Olivier Assayas é homenageado durante abertura da 43.ª Mostra de Cinema


O diretor francês, que veio ao país para divulgar 'Wasp Network', acompanhou junto com presentes uma retrospectiva com os 16 filmes que marcaram sua carreira

Por Luiz Carlos Merten

Olivier Assayas guarda belas lembranças da época em que fez Irma Vep, em 1996. Estava se firmando como diretor, apaixonado por sua estrela, Maggie Cheung. Seis anos mais tarde, quando fizeram Demonlover, estavam terminando. Em 2004, quando ela recebeu o prêmio de melhor atriz em Cannes, havia somente a admiração e o respeito artísticos. “Foi um presente de despedida”, ele brinca. Assayas está em São Paulo, na Mostra. O parisiense de 64 anos veio para a abertura do evento, na quarta-feira à noite, com o thriller Wasp Network, que tem DNA brasileiro – a produção é de Rodrigo Teixeira.

Irma Vep, estreado porMaggie Cheung, marcou a estreia de Olivier Assayas no cinema Foto: Mostra Internacional de Cinema de São Paulo/ Divulgação

Além de proporcionar a obra de abertura, Assayas, que trouxe parte de seu elenco – Edgar Ramírez, Leonardo Sbaraglia, Wagner Moura, etc. –, também está sendo homenageado com uma retrospectiva. São 16 filmes, incluindo os quatro citados. Nesta sexta, 18, ele ministra uma masterclass. O que vai dizer, professor? Ele acha graça. “Não faço a menor ideia, e por sinal não gosto dessa expressão: masterclass. Gosto do diálogo, da troca. Improviso em função do que as pessoas me propõem.” No set de filmagem, também é assim. “Quando escrevo o roteiro, nunca me preocupo sobre como vou filmar a cena. E, quando iniciou a filmagem, é sempre a mesma coisa. O filme vai tomando forma no set, com os ambientes, as paisagens, o elenco.”

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Wasp Network? “Queria muito voltar ao universo de Carlos (seu thriller sobre o notório terrorista chamado de Chacal). Rodrigo (Teixeira) enviou o projeto ao meu produtor. Não conhecia o livro de Fernando Morais (Os Últimos Soldados da Guerra Fria). Li na edição inglesa, e achei que era o que estava querendo.” E o que era isso? “Você sabe. Histórias de pessoas confrontadas com a História, com as transformações do mundo. Gosto do cinema que tem compromisso com a realidade.” 

Três quartos de Wasp Network são ótimos – toda a parte inicial e o funcionamento da rede de espionagem montada por cubanos que fingiram desertar para os EUA. Parecem traidores, mas são heróis da revolução castristas. Quando a mulher de Ramírez, Penélope Cruz, junta-se ao marido em Miami, o filme vira novelão. “Entendo o que você diz, mas estou seguindo a história real. Não inventei nada.” 

Assayas ama filmar mulheres. O que nos leva de volta a Maggie Cheung. “Ela já era uma grande estrela na Ásia quando aceitou fazer o filme. É sobre uma atriz que refaz o seriado clássico do cinema mudo, Les Vampires, de Louis Feuillade, e a perturbação que causa no diretor”, diz. Demonlover/Espionagem na Rede, com Connie Nielsen, é sobre o universo dos sites pornográficos. Clean é sobre uma ex-drogada que, limpa, e depois de passar um período na cadeia, tenta recomeçar com o filho. Assayas filmou o pós-Maio de 68, as transformações no mundo editorial, em tempos de internet em Vidas Duplas. “Sim, sempre as mudanças, sempre os destinos sentimentais”, avalia.

Olivier Assayas guarda belas lembranças da época em que fez Irma Vep, em 1996. Estava se firmando como diretor, apaixonado por sua estrela, Maggie Cheung. Seis anos mais tarde, quando fizeram Demonlover, estavam terminando. Em 2004, quando ela recebeu o prêmio de melhor atriz em Cannes, havia somente a admiração e o respeito artísticos. “Foi um presente de despedida”, ele brinca. Assayas está em São Paulo, na Mostra. O parisiense de 64 anos veio para a abertura do evento, na quarta-feira à noite, com o thriller Wasp Network, que tem DNA brasileiro – a produção é de Rodrigo Teixeira.

