Phoebe Waller-Bridge embarca na ação em ‘Indiana Jones’: ‘Amei poder usar meu corpo, é libertador’


Aatriz, famosa por ter criado ‘Fleabag’ e ‘Killing Eve’, fala ao Estadão sobre explorar suas outras facetas na despedida de Harrison Ford da saga iniciada em 1981

Por Mariane Morisawa

É uma Phoebe Waller-Bridge bem diferente daquela de Fleabag que aparece em Indiana Jones e a Relíquia do Destino: ela salta aviões e de carros em movimento e se mete em confusões que não envolvem a paixão por um padre. “Eu amei poder usar meu corpo, é libertador para um ator. Adorei cada machucado que ganhei fazendo este filme”, disse a atriz ao Estadão, por videoconferência.

A quinta e última aventura de Harrison Ford em seu icônico papel, dirigida por James Mangold, estreia na quinta-feira (29) no Brasil.

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A atriz de 37 anos interpreta Helena Shaw, a afilhada de Indy que reaparece depois de muitos anos. É arqueóloga como seu padrinho, inteligente e bem-humorada, mas sua natureza e motivações são diferentes.

“Quando ela aparece, Indy está em um beco sem saída emocional”, disse Waller-Bridge sobre o arqueólogo, que deixou as aventuras de lado e encara a aposentadoria, arrastando-se em seu último dia como professor universitário, em 1969. Ele está solitário e desmotivado.

O foco mudou. As pessoas estão olhando para o futuro, para a lua. Indy está preso ao passado. Helena chega e traz de volta para ele sua paixão pela arqueologia, pela aventura, embora suas intenções sejam um tanto nefastas.

Phoebe Wallder-Bridge

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Cena do filme Indiana Jones e a Relíquia do Destino, de James Mangold, com Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge Foto: Jonathan Olley / LucasFilms

Ela está atrás da Relíquia de Arquimedes, deixada por seu pai, Basil (Toby Jones), com Indiana Jones anos atrás e capaz de localizar fissuras no tempo. Helena está disposta a vendê-lo para quem oferecer mais. Um dos interessados no artefato é Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), um nazista abrigado nos Estados Unidos que deseja mudar o rumo da história.

Como os nazistas são os inimigos clássicos de Indiana Jones, que teve seus dias de glória nos anos 1930, ele deixa os planos de aposentadoria de lado e embarca rapidinho na tentativa de recuperar a criação do cientista grego.

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Às vezes a personagem parece uma vilã, mas também é capaz de atitudes heroicas. Sua relação com Indy é complicada, e ela certamente é a personagem feminina mais complexa da série.

Helena Shaw é um marco para a saga Indiana Jones e para a carreira de Phoebe Waller-Bridge, que apenas dez anos atrás, sem conseguir trabalho depois de sair da prestigiosa Academia Real de Artes Dramáticas de Londres, decidiu criar um papel para ela mesma. Fleabag, a peça, estreou no Fringe do Festival de Edimburgo em 2013, um espaço livre para criadores.

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Aquela jovem não tinha como cogitar que hoje estaria dividindo a cena com Harrison Ford. “Nem em um milhão de anos imaginaria isso”, disse a inglesa.

“Mas sempre houve uma atriz-bebê em mim, pois eu quero ser atriz desde os 5 anos de idade. Então uma parte de mim sempre sonhou em participar de um projeto como este. Só que nunca achei que pudesse se tornar realidade.”

Quando ela recebeu a ligação perguntando: “Você gostaria de fazer Indiana Jones?”, foi como entrar em contato com aquela menininha.

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“E a pequena Phoebe me disse: Acho bom você fazer isso, porque tudo o que você tem feito até agora tem sido bem chato para mim”, contou, rindo. “O sentimento foi esse, de que todos os sonhos daquela garota se tornaram realidade neste filme.”

Phoebe Waller-Bridge

Claro que, embora tenha demorado a deslanchar, a carreira de Phoebe Waller-Bridge tem sido tudo menos chata. A aparição no Fringe levou a um convite para fazer Fleabag, a série de televisão, que teve duas temporadas e ganhou seis Emmys, incluindo melhor série cômica, atriz e roteiro de comédia.

