Première Brasil do Festival do Rio investe na renovação


Novos diretores predominam na lista da mostra de cinema que começa em 25 de setembro

Por Luiz Carlos Merten

Maior vitrine da produção brasileira, a Première Brasil do Festival do Rio, que começa no dia 25 de setembro, propõe para este ano seis longas de ficção e dez documentários em competição, mais cinco ficções e quatro documentários fora de concurso e a mostra Retratos, sobre grandes nomes da cultura nacional. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 29, e a diretora artística do evento, Ilda Santiago, ressaltou que a ênfase da lista deste ano está nos novos talentos. "Estamos investindo na renovação." Os veteranos não saem completamente de cena e a Première Brasil também não deixa de programar filmes essenciais por causa ineditismo.   Veja também:  Confira lista dos filmes da Première Brasil do Festival do Rio    A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele, já integrou a mostra competitiva do recente Festival de Gramado, mas estará no Rio com outro filme de estréia de ator na direção também produzido por Vânia Cattani, da Bananeira Filmes - Feliz Natal, de Selton Mello. Domingos Oliveira participa com dois filmes - Juventude, já exibido (e premiado) em Gramado, passa na competição; o inédito Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, fora de concurso.   A lista completa dos longas de ficção concorrentes é a seguinte: A Festa da Menina Morta, Feliz Natal e Juventude, mais Apenas o Fim, de Matheus Souza; Rinha, de Marcelo Galvão; Se Nada Der Certo, de José Eduardo Belmonte; Verônica, de Maurício Farias; e Vingança, de Paulo Pons. O último, feito em digital e orçado em R$ 80 mil, passou em Gramado sem maior repercussão - de crítica ou público -, embora o objetivo do diretor Pons seja justamente o de fazer filmes baratos para o mercado. No Rio, é possível que Vingança obtenha uma repercussão maior, até porque a discussão de mercado é um dos fortes do festival, que promove seminários com técnicos e especialistas nacionais e estrangeiros.   Embora a Première sinalize para os filmes que o público vai ver no fim do ano, ou no ano que vem, a lista é divulgada num momento de crise, quando os 22% da participação nacional no próprio mercado (em 2003) estão reduzidos para míseros 6,09% (neste ano). A redução do público atinge o mercado como um todo, mas o cinema brasileiro termina penalizado em dobro, já que o público, no limite, na hora de escolher, termina preferindo o blockbuster de Hollywood e não o filme nacional médio, que fica relegado ao circuito de arte. Falsa Loira, de Carlos Reichenbach, fez 9 mil espectadores e Nome Próprio, de Murilo Salles, está nos 25 mil, após a premiação em Gramado. Quantos selecionados da Première Brasil ficarão nesses números? E até que ponto é justo cobrar de filmes com indiscutível ambição artística apenas seu desempenho na bilheteria? Entre os documentários selecionados estão - Sentidos à Flor da Pele, de Evaldo Mocarzel; e Palavra EnCantada, de Helena Solberg. Entre as ficções, fora de concurso - Romance, de Guel Arraes; e A Erva do Rato, de Júlio Bressane.