Irma Vep, estreado porMaggie Cheung, marcou a estreia de Olivier Assayas no cinema Foto: Mostra Internacional de Cinema de São Paulo/ Divulgação

Além de proporcionar a obra de abertura, Assayas, que trouxe parte de seu elenco – Edgar Ramírez, Leonardo Sbaraglia, Wagner Moura, etc. –, também está sendo homenageado com uma retrospectiva. São 16 filmes, incluindo os quatro citados. Nesta sexta, 18, ele ministra uma masterclass. O que vai dizer, professor? Ele acha graça. “Não faço a menor ideia, e por sinal não gosto dessa expressão: masterclass. Gosto do diálogo, da troca. Improviso em função do que as pessoas me propõem.” No set de filmagem, também é assim. “Quando escrevo o roteiro, nunca me preocupo sobre como vou filmar a cena. E, quando iniciou a filmagem, é sempre a mesma coisa. O filme vai tomando forma no set, com os ambientes, as paisagens, o elenco.”

Wasp Network? “Queria muito voltar ao universo de Carlos (seu thriller sobre o notório terrorista chamado de Chacal). Rodrigo (Teixeira) enviou o projeto ao meu produtor. Não conhecia o livro de Fernando Morais (Os Últimos Soldados da Guerra Fria). Li na edição inglesa, e achei que era o que estava querendo.” E o que era isso? “Você sabe. Histórias de pessoas confrontadas com a História, com as transformações do mundo. Gosto do cinema que tem compromisso com a realidade.” 

Três quartos de Wasp Network são ótimos – toda a parte inicial e o funcionamento da rede de espionagem montada por cubanos que fingiram desertar para os EUA. Parecem traidores, mas são heróis da revolução castristas. Quando a mulher de Ramírez, Penélope Cruz, junta-se ao marido em Miami, o filme vira novelão. “Entendo o que você diz, mas estou seguindo a história real. Não inventei nada.” 

Assayas ama filmar mulheres. O que nos leva de volta a Maggie Cheung. “Ela já era uma grande estrela na Ásia quando aceitou fazer o filme. É sobre uma atriz que refaz o seriado clássico do cinema mudo, Les Vampires, de Louis Feuillade, e a perturbação que causa no diretor”, diz. Demonlover/Espionagem na Rede, com Connie Nielsen, é sobre o universo dos sites pornográficos. Clean é sobre uma ex-drogada que, limpa, e depois de passar um período na cadeia, tenta recomeçar com o filho. Assayas filmou o pós-Maio de 68, as transformações no mundo editorial, em tempos de internet em Vidas Duplas. “Sim, sempre as mudanças, sempre os destinos sentimentais”, avalia.

Olivier Assayas guarda belas lembranças da época em que fez Irma Vep, em 1996. Estava se firmando como diretor, apaixonado por sua estrela, Maggie Cheung. Seis anos mais tarde, quando fizeram Demonlover, estavam terminando. Em 2004, quando ela recebeu o prêmio de melhor atriz em Cannes, havia somente a admiração e o respeito artísticos. “Foi um presente de despedida”, ele brinca. Assayas está em São Paulo, na Mostra. O parisiense de 64 anos veio para a abertura do evento, na quarta-feira à noite, com o thriller Wasp Network, que tem DNA brasileiro – a produção é de Rodrigo Teixeira.

Irma Vep, estreado porMaggie Cheung, marcou a estreia de Olivier Assayas no cinema Foto: Mostra Internacional de Cinema de São Paulo/ Divulgação

Além de proporcionar a obra de abertura, Assayas, que trouxe parte de seu elenco – Edgar Ramírez, Leonardo Sbaraglia, Wagner Moura, etc. –, também está sendo homenageado com uma retrospectiva. São 16 filmes, incluindo os quatro citados. Nesta sexta, 18, ele ministra uma masterclass. O que vai dizer, professor? Ele acha graça. “Não faço a menor ideia, e por sinal não gosto dessa expressão: masterclass. Gosto do diálogo, da troca. Improviso em função do que as pessoas me propõem.” No set de filmagem, também é assim. “Quando escrevo o roteiro, nunca me preocupo sobre como vou filmar a cena. E, quando iniciou a filmagem, é sempre a mesma coisa. O filme vai tomando forma no set, com os ambientes, as paisagens, o elenco.”

Wasp Network? “Queria muito voltar ao universo de Carlos (seu thriller sobre o notório terrorista chamado de Chacal). Rodrigo (Teixeira) enviou o projeto ao meu produtor. Não conhecia o livro de Fernando Morais (Os Últimos Soldados da Guerra Fria). Li na edição inglesa, e achei que era o que estava querendo.” E o que era isso? “Você sabe. Histórias de pessoas confrontadas com a História, com as transformações do mundo. Gosto do cinema que tem compromisso com a realidade.” 