A personagem, que lida com os desafios de ser uma jovem em Londres e com os efeitos de uma tragédia, virou símbolo de uma geração com suas quebras da quarta parede comentando de forma divertida sua vida – como faziam as brasileiras Zelda Scott (Andréa Beltrão) de Armação Ilimitada e Vani (Fernanda Torres) de Os Normais.

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Atriz e roteirista Phoebe Waller-Bridge posa com troféus conquistados no 71º Emmy. Foto: Robyn Beck / AFP

Ela também criou Killing Eve, baseado nos livros de Luke Jennings, sobre a relação complicada entre uma funcionária do MI5 (Sandra Oh) e uma assassina de aluguel psicopata (Jodie Comer, vencedora do Emmy de atriz dramática em 2019).

Waller-Bridge em Hollywood

O sucesso das duas séries abriu as portas do cinema para Phoebe Waller-Bridge, que fez um papel pequeno e marcante como um androide feminista em Han Solo: Uma História Star Wars (2018) e foi uma das roteiristas de 007: Sem Tempo para Morrer (2021).

Ela também fechou um contrato milionário de US$ 60 milhões com a Amazon, que já foi renovado, mesmo sem ter produzido nada ainda – ela saiu do projeto de Sr. e Sra. Smith por divergências criativas com Donald Glover.

Mas agora ela trabalha na criação de uma série com Lara Croft, arqueóloga aventureira como Indiana Jones que é personagem do videogame Tomb Raider, adaptado duas vezes para o cinema, com Angelina Jolie e Alicia Vikander. “Eu tenho muito interesse em comandar uma produção de gênero tão amada”, disse Waller-Bridge. “Ela é uma heroína de ação, mas também uma personagem complexa.”

Por mais que os fãs adorassem vê-la em um papel do tipo Fleabag novamente, agora suas atenções estão voltadas para os filmes e séries desse tipo. Há inclusive um boato de que vai dirigir o próximo filme de James Bond, mas ela disse não saber de nada. No que depender de Phoebe Waller-Bridge, haverá heroínas de ação tão famosas como Indiana Jones. “Seria maravilhoso e inspirador e não vejo por que não pode acontecer.”

É uma Phoebe Waller-Bridge bem diferente daquela de Fleabag que aparece em Indiana Jones e a Relíquia do Destino: ela salta aviões e de carros em movimento e se mete em confusões que não envolvem a paixão por um padre. “Eu amei poder usar meu corpo, é libertador para um ator. Adorei cada machucado que ganhei fazendo este filme”, disse a atriz ao Estadão, por videoconferência.

A quinta e última aventura de Harrison Ford em seu icônico papel, dirigida por James Mangold, estreia na quinta-feira (29) no Brasil.

A atriz de 37 anos interpreta Helena Shaw, a afilhada de Indy que reaparece depois de muitos anos. É arqueóloga como seu padrinho, inteligente e bem-humorada, mas sua natureza e motivações são diferentes.

“Quando ela aparece, Indy está em um beco sem saída emocional”, disse Waller-Bridge sobre o arqueólogo, que deixou as aventuras de lado e encara a aposentadoria, arrastando-se em seu último dia como professor universitário, em 1969. Ele está solitário e desmotivado.

O foco mudou. As pessoas estão olhando para o futuro, para a lua. Indy está preso ao passado. Helena chega e traz de volta para ele sua paixão pela arqueologia, pela aventura, embora suas intenções sejam um tanto nefastas.

Phoebe Wallder-Bridge

Cena do filme Indiana Jones e a Relíquia do Destino, de James Mangold, com Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge Foto: Jonathan Olley / LucasFilms

Ela está atrás da Relíquia de Arquimedes, deixada por seu pai, Basil (Toby Jones), com Indiana Jones anos atrás e capaz de localizar fissuras no tempo. Helena está disposta a vendê-lo para quem oferecer mais. Um dos interessados no artefato é Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), um nazista abrigado nos Estados Unidos que deseja mudar o rumo da história.

Como os nazistas são os inimigos clássicos de Indiana Jones, que teve seus dias de glória nos anos 1930, ele deixa os planos de aposentadoria de lado e embarca rapidinho na tentativa de recuperar a criação do cientista grego.

Às vezes a personagem parece uma vilã, mas também é capaz de atitudes heroicas. Sua relação com Indy é complicada, e ela certamente é a personagem feminina mais complexa da série.

