Fixe a data, e o horário – 10 h de quinta, 23. É quando estará nascendo a Spcine Play, que pretende ser a plataforma de vídeo on demand exclusivamente voltada à celebração da produção brasileira. Numa entrevista realizada ontem, no Paço das Artes, o secretário Municipal de Cultura, André Sturm, anunciou a parceria entre a Spcine (empresa da Prefeitura de São Paulo voltada ao desenvolvimento do Audiovisual), a O2 Filmes e o laboratório de soluções digitais Hacklab.
Na apresentação, Sturm disse que a Spcine não pretende ser uma empresa executiva, mas a catalisadora de novos projetos como esse. Pedro Morelli, falando pela O2, lembrou que ela já nasceu com essa vocação de se expandir por meio de páginas de Web. E o diretor presidente da Spcine, Maurício Andrade Ramos, arrematou que está no DNA da empresa atuar nas mais diversas frentes do mercado. “Por isso, encaramos o desafio de criar a primeira plataforma de VOD envolvendo agentes de mercado com expertise na área.”
Trata-se de um consórcio público/privado. “Nosso investimento inicial é modesto”, admitiu Ramos, sem citar números, mas ele acredita na receptividade à ideia. Igor Kupsias, da O2, destacou duas características: “Não estamos exigindo exclusividade pela licença de exibição e haverá compartilhamento da audiência”. Isso significa que o usuário, que poderá alugar o filme por sete dias, terá condições de compartilhá-lo nas redes sociais a um preço inicialmente promocional – R$ 3,90.
A Spcine Play começa a operar com dez títulos, entre eles Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert; Paratodos, de Marcelo Mesquita; e O Menino e o Mundo, de Alê Abreu. A ideia é aumentar a oferta após a avaliação, daqui a seis meses. “A aposta é num catálogo diversificado”, segundo Sturm. Na outra ponta, “pretendemos remunerar os proprietários dos direitos, fechando o ciclo comercial do negócio”, diz o diretor da Spcine.