Três quartos de Wasp Network são ótimos – toda a parte inicial e o funcionamento da rede de espionagem montada por cubanos que fingiram desertar para os EUA. Parecem traidores, mas são heróis da revolução castristas. Quando a mulher de Ramírez, Penélope Cruz, junta-se ao marido em Miami, o filme vira novelão. “Entendo o que você diz, mas estou seguindo a história real. Não inventei nada.” 

Assayas ama filmar mulheres. O que nos leva de volta a Maggie Cheung. “Ela já era uma grande estrela na Ásia quando aceitou fazer o filme. É sobre uma atriz que refaz o seriado clássico do cinema mudo, Les Vampires, de Louis Feuillade, e a perturbação que causa no diretor”, diz. Demonlover/Espionagem na Rede, com Connie Nielsen, é sobre o universo dos sites pornográficos. Clean é sobre uma ex-drogada que, limpa, e depois de passar um período na cadeia, tenta recomeçar com o filho. Assayas filmou o pós-Maio de 68, as transformações no mundo editorial, em tempos de internet em Vidas Duplas. “Sim, sempre as mudanças, sempre os destinos sentimentais”, avalia.

Olivier Assayas guarda belas lembranças da época em que fez Irma Vep, em 1996. Estava se firmando como diretor, apaixonado por sua estrela, Maggie Cheung. Seis anos mais tarde, quando fizeram Demonlover, estavam terminando. Em 2004, quando ela recebeu o prêmio de melhor atriz em Cannes, havia somente a admiração e o respeito artísticos. “Foi um presente de despedida”, ele brinca. Assayas está em São Paulo, na Mostra. O parisiense de 64 anos veio para a abertura do evento, na quarta-feira à noite, com o thriller Wasp Network, que tem DNA brasileiro – a produção é de Rodrigo Teixeira.

Irma Vep, estreado porMaggie Cheung, marcou a estreia de Olivier Assayas no cinema Foto: Mostra Internacional de Cinema de São Paulo/ Divulgação

Além de proporcionar a obra de abertura, Assayas, que trouxe parte de seu elenco – Edgar Ramírez, Leonardo Sbaraglia, Wagner Moura, etc. –, também está sendo homenageado com uma retrospectiva. São 16 filmes, incluindo os quatro citados. Nesta sexta, 18, ele ministra uma masterclass. O que vai dizer, professor? Ele acha graça. “Não faço a menor ideia, e por sinal não gosto dessa expressão: masterclass. Gosto do diálogo, da troca. Improviso em função do que as pessoas me propõem.” No set de filmagem, também é assim. “Quando escrevo o roteiro, nunca me preocupo sobre como vou filmar a cena. E, quando iniciou a filmagem, é sempre a mesma coisa. O filme vai tomando forma no set, com os ambientes, as paisagens, o elenco.”

Wasp Network? “Queria muito voltar ao universo de Carlos (seu thriller sobre o notório terrorista chamado de Chacal). Rodrigo (Teixeira) enviou o projeto ao meu produtor. Não conhecia o livro de Fernando Morais (Os Últimos Soldados da Guerra Fria). Li na edição inglesa, e achei que era o que estava querendo.” E o que era isso? “Você sabe. Histórias de pessoas confrontadas com a História, com as transformações do mundo. Gosto do cinema que tem compromisso com a realidade.” 

Três quartos de Wasp Network são ótimos – toda a parte inicial e o funcionamento da rede de espionagem montada por cubanos que fingiram desertar para os EUA. Parecem traidores, mas são heróis da revolução castristas. Quando a mulher de Ramírez, Penélope Cruz, junta-se ao marido em Miami, o filme vira novelão. “Entendo o que você diz, mas estou seguindo a história real. Não inventei nada.” 

Assayas ama filmar mulheres. O que nos leva de volta a Maggie Cheung. “Ela já era uma grande estrela na Ásia quando aceitou fazer o filme. É sobre uma atriz que refaz o seriado clássico do cinema mudo, Les Vampires, de Louis Feuillade, e a perturbação que causa no diretor”, diz. Demonlover/Espionagem na Rede, com Connie Nielsen, é sobre o universo dos sites pornográficos. Clean é sobre uma ex-drogada que, limpa, e depois de passar um período na cadeia, tenta recomeçar com o filho. Assayas filmou o pós-Maio de 68, as transformações no mundo editorial, em tempos de internet em Vidas Duplas. “Sim, sempre as mudanças, sempre os destinos sentimentais”, avalia.

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