Helena Shaw é um marco para a saga Indiana Jones e para a carreira de Phoebe Waller-Bridge, que apenas dez anos atrás, sem conseguir trabalho depois de sair da prestigiosa Academia Real de Artes Dramáticas de Londres, decidiu criar um papel para ela mesma. Fleabag, a peça, estreou no Fringe do Festival de Edimburgo em 2013, um espaço livre para criadores.

Aquela jovem não tinha como cogitar que hoje estaria dividindo a cena com Harrison Ford. “Nem em um milhão de anos imaginaria isso”, disse a inglesa.

“Mas sempre houve uma atriz-bebê em mim, pois eu quero ser atriz desde os 5 anos de idade. Então uma parte de mim sempre sonhou em participar de um projeto como este. Só que nunca achei que pudesse se tornar realidade.”

Quando ela recebeu a ligação perguntando: “Você gostaria de fazer Indiana Jones?”, foi como entrar em contato com aquela menininha.

“E a pequena Phoebe me disse: Acho bom você fazer isso, porque tudo o que você tem feito até agora tem sido bem chato para mim”, contou, rindo. “O sentimento foi esse, de que todos os sonhos daquela garota se tornaram realidade neste filme.”

Phoebe Waller-Bridge

Claro que, embora tenha demorado a deslanchar, a carreira de Phoebe Waller-Bridge tem sido tudo menos chata. A aparição no Fringe levou a um convite para fazer Fleabag, a série de televisão, que teve duas temporadas e ganhou seis Emmys, incluindo melhor série cômica, atriz e roteiro de comédia.

A personagem, que lida com os desafios de ser uma jovem em Londres e com os efeitos de uma tragédia, virou símbolo de uma geração com suas quebras da quarta parede comentando de forma divertida sua vida – como faziam as brasileiras Zelda Scott (Andréa Beltrão) de Armação Ilimitada e Vani (Fernanda Torres) de Os Normais.

Atriz e roteirista Phoebe Waller-Bridge posa com troféus conquistados no 71º Emmy. Foto: Robyn Beck / AFP

Ela também criou Killing Eve, baseado nos livros de Luke Jennings, sobre a relação complicada entre uma funcionária do MI5 (Sandra Oh) e uma assassina de aluguel psicopata (Jodie Comer, vencedora do Emmy de atriz dramática em 2019).

Waller-Bridge em Hollywood

O sucesso das duas séries abriu as portas do cinema para Phoebe Waller-Bridge, que fez um papel pequeno e marcante como um androide feminista em Han Solo: Uma História Star Wars (2018) e foi uma das roteiristas de 007: Sem Tempo para Morrer (2021).

Ela também fechou um contrato milionário de US$ 60 milhões com a Amazon, que já foi renovado, mesmo sem ter produzido nada ainda – ela saiu do projeto de Sr. e Sra. Smith por divergências criativas com Donald Glover.

Mas agora ela trabalha na criação de uma série com Lara Croft, arqueóloga aventureira como Indiana Jones que é personagem do videogame Tomb Raider, adaptado duas vezes para o cinema, com Angelina Jolie e Alicia Vikander. “Eu tenho muito interesse em comandar uma produção de gênero tão amada”, disse Waller-Bridge. “Ela é uma heroína de ação, mas também uma personagem complexa.”

Por mais que os fãs adorassem vê-la em um papel do tipo Fleabag novamente, agora suas atenções estão voltadas para os filmes e séries desse tipo. Há inclusive um boato de que vai dirigir o próximo filme de James Bond, mas ela disse não saber de nada. No que depender de Phoebe Waller-Bridge, haverá heroínas de ação tão famosas como Indiana Jones. “Seria maravilhoso e inspirador e não vejo por que não pode acontecer.”

É uma Phoebe Waller-Bridge bem diferente daquela de Fleabag que aparece em Indiana Jones e a Relíquia do Destino: ela salta aviões e de carros em movimento e se mete em confusões que não envolvem a paixão por um padre. “Eu amei poder usar meu corpo, é libertador para um ator. Adorei cada machucado que ganhei fazendo este filme”, disse a atriz ao Estadão, por videoconferência.

A quinta e última aventura de Harrison Ford em seu icônico papel, dirigida por James Mangold, estreia na quinta-feira (29) no Brasil.