Maior vitrine da produção brasileira, a Première Brasil do Festival do Rio, que começa no dia 25 de setembro, propõe para este ano seis longas de ficção e dez documentários em competição, mais cinco ficções e quatro documentários fora de concurso e a mostra Retratos, sobre grandes nomes da cultura nacional. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 29, e a diretora artística do evento, Ilda Santiago, ressaltou que a ênfase da lista deste ano está nos novos talentos. "Estamos investindo na renovação." Os veteranos não saem completamente de cena e a Première Brasil também não deixa de programar filmes essenciais por causa ineditismo.   Veja também:  Confira lista dos filmes da Première Brasil do Festival do Rio    A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele, já integrou a mostra competitiva do recente Festival de Gramado, mas estará no Rio com outro filme de estréia de ator na direção também produzido por Vânia Cattani, da Bananeira Filmes - Feliz Natal, de Selton Mello. Domingos Oliveira participa com dois filmes - Juventude, já exibido (e premiado) em Gramado, passa na competição; o inédito Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, fora de concurso.   A lista completa dos longas de ficção concorrentes é a seguinte: A Festa da Menina Morta, Feliz Natal e Juventude, mais Apenas o Fim, de Matheus Souza; Rinha, de Marcelo Galvão; Se Nada Der Certo, de José Eduardo Belmonte; Verônica, de Maurício Farias; e Vingança, de Paulo Pons. O último, feito em digital e orçado em R$ 80 mil, passou em Gramado sem maior repercussão - de crítica ou público -, embora o objetivo do diretor Pons seja justamente o de fazer filmes baratos para o mercado. No Rio, é possível que Vingança obtenha uma repercussão maior, até porque a discussão de mercado é um dos fortes do festival, que promove seminários com técnicos e especialistas nacionais e estrangeiros.   Embora a Première sinalize para os filmes que o público vai ver no fim do ano, ou no ano que vem, a lista é divulgada num momento de crise, quando os 22% da participação nacional no próprio mercado (em 2003) estão reduzidos para míseros 6,09% (neste ano). A redução do público atinge o mercado como um todo, mas o cinema brasileiro termina penalizado em dobro, já que o público, no limite, na hora de escolher, termina preferindo o blockbuster de Hollywood e não o filme nacional médio, que fica relegado ao circuito de arte. Falsa Loira, de Carlos Reichenbach, fez 9 mil espectadores e Nome Próprio, de Murilo Salles, está nos 25 mil, após a premiação em Gramado. Quantos selecionados da Première Brasil ficarão nesses números? E até que ponto é justo cobrar de filmes com indiscutível ambição artística apenas seu desempenho na bilheteria? Entre os documentários selecionados estão - Sentidos à Flor da Pele, de Evaldo Mocarzel; e Palavra EnCantada, de Helena Solberg. Entre as ficções, fora de concurso - Romance, de Guel Arraes; e A Erva do Rato, de Júlio Bressane.

Maior vitrine da produção brasileira, a Première Brasil do Festival do Rio, que começa no dia 25 de setembro, propõe para este ano seis longas de ficção e dez documentários em competição, mais cinco ficções e quatro documentários fora de concurso e a mostra Retratos, sobre grandes nomes da cultura nacional. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 29, e a diretora artística do evento, Ilda Santiago, ressaltou que a ênfase da lista deste ano está nos novos talentos. "Estamos investindo na renovação." Os veteranos não saem completamente de cena e a Première Brasil também não deixa de programar filmes essenciais por causa ineditismo.   Veja também:  Confira lista dos filmes da Première Brasil do Festival do Rio    A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele, já integrou a mostra competitiva do recente Festival de Gramado, mas estará no Rio com outro filme de estréia de ator na direção também produzido por Vânia Cattani, da Bananeira Filmes - Feliz Natal, de Selton Mello. Domingos Oliveira participa com dois filmes - Juventude, já exibido (e premiado) em Gramado, passa na competição; o inédito Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, fora de concurso.   A lista completa dos longas de ficção concorrentes é a seguinte: A Festa da Menina Morta, Feliz Natal e Juventude, mais Apenas o Fim, de Matheus Souza; Rinha, de Marcelo Galvão; Se Nada Der Certo, de José Eduardo Belmonte; Verônica, de Maurício Farias; e Vingança, de Paulo Pons. O último, feito em digital e orçado em R$ 80 mil, passou em Gramado sem maior repercussão - de crítica ou público -, embora o objetivo do diretor Pons seja justamente o de fazer filmes baratos para o mercado. No Rio, é possível que Vingança obtenha uma repercussão maior, até porque a discussão de mercado é um dos fortes do festival, que promove seminários com técnicos e especialistas nacionais e estrangeiros.   Embora a Première sinalize para os filmes que o público vai ver no fim do ano, ou no ano que vem, a lista é divulgada num momento de crise, quando os 22% da participação nacional no próprio mercado (em 2003) estão reduzidos para míseros 6,09% (neste ano). A redução do público atinge o mercado como um todo, mas o cinema brasileiro termina penalizado em dobro, já que o público, no limite, na hora de escolher, termina preferindo o blockbuster de Hollywood e não o filme nacional médio, que fica relegado ao circuito de arte. Falsa Loira, de Carlos Reichenbach, fez 9 mil espectadores e Nome Próprio, de Murilo Salles, está nos 25 mil, após a premiação em Gramado. Quantos selecionados da Première Brasil ficarão nesses números? E até que ponto é justo cobrar de filmes com indiscutível ambição artística apenas seu desempenho na bilheteria? Entre os documentários selecionados estão - Sentidos à Flor da Pele, de Evaldo Mocarzel; e Palavra EnCantada, de Helena Solberg. Entre as ficções, fora de concurso - Romance, de Guel Arraes; e A Erva do Rato, de Júlio Bressane.

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