrega a produção. É fundamental lembrar que Greta Gerwig é a cineasta indicada ao Oscar por Adoráveis Mulheres e Lady Bird.

Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Não soa como um panfleto feminista

Logo de cara o filme surpreende alfinetando que o mundo das bonecas é da mais pura fantasia. E que a igualdade de gênero, ou uma suposta primazia feminina, só existem na Barbieland.

Isso explica por que Margot Robbie, que faz a personagem-título, pensou: “Pena que [este filme] nunca verá a luz do dia, porque nunca vão nos deixar fazer”. O roteiro cita nominalmente a - e tira sarro da - Mattel, criadora da boneca, tocando na ferida por mais de uma vez. Lembrando: isso só na primeira meia-hora de filme.

Mas não soa como um panfleto feminista. O longa exalta o poder das mulheres, sim, e não se limita a nenhuma discussão. Mas usa o deboche e o humor para atacar a temática, de forma esperta. Tudo contribui para o riso fácil.

Elenco afinado

As atuações têm ótimos momentos. Especialmente da estrela Margot Robbie. Se ela não era a primeira opção - a própria Robbie como produtora do filme queria Gal Gadot (Mulher Maravilha) no papel -, a escolha não poderia ter sido melhor.

A atriz tem um alcance performático absurdo. Não por acaso, consegue dar vida a personagens como Arlequina (O Esquadrão Suicida) e Tonya Harding (Eu, Tonya). Como a Barbie Estereotípica, ela dosa muito corretamente o charme, a esquisitice, a extroversão e a alienação que só uma boneca de padrões irrealistas é capaz de ter.

E não está sozinha. O time de atrizes escalado para encarnar as diferentes facetas da boneca mostra resultados excelentes - ao menos no trecho assistido. Cada uma na própria característica, com uma diversidade pouco comum no cinema hollywoodiano.

Emma Mackey como Barbie, Ncuti Gatwa como Ken, Simu Liu como Ken, Margot Robbie como Barbie, Ryan Gosling como Ken e Kingsley Ben-Adir como Ken Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Os atores também estão fortes, com destaque para os Ken de Ryan Gosling e Simu Liu. Além do Alan, Michael Cera. Sinergia e entrosamento que transbordam da tela. Mas são o que foram feitos para ser: coadjuvantes.

Cada detalhe conta

O rigor na cenografia também colabora com a fantasia. Alimenta o exagero, quando necessário, e ajuda a provocar reflexão, quando vital. A estética é toda pensada na minúcio e no detalhe. Uma produção concebida em cada singularidade.

Ao que tudo indica, Barbie é um filme para todo mundo assistir rindo, enquanto pensa sobre como seria um mundo menos injusto. E chorar desejando que este mundo vire realidade.

Ao menos é o que o trecho assistido permite concluir. Resta ver se a impressão se sustenta na exibição do filme inteiro. Afinal, quem nunca viu um filme que começa bem e depois patina? A conferir...

*O jornalista viajou a convite da Warner

Greta Gerwig fez o que quis com Barbie. E deve entregar um dos melhores filmes da temporada no próximo 20 de julho. Ao menos é o que indicam os 26 minutos inéditos do longa que o Estadão assistiu a convite da Warner.

A exibição exclusiva para imprensa e influencers ocorreu na Cidade do México, no último 7 de julho. E evento semelhante só se repetiu em outras sete cidades pelo mundo: Los Angeles, Nova York, Londres, Berlim, Sydney, Toronto e Seul.

O estúdio também viabilizou entrevistas com a protagonista Margot Robbie, o ator Ryan Gosling e a atriz America Ferrera, que serão publicadas em breve. Assim como a crítica do filme completo, assim que disponível. Mas já é possível responder a algumas perguntas...

  • Sobre o que é ‘Barbie’?
  • Como ele trata as questões femininas?
  • Como é a química entre os atores?
  • E a direção de arte, manda bem?