A atriz de 37 anos interpreta Helena Shaw, a afilhada de Indy que reaparece depois de muitos anos. É arqueóloga como seu padrinho, inteligente e bem-humorada, mas sua natureza e motivações são diferentes.

“Quando ela aparece, Indy está em um beco sem saída emocional”, disse Waller-Bridge sobre o arqueólogo, que deixou as aventuras de lado e encara a aposentadoria, arrastando-se em seu último dia como professor universitário, em 1969. Ele está solitário e desmotivado.

O foco mudou. As pessoas estão olhando para o futuro, para a lua. Indy está preso ao passado. Helena chega e traz de volta para ele sua paixão pela arqueologia, pela aventura, embora suas intenções sejam um tanto nefastas.

Phoebe Wallder-Bridge

Cena do filme Indiana Jones e a Relíquia do Destino, de James Mangold, com Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge Foto: Jonathan Olley / LucasFilms

Ela está atrás da Relíquia de Arquimedes, deixada por seu pai, Basil (Toby Jones), com Indiana Jones anos atrás e capaz de localizar fissuras no tempo. Helena está disposta a vendê-lo para quem oferecer mais. Um dos interessados no artefato é Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), um nazista abrigado nos Estados Unidos que deseja mudar o rumo da história.

Como os nazistas são os inimigos clássicos de Indiana Jones, que teve seus dias de glória nos anos 1930, ele deixa os planos de aposentadoria de lado e embarca rapidinho na tentativa de recuperar a criação do cientista grego.

Às vezes a personagem parece uma vilã, mas também é capaz de atitudes heroicas. Sua relação com Indy é complicada, e ela certamente é a personagem feminina mais complexa da série.

Helena Shaw é um marco para a saga Indiana Jones e para a carreira de Phoebe Waller-Bridge, que apenas dez anos atrás, sem conseguir trabalho depois de sair da prestigiosa Academia Real de Artes Dramáticas de Londres, decidiu criar um papel para ela mesma. Fleabag, a peça, estreou no Fringe do Festival de Edimburgo em 2013, um espaço livre para criadores.

Aquela jovem não tinha como cogitar que hoje estaria dividindo a cena com Harrison Ford. “Nem em um milhão de anos imaginaria isso”, disse a inglesa.

“Mas sempre houve uma atriz-bebê em mim, pois eu quero ser atriz desde os 5 anos de idade. Então uma parte de mim sempre sonhou em participar de um projeto como este. Só que nunca achei que pudesse se tornar realidade.”

Quando ela recebeu a ligação perguntando: “Você gostaria de fazer Indiana Jones?”, foi como entrar em contato com aquela menininha.

“E a pequena Phoebe me disse: Acho bom você fazer isso, porque tudo o que você tem feito até agora tem sido bem chato para mim”, contou, rindo. “O sentimento foi esse, de que todos os sonhos daquela garota se tornaram realidade neste filme.”

Phoebe Waller-Bridge

Claro que, embora tenha demorado a deslanchar, a carreira de Phoebe Waller-Bridge tem sido tudo menos chata. A aparição no Fringe levou a um convite para fazer Fleabag, a série de televisão, que teve duas temporadas e ganhou seis Emmys, incluindo melhor série cômica, atriz e roteiro de comédia.

A personagem, que lida com os desafios de ser uma jovem em Londres e com os efeitos de uma tragédia, virou símbolo de uma geração com suas quebras da quarta parede comentando de forma divertida sua vida – como faziam as brasileiras Zelda Scott (Andréa Beltrão) de Armação Ilimitada e Vani (Fernanda Torres) de Os Normais.

Atriz e roteirista Phoebe Waller-Bridge posa com troféus conquistados no 71º Emmy. Foto: Robyn Beck / AFP

Ela também criou Killing Eve, baseado nos livros de Luke Jennings, sobre a relação complicada entre uma funcionária do MI5 (Sandra Oh) e uma assassina de aluguel psicopata (Jodie Comer, vencedora do Emmy de atriz dramática em 2019).

Waller-Bridge em Hollywood

O sucesso das duas séries abriu as portas do cinema para Phoebe Waller-Bridge, que fez um papel pequeno e marcante como um androide feminista em Han Solo: Uma História Star Wars (2018) e foi uma das roteiristas de 007: Sem Tempo para Morrer (2021).

