EFE - A Academia de Hollywood tornou públicas as mudanças nas regras de divulgação das campanhas realizadas pelos filmes antes da entrega do Oscar, após a polêmica causada pela indicação da atriz Andrea Riseborough na última edição.
Por meio de um comunicado, a organização especificou como as empresas cinematográficas e indivíduos diretamente associados aos filmes que concorrem ao Oscar podem promover seus projetos e realizações entre os membros da Academia e, por sua vez, como os membros podem promover projetos elegíveis.
Estas alterações, que vigorarão a partir da 96ª edição dos prêmios (a de 2024), esclarecem questões relativas à utilização das redes sociais, bem como à comunicação em fóruns públicos.
Entre as mais notáveis, estão a limitação do número de exibições organizadas permitidas antes das indicações, bem como a proibição de estúdios e empresas cinematográficas de organizar ou apoiar esses eventos.
Eles também impedem os governadores da Academia (54 no total) de endossar publicamente ou de outra forma filmes ou apresentações se não estiverem associados a eles.
No entanto, os membros da organização poderão elogiar os projetos e performances de seus colegas de forma geral, mas não poderão induzir outros a votar em um filme ou pessoa específica, ou falar sobre suas preferências.
As mudanças ocorrem após a polêmica nomeação de Riseborough por seu trabalho no filme independente To Leslie, que teve uma curta temporada de exibição nos cinemas e receitas de bilheteria muito baixas.
O filme protagonizado pela atriz britânica teve uma intensa campanha promocional nas redes sociais e contou com várias projeções organizadas por celebridades, entre elas Jennifer Aniston e Gwyneth Paltrow.
A promoção foi acusada por seus rivais de ser agressiva e, embora Riseborough tenha mantido sua indicação, a Academia de Hollywood anunciou que alguns pontos do regulamento seriam esclarecidos para garantir um concurso justo.
A organização anunciou ainda que, a partir do próximo ano, a categoria de melhor filme terá de cumprir o regulamento de inclusão que entrará em vigor na próxima edição, que foi aprovado em 2020.
Além disso, na categoria de melhor filme internacional, a comissão de seleção de cada país deve ser composta por pelo 50% de realizadores (artistas e/ou cineastas), enquanto a categoria de melhor curta-metragem pode ser votada por todos os membros da Academia que quiserem participar.