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Sobre o que é Barbie?

Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Se a princípio era difícil entender o que afinal é o filme da Barbie - um live action? uma comédia escrachada? uma biografia da boneca ou da Mattel? -, o trecho exibido pela Warner sinaliza. Parece ser uma sátira à hegemonia masculina no mundo.

A Barbie de Margot leva uma vida leve e, por que não, fútil. Até que um acontecimento do mundo real provoca uma ruptura na rotina perfeita da boneca. Ela então é forçada a deixar o conforto da Barbieland para tentar corrigir o problema no lado humano da história.

E embora o caráter cômico seja super competente, talvez seja só a superfície. Ao fim do segmento direto que mostra a primeira parte do filme, o estúdio juntou um compacto de cenas do restante da trama.

E dali brota uma carga dramática digna da diretora que carrega a produção. É fundamental lembrar que Greta Gerwig é a cineasta indicada ao Oscar por Adoráveis Mulheres e Lady Bird.

Margot Robbie como 'Barbie' Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Não soa como um panfleto feminista

Logo de cara o filme surpreende alfinetando que o mundo das bonecas é da mais pura fantasia. E que a igualdade de gênero, ou uma suposta primazia feminina, só existem na Barbieland.

Isso explica por que Margot Robbie, que faz a personagem-título, pensou: “Pena que [este filme] nunca verá a luz do dia, porque nunca vão nos deixar fazer”. O roteiro cita nominalmente a - e tira sarro da - Mattel, criadora da boneca, tocando na ferida por mais de uma vez. Lembrando: isso só na primeira meia-hora de filme.

Mas não soa como um panfleto feminista. O longa exalta o poder das mulheres, sim, e não se limita a nenhuma discussão. Mas usa o deboche e o humor para atacar a temática, de forma esperta. Tudo contribui para o riso fácil.

Elenco afinado

As atuações têm ótimos momentos. Especialmente da estrela Margot Robbie. Se ela não era a primeira opção - a própria Robbie como produtora do filme queria Gal Gadot (Mulher Maravilha) no papel -, a escolha não poderia ter sido melhor.

A atriz tem um alcance performático absurdo. Não por acaso, consegue dar vida a personagens como Arlequina (O Esquadrão Suicida) e Tonya Harding (Eu, Tonya). Como a Barbie Estereotípica, ela dosa muito corretamente o charme, a esquisitice, a extroversão e a alienação que só uma boneca de padrões irrealistas é capaz de ter.

E não está sozinha. O time de atrizes escalado para encarnar as diferentes facetas da boneca mostra resultados excelentes - ao menos no trecho assistido. Cada uma na própria característica, com uma diversidade pouco comum no cinema hollywoodiano.

Emma Mackey como Barbie, Ncuti Gatwa como Ken, Simu Liu como Ken, Margot Robbie como Barbie, Ryan Gosling como Ken e Kingsley Ben-Adir como Ken Foto: Cortesia Warner Bros. Pictures

Os atores também estão fortes, com destaque para os Ken de Ryan Gosling e Simu Liu. Além do Alan, Michael Cera. Sinergia e entrosamento que transbordam da tela. Mas são o que foram feitos para ser: coadjuvantes.

Cada detalhe conta

O rigor na cenografia também colabora com a fantasia. Alimenta o exagero, quando necessário, e ajuda a provocar reflexão, quando vital. A estética é toda pensada na minúcio e no detalhe. Uma produção concebida em cada singularidade.

Ao que tudo indica, Barbie é um filme para todo mundo assistir rindo, enquanto pensa sobre como seria um mundo menos injusto. E chorar desejando que este mundo vire realidade.

Ao menos é o que o trecho assistido permite concluir. Resta ver se a impressão se sustenta na exibição do filme inteiro. Afinal, quem nunca viu um filme que começa bem e depois patina? A conferir...

*O jornalista viajou a convite da Warner

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