Ela também fechou um contrato milionário de US$ 60 milhões com a Amazon, que já foi renovado, mesmo sem ter produzido nada ainda – ela saiu do projeto de Sr. e Sra. Smith por divergências criativas com Donald Glover.

Mas agora ela trabalha na criação de uma série com Lara Croft, arqueóloga aventureira como Indiana Jones que é personagem do videogame Tomb Raider, adaptado duas vezes para o cinema, com Angelina Jolie e Alicia Vikander. “Eu tenho muito interesse em comandar uma produção de gênero tão amada”, disse Waller-Bridge. “Ela é uma heroína de ação, mas também uma personagem complexa.”

Por mais que os fãs adorassem vê-la em um papel do tipo Fleabag novamente, agora suas atenções estão voltadas para os filmes e séries desse tipo. Há inclusive um boato de que vai dirigir o próximo filme de James Bond, mas ela disse não saber de nada. No que depender de Phoebe Waller-Bridge, haverá heroínas de ação tão famosas como Indiana Jones. “Seria maravilhoso e inspirador e não vejo por que não pode acontecer.”

É uma Phoebe Waller-Bridge bem diferente daquela de Fleabag que aparece em Indiana Jones e a Relíquia do Destino: ela salta aviões e de carros em movimento e se mete em confusões que não envolvem a paixão por um padre. “Eu amei poder usar meu corpo, é libertador para um ator. Adorei cada machucado que ganhei fazendo este filme”, disse a atriz ao Estadão, por videoconferência.

A quinta e última aventura de Harrison Ford em seu icônico papel, dirigida por James Mangold, estreia na quinta-feira (29) no Brasil.

A atriz de 37 anos interpreta Helena Shaw, a afilhada de Indy que reaparece depois de muitos anos. É arqueóloga como seu padrinho, inteligente e bem-humorada, mas sua natureza e motivações são diferentes.

“Quando ela aparece, Indy está em um beco sem saída emocional”, disse Waller-Bridge sobre o arqueólogo, que deixou as aventuras de lado e encara a aposentadoria, arrastando-se em seu último dia como professor universitário, em 1969. Ele está solitário e desmotivado.

O foco mudou. As pessoas estão olhando para o futuro, para a lua. Indy está preso ao passado. Helena chega e traz de volta para ele sua paixão pela arqueologia, pela aventura, embora suas intenções sejam um tanto nefastas.

Phoebe Wallder-Bridge

Cena do filme Indiana Jones e a Relíquia do Destino, de James Mangold, com Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge Foto: Jonathan Olley / LucasFilms

Ela está atrás da Relíquia de Arquimedes, deixada por seu pai, Basil (Toby Jones), com Indiana Jones anos atrás e capaz de localizar fissuras no tempo. Helena está disposta a vendê-lo para quem oferecer mais. Um dos interessados no artefato é Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), um nazista abrigado nos Estados Unidos que deseja mudar o rumo da história.

Como os nazistas são os inimigos clássicos de Indiana Jones, que teve seus dias de glória nos anos 1930, ele deixa os planos de aposentadoria de lado e embarca rapidinho na tentativa de recuperar a criação do cientista grego.

Às vezes a personagem parece uma vilã, mas também é capaz de atitudes heroicas. Sua relação com Indy é complicada, e ela certamente é a personagem feminina mais complexa da série.

Helena Shaw é um marco para a saga Indiana Jones e para a carreira de Phoebe Waller-Bridge, que apenas dez anos atrás, sem conseguir trabalho depois de sair da prestigiosa Academia Real de Artes Dramáticas de Londres, decidiu criar um papel para ela mesma. Fleabag, a peça, estreou no Fringe do Festival de Edimburgo em 2013, um espaço livre para criadores.

Aquela jovem não tinha como cogitar que hoje estaria dividindo a cena com Harrison Ford. “Nem em um milhão de anos imaginaria isso”, disse a inglesa.

“Mas sempre houve uma atriz-bebê em mim, pois eu quero ser atriz desde os 5 anos de idade. Então uma parte de mim sempre sonhou em participar de um projeto como este. Só que nunca achei que pudesse se tornar realidade.”

Quando ela recebeu a ligação perguntando: “Você gostaria de fazer Indiana Jones?”, foi como entrar em contato com aquela menininha.

