O ator francês Alain Delon, que morreu no último domingo, 18, fez um último pedido: ser enterrado em sua casa, junto aos 35 cachorros já falecidos e também do pastor-belga malinois Loubo. Porém, a família do ator interveio para que este último pedido não fosse atendido.
Em 2018, Delon deu uma entrevista à revista francesa Paris Match afirmando o desejo de ser enterrado com Loubo, que era o cachorro favorito dele. “Se eu morrer antes, pediria ao veterinário que partíssemos juntos. Ele vai picá-lo para que ele morra em meus braços. Prefiro isso do que saber que ele poderia morrer no meu túmulo com tanto sofrimento”, declarou.
Porém, a família do ator se recusou a eutanasiar o cão. A fundação de proteção animal de Brigitte Bardot, que era amiga do ator, tranquilizou os fãs e outras entidades que se preocuparam com o destino de Loubo. “Não se preocupem! Muitos de vocês nos enviaram mensagens sobre o futuro do Loubo […]. ‘Ele tem a sua casa e a sua família’, que cuidará dele. É claro que Loubo não será sacrificado”, publicou a fundação no X, antigo Twitter, na terça-feira, 20 de agosto.
O filho do ator, Anthony Delon, chegou a publicar uma foto do cachorro no último dia 22. Loubo aparece tranquilo na propriedade onde o ator foi enterrado, em Douchy, na França.
Adotado em 2014, Loubo foi o companheiro dos últimos anos de vida de Alain Delon. “Eu o adoro como uma criança”, revelou à Paris Match em 2018.
Os outros pedidos do ator foram prontamente atendidos: o funeral foi realizado neste sábado, 24, na propriedade de Delon na cidade de Douchy, onde ele morava, somente para a família e amigos próximos. O corpo foi enterrado em uma cripta também em sua propriedade e ao lado dos demais cães que já partiram. “Foi um pedido dele”, disse à AFP Di Falco, ex-bispo da cidade de Gap e nome conhecido da Igreja Católica francesa.
Esse tipo de sepultamento exige uma autorização especial, que o ator de O Leopardo havia solicitado, segundo fontes da Prefeitura.
Alain Delon morreu aos 88 anos, cercado pelos três filhos e Loubo.