“E a pequena Phoebe me disse: Acho bom você fazer isso, porque tudo o que você tem feito até agora tem sido bem chato para mim”, contou, rindo. “O sentimento foi esse, de que todos os sonhos daquela garota se tornaram realidade neste filme.”

Phoebe Waller-Bridge

Claro que, embora tenha demorado a deslanchar, a carreira de Phoebe Waller-Bridge tem sido tudo menos chata. A aparição no Fringe levou a um convite para fazer Fleabag, a série de televisão, que teve duas temporadas e ganhou seis Emmys, incluindo melhor série cômica, atriz e roteiro de comédia.

A personagem, que lida com os desafios de ser uma jovem em Londres e com os efeitos de uma tragédia, virou símbolo de uma geração com suas quebras da quarta parede comentando de forma divertida sua vida – como faziam as brasileiras Zelda Scott (Andréa Beltrão) de Armação Ilimitada e Vani (Fernanda Torres) de Os Normais.

Atriz e roteirista Phoebe Waller-Bridge posa com troféus conquistados no 71º Emmy. Foto: Robyn Beck / AFP

Ela também criou Killing Eve, baseado nos livros de Luke Jennings, sobre a relação complicada entre uma funcionária do MI5 (Sandra Oh) e uma assassina de aluguel psicopata (Jodie Comer, vencedora do Emmy de atriz dramática em 2019).

Waller-Bridge em Hollywood

O sucesso das duas séries abriu as portas do cinema para Phoebe Waller-Bridge, que fez um papel pequeno e marcante como um androide feminista em Han Solo: Uma História Star Wars (2018) e foi uma das roteiristas de 007: Sem Tempo para Morrer (2021).

Ela também fechou um contrato milionário de US$ 60 milhões com a Amazon, que já foi renovado, mesmo sem ter produzido nada ainda – ela saiu do projeto de Sr. e Sra. Smith por divergências criativas com Donald Glover.

Mas agora ela trabalha na criação de uma série com Lara Croft, arqueóloga aventureira como Indiana Jones que é personagem do videogame Tomb Raider, adaptado duas vezes para o cinema, com Angelina Jolie e Alicia Vikander. “Eu tenho muito interesse em comandar uma produção de gênero tão amada”, disse Waller-Bridge. “Ela é uma heroína de ação, mas também uma personagem complexa.”

Por mais que os fãs adorassem vê-la em um papel do tipo Fleabag novamente, agora suas atenções estão voltadas para os filmes e séries desse tipo. Há inclusive um boato de que vai dirigir o próximo filme de James Bond, mas ela disse não saber de nada. No que depender de Phoebe Waller-Bridge, haverá heroínas de ação tão famosas como Indiana Jones. “Seria maravilhoso e inspirador e não vejo por que não pode acontecer.”

É uma Phoebe Waller-Bridge bem diferente daquela de Fleabag que aparece em Indiana Jones e a Relíquia do Destino: ela salta aviões e de carros em movimento e se mete em confusões que não envolvem a paixão por um padre. “Eu amei poder usar meu corpo, é libertador para um ator. Adorei cada machucado que ganhei fazendo este filme”, disse a atriz ao Estadão, por videoconferência.

A quinta e última aventura de Harrison Ford em seu icônico papel, dirigida por James Mangold, estreia na quinta-feira (29) no Brasil.

A atriz de 37 anos interpreta Helena Shaw, a afilhada de Indy que reaparece depois de muitos anos. É arqueóloga como seu padrinho, inteligente e bem-humorada, mas sua natureza e motivações são diferentes.

“Quando ela aparece, Indy está em um beco sem saída emocional”, disse Waller-Bridge sobre o arqueólogo, que deixou as aventuras de lado e encara a aposentadoria, arrastando-se em seu último dia como professor universitário, em 1969. Ele está solitário e desmotivado.

O foco mudou. As pessoas estão olhando para o futuro, para a lua. Indy está preso ao passado. Helena chega e traz de volta para ele sua paixão pela arqueologia, pela aventura, embora suas intenções sejam um tanto nefastas.

Phoebe Wallder-Bridge

Cena do filme Indiana Jones e a Relíquia do Destino, de James Mangold, com Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge Foto: Jonathan Olley / LucasFilms

Ela está atrás da Relíquia de Arquimedes, deixada por seu pai, Basil (Toby Jones), com Indiana Jones anos atrás e capaz de localizar fissuras no tempo. Helena está disposta a vendê-lo para quem oferecer mais. Um dos interessados no artefato é Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), um nazista abrigado nos Estados Unidos que deseja mudar o rumo da história.

Como os nazistas são os inimigos clássicos de Indiana Jones, que teve seus dias de glória nos anos 1930, ele deixa os planos de aposentadoria de lado e embarca rapidinho na tentativa de recuperar a criação do cientista grego.

Às vezes a personagem parece uma vilã, mas também é capaz de atitudes heroicas. Sua relação com Indy é complicada, e ela certamente é a personagem feminina mais complexa da série.

Helena Shaw é um marco para a saga Indiana Jones e para a carreira de Phoebe Waller-Bridge, que apenas dez anos atrás, sem conseguir trabalho depois de sair da prestigiosa Academia Real de Artes Dramáticas de Londres, decidiu criar um papel para ela mesma. Fleabag, a peça, estreou no Fringe do Festival de Edimburgo em 2013, um espaço livre para criadores.

Aquela jovem não tinha como cogitar que hoje estaria dividindo a cena com Harrison Ford. “Nem em um milhão de anos imaginaria isso”, disse a inglesa.

“Mas sempre houve uma atriz-bebê em mim, pois eu quero ser atriz desde os 5 anos de idade. Então uma parte de mim sempre sonhou em participar de um projeto como este. Só que nunca achei que pudesse se tornar realidade.”

Quando ela recebeu a ligação perguntando: “Você gostaria de fazer Indiana Jones?”, foi como entrar em contato com aquela menininha.

“E a pequena Phoebe me disse: Acho bom você fazer isso, porque tudo o que você tem feito até agora tem sido bem chato para mim”, contou, rindo. “O sentimento foi esse, de que todos os sonhos daquela garota se tornaram realidade neste filme.”

Phoebe Waller-Bridge

Claro que, embora tenha demorado a deslanchar, a carreira de Phoebe Waller-Bridge tem sido tudo menos chata. A aparição no Fringe levou a um convite para fazer Fleabag, a série de televisão, que teve duas temporadas e ganhou seis Emmys, incluindo melhor série cômica, atriz e roteiro de comédia.

A personagem, que lida com os desafios de ser uma jovem em Londres e com os efeitos de uma tragédia, virou símbolo de uma geração com suas quebras da quarta parede comentando de forma divertida sua vida – como faziam as brasileiras Zelda Scott (Andréa Beltrão) de Armação Ilimitada e Vani (Fernanda Torres) de Os Normais.

Atriz e roteirista Phoebe Waller-Bridge posa com troféus conquistados no 71º Emmy. Foto: Robyn Beck / AFP

Ela também criou Killing Eve, baseado nos livros de Luke Jennings, sobre a relação complicada entre uma funcionária do MI5 (Sandra Oh) e uma assassina de aluguel psicopata (Jodie Comer, vencedora do Emmy de atriz dramática em 2019).

Waller-Bridge em Hollywood

O sucesso das duas séries abriu as portas do cinema para Phoebe Waller-Bridge, que fez um papel pequeno e marcante como um androide feminista em Han Solo: Uma História Star Wars (2018) e foi uma das roteiristas de 007: Sem Tempo para Morrer (2021).

Ela também fechou um contrato milionário de US$ 60 milhões com a Amazon, que já foi renovado, mesmo sem ter produzido nada ainda – ela saiu do projeto de Sr. e Sra. Smith por divergências criativas com Donald Glover.

Mas agora ela trabalha na criação de uma série com Lara Croft, arqueóloga aventureira como Indiana Jones que é personagem do videogame Tomb Raider, adaptado duas vezes para o cinema, com Angelina Jolie e Alicia Vikander. “Eu tenho muito interesse em comandar uma produção de gênero tão amada”, disse Waller-Bridge. “Ela é uma heroína de ação, mas também uma personagem complexa.”

Por mais que os fãs adorassem vê-la em um papel do tipo Fleabag novamente, agora suas atenções estão voltadas para os filmes e séries desse tipo. Há inclusive um boato de que vai dirigir o próximo filme de James Bond, mas ela disse não saber de nada. No que depender de Phoebe Waller-Bridge, haverá heroínas de ação tão famosas como Indiana Jones. “Seria maravilhoso e inspirador e não vejo por que não pode acontecer.”

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